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terça-feira, 17 de julho de 2018

Emoções que engordam ou emagrecem


O estado emocional da pessoa influencia tudo, inclusive a maneira como ela vê a comida. O corpo é o reflexo do que existe dentro da pessoa e essa imagem está atrelada às emoções. As mulheres estão cansadas de saber o que devem ou não comer para não engordar, mas o inconsciente grava emoções que levam a ingerir gordura, mesmo sem querer ou precisar. Medo, insegurança, tristeza, angústia. São sentimentos que geram uma necessidade de proteção e o inconsciente entende que, com a ingestão de gordura, o contato com o mundo exterior fica mais distante.

São vários os problemas emocionais que podem levar ao aumento de peso ou a impedir que a pessoa emagreça, como a Compulsão Alimentar: pessoas que comem não por fome, mas que o fazem por ansiedade, apressadamente, ingerindo grandes quantidades de alimento num período curto de tempo, sentindo-se depois arrependidas ou culpadas. De repente começam a comer e não param mais, a não ser quando estão empanturradas, cansadas ou com mal estar. Se a compulsão estiver presente e não for tratada, inviabilizará todos os esforços da pessoa para emagrecer. Depressão: afeta a pessoa como um todo.

Pessoas que estão deprimidas tem, entre outras, uma alteração no comportamento alimentar para mais (ou para menos) que pode levá-las a engordar. Há queda da motivação para a dieta, auto-depreciação, pessimismo. 

Quando a depressão estiver presente em algum grau no candidato a emagrecimento, deverá ser tratada prioritariamente. Ansiedade: é o "vilão" número um das dietas alimentares. Apresenta-se em diversas formas (pânico, fobia social, ansiedade generalizada, fobias, stress pós traumático, fobias específicas, etc ). Pessoas tensas, excessivamente preocupadas, com pânico, com medos diversos, podem encontrar no alimento uma fuga para seus males, para um estado interno de desconforto. Dificuldades sexuais, conjugais ou afetivas: É sempre importante verificar o que se esconde por trás de uma obesidade ou excesso de peso. A gordura pode servir como "escudo" para evitar relacionamentos, não assumir a própria sexualidade ou mesmo como forma de "rebelião passiva" a situações conjugais conflituosas. Stress: É comprovado que o stress tem influência sobre o peso corporal, seja pelo aumento do cortisol circulante ou pelo aumento da quantidade de comida ingerida, que passa a atuar inadequadamente como "mecanismo anti-stress". Dificuldade de controle de impulsos: pessoas impulsivas que não conseguem adiar a gratificação imediata de um impulso em detrimento a uma gratificação à médio prazo, são mais vulneráveis a uma "sabotagem" em sua dieta. Problemas de relacionamento: dificuldades de relacionamento familiar, social (timidez excessiva, agressividade social, baixa qualidade de vida social) podem levar a pessoa a atacar o prato de comida.

Pessoas ansiosas, depressivas e estressadas, que se sentem rejeitadas, sozinhas, que sofrem perdas ou passam por qualquer conflito emocional, como frustrações ou insatisfações, são as mais propensas a desenvolver a obesidade psicológica. Tais conflitos colaboram para que o indivíduo compense esses problemas aumentando o consumo de determinados alimentos altamente calóricos, como doces e principalmente o chocolate, que induz o organismo a secretar mais serotonina, hormônio que causa sensação de prazer e bem-estar.

Em situações de estresse, por exemplo, o corpo secreta um hormônio chamado cortisol, que libera aminoácidos do músculo, levando-os até o fígado, onde os transforma em açúcar e, posteriormente, em gordura. Em paralelo, a pessoa retém líquidos e acumula tecido adiposo (gordura corporal), principalmente na região do abdômen. Por este motivo há algumas pessoas que não comem quase nada e, ainda assim, engordam: o organismo já está totalmente desregulado. O que favorece maior instabilidade emocional provocada pela alteração da imagem física. Sentindo-se gorda, a pessoa começa a recorrer a tratamentos mágicos, um hormônio emagrecedor, uma operação, uma medicação ou as tão divulgadas fórmulas e soluções milagrosas. Assim, na dinâmica do conhecido “efeito sanfona”, ora estão muito gordas, ora muito magras. Estas pessoas tendem a desenvolver, quando não tratadas, distúrbios no comportamento alimentar, relacionados a fatores inteiramente emocionais, como Bulimia, Anorexia além do chamado Transtorno do Comer Compulsivo que leva á obesidade. Para fazer as pazes com a balança, é fundamental estar em paz consigo mesmo.  O tratamento adequado não envolve somente a redução de peso, trata-se de uma mudança de comportamento que deve ocorrer de dentro para fora. Emagrecer é muito mais que fazer dietas, praticar exercícios e fazer uso de medicamentos. Consiste na firme disposição de modificar o estilo de vida. Uma educação gradual envolve mudança dos hábitos alimentares, estrutura emocional, manutenção de um peso adequado, e não simplesmente reduzir as calorias por determinado tempo.

O medo, ansiedade, tristeza, estresse, raiva, culpa, vergonha, impulsividade e perfeccionismo, são emoções que podem desencadear o ganho de peso. Quando a pessoa apresenta emoções mal resolvidas, que interferem no processo de emagrecimento, como causa ou efeito, é fundamental a atuação da psicologia. Nestes casos, engordar pode ser uma forma inadequada de expressar e trabalhar essas emoções.

Os mesmos sentimentos acima, cada pessoa desenvolve um tipo de reação, uns emagrecem e outros engordam.

Muitas mulheres possuem fome emocional, é a fome que não tem ligação com a sustentação da vida. Implica em comer "apenas por que a comida está lá"; "porque alguém se preocupou em prepará-la"; "porque paguei pela comida", "porque tenho pena de jogar fora"; "porque me sinto ansioso"; "porque estou triste, frustrado, feliz, etc...". Por fim, a fome emocional é a que nos faz comer mais e mais, apesar de já estarmos satisfeitos ou até passando mal. É ela que nos faz engordar. Para ajudar no emagrecimento é essencial aprender a reconhecer a diferença entre fome física e fome psicológica, e passar a comer apenas pela fome do estômago. Geralmente as pessoas compulsivas alimentares comem pela fome emocional e por isso engordam. Se sua mão, ou sua mente, movem-se em busca de comida quando você não está com fome, você é considerado uma pessoa compulsiva alimentar. Para curar seu problema alimentar e emagrecer, é preciso que você restabeleça a ligação entre o alimento e a fome física, ou do estômago, ou seja, parar de procurar comida quando não estiver com fome, e se permitir comer quando tiver fome física, sem restrições alimentares (sem dietas proibitivas). Comida é válvula de escape para boa parte dos ansiosos. Chocolate, então, é o primeiro da lista. Devorar tudo o que estiver pela frente, porém, não resolve o problema e pode levar a outro: o ganho de peso. 'O ansioso vive uma apreensão por suspeitar ou prever algo ameaçador. A ansiedade é acompanhada da tensão e ocorre principalmente em situações de frustração, em que a pessoa sente que a causa está nela, na incapacidade ou na falta de habilidade para uma tarefa. Também ocorre em situações de conflito, que exige tomada de decisão. Os ansiosos procuram algo que traga alívio e procuram tampar um buraco emocional com a comida, sendo que o remédio seria o tratamento psicológico. Para curar seu problema alimentar e emagrecer, é preciso que você restabeleça a ligação entre o alimento e a fome física, ou do estômago, ou seja, parar de procurar comida quando não estiver com fome, e se permitir comer quando tiver fome física, sem restrições alimentares (sem dietas proibitivas). A cada vez que se alimenta quando seu estômago exige, você está realizando duas tarefas importantes: você nutre-se fisiológica e emocionalmente. Para isso: a cada vez que quiser comer, deve-se perguntar: "Estou com fome?" Por mais simples que pareça essa pergunta, para as pessoas compulsivas, ela é muito complexa, pois, em geral, a última coisa em que pensam quando procuram comida é na fome.







Dra. Cristiane Moraes Pertusi – Doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela USP.
Psicóloga e Consultora de Carreira/Coaching
Email: contato@cristianevazmoraespertusi.com.br


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