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sexta-feira, 1 de março de 2019

No mês da mulher, confira dicas para a saúde feminina



              Em março, é celebrado anualmente o mês da mulher. Se já não bastassem todos as dificuldades que envolvem o universo feminino, elas ainda têm que se preocupar com doenças que têm maior incidência exatamente entre seu gênero – ou, às vezes, que as afetam exclusivamente. Com tantos perigos à espera, é bom saber as características, causas e tratamentos para cada um dos males do cromossomo X.


              Mulheres, muitas vezes, têm que abraçar mais de uma função na sociedade. Os avanços sociais nas últimas décadas alavancaram os números femininos em indústrias e escritórios ao redor do Brasil, o que é deveras positivo. Porém, ainda é extremamente comum que mães tenham que se desdobrar entre sua vida profissional e a vida dentro de casa, tomando as rédeas da vida domiciliar e liderando ações como levar os filhos na escola, fazer as compras no supermercado e se preocupar com as responsabilidades e necessidades das crianças. Assim, fica difícil achar um tempo para cuidar de seu próprio corpo, o que pode levar a sérios problemas de saúde. Confira abaixo alguns dos males que mais afetam o universo feminino:


1 – Câncer de mama: o primeiro item da lista não poderia ser outro. O mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, ele representa 25% dos novos casos de câncer todos os anos. Em 2017, por exemplo, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou que foram diagnosticados mais de 57 mil casos apenas no Brasil. A boa notícia é que, quando encontrado nas fases iniciais, a possibilidade de cura é significativamente maior. Assim, realizar exames preventivos, como o autoexame, a ultrassonografia de mamas e a mamografia, é fator fundamental para o rastreio e tratamento dessa moléstia. Ao encontrar qualquer anomalia ou nódulo em seus seios, alterações na pele e nas axilas e secreções estranhas no mamilo, procure um médico imediatamente.


2 – Câncer de colo de útero: pesquisas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mostram que há 15 novos casos que surgem a cada 100 mil brasileiras anualmente. O câncer de colo de útero tem como suas principais causas o início precoce da atividade sexual, a higiene íntima inadequada e o Papilomavírus Humano, conhecido como HPV. Sintomas incluem o sangramento vaginal após uma relação e, em estados mais avançados, hemorragias, dores na lombar e no abdômen e até perda de peso. Há uma boa notícia, porém: a famosa vacina HPV, destinada a jovens, principalmente antes de iniciar suas atividades sexuais, ajuda a prevenir a doença e reduzir em demasia o risco dela. Ainda assim, recomenda-se estar sempre em dia com seus exames clínicos anuais e com o Papanicolau.


3 – Esclerose múltipla: essa doença crônica, inflamatória e degenerativa perturba o sistema nervoso central e afeta até quatro vezes mais mulheres que homens. Alguns dos sintomas são: fadiga, visão turba, alteração do equilíbrio, dificuldade em urinar e perda de sensibilidade nos órgãos sexuais. As causas do transtorno não são conhecidas e, por isso, é de extrema importância que a paciente busque um médico ao sentir qualquer um dos sintomas mencionados acima.


4 – Osteoporose: esta doença metabólica e sistêmica acomete os ossos e afeta principalmente pessoas já na terceira idade. Ela ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo o suficiente, o que deixa o esqueleto mais frágil. As mulheres, por perderem densidade óssea mais rapidamente após a menopausa, tem um risco aumentado de lesões com a doença. Para se prevenir, é recomendado 1.200mg de cálcio por dia, que podem ser ingeridos com o consumo de leite e outros laticínios, como o queijo.


5 – Depressão: apesar de este ser um transtorno que não diferencia entre raça, idade, gênero ou sexualidade, a depressão é mais comum entre mulheres mais velhas, em razão das mudanças que ocorrem durante a menopausa. Ela pode ser combatida com remédios, se necessário, mas o fundamental mesmo é buscar assistência psicológica ao menor sinal da doença. Alguns dos sintomas são: perda de apetite, fadiga extrema, irritabilidade, falta de motivação e diminuição da capacidade de sentir alegria.

Independentemente do gênero, é importante lembrar de sempre visitar seu médico regularmente, alimentar-se de forma saudável e praticar exercícios físicos e atividades prazerosas. Que no mês das mulheres, brindemos a delicadeza do nosso ser, com saúde e alegria! Parabéns à todas nós!






Dra. Camila Barbosa da Silva - coordenadora médica da Unidade de Clínica Médica e Plantonista do Pronto Socorro Adulto do HSANP, centro hospitalar da Zona Norte de São Paulo (SP).

Congelamento de óvulos: quem e quando fazer?


O congelamento de óvulos pode ser considerado um novo marco na revolução feminina após a pílula anticoncepcional. A técnica possibilita a preservação da fertilidade e o planejamento da gestação com maior autonomia para as mulheres que desejem ou necessitem adiar a maternidade, reduzindo os riscos de infertilidade crescente após os 35 anos. Além de aumentar a segurança do futuro reprodutivo de pacientes oncológicas ou com risco de falência ovariana precoce. 


Para quem o congelamento de óvulos e indicado? 

Toda mulher pode congelar seus óvulos. 


As principais indicações são: 

Necessidade de quimioterapia, radioterapia e/ou transplantes de medula; 
Doenças ou cirurgias nos ovários; 

Mulheres com risco de falência ovariana (menopausa) precoce; 

Idade e/ou desejo de postergar maternidade (fatores sociais). 


Quais as minhas chances de gravidez futura com óvulos congelados? 

Ha um impacto direto nos resultados de acordo com a idade e quantidade de óvulos no momento da preservação, sendo expressivamente superiores abaixo dos 35-37 anos. Dados publicados em outubro de 2017 demonstraram 60,5% nas taxas de gestação em mulheres ate 35 anos, comparados a 29,7 % no grupo de mulheres mais velhas que congelaram 10 ou mais óvulos. 


Quanto tempo os óvulos podem ficar congelados?

Acredita-se que os óvulos podem permanecer congelados por tempo indeterminado. 


Existe uma quantidade ideal de óvulos? 

Estima-se que 10 a 16 óvulos maduros (MII) seja ideal. No entanto, o fator mais importante no sucesso de gestação continua sendo a idade da mulher, ou seja, quanto mais jovem melhores as chances mesmo com uma quantidade menor. 


Como funciona o procedimento para congelar óvulos? 

O procedimento e praticamente o mesmo realizado para a fertilização in vitro. Inicialmente usamos os hormônios, geralmente por via subcutânea (as “famosas injeções na barriga”) para estimular a ovulação e aumentar o número de óvulos (naturalmente temos 1 ovulo por ciclo). Em média, após 10 a 12 dias estamos prontos para a captação dos óvulos. A coleta e realizada por aspiração dos folículos (onde estão os óvulos) diretamente dos ovários, guiada por ultrassom e sob anestesia (sedação). Após a coleta os óvulos são imediatamente avaliados pelos embriologistas e congelados (vitrificados) a -196 0C. 


E efeitos colaterais? Vou engordar? Sentirei dor? 

Os hormônios podem causar retenção hídrica, aumentando eventualmente 1 ou 2 kg, que são eliminados após a queda no nível hormonal. Desconforto abdominal e labilidade emocional também podem ocorrer. Após 1º ciclo menstrual natural os efeitos tendem a passar. O procedimento de coleta dos óvulos e realizada com anestesia e paciente não sente nenhuma dor. 


Como proceder quando eu for engravidar dos óvulos congelados? 

Para engravidar os óvulos são descongelados e fertilizados in vitro. Após a fertilização acompanhamos o desenvolvimento dos embriões que são então transferidos para o útero da mãe.





Dra Paula Fettback - formada em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (2004). Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Atua em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana na Clínica Mãe. Fez estágio em Reprodução Humana na Universidadede Michigan - USA. Foi médica colaboradora do Centro de Reprodução Humana Mário Covas do HC-FMUSP (2015). Doutora em Ciências Médicas pela Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). 

Saúde bucal das mulheres: saiba em quais fases é preciso ter mais atenção


O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) destaca os cuidados específicos para esse público


As alterações hormonais, em diferentes etapas da vida, fazem com que as mulheres sejam mais suscetíveis a determinados problemas bucais. Por outro lado, como elas costumam ser mais cuidadosas com a saúde em geral, basta fazer a prevenção da forma correta com visitas regulares ao(a) cirurgião(ã)-dentista e higienização utilizando a escova, creme e fio dental.

Os cuidados com a saúde da boca devem começar no ventre da mãe, independente do gênero da criança. É importante que ela faça o acompanhamento na gestação e também escolha um(a) odontopediatra para acompanhar o desenvolvimento do bebê após o nascimento.

“A visita ao(a) odontopediatra deve ocorrer no primeiro ano de vida, mesmo que o bebê não tenha dentes. O acompanhamento precisa ser periódico por meio de consultas de manutenção e as orientações de acordo com a fase da infância”, explica a assessora do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) e membro da Comissão de Mulheres, Rada El Achkar.

Durante toda a infância não haverá diferença na manutenção da saúde bucal de meninos e meninas. Mas, na adolescência, o cenário muda um pouco por conta das alterações hormonais sofridas por elas, tornando-as mais propensas a desenvolver a gengivite, por exemplo.

Mas é importante deixar claro que o problema ocorrerá com as meninas que não fazem uma higienização adequada. Por isso, na adolescência, é preciso reforçar as orientações quanto a dietas altamente cariogênicas (que propiciam a cárie), evitando excesso de refrigerantes, o tabagismo, entre outros cuidados como o estresse.

Nessa etapa da vida muitas meninas começam a utilizar o anticoncepcional, apontado em alguns estudos como um agente nocivo para a saúde bucal. No entanto, as recomendações são as mesmas, mantendo a higiene bucal adequada e as visitas regulares ao(a) cirurgião(ã)-dentista que avaliará a presença e o desenvolvimento das doenças periodontais.

Para cada momento e dependendo do caso, é recomendada a consulta com especialistas como o odontopediatra na infância, o odontogeriatra na terceira e idade e os cirurgiões-dentistas clínicos e demais especialidades durante toda a adolescência e fase adulta.


Cuidados específicos na gestação

Mulheres grávidas vivem diversas mudanças físicas, hormonais e emocionais durante a gestação. Essas alterações impactam a saúde bucal e por isso é necessário redobrar os cuidados. “As gengivas ficam mais vascularizadas e sensíveis, podendo ocorrer a "gengivite gravídica". Além disso, algumas gestantes mudam os hábitos alimentares, ingerindo mais doces”, avisa a assessora do CROSP.

Boca seca, o aparecimento de cárie e outras doenças pela falta da higiene também ocorrem nessa fase. Algumas mulheres sentem enjôo e por isso pararam de usar o creme dental na escovação, outras ainda reduzem a frequência da escovação ficando mais suscetíveis a diversos problemas.

Para Rada, as visitas ao(a) cirurgião(ã)-dentista devem ser intensificadas, bem como a atenção para higienização e alimentação. Tomando esses cuidados, a saúde bucal é preservada em qualquer etapa da vida da mulher.


Alterações na menopausa podem ser mais intensas

Outro momento em que as alterações hormonais podem influenciar a saúde da boca é a menopausa. Nessa fase, os sintomas costumam ser mais acentuados para algumas mulheres o que reflete na cavidade oral. “É outro período no qual ocorrem muitas mudanças no corpo da mulher. Além disso, algumas podem apresentar perda óssea dos tecidos que suportam os dentes devido à osteoporose”, comenta a assessora do CROSP.

Existem alguns problemas mais recorrentes nessa etapa como a xerostomia (boca seca). Essa secura na boca pode provocar mau hálito e também deixar a cavidade oral mais suscetível ao ataque de bactérias. Algumas mulheres ainda relatam a sensação de ardência nessa fase.

Para solucionar a xerostomia, Rada explica que o(a) cirurgião(ã)-dentista costuma prescrever saliva artificial e outros produtos específicos como hidratantes bucais para minimizar o problema. Mais uma vez vale destacar a correta e reforçada higienização bucal e consultas frequentes ao profissional da odontologia.





Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
 www.crosp.org.br

É possível fazer mais de uma Embolização da Próstat


Esse tratamento minimamente é ideal para cuidar do HPB


A próstata aumenta naturalmente de tamanho por volta dos 45 anos. Esta condição, chamada Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), atinge cerca de 14 milhões de brasileiros de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. A HPB é doença muito comum e prejudica a qualidade de vida do homem, afetando sua rotina e vida sexual.

 Embolização das Artérias Prostáticas (EAP) é um método de tratamento minimamente invasivo que alivia os sintomas causados pela HPB, reduzindo o fluxo de sangue para as artérias que irrigam a próstata, com consequente diminuição do tamanho da próstata e melhora dos sintomas urinários. Dessa maneira, é realizada uma técnica minimamente invasiva pela via endovascular (por dentro de uma artéria da virilha). 

 De acordo com o Prof.  Dr. Francisco César Carnevale, pioneiro no desenvolvimento da técnica da EAP, o procedimento é feito com anestesia local e o paciente recebe alta algumas horas após a embolização. “O objetivo é a redução do volume e a alteração da consistência (torna-se mais macia) da próstata.  Essa técnica é realizada pela via endovascular (por dentro de uma artéria da virilha), ” explica o médico.

 Caso a próstata não reduza de tamanho ou volte a crescer, alguns sintomas podem voltar. O paciente não deve ficar preocupado em somente analisar o tamanho da próstata. Há vários casos em que a próstata não reduz de tamanho e o paciente apresenta melhora dos sintomas. “Entretanto, caso os sintomas retornem, nova embolização poderá ser feita, ” acrescenta o intervencionista.

 A EAP não interfere de maneira negativa caso haja a necessidade do paciente ser submetido a algum tratamento cirúrgico tradicional. Muito pelo contrário. Pelo fato da embolização causar a diminuição da vascularização da próstata, a cirurgia poderá ser feita com menos riscos de sangramento. “Existem estudos sendo realizados demonstrando que a EAP pode auxiliar a cirurgia, ” finaliza o Dr. Carnevale.




Prof.  Dr. Francisco Cesar Carnevale - médico do CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisaautoridade médica referência nacional e internacional em Radiologia Intervencionista, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular. Sua principal linha de pesquisa está focada no tratamento de pacientes com sintomas do trato urinário inferior associados ao crescimento da próstata pela Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Pioneiro a publicar na literatura científica mundial, a técnica de Embolização das Artérias da Próstata (EAP) dentro do Hospital das Clínicas da FMUSP, sob a supervisão dos professores Miguel Srougi e Giovanni Guido Cerri.  É diretor de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia (InRad-HCFMUSP), do Instituto do Coração (InCor-HCFMUSP) e do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP). É responsável pelas disciplinas de Graduação e Pós-graduação na área de Radiologia Intervencionista da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).



CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa



O que é a Síndrome das Pernas Inquietas

Existem muitas causas para a agitação das pernas ou tremores nas pernas. A inquietude pode se desenvolver devido à uma doença do sistema nervoso central ou devido a problemas na glândula tireóide, ou a ingestão excessiva de álcool ou café. Certos medicamentos também podem causar tremores das pernas e, por vezes, a causa para os tremores não podem ser identificadas pelos médicos. Quando um indivíduo experimenta agitação ou tremores nas pernas, suas pernas começam a tremer levemente ou incontrolavelmente. Uma ou ambas as pernas podem ser afetadas. Tremores também podem afetar várias partes do corpo ou apenas uma perna. Indivíduos que tenham atingido a idade adulta e os idosos são mais afetados; no entanto, eles podem afetar qualquer pessoa, de qualquer sexo, em qualquer idade.

Algumas condições que causam agitação das pernas ou tremores nas pernas são: a doença de Parkinson (DP), tremor essencial e tremor ortostático. Os pacientes que têm início precoce da doença de Parkinson são mais propensos a ter tremores nas pernas. A agitação das pernas ou tremores nas pernas podem estar presentes quando o indivíduo está em pé, sentado ou deitado. O tremor de "descanso" que comumente ocorre com a doença de Parkinson (DP) é também acompanhada por outros sintomas de Parkinson, tais como bradicinesia, rigidez dos músculos e dificuldades com a marcha e postura. Uma das formas mais incapacitantes da agitação das pernas é o tremor ortostático (tremor parado).  

As pernas trêmulas podem ser confundidas com a "síndrome das pernas inquietas ou SPI", que é bastante comum. Algumas pessoas acusam erroneamente a ansiedade como causa da síndrome das pernas inquietas. Mas a síndrome das pernas inquietas pode ser hereditária ou pode ocorrer como uma complicação da doença de Parkinson (PD) e outras neuropatias periféricas. 

Síndrome de pernas inquietas ou SPI comumente afeta as pernas ou os membros inferiores; no entanto, outras partes do corpo também podem estar envolvidos. 

Os sintomas incluem agitação, sensação de formigamento e "alfinetes e agulhas"(parestesias). Os sintomas geralmente ocorrem durante a noite, mas também podem estar presentes durante o dia. Se o paciente sofre de inquietação durante o dia, ele não é capaz de sentar-se em longas viagens de carro ou avião.

Quase todos os pacientes que sofrem de síndrome das pernas inquietas também têm movimentos periódicos dos membros durante o sono, ou seja, eles se mantém contraindo (movimentos de chute) suas pernas, e pode ocorrer uma a quatro vezes em um segundo.O desconforto das pernas e sentimentos de inquietação podem ser aliviados temporariamente por massagens ou alongamento dos músculos, caminhando e fazendo outros exercícios de perna. 
Classificação e tipos de tremores:

Tremores cerebelar (tremor sem Intenção) - Pode ocorrer em qualquer parte do corpo. A causa é danos ao cerebelo devido a um acidente vascular cerebral ou consumo excessivo de álcool ou abstinência. Abuso de certos medicamentos também podem causar esse tremor.


Tremores distônicos: Este tremor comumente afeta os indivíduos que sofrem de distonia e pode ser aliviado pelo repouso e medicamentos.

Tremores essenciais: Um dos tipos mais comuns. Eles podem ser progressivos ou não progressivos e comumente afeta as mãos; no entanto, outras partes do corpo, como a cabeça, troncos, pernas, voz e língua também podem ser afetados.

Tremores ortostáticos: Como o próprio nome sugere, estes tremores ocorrem imediatamente depois que uma pessoa se levanta abruptamente. Pernas e tronco são comumente afetados por esses tremores. É difícil de diagnosticar e tratar esses tremores porque eles não possuem sinais ou sintomas.

Tremores parkinsonianos: Estes tremores ocorrem como resultado de qualquer dano ou lesão no cérebro e comumente afeta os indivíduos que sofrem da doença de Parkinson.

Tremores fisiológicos: Todos experimentam estes tremores. Eles não são óbvios ou visíveis aos olhos e pode ser agravado por fadiga, emoções fortes, hipertireoidismo, baixa de açúcar no sangue ou a retirada abrupta de álcool ou café.

Tremores psicogênicos: Esses tremores são repentinos na natureza e pode afetar qualquer parte do corpo. Tremores psicogênicas são uma mistura de ação, postural e tremores em repouso e diminuem quando o paciente é distraído.


Causas comuns de agitação das pernas ou tremores nas pernas:

- Doenças que afetam o sistema nervoso central, por exemplo, doença de Parkinson.

- Danos aos nervos.

- Certos medicamentos, tais como medicamentos para a asma, lítio, certos antidepressivos e medicamentos anti-convulsivos podem causar tremores.

- Tremores podem ser hereditários.


Por vezes, pode haver uma condição médica não relacionada para os tremores, tais como problemas com a glândula tireóide. Às vezes, a causa não pode ser identificada.

Existem algumas condições que podem não exatamente causar agitação das pernas ou tremores nas pernas, mas eles podem piorar os tremores já existentes, tais como:

- Fadiga 

- Estresse 

- Ingestão de cafeína excessiva ou abstinência de cafeína abrupta  

- Consumo excessivo de álcool ou abstinência de álcool abrupta. 



Testes para diagnosticar agitação das pernas ou tremores nas pernas:

- Exames de sangue 

- Tomografia computadorizada 

- Exame de ressonância magnética 

-ENMG   


Saiba como tratar a agitação das pernas ou tremores nas pernas:

O tratamento vai depender da causa dos tremores. Evitar os gatilhos que fazem com que as pernas comecem a  tremer ou causar tremores. Em outros casos, medicamentos, tais como bloqueadores beta podem ser usado para controlar os tremores. Alguns medicamentos naturais ajudam no tratamento do Tremor Essencial e proporciona alívio das mãos trêmulas, braço, perna e tremores de voz.

Para aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas, medicamentos, tais como levodopa, agonistas da dopamina, benzodiazepinas são úteis.
Meditação, relaxamento e tentando levar uma vida livre de estresse também ajuda.

Para fortes tremores, estimulação cerebral profunda ou cirurgia podem ser necessárias.

Atividade física e esporte ajudam, portanto...bons treinos!




Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Aumenta o consumo de medicamentos para transtornos mentais entre jovens brasileiros



Levantamento revela procura crescente por medicamentos relacionados à depressão e ansiedade


Recente estudo de mercado divulgou dados que confirmam e aumentam a preocupação em relação a um fenômeno que se acentua: os transtornos mentais, principalmente a depressão e a ansiedade, que vêm crescendo entre a população jovem em todo o mundo, revelam-se exponenciais no Brasil.

O levantamento, realizado pela empresa Funcional Health Tech, que é especializada em inteligência de dados de saúde e é a maior empresa em Benefícios Medicamentos do país, engloba os anos de 2017 e 2018 e envolve uma amostragem de 318.639 e 397.192 indivíduos, respectivamente, para cada ano. Os dados indicam que o consumo de medicamentos para o tratamento de depressão e ansiedade e a utilização de sedativos pelos jovens cresceu 7,32% e que, entre adolescentes de 15 a 17 anos, o crescimento foi mais acentuado, chegando a 21,31%.

De acordo com o Dr. Marcelo Niel, médico psiquiatra e doutor em Ciências pela UNIFESP, "Os dados oferecem importante material para reflexão, mas é necessário diferenciar o tipo de medicação prescrito, porque vemos um aumento importante de uso de ansiolíticos benzodiazepínicos na população em geral, e também entre jovens. Isso não necessariamente representa aumento dos índices de doença mental, mas talvez uma sociedade mais medicalizada, que tem maior dificuldade em suportar dificuldades e desafios. Além disso, é fato que a doença mental está sendo mais diagnosticada e notificada. Hoje, vemos que a população e os profissionais de saúde mental estão mais atentos para a importância do diagnóstico correto, inclusive para informar pacientes e familiares".

Família disfuncional, bullying no ambiente escolar, incerteza em relação ao futuro, pressão por notas altas e a entrada em uma faculdade são os fatores mais comuns para a depressão e ansiedade, revela a maioria dos estudos recentes.

Segundo o estudo mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema dos transtornos mentais, o Brasil é o país mais ansioso e estressado da América Latina, considerando-se a população de forma geral. Em escala global, o número de pessoas com depressão aumentou 18,4% nos últimos dez anos. São 322 milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra. O Brasil engrossa essa conta com 5,8% de seus habitantes, a maior taxa do continente latino-americano. O país também lidera a América Latina em relação à ansiedade, com 9,3% de sua população sofrendo dessa condição.

Além da preocupação dos profissionais de saúde mental com relação ao diagnóstico correto e a informação aos familiares durante o tratamento, vale ressaltar também que o acesso a medicamentos de forma adequada, por meio de Programas de Benefícios Medicamentos, é importante para que a população tenha mais aderência e para que o tratamento seja mais eficiente. "Programas de Benefícios Medicamentos têm o papel de ajudar as empresas a promoverem o acesso aos medicamentos mais adequados às necessidades de seus colaboradores", explica Everton de Matos Paloni, Coordenador de Health Analytics e Benefits da Funcional Health Tech.  




Funcional Health Tech

www.funcionalcorp.com.br


Mitos e verdades sobre deficiência do hormônio do crescimento



O tamanho que uma criança vai ter na vida adulta depende, principalmente, da hereditariedade. Mas, a má alimentação, situações de estresse ou doenças podem influenciar o desenvolvimento.

Há ainda crianças que apresentam deficiência na produção do chamado "hormônio do crescimento", hormônio produzido na glândula hipófise que desempenha um papel central na modulação do crescimento do corpo, desde o nascimento até o final da puberdade1. Quando o organismo não o produz naturalmente, pode surgir a necessidade de iniciar um tratamento medicamentoso.

Pais que notam diferenças no desenvolvimento dos filhos em relação a crianças de mesma idade precisam ficar atentos. O endocrinologista Daniel Freire, gerente de assuntos médicos da Sandoz, esclarece o que realmente procede quando o assunto é deficiência do hormônio do crescimento. 


O tamanho da criança é influenciado pelos genes herdados dos pais - VERDADE

Adultos altos tendem a ter crianças altas. O contrário também é válido: pais baixos têm grandes chances de gerar crianças baixas.2


Não dá para ter ideia do tamanho que uma pessoa vai ter quando parar de crescer – MITO

É possível estimar a altura da criança usando uma fórmula matemática com base na altura dos pais. O resultado dessa expressão chama-se estatura "alvo".3


Uma criança menor do que as outras da mesma idade precisa necessariamente de hormônio do crescimento - MITO

Primeiro, é preciso saber se o indivíduo está dentro do crescimento considerado "normal". Os sinais que alertam para um crescimento inadequado são: uma curva de crescimento abaixo do padrão populacional ou inferior ao esperado para o padrão genético da família, a desaceleração do crescimento com relação à velocidade esperada para a idade, sexo e grau de desenvolvimento; e a previsão de estatura final abaixo da estatura alvo familiar. Em algumas situações, incluindo a deficiência comprovada na secreção de hormônio do crescimento, o especialista poderá tratar com injeções de hormônio do crescimento.4,5 


O crescimento pode ser afetado por coisas que acontecem nas vidas das crianças - VERDADE

Os motivos pelos quais algumas crianças não crescem adequadamente podem ter a ver com condições externas – em países em guerra, por exemplo, há maior dificuldade para encontrar alimentos próprios para o consumo. A vida em ambientes estressantes, famílias em circunstâncias desfavoráveis também são capazes de alterar a curva de crescimento.6


Uma criança diagnosticada com deficiência de hormônio do crescimento pode crescer normalmente sem uso de medicação - MITO

Crianças que não produzem hormônio do crescimento suficiente são baixas para sua idade. Geralmente, apresentam proporções corporais adequadas, aspecto facial e inteligência normais, mas, às vezes, parecem mais jovens quando comparadas aos colegas da escola. 

Para estas crianças, o tratamento com hormônio de crescimento tem como objetivos normalizar a altura durante a infância e permitir que seja alcançada a estatura normal na vida adulta. Além disso, melhorias metabólicas e sobre a composição corporal também podem ser observadas com o tratamento com o hormônio de crescimento.7


O hormônio do crescimento recombinante é fabricado o mais próximo possível do hormônio do crescimento humano de ocorrência natural - VERDADE

O hormônio do crescimento artificial é fabricado através de processos biotecnológicos especiais para ser quase idêntico ao hormônio do crescimento humano de ocorrência natural. Assim, sua ação no corpo é a mesma do hormônio natural, estimulando o crescimento dos ossos e músculos e também agindo no metabolismo de proteínas, carboidratos e minerais.8

Além do tratamento, os médicos recomendam que as crianças tenham uma vida saudável e o mais importante que corram, brinquem, pratiquem esportes e respeitem os limites do corpo, descansando quando se sentirem cansadas.9




Sandoz





Referências
¹Kato Y et al. Regulation of Human Growth Hormone Secretion and its Disorders. Intern Med 2002; 41(1):7-13;
2Barstow C et al. Evaluation of Short and Tall Stature in Children. Am Fam Physician 2015; 92(1): 43-50)
3Barstow C et al.. Evaluation of Short and Tall Stature in Children. Am Fam Physician 2015; 92(1): 43-50)
4Rose SR et al.. A General Pediatric Approach to Evaluating a Short Child. Pediatrics in Review 2005; 16(11): 410-420.
5Hintz RL. Growth hormone: uses and abuses. BMJ 2004; 328(7445): 907–908.
6 Peck MN, Lundberg O.. Short stature as an effect of economic and social conditions in childhood. Social Sci Med 1995; 41(5): 733-738.
7GH Research Society. Consensus Guidelines for the Diagnosis and Treatment of Growth Hormone (GH) Deficiency in Childhood and Adolescence: Summary Statement of the GH Research Society. J Clin Endocrinol Metab 2000; 85(11): 3990-3993.
8US FDA - Somatropin Information. Disponível em http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/PostmarketDrugSafetyInformationforPatientsandProviders/ucm237839.htm. Acessado em set/18.
9 Healthy Children (from the American Academy of Pediatrics). How to get fit. Available at http://www.healthychildren.org/English/healthy-living/fitness/Pages/How-to-Get-Fit.aspx. Accessed October 2016.

A inovação também serve para o setor público?


Talvez não exista nada mais engessado do que o setor público brasileiro. Grandes ineficiências, corrupções e inúmeros outros problemas são filhos diretos de uma má gestão pública, que muitas vezes é mais preguiçosa do que corrupta.

Nosso setor público é inchado, cheio de mecanismos de contratação ruins que trazem a cargos chave pessoas incompetentes, e muitos desencontros entre bons profissionais e cargos errados para esses. Na maior parte das vezes, nosso problema é o mal feito, e não o errado, feito com segundas intenções.

O Brasil paga por essa preguiça da máquina pública há anos. Não há verbas o bastante, quando na verdade há muita verba. Não há profissionais, enquanto há muita demanda de serviço. Conseguir material para aula em uma instituição pública muitas vezes sai do bolso de professores, porque sem isso aulas não seriam dadas e novos profissionais não seriam formados com conhecimento mínimo.

Por vezes falta medicamento em uma UBS ou hospital, enquanto há sobras em outro. Um dos piores exemplos é o dos Correios, uma instituição falida que decreta, a cada dois anos ao menos, problemas financeiros severos, greves, etc, e está em um mercado monopolizado, sem qualquer sombra de concorrência, onde cobram caro, mas jamais conseguem ser eficientes e ter como se sustentar.

Muitos podem pensar que alguém ganha com isso, que há a famosa “corrupção brasileira” envolvida. A verdade é que isso pode ser especulado, mas não descarta o fato de que o maior problema é a má gestão.

Apesar disso tudo, existe uma luz no fim do túnel, e uma pequena chama da inovação está ocorrendo em algumas empresas desse setor, como por exemplo IGov SP, que é um órgão com intenção de estimular a criatividade e combater a escassez de recursos financeiros para otimizar os serviços e a gestão no Estado de São Paulo. A iniciativa visa fazer com que a gestão do conhecimento seja um aspecto crucial para promover a inovação nas secretariais estaduais. Isso é possível por meio da troca de experiências, em que os servidores públicos podem usar um blog, um vídeo do YouTube e um site para relatar ações bem sucedidas.

O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) é outro exemplo de como é importante investir na inovação no setor público. Ela foca em aperfeiçoar os processos organizacionais, com foco direcionado para as inovações tecnológicas e automatização de algumas atividades que permitiram expandir a sua produtividade.

Além disso, foram adotados mecanismos para seguir os padrões de procedimentos adotados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

Essas ações provocaram mudanças no modelo de comunicação entre os servidores do órgão e contribuíram para a melhoria dos serviços prestados, tornando mais ágil o atendimento às demandas do público-alvo.

Também podemos citar o case do Mato Grosso do Sul, o Cheff Escolar, que utiliza a tecnologia e a inovação para melhorar a gestão das merendas escolares. Isso é possível graças ao desenvolvimento de uma plataforma que calcula automaticamente o repasse de verbas para os colégios, considerando as informações do censo escolar do ano anterior.

Outra vantagem engloba a elaboração dos cardápios. A ferramenta sugere as refeições com base nas preferências alimentares dos estudantes, contemplando também os que possuem restrições na alimentação. Ela também monitora a execução dos contratos e a prestação de contas, porque acompanha as ações realizadas em cada escola e tem informações sobre as licitações em andamento.

Como vimos, existem alguns lampejos no setor público de inovação, eles são muito poucos em comparação com outros países como a Inglaterra, EUA, Chile ou Austrália, que focam boa parte dos seus recursos públicos para gerar inovação e com isso baixar custos e procuram ter uma gestão cada vez mais eficiente e eficaz.

Ainda é tempo para reverter esse cenário e nós temos o potencial para isso, basta apoiarmos essas iniciativas para essa pequena chama de inovação, se torne uma labareda cheia de energia e entusiasmo, a qual não se apagará mais!







Alexandre Pierro - fundador da Palas, consultoria em gestão da qualidade e inovação, engenheiro mecânico pelo Instituto Mauá de Tecnologia e bacharel em física nuclear aplicada pela USP. Passou por empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por áreas de improvement, projetos e de gestão. É certificado na metodologia Six Sigma/ Black Belt, especialista e auditor líder em sistemas de gestão de normas ISO. É membro de grupos de estudos da ABNT, incluindo riscos, qualidade, ambiental e inovação. Atualmente, cursa MBA em inovação.

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