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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Aumento dos casos de câncer no Brasil: quais são os desafios nacionais


Prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais

O Dia Mundial do Câncer, comemorado em 4 de fevereiro, tem o objetivo de gerar conscientização sobre a doença a fim de reduzir o número de casos. Por outro lado, com as mudanças significativas no estilo de vida da sociedade Brasileira e com a modernização da tecnologia para o diagnóstico precoce do câncer, especialistas observam um aumento significativo do número de casos da doença.
Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, há uma previsão de 20 milhões de diagnóstico para 2026. No Brasil, estimou-se, para o biênio de 2018-2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer para cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. 
Essas estimativas refletem o perfil de um país que possui, entre os mais incidentes, os cânceres de próstata, pulmão, mama feminina, cólon e reto. Entretanto, ainda apresenta altas taxas de cânceres do colo do útero em regiões como o Nordeste – fato este que pode ser modificado com o aumento do acesso ao rastreamento e prevenção, como a vacinação anti-HPV, medida já implementada pelo Ministério da saúde.
O dr. Frederico Muller, oncologista do Hospital São Lucas Copacabana, analisa tais dados: “É sabido que a segunda maior causa de morte no mundo é neoplasia, e este aumento se deve à expansão populacional, ao seu envelhecimento e aumento da exposição a fatores de risco. Dentre estes, se destacam o tabagismo, sedentarismo, dieta inadequada, consumo de bebida alcoólica em excesso e algumas infecções virais – como o HPV, HCV e o HBV”, comenta.
As chances de cura do câncer aumentam significativamente quando o diagnóstico precoce é aliado ao tratamento adequado. No entanto, os desafios nacionais são muitos, visto que o acesso à medicina no Brasil é um mosaico complexo”, acrescenta Muller.
O diagnóstico precoce associado a mudanças no estilo de vida da população são fatores importantes que podem modificar o prognóstico e a incidência da doença. Portanto, é de suma importância a manutenção de políticas públicas no combate ao tabagismo, o acesso a exames de rastreio, como mamografia, Papanicolaou e colonoscopia, o incentivo à prática de exercício físico e as orientações de dietas balanceadas (ricas em legumes, verduras, frutas e pobres em enlatados e embutidos).


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