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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Noé: o êxito de um pessimista


Jorge Paulo Lehman, o homem mais rico do Brasil e um dos mais ricos do mundo, foi perguntado se era pessimista ou otimista em relação à economia e às possibilidades do país. Ele respondeu: “Prefiro ser otimista. Não conheço muitos pessimistas bem-sucedidos”. De fato, as pessoas pessimistas, sempre descrentes de tudo e de todos, acabam se tornando chatas, indesejáveis e, muitas vezes, incapazes de realizar qualquer obra por descrença no sucesso.

Os extremos – ser eternamente pessimista ou ser sempre otimista – são ambos irracionais. O sujeito que é negativista, pessimista em tudo e descrente de tudo, opina e age mais em função de seu estado de melancolia interior do que em razão dos dados e fatos da realidade em questão. O contrário, aquele sujeito que acha tudo uma maravilha e não vê o mal em nada, é apenas um ingênuo acometido da “síndrome de Pollyanna”.

Em 1913, a escritora Eleanor H. Porter publicou um romance intitulado Pollyanna, que acabou se tornando um clássico da literatura infanto-juvenil. Nele, uma menina de 11 anos deixa sua cidade, após a morte de seu pai, um missionário pobre, para ir morar com uma tia rica e severa. A menina Pollyanna passa a ensinar às pessoas o “jogo do contente”, que seu pai lhe ensinara e consiste em procurar extrair algo de bom e positivo de tudo, incluindo dos eventos mais desagradáveis da vida.

A autora era presbiteriana e usava o jogo em seu trabalho de evangelização cristã, para ensinar que as pessoas devem cultivar a felicidade, o amor e o bem, mesmo nas situações mais adversas. É uma mensagem bonita, mas, se levada ao extremo, deixa a pessoa ingênua e de certa forma indefesa diante dos males que há no mundo. Já o pessimismo pode ser apenas a constatação de um mal real ou a identificação correta dos defeitos do objeto analisado.

Em se tratando de um empreendedor, cuja decisão de investimento depende de conhecer o real quadro político e econômico do país, a arte de identificar os problemas e os males do sistema não é pessimismo, é realismo para que não se tomem decisões erradas, cujo resultado pode ser a falência. O otimismo de que falava o empresário Jorge Paulo Lehman diz respeito muito mais à atitude arrojada de quem se dispõe a correr riscos calculados em ambiente de incerteza do que atitude ingênua de ver qualidades onde elas não existem.

Lehman não é nem nunca foi uma Pollyanna ingênua. Se fosse, ele jamais chegaria ao posto de homem mais rico do Brasil e empresário que, com seus sócios, está conquistando o mundo e adquirindo empresas gigantes até nos Estados Unidos. Já circulou por aí que, após seu grupo comprar empresas icônicas naquele país, Lehman e seus sócios estão de olho na compra da Coca-Cola. A ousadia deles pode ser tachada de otimismo, mas não há dúvida de que suas decisões serão duras, lógicas e realistas.

Noé se safou após o dilúvio por uma simples razão: ele resolveu acreditar no anúncio de Deus sobre a gigantesca tempestade e, com seu pessimismo, dedicou-se a construir uma arca no deserto, sob o olhar crítico daqueles que diziam que ele estava louco. Eles viviam numa região desértica, onde podia acontecer tudo, menos um dilúvio capaz de fazer a Terra sumir debaixo das águas. Diz a lenda que Noé salvou a si, sua família e os animais escolhidos por causa de seu enorme pessimismo. Muitas vezes, aquilo que chamam de pessimismo é apenas realismo sensato e lógico.

Ser otimista como um jeito de viver, com alegria no coração e vontade de agir, é uma coisa. Não acreditar nos demônios e no mal, mesmo quando estão diante de nós, é outra coisa: é ingenuidade. Estamos vivendo algo similar no Brasil, sobretudo em relação à corrupção. Uns acreditam que todos são corruptos, outros acreditam que ninguém é (sobretudo se forem de sua ideologia). Os dois lados estão equivocados.




José Pio Martins - economista, é reitor da Universidade Positivo.



CINCO DICAS DE DESAPEGO PARA CORTAR GASTOS NO MÊS


 Educadora financeira explica como enxugar as contas e poupar dinheiro



Você é daqueles que vivem reclamando que sobra mês no fim do salário? Diz que tenta, tenta, mas não tem mais onde enxugar? Talvez a palavra que esteja faltando no seu vocabulário seja "desapegar". Essa é a dica da educadora financeira e especialista em psicologia econômica Maiara Xavier. Acostumada a esse tipo de reclamação, a expert em gerir finanças afirma que o que falta para muita gente é substituir o "eu mereço" pelo "eu preciso". "O consumo consciente nos ajuda a evitar vários deslizes econômicos no dia a dia", pondera. 

"Principalmente quando pensamos nos gastos menores. A tendência é esquecermos de pesá-los em nosso orçamento e, a longo prazo, descobrirmos que eles saíram mais caro do que o previsto". Por isso, a profissional separou cinco dicas práticas para garantir o saldo positivo no fim do mês. Confira:


1. ALIMENTAÇÃO

Por mais que seja uma das atividades favoritas do brasileiro, comer fora ou pedir comida é um gasto que dá para cortar! Se você costuma fazer isso três vezes por semana e gasta em média R$ 25 por refeição, faça as contas: dá R$ 75 por semana, R$ 300 por mês, R$ 3.600 por ano. Bastante, não? A dica, então, é diminuir a frequência. Tente deixar a extravagância para apenas uma vez na semana. A economia ao longo de um ano chega a R$ 2.400, sem contar a rentabilidade que esse dinheiro investido poderia gerar.


2. CARRO

Outro queridinho do brasileiro que tem um peso grande no bolso é o carro próprio. Quem se dispõe a trocar o veículo na garagem por outros meios de transporte consegue dar uma boa economizada. Mas sem falar necessariamente de transporte público. Hoje, a oferta de aplicativos de transporte privado permite uma economia que pode chegar a até 50% no orçamento do mês com mobilidade. Isso, partindo do princípio de que o carro já esteja quitado. Para os que ainda estão pagando a parcela do financiamento, a brincadeira fica ainda mais séria. 


3. TV POR ASSINATURA

Está aí um gasto que as pessoas mantêm mais por costume do que por necessidade. Não é raro ouvir histórias de gente que paga a TV a cabo, mas só assiste a seriados, filmes e programas pela internet. Até mesmo as emissoras andam divulgando o material na rede. Vale a pena fazer as contas para ver se não é o caso de substituir a assinatura real por uma virtual. 


4. TARIFAS BANCÁRIAS

Você já parou para fazer as contas de quanto gasta com tarifa de banco e anuidade de cartão de crédito? Sugiro que pare e faça. Quantas pessoas não frequentam mais as agências, não falam com seus gerentes, mas continuam pagando aquele valor referente a tudo isso simplesmente porque o valor é baixo se comparado a outros gastos? E acabam não indo atrás de alternativas? Vale sim dar uma olhada em tudo o que tem à disposição dos correntistas hoje em dia. Conversando e negociando, esse é um gasto que você pode tirar da sua planilha. 


5. ACADEMIA

Mais uma despesa que, em tempos de aperto, dá para ficar sem. A sugestão aqui, claro, não é deixar de cuidar da saúde. Mas será que não vale correr na praça em vez da esteira? Dependendo da cidade de onde a pessoa morar, há opções gratuitas de aulas em parques, treinamentos coletivos, atividades ao ar livre... Existem até aplicativos que permitem que as pessoas frequentem boas academias por preços melhores e sem a obrigação de fazer planos que comprometam o orçamento. Você paga apenas o que usa.   







Maiara Xavier - educadora financeira, coach e influenciadora digital, com 10 anos de experiência em finanças pessoais. Acredita em uma vida com mais propósito e menos status. Especialista em psicologia econômica pela FIPECAFI, cursando MBA em Gestão Financeira e Mercados de Capitais pela FGV, criou um método chamado a Rica Simplicidade em que o essencial e o importante se unem em busca de um equilíbrio, sobrando tempo e energia para enriquecer com saúde. O objetivo é desmistificar o enriquecimento. Hoje mais de 250.000 pessoas são impactadas com seu trabalho por mês através das redes sociais. Só no YouTube já são mais de 6.400.000 visualizações em seus vídeos: https://www.youtube.com/channel/UCY3YquoE-VZIi0mg3JmqHBQ


Você sabia que cada equipamento de fiscalização eletrônica evita cerca de três óbitos e 34 acidentes por ano?


 foto: Arquivo Perkons
 

 No Brasil, o desenvolvimento e a implantação de equipamentos de fiscalização eletrônica teve início há 25 anos com a invenção da lombada eletrônica pela Perkons


Multifuncionais, os dispositivos têm diversas aplicações que ajudam a salvar vidas diariamente


Exceder o limite de velocidade, trafegar em faixa exclusiva, parar sobre a faixa de pedestres, furar o sinal, realizar conversão proibida. São mais do que infrações; são atitudes que colocam em risco a vida de outras pessoas. Assim, a fiscalização eletrônica torna-se um importante instrumento de segurança e cidadania, na medida em que auxilia os órgãos competentes no cumprimento das leis e contribui no objetivo de tornar vias públicas lugares mais humanos e democráticos. 

A Organização Mundial de Saúde recomenda no mundo todo o uso de medidores eletrônicos de velocidade – os famosos radares - como alternativa para a prevenção de acidentes de trânsito e redução da gravidade, no caso da ocorrência do evento. Os motivos ficam evidentes quando estudos como o realizado pelo IBMEC-RJ apontam que, a cada equipamento de fiscalização eletrônica instalado, são evitados cerca de três óbitos e 34 acidentes por ano.  “As tecnologias de trânsito auxiliam órgãos e gestores públicos a pensarem e gerirem mobilidade urbana, além de ajudarem a conscientizar motoristas em relação ao cumprimento das regras e leis de trânsito”, diz Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons. 

Mudança cultural, no sentido de termos 100% da população consciente de que estacionar “cinco minutinhos” em vaga preferencial é errado, requer tempo e, infelizmente, não podemos esperar de braços cruzados por ela. É aí que entra a tecnologia de trânsito. “Apenas 5% dos motoristas são enquadrados como infratores contumazes. A imensa maioria respeita a sinalização, as leis e os demais usuários da via”, explica Campos. Lamentavelmente, a minoria que não respeita causa um número cada vez maior de sinistros e óbitos no trânsito. 

Mas então porque os radares são mal vistos por parte da população? A resposta pode estar no desconhecimento de como atua e o que faz cada um desses aparelhos.


Informação também salva vidas

Além dos muitos nomes – pardal, caetano, etc – você também já deve ter ouvido, ao menos uma vez, uma notícia falsa sobre fiscalização eletrônica. À noite a câmera não funciona, se passar na contramão a imagem não é registrada, lombadas eletrônicas enxergam dentro do veículo e multam quem não estiver usando cinto de segurança, e por aí vai. Essas são algumas das muitas histórias que circulam entre a população, especialmente, por aplicativos de mensagem.  

De veracidade nesses exemplos, apenas o fato de que existem diferentes tipos de radares espalhados por ruas e rodovias. Fixos, estáticos, portáteis, discretos, ostensivos, que funcionam através de laços indutivos colocados no asfalto ou por ondas Doppler, que monitoram uma ou várias infrações. “A tecnologia avançou muito e a abrangência de funções tem garantido mais segurança por custos mais baixos”, afirma o diretor da Perkons. Mas, mesmo assim, a lombada eletrônica - invenção brasileira reconhecida no mundo todo - continua sendo apenas um equipamento fixo (não sai do lugar), ostensivo (facilmente visto), cuja função é orientar os condutores a trafegarem na velocidade estipulada para aquela via; ela não é um robô com visão infravermelha superpoderosa. “É imprescindível avaliar a fonte das informações e não repassar notícias falsas, que são um desserviço à sociedade”, pontua. 


Vocabulário do trânsito

O primeiro passo para respeitar as leis de trânsito é conhecê-las. “Uma excelente ferramenta nesse auxílio é o CTB Digital, que disponibiliza de forma gratuita, todo o conteúdo do Código de Trânsito Brasileiro comentado por especialistas. Nele é possível realizar pesquisas e, inclusive, tirar dúvidas”, conta Luiz Gustavo. Mas, além de conhecer e entender a lei, também é possível saber quais são e o que fazem cada um dos equipamentos de fiscalização eletrônica pelos quais você passa diariamente. 


Radar fixo: geralmente instalado em postes, são do tipo intrusivo (que funcionam com laços indutivos instalados no asfalto). A lombada eletrônica e os pardais são os exemplos mais famosos. 

Radar estático: funcionam por ondas Doppler e podem ser instalados em tripés e dentro de automóveis parados em locais determinados pelos órgãos competentes. 

Radar portátil: operado manualmente pelo agente de trânsito, é um equipamento não-intrusivo.

Radar ostensivo: instalado de maneira que pode ser visualizado à longa distância pelos condutores e permite que eles reduzam a velocidade do veículo

Radar discreto: instalado ao lado ou acima da via para fiscalização de velocidade. 

Radar misto: instalado ao lado ou acima da via para fiscalização de velocidade e de infrações como avanço de semáforo, parada sobre a faixa de pedestres, dentre outras. 

Radar intrusivo: utiliza laços indutivos no asfalto para fazer a medição da velocidade. 

Radar não-intrusivo: não utiliza laços no asfalto. Um exemplo são os equipamentos que funcionam por ondas Doppler. 

Lombada eletrônica: calcula a velocidade dos veículos com precisão e induz a redução da velocidade em pontos críticos das vias, perto de escolas e em ruas com grande movimento de pedestres, por exemplo. 

Lombada educativa: induz o tráfego a uma velocidade segura em determinados pontos da via. O objetivo é informar o condutor acerca da velocidade praticada por ele e sensibilizá-lo para respeitar os limites da via, sem emissão de infrações. 


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