No Dia Mundial do Câncer (celebrado no dia quatro
de fevereiro) especialistas do Centro Paulista de Oncologia comentam avanços e
apresentam informações importantes relacionadas à doença
A
crioterapia ou scalp cooling
(em inglês) é uma técnica consiste no uso de uma touca gelada, que resfria o
couro cabeludo, levando à contração dos vasos sanguíneos e, desta forma, cria
uma espécie de capa protetora preservando os folículos capilares. “Não há
números apurados sobre a eficácia do uso desta técnica no Brasil, considerando
que ela foi aprovada pela Anvisa no início de 2015. Contudo, pesquisas
realizadas em vários países da Europa, onde sua aplicação já vinha sendo feita
ao longo dos últimos anos, mostram que a redução da taxa de alopecia variou de
49% até 100% em mais de 2 mil pacientes avaliadas. Isso significa que a queda
de cabelos foi nula ou praticamente imperceptível em boa parte dos casos”,
explica o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO),
parte do Grupo Oncoclínicas. Pode ser aplicada também em pacientes
diagnosticados com outros tipos de câncer, tendo o mesmo potencial de eficácia,
mas há restrições. A contraindicação acontece para quem tem câncer hematológico
(que afeta o sangue), como leucemia e linfoma. Pessoas que apresentam alergia
no couro cabeludo também não devem fazer o tratamento.
Homens
também podem ter câncer de mama;
Assim
como as mulheres, homens também apresentam glândulas mamárias. Apesar da baixa
incidência, o câncer de mama masculino pode se manifestar e existe um alto
percentual de mortalidade. Em cerca de 100 casos da doença, apenas um ocorre no
sexo masculino. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram registrados 1910 casos
e, na maioria das vezes, o diagnóstico é tardio, já que homens não costumam
realizar a mamografia anualmente. “Existe um problema muito comum que faz com
que os homens não procurem um médico por questões de machismo, pois não passa
pela cabeça de ninguém que o homem pode desenvolver um câncer de mama. Por
isso, qualquer mudança suspeita na região mamária, é preciso procurar um
especialista para que o câncer não seja descoberto tarde demais”, avalia o Dr.
Daniel. Para detectar qualquer tipo de problema, é preciso que o homem realize
o exame de autoexame com frequência, principalmente depois dos 50 anos para
frente, que é a faixa etária em que ocorrem mais casos do câncer de mama
masculino.
Quando
a pessoa para de fumar, o corpo reage de forma quase que instantânea;
É
verdade. Após 20 minutos, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do
pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são
normalizadas. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam
regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um
acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48 horas, as
terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e
paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora
consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em
até 30%. A oncologista Dra. Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia
(CPO), diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas
relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar,
escarro com sangue e dor no peito. Contudo, a partir de um a nove meses, os
sintomas mencionados ficam mais tênues. Em cinco anos, a taxa de mortalidade
por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia
diminui em pelo menos 50%. A linha do tempo mostra os benefícios até os 15 anos
após parar de fumar, marco que torna possível afirmar que os riscos de
desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa
que nunca fumou.