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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Pediatras pedem que estímulo à adoção respeite as leis e preserve a integridade de crianças e adolescentes


A Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) divulgou nesta quinta-feira (23) uma nota de alerta à população sobre a necessidade de cautela no momento de se promoverem ações de estímulo à prática da adoção no País. Para a SBP, todas essas iniciativas devem respeitar a legislação vigente, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e o respeito à integridade física e emocional dos jovens.

LEIA AQUI A ÍNTEGRA DA NOTA DA SBP

A manifestação aconteceu por conta da realização de um evento, nessa semana, em Cuiabá (MT). A Associação Mato-Grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), em parceria com a Comissão de Infância e Juventude (CIJ) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), promoveu o desfile “Adoção na Passarela” sob a justificativa de dar visibilidade a crianças e adolescentes de 4 a 17 anos a espera de uma família.

CRÍTICAS - A promoção despertou crítica em várias entidades que consideraram que a iniciativa acabou por expor os jovens participantes, deixando-os numa situação de vulnerabilidade social e suscetíveis ao sentimento de frustração e à perda da autoestima. “Trata-se de uma situação delicada. Não duvidamos da boa intenção dos promotores, mas essas iniciativas devem ser pautadas por uma série de cuidados para que crianças e adolescentes não sejam prejudicadas”, disse a presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues Silva.
Na nota, a SBP pede que iniciativas do tipo não se repitam e solicita a todos os comprometidos com o objetivo nobre de estimular a adoção que tenham o cuidado de proteger a integridade psíquica e moral desses jovens, conforme determina o artigo 17 do ECA, ao desenvolverem ações com essa finalidade.

CENÁRIO - Atualmente, no Brasil, 9540 crianças e adolescentes, com idades de zero a 17 anos, estão aptas para serem acolhidas. O número é pequeno diante das 46.008 pessoas que manifestaram, oficialmente, interesse em adotar. Os dados estão no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa ferramenta digital, lançada em 2008, auxilia os juízes das Varas da Infância e da Juventude na condução dos procedimentos dos processos de adoção em todo o país.

ACESSE A PLATAFORMA COM DADOS SOBRE A ADOÇÃO NO BRASIL

Conforme mostram os números, esse quadro seria favorável a desfechos felizes. Contudo, milhares de meninos e meninas ainda permanecem nas instituições à espera de uma família, sobretudo, porque há resistência entre os interessados em acolher crianças com mais idade.

“A adoção é responsável por muitas histórias de amor, superação e felicidade. Formar uma nova família exige preparação e disposição, além de seguir as normas legais vigentes”, destaca dra Luciana Rodrigues Silva. Segundo ela, a adoção no Brasil é regida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que foi alterado, dentro do tema, pela Lei nº 13.509/2017, melhorando os prazos de cada etapa.

A Lei também mudou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), equiparando os prazos de licença, estabilidade e descansos especiais de pais biológicos e adotivos. Além disso, a lei reforçou a necessidade do acompanhamento das famílias pretendentes e das crianças disponíveis para adoção, pela Vara de Infância e Juventude (VIJ). “Esperamos que cada vez mais famílias aceitem esse desafio e essa missão”, finalizou a presidente da SBP.

Novas regras: Entenda como fazer a portabilidade do plano de saúde



Bidu esclarece como fazer o procedimento, incluindo prazos e as mudanças com a norma que entra em vigor no próximo mês, para ajudar o segurado ter acesso imediato a todos os benefícios da apólice


É bastante comum na hora de trocar de plano de saúde, a preocupação relativa ao prazo de carência. Para ajudar a entender como funcionam esses trâmites, a Bidu, plataforma online de recomendação, comparação e contratação de seguros e produtos financeiros, mostra como pedir a portabilidade, além dos prazos que o segurado precisa ter em mente, considerando as mudanças que entram em vigor em junho de 2019. Confira:


Como funciona

A portabilidade do plano de saúde permite que você
mude de plano de saúde sem precisar cumprir uma nova carência, um direito importante para o consumidor. Isso quer dizer que no novo plano, você terá acesso imediato a cobertura contratada, t anto se a mudança for na mesma operadora, como em outra. Contudo, existem algumas poucas exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que o usuário faça a portabilidade do plano de origem (o atual) para o plano destino (novo plano).


Quais são as novas regras de portabilidade

Atualmente só é permitido fazer portabilidade dos beneficiários de planos individuais/familiares e coletivos por adesão. Porém, a partir de junho de 2019, a mesma regra começa a valer para os beneficiários de planos coletivos empresariais. Assim, o cliente de um plano coletivo empresarial (planos que as empresas contratam para seus funcionários) poderá migrar para um plano individual sem cumprir carência, e vice-versa, desde que tenha a mesma faixa de preço e respeite o prazo mínimo de permanência. Vale lembrar que o consumidor deve cumprir carência apenas para as coberturas não contratadas no plano de origem em casos de upgrade. A regra vale inclusive para demitidos ou aposentados, desde que respeitados os períodos mínimos de permanência.


O que é preciso para fazer a portabilidade

Em primeiro lugar, é preciso que o seu contrato no plano tenha sido firmado depois do dia primeiro de janeiro de 1999 e você já tenha cumprido o prazo de carência do seu plano vigente. Quem faz a portabilidade de plano de saúde pela primeira vez, precisa que o plano já tenha no mínimo dois anos. Nas próximas vezes em que a mudança for feita, basta ficar com o plano pelo prazo de um ano.Agora se o seu plano atual se enquadrar em regime de Cobertura Parcial Temporária (CPT), é necessário que você tenha ficado no plano ao menos por três anos ao invés de dois.


Como fica a partir de junho

Até então, a portabilidade deve ser solicitada até 120 dias após o aniversário do contrato. Passado este prazo, o usuário precisava esperar até o ano seguinte. Com as novas regras instituídas pela ANS a partir de junho deste ano, o beneficiário não terá mais o limite de 4 meses após o aniversário o para mudar de plano, podendo fazer isso a qualquer momento, mas os prazos continuam os mesmos - dois anos de permanência no plano de origem para solicitar a primeira portabilidade e mínimo de um ano para a realização de novas portabilidades.


Como solicitar a portabilidade

Caso você cumpra todos os requisitos citados, primeiramente deve-se escolher um plano compatível com o seu, entrar em contato com a operadora e solicitar uma proposta. Peça ao seu plano de saúde uma carta de permanência para que comprovem que você contratou o plano atual há pelo menos dois anos. Junte também, os últimos três boletos, para comprovar que vem quitando o valor do seu plano em dia. Caso o plano em que você deseja mudar for um plano de saúde por adesão, ainda será necessário mostrar um comprovante de vínculo com a operadora contratante.

Com a assinatura da proposta, a instituição tem 20 dias para emitir um parecer sobre a aprovação da portabilidade. Se não receber resposta, significa que a proposta foi aprovada. Para finalizar, não deixe seu atual plano de saúde antes da devolutiva da operadora, isto evitará que você fique sem cobertura no caso de recusa da portabilidade.


O que fazer após a aceitação

Com a sua portabilidade aceita, você deve entrar em contato a operadora para solicitar sua carteirinha e demais documentos do novo plano. Ele entrará em vigor 10 dias depois de aceita a proposta. Enquanto o novo plano não estiver vigente, o segurado ainda estará coberto com o plano antigo. Após a aprovação, você deve contatar a sua operadora ant iga para informar que ocorreu a portabilidade de plano de saúde. O plano de origem deve ser finalizado no dia em que o novo começar a valer. Isso ajuda o usuário se esquivar de problemas futuros e cobranças inapropriadas.


Supremo e os requisitos para concessão de medicamentos não registrados na Anvisa



O Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (22) definiu as regras para fornecimento público de medicamentos sem registro da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na prática, o STF determinou as restrições para quem necessita de tais medicamentos, orientando como os juízes deverão agir nestes casos práticos. Há de se ressaltar, todavia, que cumpridos os requisitos, o enfermo deverá, com auxílio de um advogado, pleitear o medicamento com uma ação judicial, pois o SUS não fará de forma automática.

Os ministros determinaram que, para concessão dos medicamentos sem registro na Anvisa, é obrigatório comprovar três requisitos:

- a existência um pedido de registro do medicamento no Brasil, em trâmite por mais de 365 dias e sem conclusão, para medicamentos comuns, e em trâmite por mais de 120 dias, para medicamentos de doenças raras;

- a existência e aprovação de registro deste medicamento em agências regulatórias de outros países, a fim de comprovar que, de fato, o medicamento já passou por algum tipo de avaliação e é utilizado em outros locais;

- a inexistência de um medicamento substituto devidamente registrado que possa trazer os mesmos efeitos na recuperação da saúde da pessoa enferma, o que pode ser atestado por laudo do médico responsável pelo tratamento.

Assim, quem tiver necessidade destes medicamentos, com o laudo médico em mãos, deverá procurar um advogado e pleitear judicialmente tais medicamentos.

Importante ressaltar, por fim, que os requisitos definidos pelo Supremo Tribunal Federal não se aplicam em medicamentos sem registro na ANVISA que estejam em fase de testes, para estes casos, o Poder Público não será obrigado a conceder medicamentos.





Renato Falchet Guaracho - advogado e coordenador jurídico do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados



Funcionários são responsáveis por nove em cada dez violações de dados na nuvem


É mais provável que um incidente na infraestrutura de nuvens públicas ocorra por causa de um funcionário do que por uma falha do provedor do serviço. Esta é uma das conclusões do relatório da Kaspersky Lab ‘Entendendo a segurança da nuvem: dos benefícios da adoção às ameaças e preocupações’. As empresas esperam que os provedores de nuvem se responsabilizem pela segurança dos dados armazenados nas plataformas, porém, cerca de 90% das violações de dados corporativos na nuvem (88% em PMEs e 91% grandes corporações) acontecem devido a técnicas de engenharia social contra funcionários da empresa-cliente e não por problemas causados pelo provedor.

A
adoção da nuvem oferece processos de negócios mais ágeis às organizações, redução do investimento em bens de capital (CAPEX) e um provisionamento de TI mais rápido. Porém, há também a preocupação com a continuidade da infraestrutura de nuvem e a segurança de seus dados. Metade das empresas brasileiras estão preocupada com incidentes que afetam a infraestrutura de TI hospedadas de terceiros. As consequências de um incidente podem tornar os benefícios da nuvem redundantes e, ao contrário, despertar riscos de negócios e de reputação complicados.

Embora as organizações se preocupem principalmente com a integridade das plataformas de nuvem externas, elas estão mais propensas a ser afetadas por falhas muito mais próximas. Um quarto dos incidentes (24%) na nuvem no Brasil é causado por técnicas de engenharia social contra o comportamento dos funcionários, enquanto as ações dos provedores de nuvem são responsáveis por apenas 15% deles.

A pesquisa mostra ainda que é possível melhorar e garantir uma cibersegurança adequada ao trabalhar com terceiros. Somente 46% das empresas brasileiras já implementaram uma proteção específica para a nuvem. Talvez isso ocorra porque as empresas confiam muito na cibersegurança do provedor de nuvem. Ou elas podem ter uma falsa segurança de que a proteção padrão do dispositivo funciona naturalmente em ambientes de nuvem sem restringir seus benefícios.

O primeiro passo para qualquer empresa que está migrando para a nuvem pública é entender quem é responsável pelos dados e operações (workloads) nela. Normalmente, os provedores de nuvem têm medidas de cibersegurança exclusivas para proteger sua infraestrutura e seus clientes. Porém, quando uma ameaça está do lado do cliente, a responsabilidade não é mais do provedor. Nossa pesquisa mostra que as empresas devem prestar mais atenção à higiene digital de seus funcionários e adotar medidas que protejam seu ambiente de nuvem no lado de dentro”, afirma Maxim Frolov, vice-presidente global de vendas da Kaspersky Lab.

A Kaspersky Lab recomenda que as empresas tomem algumas medidas específicas para garantir que seus dados fiquem sempre seguros na nuvem:

• Conscientize os funcionários que eles podem se tornar vítimas de ciberameaças. Eles não devem clicar em links nem abrir anexos contidos nas comunicações com desconhecidos. Treinamentos dedicados ao assunto, como o Kaspersky Security Awareness, em formato de jogo, podem ajudar;

• Para minimizar o risco do uso não aprovado de plataformas de nuvem, instrua os funcionários sobre o efeito negativo da TI paralela e estabeleça procedimentos de compra e consumo da infraestrutura de nuvem para cada departamento; 

• Use uma solução de segurança para evitar ataques de engenharia social. Ela deve incluir proteção para servidores de e-mail, clientes de e-mail e navegadores;

• Implemente a proteção da infraestrutura de nuvem logo após a migração, assim que possível. Escolha uma solução de cibersegurança exclusiva para a nuvem, com um console de gerenciamento unificado para gerenciar a segurança em todas as plataformas e dar suporte à detecção automática de hosts, além de dimensionar automaticamente a distribuição da proteção para cada um deles; 

• O Kaspersky Hybrid Cloud Security oferece às empresas proteção multicamadas para ambientes de nuvens e cibersegurança e gerenciamento unificados. A solução detecta ameaças comuns e complexas e protege toda a infraestrutura: nuvem, ambientes virtualizados locais até às plataformas pública, como o AWS e o Microsoft Azure.

O relatório ‘Entendendo a segurança da nuvem: dos benefícios da adoção às ameaças e preocupações’ completo está disponível aqui





Kaspersky Lab

Liberação da franquia de bagagem é essencial para a liberdade de mercado e para atrair novos investimentos na aviação, aponta FecomercioSP


Apesar de a Entidade ser favorável à MP que permite 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas nacionais, é contra o destaque que permite o retorno da gratuidade de bagagens despachadas

 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do seu Conselho de Turismo, considera positiva a Medida Provisória n.º 863/18, aprovada pelo Congresso Nacional, a qual autoriza até cem por cento de capital estrangeiro em companhias aéreas com sede no Brasil. Para a Entidade, a decisão trará ao mercado, condições para novos investimentos, abertura de novas companhias e criação de mais concorrência.

Contudo, apesar de a MP ser benéfica à economia, a Entidade é contrária ao destaque, que restabeleceu a franquia de bagagem de até 23 quilos nas aeronaves a partir de 31 assentos em voos nacionais, e espera que seja vetado. A Federação reforça que a liberação da franquia de bagagem é uma receita extra para as companhias poderem equilibrar seus custos, como funciona em um mercado livre, e a sua volta cria uma barreira para os interessados em investir no setor aéreo no País, principalmente as low-cost e low-fare (custo baixo ou tarifa baixa).

Para a FecomercioSP, um ambiente mais próspero e seguro para os negócios  depende de um mercado aberto, com menos interferência do Estado. Além disso, a prática na aviação internacional é a de que as empresas definam se irão ou não cobrar pela bagagem despachada e estabeleçam a política de preços.

A Federação ressalta ainda que o destaque contraria os princípios da MP 881/2019, que instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, como presunção de liberdade no exercício de atividades econômicas; presunção de boa-fé do particular; e intervenção subsidiária, mínima e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades econômicas.

Desde maio de 2017, uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou as empresas brasileiras a cobrar taxas extras para o despacho de bagagem, o que poderia reduzir o custo das passagens aos clientes que portassem apenas as pequenas malas de mão a bordo. No entanto, os deputados que incluíram o destaque à MP 863/18 alegaram que não houve nenhuma redução nos custos.

De acordo com a FecomercioSP, entretanto, o peso da bagagem sobre a formação de preço é muito pequeno em relação a duas outras variáveis:  combustível (40% dos custos) e câmbio (impacto sobre 60% dos custos) – esse último influencia no próprio preço do querosene de aviação, leasing, equipamentos, entre outros. Desde maio de 2017 até o momento, o real desvalorizou 28%, e combustível aumentou 50%, o que impossibilitou a redução de preços das passagens nesse período.

A Entidade ressalta que a MP 863/18 deve trazer novos investimentos para o País, sobre um mercado que precisa de mais concorrência para ampliação de rotas regionais e maior oferta de assentos em trajetos já consolidados e de alta demanda. Com isso, em médio prazo, os consumidores vão perceber alterações nos preços finais das tarifas.




Em dez anos, acidentes de trânsito consomem quase R$ 3 bilhões do SUS



No Brasil, a cada 60 minutos, em média, pelo menos cinco pessoas morrem vítimas de acidente de trânsito. Os desastres nas ruas e estradas do País também já deixaram mais de 1,6 milhão de feridos nos últimos dez anos, ao custo direto de quase R$ 3 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os números fazem parte de um levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que nesta semana realiza em Brasília (DF) um evento nacional para entender esse problema que atinge proporções epidêmicas.

Para o coordenador da Câmara Técnica de Medicina de Tráfego do CFM, José Fernando Vinagre, os números mostram que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública e que provoca sobrecarga nos serviços de assistência, em especial nos prontos-socorros e nas alas de internação dos hospitais. “É preciso reconhecer o importante aprimoramento da legislação ao longo dos anos e também o aumento na fiscalização, especialmente após a Lei Seca. No entanto, precisamos avançar nas estratégias para tornar o trânsito brasileiro mais seguro”, destacou.

Segundo a análise do CFM, a cada hora, em média, cerca de 20 pessoas dão entrada em um hospital da rede pública de saúde com ferimento grave decorrente de acidente de transporte terrestre. Ao avaliar o volume total de vítimas graves do tráfego nos últimos dez anos (1.636.878), é possível verificar que 60% desses casos envolveram vítimas com idade entre 15 e 39 anos, sendo menor a frequência nas faixas etárias que vão de zero a 14 anos (8,2%) e em maiores de 60 anos (8,4%). Outra constatação: quase 80% das vítimas eram do sexo masculino.
                         
Mais vítimas – Entre 2009 e 2018, houve um crescimento de 33% na quantidade de internações em todo o País. O pior cenário, proporcionalmente, foi identificado no estado de Tocantins, que saiu das 60 internações, em 2009, para 1.348, no ano passado (aumento de 2.147%). Na sequência aparece Pernambuco, onde o salto foi de 725% na última década. Apenas cinco estados registraram queda no número de internações por acidente de transporte: Maranhão (redução de 40%), Rio Grande do Sul (22%), Paraíba (20%), Distrito Federal (16%) e Rio de Janeiro (2%).



Em números absolutos, 43% do volume total de internações registradas no SUS no período ficou concentrado em estados do Sudeste, região que reúne também metade da frota de veículos automotores do País. Outros 28% dos casos graves ficaram no Nordeste e o restante ficou diluído entre o Sul (12%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7%).

Para a presidente da CFM, Carlos Vital, a solução para reduzir os acidentes depende de uma série de fatores de prevenção, reforço na fiscalização e sinalização, além de questões de infraestrutura e aprimoramento dos itens de segurança dos veículos. “Neste contexto, os médicos desempenham papel fundamental nas discussões sobre direção veicular segura. O impacto desses acidentes nos serviços de saúde é alto. Leitos são ocupados, hospitais e médicos se dividem no atendimento entre os acidentados e os que procuram assistência médica para patologias que não poderiam prevenir, diferentemente dos acidentes de trânsito, que podem ser reduzidos e prevenidos”, destacou.

Sobrecarga para o SUS – Se por um lado as tragédias no trânsito trazem dor e sofrimentos aos pacientes e seus familiares, por outros elas também estendem suas consequências para o bolso dos brasileiros. Na última década, as internações hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito consumiram cerca de R$ 2,9 bilhões do SUS, em valores atualizados pela inflação do período.


Antonio Meira Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e membro da Câmara Técnica do CFM, lembra que os custos com os acidentes de trânsito vão além das hospitalizações. “Estamos falando de um custo médio de aproximadamente R$ 290 milhões ao ano, que obviamente foi investido para salvar vidas, o que é justificável. Se conseguíssemos diminuir o número de vítimas do trânsito, no entanto, teríamos um impacto muito grande também nas contas públicas. São recursos que poderiam ser direcionados para outras áreas prioritárias da assistência em saúde no País”, pontua.
                                                                                          
Estimativas conservadoras, segundo ele, calculam em cerca de R$ 50 bilhões ao ano os gastos com os acidentes, incluindo atendimento médico-hospitalar, seguros de veículos, danos a infraestruturas, perda ou roubo de cargas, entre outras despesas. “É preciso lembrar que existem outros custos envolvidos neste contexto, como o do absenteísmo por doença (falta do trabalhar por atestado ou licença-saúde), com auxílios doença e tudo o mais que o País tenha investido no indivíduo que veio a óbito ou que ficou inválido em idade produtiva. Mais grave do que toda essa matemática, porém, são as sequelas físicas e emocionais – muitas vezes irreversíveis – que cada um destes acidentes deixa na vida das pessoas”.

Mortalidade em queda – Segundo o levantamento do CFM, que considerou ainda dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, só em 2016 (ano mais recente disponível), foram registrados 37.345 óbitos decorrentes de acidentes de transportes terrestres. Embora a quantidade seja a menor registrada no período analisado (2007 a 2016), o número de mortes tem avançado em alguns estados, sobretudo das regiões Nordeste e Norte do País.


Na região Norte, a mortalidade por acidentes subiu 30%. Da mesma forma, no Nordeste houve um crescimento de 28% dos casos. No Centro-Oeste também houve aumento do indicador (7%), enquanto nas regiões Sul e Sudeste apresentaram menor quantidade de óbitos em 2016, frente à 2007, com queda de 15% e 18%, respectivamente.

Embora os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná liderem o ranking nacional em números absolutos de mortes no trânsito durante os últimos dez anos, o Piauí foi a federação que apresentou o maior crescimento proporcional no período: 56%. Em 2007, 670 óbitos haviam sido registrados naquele estado, número que saltou para 1.047 dez anos depois. Na mesma proporção, de 56%, cresceram os registros vítimas fatais no Maranhão no período. Ao todo, 16 estados notificaram aumento desse tipo de agravo.

De outro lado, o estado mais populoso do País informou queda na quantidade de óbitos desta natureza. Em 2016 foram 5.740 mortes, 24% a menos que o indicado em 2007 (7.550). No quadro nacional, também figuraram com redução significativa de casos fatais no período os estados de Santa Catarina e Roraima, ambos com queda de 23%; Distrito Federal (22%); e Espírito Santo (20%).




Cerca de 65% da população adulta já foi vítima de crime cibernético



Professor do curso de Investigação Profissional da Uninter dá dicas para manter a privacidade e segurança na internet


Os crimes cibernéticos se tornaram uma epidemia global e já atingem 65% da população adulta, como aponta o Relatório de Crimes Cibernéticos NORTON: O Impacto Humano, divulgado no ano passado. O estudo expõe a extensão desses acontecimentos, registrados em maior quantidade na China, Brasil, Índia e Estados Unidos.

Vírus de computador e ataques de malware são os tipos mais comuns; ataques de phishing, roubo de perfis de redes sociais e fraude de cartão de crédito também estão na lista dos problemas detectados no relatório. Na Nova Zelândia, Brasil e China, 6 entre 10 computadores estão infectados (61%, 62% e 65% das máquinas, respectivamente). 

“Poder postar algo na internet é tentador, como compartilhar os momentos que são merecedores de destaque, desde uma foto até uma opinião. Está muito difícil mantermos a privacidade em meio a tanta tecnologia. Mas isso é bom? Não estamos nos colocando em perigo e expondo nossas vidas?”, questiona Armando Kolbe Júnior, professor do curso de Investigação Profissional do Centro Universitário Internacional Uninter.

O especialista listou algumas dicas simples para auxiliar na preservação da intimidade e evitar assédios com o uso da internet e principalmente das redes sociais.

1.       Atenção redobrada ao divulgar por meio de fotos e check-ins o endereço de residência ou lugares que frequenta. Uma dica útil é postar nas redes após sair do local. 

2.      Evitar divulgar fotos de crianças, principalmente com uniformes escolares. Colocar apenas a imagem sem a localização pode ser uma alternativa para quem quer fazer postagens.

3.      Evitar publicações que exponham placa de veículo.

4.      Alterar a senha das redes sociais e e-mail periodicamente; o ideal seria fazer isso a cada três meses.

5.      Analisar bem a pessoa que solicita amizade ou faz qualquer tipo de contato antes de adicioná-la nas redes sociais.

6.      Ficar atento a e-mails, links e SMS falsos: fenômeno chamado de phishing, em que criminosos “pescam” os dados pessoais logo após o clique.

7.       Utilizar o modo de navegação anônima para garantir mais privacidade. Disponível em navegadores como Firefox e Chrome. Neles, basta usar o comando Ctrl+Shift+N.

8.      Manter softwares e antivírus sempre atualizados, pois os fabricantes costumam lançar atualizações que corrigem algumas falhas, inclusive contra vírus. 

DIA MUNDIAL SEM TABACO (31/05)



Conheça 7 efeitos nocivos que acontecem ao seu organismo quando você fuma


Segundo oncologista, a melhor maneira de controlar as doenças e os impactos negativos à saúde causados pelo cigarro é parar de fumar


Fumar pode causar diversos tipos de câncer, infarto, AVC, envelhecimento precoce, deixa os dentes amarelados e aumenta até mesmo as tão temidas celulites, entre muitos outros malefícios. Porém, nenhum argumento é suficiente por si só para deixar o cigarro. Isso porque o hábito de fumar envolve dependência à nicotina, uma droga bastante poderosa que atua no sistema nervoso central, assim como a cocaína, heroína e o álcool.

O tabagismo é uma doença, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa de morte evitável em todo o mundo, vitimando quase seis milhões de pessoas todos os anos. E o pior: deste número, 600 mil são fumantes passivos, indivíduos que não fumam, mas que convivem com quem o faz.

O câncer de pulmão está entre as doenças mais graves causadas pelo cigarro, porém ele também pode causar tumores na boca, laringe, faringe, estômago, pâncreas, rim, colo de útero e bexiga. “A melhor maneira de controlar as doenças e os impactos negativos à saúde causados pelo cigarro é parar de fumar”, afirma Dr. Fernando Santini, oncologista e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Dr. Santini explica que a ação do cigarro ocorre de forma simples, porém rápida e avassaladora. “Assim que se coloca o cigarro na boca e aspira a fumaça, esta alcança os pulmões. De lá, a nicotina passa rapidamente para a circulação sanguínea, espalhando-se pelo corpo inteiro até chegar ao cérebro, onde exerce sua ação aditiva. Na verdade, ela chega mais depressa ao cérebro quando aspirada do que quando injetada na veia”, diz o oncologista.

Ele descreve 7 efeitos altamente nocivos ao organismo para explicar o que ocorre com um paciente assim que ele começa a fumar.


1 – Reação à temperatura da fumaça

Assim que o cigarro é levado à boca, tem início uma reação inflamatória provocada pela temperatura elevada da fumaça. Ela queima não só os pulmões, mas toda a via aérea. “Uma prova disso é o reflexo de tosse que acompanha as baforadas dos principiantes”, explica o médico.

A combustão resultante dessa agressão térmica gera partículas reativas de oxigênio, os chamados radicais livres, que têm a capacidade de oxidar as estruturas celulares, destruindo a base arquitetônica dos pulmões.


2 – Lesão das vias respiratórias

Ao fumar com frequência, o paciente têm suas vias respiratórias completamente lesadas. O revestimento interno do aparelho respiratório não suporta a toxicidade nem a alta temperatura da fumaça e começa a sofrer um processo de substituição de células.


3 – Alteração da produção de muco

A produção de muco passa a aumentar significativamente porque ele funciona como capa protetora do tecido epitelial que reveste as vias aéreas, e pode ajudar a expelir os elementos irritantes que foram inalados. Nos brônquios, a fumaça também provoca uma reação inflamatória que causa destruição progressiva da árvore brônquica.

Por isso, já no dia em que a pessoa começa a fumar, a integridade do aparelho respiratório fica comprometida por duas razões: primeiro porque há a destruição dos alvéolos, o que caracteriza uma doença chamada enfisema pulmonar. Segundo porque ocorre a mudança da composição do revestimento dos brônquios, o que acaba levando à doença conhecida como bronquite.


4 – Estímulo cerebral

A nicotina estimula a produção de dopamina, um dos maiores mediadores químicos das células que atua nos grandes centros de prazer do cérebro. Desse modo, a nicotina proporciona uma falsa sensação de bem-estar que mascara os milhares de ingredientes venenosos que ingressam no organismo do fumante.


5 – Ingestão de substâncias nocivas

Cada cigarro possui cerca de 4.720 substâncias nocivas. Uma delas é o alcatrão, resíduo altamente tóxico, cancerígeno e de cor negra – por isso o pulmão de quem fuma fica escuro. Outra é a naftalina, utilizada como veneno para matar baratas.

Ao queimar, o cigarro também libera, por exemplo, o monóxido de carbono, que reduz a concentração de oxigênio no sangue. Esse gás se junta com a hemoglobina e impede que ela faça seu trabalho de levar oxigênio para o restante do corpo – o que pode causar a morte por falta de ar.

Já o acetato de chumbo tem efeito cumulativo no organismo, uma vez que jamais é eliminado. Depois de anos de consumo, pode provocar danos ao cérebro, além de contribuir para o desenvolvimento de diversos tipos de cânceres. Outra substância extremamente prejudicial é a amônia, que quando inalada tem efeito corrosivo nas mucosas.


6 – Dependência química

A nicotina pouco contribui para as doenças causadas pelo cigarro, porém ela é a responsável pela dependência química que escraviza o fumante porque estimula a produção de dopamina, aumentando a sensação de prazer.

Ao tentar parar de fumar, cortando a nicotina, o cérebro do fumante recebe menos dopamina e, para compensar, produz mais noradrenalina. Por isso, quando alguém tenta largar o cigarro, sente-se nervoso e irritadiço – essa irritabilidade pode durar semanas.


7 - Vasoconstrição

Além do estímulo à produção de dopamina, a nicotina também provoca vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguineos apertam-se e têm seu diâmetro reduzido. Com isso, há o aumento da pressão arterial.

Ela também causa mutações no DNA das células, que passam a se reproduzir de forma deficiente, o que se traduz perfeitamente no desenvolvimento do câncer.

“Pacientes com idade entre 55 e 80 anos, que fumaram pelo menos o equivalente à um maço por dia no período de 30 anos, que continuam fumando ou que pararam nos últimos 15 anos, devem fazer rastreamento anual de câncer de pulmão com tomografia computadorizada de tórax. Com esses cuidados, o risco de morte reduz em até 40%”, complementa Dr. Santini.

Ele completa dizendo que não existe um número aceitável de cigarros a serem consumidos diariamente. “Em um único cigarro, já é possível encontrar substâncias lesivas ao pulmão no ar exalado, como o peróxido de hidrogênio”, finaliza ele.





Instituto Lado a Lado pela Vida 


Novo regulamento de Segurança Contra Incêndios permite que Corpo de Bombeiros multe edificações e áreas de risco



Multa pode chegar até 265 mil reais; São Paulo registrou 6.641 incêndios, em 2018


As medidas de segurança contra incêndios mudaram no Estado de São Paulo. O Decreto nº. 63.911, em vigor desde abril, concede ao Corpo de Bombeiros (CBPMESP) poder para aplicar multas para prédios e condomínios que não cumprirem normas de segurança contra incêndios. O valor pode chegar até 265 mil reais. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o estado registrou 6.641 incêndios em edifícios, em 2018.

O Corpo de Bombeiros atua na execução de atividades de Defesa Civil, Prevenção e Combate a Incêndios, e eram acionados em casos de sinistro ou vistoria com a emissão do atestado. Agora, o decreto torna esses profissionais agentes fiscalizadores e estabelece o aval para procedimentos administrativos e operacionais para a fiscalização nos condomínios.

De acordo com o engenheiro da SEG, empresa de Sáude e Segurança Ocupacional, Eduardo Belarmino, os edifícios se tornarão ambientes mais seguros e vidas serão salvas em caso de ocorrências. “É importante que as empresas sejam orientadas por profissionais habilitados e capacitados, que possuam registro no CREA/SP, bem como a emissão da ART [Atestado de Responsabilidade Técnica], quando a vistoria acontecer”, explica Belarmino.

O Decreto nº. 63.911 conta com uma alteração significativa do poder de fiscalização ao Corpo de Bombeiros, que agora poderá averiguar o cumprimento do AVCB - licença emitida pelo próprio CBPMESP, que valida as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco. “Os prédios devem emitir essa licença, que passará por análise técnica, para garantir que o imóvel está em acordo com a legislação e que existe um técnico responsável pelo projeto da edificação”, explica o engenheiro da SEG Saúde Ocupacional.

São Paulo registrou 6.641 incêndios em 2018, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Em 2017, foram 6.635, incluindo ocorrências em prédios unifamiliares, como casas. “O CBPMESP poderá interditar temporariamente o local e comunicar o setor de fiscalização das prefeituras municipais, sem prejuízo da adoção das providências, mas aplicará penalidades cabíveis”, diz Belarmino.

A multa pode chegar a R$ 265 mil, dependendo da gravidade, para os empreendimentos que não estiverem em ordem com seus sistemas de prevenção e combate a incêndio.

Universidade oferece tratamento gratuito para extração de dente


As vagas são limitadas e as inscrições podem ser realizadas por e-mail ou telefone


A Clínica de Pós-graduação em Odontologia da Universidade UNIVERITAS/UNG está selecionando pacientes entre 18 e 50 anos, que apresente indicação de extração de algum "dente da frente" (entre os pré-molares) na arcada superior. Ao total, serão oferecidas 40 vagas, totalmente gratuitas. 

A cirurgia tem duração de aproximadamente uma hora e após a remoção do elemento dentário, os indivíduos receberão um enxerto ósseo, com o objetivo de manter o osso na área, para posterior instalação de implantes.  

De acordo com o professor do curso de Pós-graduação em Odontologia da UNIVERITAS/UNG, Marcelo de Faveri, o procedimento faz parte de uma pesquisa desenvolvida pelos alunos e professores da pós-graduação. "Existem vários fatores que podem levar a extração do dente, como uma cárie muito profunda, uma infecção que destruiu grande parte do dente ou do osso, e caso não haja espaço suficiente na boca para acomodar todos os dentes", explica. 

Os interessados devem agendar a avaliação por meio do telefone (11) 2464-1726 ou pelo e-mail: pesquisa.exodontia@gmail.com. A Clínica de Odontologia da Universidade fica localizada na Praça Tereza Cristina, 88, Centro, Guarulhos.  



Serviço:
Avaliação para extração de dente
Local: Praça Tereza Cristina, 88, Centro, Guarulhos
Telefone: (11) 2464-1726
Atendimento gratuito 


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