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sexta-feira, 18 de março de 2016

MARÇO: MÊS MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA ENDOMETRIOSE




 
Quais os principais tratamentos para endometriose?
No Mês Mundial de Conscientização da Endometriose, março, o assunto não poderia ser outro. Doença que afeta cerca de 6 milhões de mulheres só no Brasil, ainda causa muita dúvida em pacientes e até em alguns profissionais pela dificuldade de diagnóstico.
A endometriose é considerada uma doença crônica, portanto, sem cura definitiva, mas que regride de forma espontânea após a menopausa em razão da queda na produção dos hormônios femininos. Apesar de não ter cura, a notícia animadora é que os tratamentos disponíveis promovem melhor qualidade de vida às mulheres portadoras da doença.
O tratamento da endometriose tem dois objetivos principais: melhora da qualidade de vida da mulher (com melhora das dores e sintomas que a endometriose possa estar causando), e melhora da fertilidade. “Certamente a melhora da qualidade de vida da mulher é o principal objetivo, pois a maioria delas sofre muito com dor”, afirma Tomyo Arazawa, ginecologista e obstetra da Alira Medicina Clínica.
Existem duas formas de tratamento da endometriose: o clínico e o cirúrgico. “Alguns fatores devem ser considerados e analisados pelo especialista antes do início do tratamento como: idade, gravidade dos sintomas, gravidade da doença e se a mulher quer engravidar”, ressalta.
Tratamento clínico
A indicação de remédios pode ter vários motivos: controle da dor, impedir que a endometriose piore e/ou para minimizar a chance de reincidência da doença após tratamento cirúrgico.
O tratamento medicamentoso é o indicado para a maior parte dos casos. “Um procedimento comum é o bloqueio da menstruação para minimizar a dor por meio de anticoncepcionais. Medicamentos analgésicos também são importantes para minimizar o sofrimento durante as crises de dor. Mas, em algumas situações quando a dor é muito intensa, o bloqueio da menstruação pode não ser suficiente para melhorar os sintomas, afinal as lesões de endometriose continuam lá. Em muitos casos, inclusive, ela pode evoluir e causar alterações na parte psicossocial: a dor crônica começa a influenciar no relacionamento profissional, pessoal e na relação sexual, e pode aumentar o risco de depressão e ansiedade”, explica o ginecologista.
Outros tratamentos combinados ajudam a amenizar os sintomas de dor, como a acupuntura, fisioterapia, exercícios físicos e meditação. Mas esses tratamentos também não farão as lesões sumir.
Tratamento cirúrgico
Já o tratamento cirúrgico é a opção mais indicada para as mulheres que não melhoram com o tratamento clínico ou nos casos mais avançados da doença. A cirurgia tem como objetivo a retirada ou cauterização das lesões de endometriose. A retirada das lesões e das aderências propicia melhora da qualidade de vida com diminuição da dor e retorno à fertilidade em grande parte das mulheres com a doença.
“A cirurgia para endometriose é realizada por vídeo-laparoscopia. Além de menos invasiva, essa técnica permite a ampliação da imagem, permitindo ao cirurgião melhor visualização dos órgãos para uma cirurgia mais precisa”, explica. A cirurgia robótica é uma evolução da vídeo-laparoscopia e que também pode ser utilizada para cirurgias de endometriose. Essa alterativa proporciona visão ainda mais detalhada através de imagens tridimensionais, além de oferecer maior precisão dos movimentos das pinças cirúrgicas.
 É importante que a mulher saiba que cada caso é único, portanto, não existe fórmula mágica que funcione para todas as pacientes. Na consulta, o médico especialista buscará os tratamentos que serão mais adequados para cada paciente, levando em consideração não só o estágio da doença, mas principalmente o impacto sobre a saúde e qualidade de vida da paciente.

Dr. Tomyo Arazawa - ginecologista e obstetra da Alira Medicina Clínica. Especializou-se em cirurgias minimamente invasivas como cirurgias robóticas, video-laparoscópicas e video-histeroscópicas (os quais incluem as cirurgias de endometriose) e em medicina reprodutiva. É membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP), da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), da American Association of Gynecologic Laparoscopists (AAGL) e da International Pelvic Pain Society (IPPS).

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