Imagem extraída da
internet
Ter um animal de estimação
exige vários cuidados, como alimentá-lo corretamente, higienizá-lo, levá-lo ao
veterinário e etc. Mas, essa rotina – que dá para ser classificada como intensa
– pode ser prejudicada com a chegada de uma criança. Embora seja repensada, a
rotina não é a principal preocupação, mas sim como o animal vai reagir com a
chegada de um novo membro e quais devem ser os limites dessa interação. O
veterinário do Clube de Cãompo, Aldo Macellaro, tira as principais dúvidas
sobre o assunto, que podem ajudar os donos, para evitar a tomada de atitudes desesperadas.
“Quando a família descobre
a gravidez, os donos podem tomar atitudes equivocadas em relação ao cão”
comenta Macellaro, que complementa “além de causar traumas irreversíveis ao
animal, algumas atitudes costumam ser covardes, já que o bicho não tem como se
defender e nem direito de escolha” referindo-se a abandonos.
Prepare o ambiente
Logo após a notícia da
gravidez, imediatamente são feitos todos os preparos para que a criança seja
recebida da melhor forma possível. “Com o cão não é diferente. Os donos podem
preparar o bicho nos meses que precedem a chegada do novo membro. Mas esse deve
ser um processo gradual, para que o animal assimile a informação” aconselha o
veterinário. Como isso pode ser feito?
- Novos
cheiros, sons, palavras e horários farão parte da rotina do cão. Nesse caso,
Macellaro aconselha que “o treinamento seja dado a partir do primeiro mês de
gravidez, para que o cão vá pegando o jeito, sem estresses”.
- Brinquedos e até alguns
itens de higiene do bebê podem ser apresentados ao animal. “Os donos não
precisam ter receio de fazer o cão cheirar as roupinhas e o perfume que a
criança vai usar. Isso ajuda, e muito, para que o bicho assimile o cheiro ao
bebê” explica o profissional.
- “Simule a presença da
criança com bonecas. Aos poucos, os donos podem se surpreender com a aceitação
do animal” declara Macellaro, que indica gratificar o animal com petiscos
sempre que ele expressar atitudes bondosas e educadas.
- Evite irritar o cão por
fazê-lo pensar que está perdendo espaço, principalmente se ele vai precisar ter
acesso restrito em áreas da casa que antes eram liberadas. “Isso pode levá-lo a
ter sentimentos extremos como agressividade, por ver a criança como ameaça, ou
depressão” declara o veterinário.
Se essa transição de fase
for realizada de forma saudável e respeitando os limites de ambas as partes,
pode ser criado um vínculo natural, em que o cãozinho protegerá a criança como
um filhote. “Apenas não aconselho os donos deixarem o cão sozinho com a
criança, pois o pet pode estranhar alguma atitude do bebê e ter um
comportamento inesperado” finaliza Macellaro.