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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Existem cistos bons e ruins?


 Benignos ou malignos, essas são as diferenças mais importantes entre eles. Mas, como é possível saber a diferença?


Cientificamente, a principal diferença é que o fibroadenoma é maciço e o cisto é oco, e nesta parte pode ter líquido, ar, sangue, pus e outros fluidos, dando a sensação de ser mole ao toque. Mas, a ansiedade pelo diagnóstico não consegue equilibrar o que é científico ou não e logo que se detecta um nódulo na mama, o pensamento tende a ser de que é algo muito ruim. 

Chamados de nódulos benignos, os fibroadenomas são boa parte dos casos frequentes de consultório, explica o ginecologista e mastologista, Dr. Rogério Fenile. “É muito mais comum em adolescentes e mulheres até os 30 anos. Em geral tendem a ser pequenos e indolores”, explica o médico. 

Esse tipo de nódulo, assim como os demais, pode ser sentido no autoexame como uma bolinha que se movimenta com facilidade na pele ao ser pressionada. “Mesmo não apresentando riscos graves à saúde, é necessário acompanhamento para tratamento e prevenção”, alerta o mastologista. 

Além do fibroadenoma, existem os cistos mamários benignos, em que a mulher pode ou não apresentar dor. É muito comum em mulheres entre 35 e 50 anos, em função das variações hormonais ao longo da vida . Podem ser simples, quando não oferecem risco, ou complexos, que podem ser o ponto de partida para uma doença mais grave.

Vale lembrar que os cistos podem se formar dentro de qualquer tecido do corpo, dependendo da região terá uma substância diferente dentro. As duas formas de diferenciação são os que possuem células dentro e outro que não possui. “Se não houver a presença de células e não causar desconforto no paciente, não precisa ser retirado, mas deve ser acompanhado”, afirma. 

De acordo com o ginecologista, caso o nódulo seja complexo, a remoção é indicada para evitar a chance de que se transforme em algo maligno. Dr. Rogério também alerta para que independente da idade da paciente e da textura do nódulo ao toque, o indicado é sempre ir a um mastologista para que seja feita a avaliação correta e sejam solicitados os exames necessários. “O autoexame ainda é um grande aliado do diagnóstico precoce para os casos de câncer de mama. Mas somente o médico é que saberá a diferença entre os nódulos e se necessita de mais investigação”, conclui.




Dr. Rogério Fenile - Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Disciplina de Mastologia do Departamento de Ginecologia da UNIFESP e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. É especialista em cirurgia de reconstrução mamária, com mais de 20 anos de experiência médica. Para saber mais sobre o seu trabalho, acesse www.drrogeriofenile.com.br ou @drrogeriofenile nas redes sociais.


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