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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Sete dicas para prevenção de trabalhadores contra a Covid-19 em hotéis e restaurantes

A pandemia do coronavírus levou grande parte das empresas a viabilizar o home office, objetivando o incentivo ao isolamento social. No entanto, para funcionários de restaurantes, bares e hotéis, por exemplo, o trabalho remoto não é uma opção. Depois de alguns meses com as atividades suspensas, esses estabelecimentos foram autorizados - por meio do Decreto nº 64.881/2020 decreto do geverno de São Paulo - a retomar o funcionamento, mas fez-se necessária a adoção de cuidados específicos na rotina a fim de garantir a segurança dos trabalhadores.

Nesse momento, a tarefa primordial dos sindicatos voltados a esse segmento é se preocupar com aquilo que há de mais importante: a saúde de cada um. Para isso, o primeiro passo é promover a conscientização de que o próprio funcionário é o principal agente no combate à disseminação da doença. Por mais que a obrigação de oferecer um ambiente de trabalho seguro seja do empregador, se o empregado não estiver ciente de que ele deve usar máscara corretamente, lavar as mãos e respeitar as regras de distanciamento, ele mesmo se coloca em risco.

A observância dessas normas permite a manutenção de um ambiente seguro e a diminuição dos índices de contaminação do vírus. Mas, é preciso ir além. Por isso, elenquei aqui sete dicas para ajudar na contenção da doença.

#1 - Uso de uniformes: O protocolo sugere que o trabalhador não utilize o uniforme no seu trajeto, apenas no ambiente de trabalho. Ao fim do seu expediente, ele deve colocá-lo num saco plástico para isolá-lo. É muito importante que as empresas adotem mecanismos nos próprios vestiários para possibilitar que o trabalhador possa fazer essa troca de maneira segura.

#2 - Equipamentos de proteção: A empresa que adotar a máscara de pano, deve fornecer ao trabalhador, no mínimo, cinco máscaras, que devem ser higienizadas pelo próprio trabalhador. Caso a empresa forneça máscaras descartáveis, ela deve fornecer pelo menos três máscaras ao dia. Bares e restaurantes também devem fornecer face shields e luvas descartáveis.

#3 - Manutenção do ar condicionado: Os estabelecimentos devem manter portas e janelas abertas, permitindo a circulação do ar. Quando a empresa faz a utilização de ar condicionado, ela deverá obedecer à legislação vigente, realizando a higienização regular, feita por profissionais especializados, e registrando esses cuidados para que sejam apresentados ao em caso de fiscalização.

#4 - Preparo de comidas e delivery: Toda vez que o trabalhador tiver contato com um alimento, antes ou depois do preparo, ele deverá ter lavado as mãos com sabão ou utilizado álcool 70%. Em delivery, o protocolo incentiva que o cliente e o trabalhador tenham o mínimo de contato possível e que ambos façam o uso de máscaras.

#5 - Grupo de risco: O protocolo indica que os trabalhadores pertencentes ao grupo de risco, por terem idade acima de 60 anos ou outras cormobidades deverão receber especial atenção e cuidados das equipes médicas.  A sugestão do sindicato é que a empresa entre em um acordo com o trabalhador para a manutenção do emprego sem prejuízo à vida. Vale reforçar que os trabalhadores do grupo de risco que precisem retornar ao trabalho devem ser ainda mais cuidadosos com relação a sua própria proteção, exigindo também que o seu empregador adote as medidas de segurança.

#6 - Aparição de sintomas: Todo trabalhador que apresentar sintomas de gripe deve ser afastado imediatamente e fazer o teste PCR entre o terceiro e o sétimo dia de sintomas. Dando positivo, deve permanecer em isolamento por 14 dias. O trabalhador só poderá retornar às atividades com o fim dos sintomas ou com o resultado negativo do teste. O protocolo também determina mecanismos diários de controle, como que todos os funcionários e clientes meçam a temperatura ao adentrar o estabelecimento. Além disso, é indicado que os estabelecimentos financiem a vacinação para todos os trabalhadores contra a H1N1.

#7 - Fiscalização: É importante também que o empregado esteja sempre atento quanto aos seus direitos. Em caso de irregularidades, ele pode contar com o sindicato, fazendo denúncias anônimas e/ou utilizando o canal de comunicação no campo “retomada segura”, na página do Sinthoresp, onde também estão disponíveis aos trabalhadores todos os protocolos de segurança. O Sindicato está à disposição do trabalhador para que ele possa contar com um mecanismo de suporte e tomar as medidas cabíveis, visando exigir a fiscalização.

Para os próximos meses, com uma possível vacinação em massa, a expectativa é a retomada integral do setor e a recolocação de pessoas que perderam os empregos durante a pandemia. Mas, enquanto a vacina não chega, precisamos manter o segmento atuando e, para isso, é necessário que a sociedade como um todo respeite as regras, de forma a propiciar a proteção à vida do cliente, do trabalhador, do fornecedor e do próprio proprietário. Ou todos ganhamos essa batalha, ou todos perdemos a guerra.




Alan de Carvalho - advogado do Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e região).


Trabalhou Tem Direito

 www.trabalhoutemdireito.com.br

Home office causa mais queixas de dor na coluna e aumenta a procura por especialistas em clínicas ortopédicas

Médico alerta para a postura adequada e dá dicas para prevenir lesões 


Com o isolamento social causado pela pandemia do coronavírus, uma das mudanças mais perceptíveis foi a adoção ao trabalho em casa. O modelo trouxe uma solução para que empresas de diferentes setores pudessem manter suas atividades. Porém, a adaptação ao home office trouxe algumas queixas relativas ao bem-estar físico. Estudo recente publicado pela FGV, mostra que houve maior frequência do que o habitual sobre mais dores nas costas (58%), no pescoço (75%), fadiga ocular (55%), perda de sono (55%) e dores de cabeça (53%).

Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 15.9% dos trabalhadores receberam do empregador algum suporte para adaptação em casa. "Sem acesso ao equipamento adequado para preservar a ergonomia correta, as queixas de dores certamente crescem significativamente", explica o ortopedista Dr. Pedro Baches, da Clínica SO.U.

Ele ainda nota a mudança no quadro de especialidades mais procuradas pelos pacientes neste ano. "Em 2020, as visitas às clínicas motivadas por dores na coluna lideraram os nossos atendimentos, seguidas por queixas no joelho e nas mãos. Em 2019, a ordem de busca por especialistas era de joelho, coluna e pé. Observando esse cenário, vemos claramente que há uma mudança de hábitos", diz o médico.

Algumas atitudes simples no dia a dia podem colaborar para a diminuição das dores causadas pelas longas horas de trabalho em casa. Confira, abaixo, algumas dicas do especialista para evitar as lesões na coluna e joelho decorrentes do trabalho em casa:

• Manutenção do peso: ainda que considerado um desafio no período de isolamento, manter uma dieta balanceada é uma boa atitude para controlar o peso e diminuir a sobrecarga nos músculos.

• Movimente-se: é importante estabelecer momentos a cada uma hora para alongar-se, evitando períodos longos sentado.

• Atenção à postura: na ausência de uma cadeira ergonômica, busque manter seu corpo em um ângulo de 900 e a tela do computador na altura dos olhos.

• Faça exercícios: ainda que dentro de casa, busque manter uma rotina de exercícios simples que fortaleçam sua coluna, glúteos, coxa e joelhos.


7 dicas para prevenir a infecção urinária durante o verão


Durante a época mais quente do ano, estima-se que problemas urinários, incluindo infecções, cresçam principlalmente entre o público feminino

 

Para a maioria das pessoas, o verão é sinônimo de férias, sol, praia ou piscina e muita diversão! No entanto, este período também pode representar um grande desconforto, principalmente para as mulheres, provocado pela temida Infecção do Trato Urinário (ITU) ou apenas infecção urinária.

Nos meses de temperaturas mais elevadas, a desidratação é a principal causadora desse tipo da doença. Isso porque, se perde mais líquidos com a respiração e o aumento da transpiração e nem sempre essa água é reposta como deveria, gerando uma menor quantidade de urina.

“A micção é nossa principal forma de se proteger contra a infecção de urina. E temperaturas mais altas exigem um controle maior sobre nossa hidratação para que não se reduza muito nosso volume urinário”, explica  Willy Baccaglini, médico Urologista.

Outro fator que também corrobora com o surgimento da infecção é que nessa época do ano ocorre o aumento da umidade na região íntima e isso pode gerar um desiquilíbrio no número de bactérias e germes presentes nessa área.

Mas, segundo Dr. Baccaglini, a bactéria Escherichia coli, que está naturalmente presente no intestino, está entre as principais inimigas do aparelho urinário.

O fato é que a combinação entre a desidratação e o aumento da umidade vaginal são os principais causadores de infecções urinárias durante a temporada mais quente do ano.

 

Entenda por que as mulheres são mais suscetíveis ao problema

Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 30% das mulheres vão apresentar infecção urinária leve ou grave pelo menos uma vez na vida, mas a questão não para por aí.

A mulher tem 50 vezes mais chances do que o homem de desenvolver a doença por uma questão simplesmente anatômica. “A uretra da mulher é muito mais curta do que a do homem, além de ser mais próxima do ânus, o que facilita que bactérias cheguem ao aparelho urinário”, esclarece o Dr. Baccaglini.

 

Dicas de prevenção contra a infeção urinária

Como sempre, a prevenção é a melhor opção, ainda mais em época de férias, onde a prioridade é o descanso, mas obviamente sem deixar o cuidado com a saúde de lado. E algumas ações simples são primordiais para evitar o desconforto provocado pela doença. Confira as dicas do médico Urologista para prevenir a infecção:

1 – Beba bastante água. O recomendado é pelo menos dois litros por dia. O hábito, além de manter a hidratação do corpo aumentar o fluxo urinário para a eliminação de bactérias, também traz diversos benefícios para a saúde como um todo.

2 – Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Evite duchas vaginais e, quando for ao banheiro, usar o papel higiênico sempre da frente para trás.

3 – Não segure o xixi. Lembre-se que reter a urina da bexiga aumenta o número de bactérias no trato urinário.

4 – Evite roupas íntimas apertadas e de tecido sintético. Elas retêm muito calor e aumentam a umidade da região.

5 – Troque os absorventes higiênicos com maior frequência. Assim, evita-se a proliferação de bactérias.

6 – Nada de ficar com o maiô ou biquíni molhados por muito tempo. Isso também aumenta a umidade da região íntima.

7 – Lave bem as mãos. Este é outro hábito que ajuda a prevenir a infecção urinária e outros tipos de doenças.  

 

Entenda os diferentes tipos de infecção e se atente aos sintomas

É importante ressaltar que, dependendo da estrutura do trato urinário que for afetada, a infecção possui nomes diferente. “A uretrite, ataca diretamente a uretra, enquanto a cistite acomete a bexiga. A pielonefrite indica que a infecção já atingiu os rins e representa um caso mais grave”, explica o especialista. 

Os casos mais comuns da doença são a uretrite e cistite, consideradas infecções do trato urinário baixo (ITU). Com maior incidência, estima-se que 50 a 80% das mulheres apresentarão ao menos um episódio de cistite ao longo da vida, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.

“Para evitar o caso mais grave da infecção é imprescindível que a mulher ao surgimento dos primeiros sintomas procure o atendimento para que receba o tratamento de forma adequada”, alerta o Dr. Baccaglini.

 


Dr. Willy Baccaglini - Especialista em Uro-Oncologia; Mestre em Medicina Sexual pela FMABC; Professor voluntário no curso de graduação de Medicina na FMABC; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU);Membro da American Urological Association, da European Urological Association e da Confederación Americana de Urología; Membro do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein como Uro-Oncologista. Atua em outros conceituados hospitais como Oswaldo Cruz e São Luiz.


A saúde bucal dos hemofílicos

 No Dia do Hemofílico no Brasil, cirurgião-dentista defende escovação, uso de fio dental e cuidados de rotina normais para quem tem hemofilia

 

Pessoas com hemofilia devem tratar da saúde bucal normalmente. Esse é o recado da Odontologia para o 4 de janeiro, o Dia do Hemofílico no Brasil. E o alerta é importante, uma vez que o país possui a 4ª maior população mundial com a doença, segundo dados da Federação Mundial de Hemofilia (World Federation of Hemophilia). São cerca de 13 mil pacientes em território brasileiro.

A hemofilia é uma condição que implica em problemas de coagulação, ou seja, pacientes hemofílicos são mais propensos a sangramentos. Mas, a doença não leva a nenhuma alteração bucal. “Quem tem hemofilia deve escovar os dentes e fazer o uso do fio dental rotineiramente, como qualquer outro paciente. Quanto melhor a saúde da boca, menor o risco de sangramento”, explica o Dr. Luiz Alberto Valente Soares Junior, membro da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). “No hospital, fazemos retornos semestrais para crianças e anuais para adultos para o controle da saúde bucal”, completa o cirurgião-dentista que também atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 

Apesar de não ter cura, a hemofilia é tratável. São dois tipos: A e B, que podem manifestar-se de forma grave, moderada e leve. Tirando a condição leve, que pode demorar para ser percebida, os outros dois graus da doença costumam dar sinais logo no nascimento ou na infância. “Por isso, é improvável descobrir ser hemofílico na ida ao consultório. Em todo caso, é obrigação do cirurgião-dentista questionar e conhecer o paciente antes de qualquer tratamento”, afirma.

A entrevista do paciente, chamada de anamnese, ditará os cuidados necessários, voltando a atenção do profissional para quaisquer procedimentos que possam causar sangramentos. Já as cirurgias só devem ser realizadas por cirurgião-dentista habilitado com expertise em coagulopatias. “No estado de São Paulo, geralmente, esse atendimento é feito nos centros de referência, sejam hemocentros, hospitais ou faculdades”, aponta. Afinal, são esses locais que oferecem o tratamento e a prevenção de complicações aos pacientes hemofílicos através da rede de 32 hemocentros em todas as regiões do Brasil.

A saúde bucal do hemofílico é tão importante quanto a de qualquer outro paciente e com o acompanhamento correto não oferece riscos à vida ou à integridade física.  

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Excessos nas festas de final de ano e férias podem causar problemas no fígado

Consumo de bebidas alcoólicas causa sobrecarga e pode levar a lesões graves, com a degeneração das células hepáticas


Com o final do ano se aproximando, começamos a nos preparar para as celebrações de Natal e Ano Novo, com consequente aumento dos índices de ingestão de bebidas alcoólicas. Mesmo durante a pandemia, muitas pessoas devem entrar em períodos de folga e férias e, em geral, realizar pequenas celebrações com consumo de bebidas alcoólicas. Mas o que acontece no nosso corpo após a ingestão de grandes quantidades de álcool? Como o fígado metaboliza excessos? A Dra. Estela Regina Ramos Figueira, médica responsável da Equipe de Transplante de Fígado do Hospital 9 de Julho, explica como funciona esse processo e como o fígado pode sofrer danos severos com a ingestão de álcool.

“Uma pequena parte do álcool ingerido já é absorvido pela língua e mucosa bucal, depois, ao entrar no estômago uma parte maior, sendo no intestino onde ocorre o maior volume de absorção. Essa absorção significa que o álcool cai direto na circulação sanguínea, passando imediatamente pelo fígado. No fígado, o álcool sofre ação das enzimas aldeídodesidrogenase (ADH), que o transforma em acetaldeído, enzima extremamente tóxica. O acetaldeído sofre ação de outras enzimas até ser depurado do organismo. Esse trabalho acaba sobrecarregando o fígado e, quanto maior a ingestão de álcool, mais o fígado é deteriorado pela agressão aguda e crônica das células hepáticas”, explica a Dra. Estela.

O fígado também tem a função de regular os níveis de açúcar no sangue, sendo responsável por administrar uma reserva de glicose, mas quando está ocupado metabolizando a bebida ingerida o órgão perde a capacidade de agir nesse sistema e tem sua reserva consumida pelo álcool, o que pode levar o indivíduo a ter uma crise de hipoglicemia (falta de açúcar no sangue).

“Para evitar a sobrecarga do fígado é importante limitar a ingestão de bebida alcoólica, beber devagar, uma vez que o órgão é capaz de metabolizar apenas 10 gramas de álcool por hora. Isso equivale a meia taça de vinho ou uma lata de cerveja. O consumo de por exemplo 40 gramas em 2 horas ou menos já pode levar ao aparecimento de gordura no fígado. Além disso, ingerir alimentos ricos em proteínas e carboidratos ajuda a diminuir a velocidade de absorção de álcool pelo intestino, dando tempo para o fígado metabolizar melhor o que vai sendo consumido”, afirma a especialista.

Outra dica é beber muita água antes, durante e depois de consumir álcool e, toda vez que for ao banheiro urinar, beber algo não alcoólico como água, suco ou refrigerantes, esses últimos com açúcar para ajudar a balancear o trabalho do fígado.

Se o consumo excessivo de álcool extrapola as festas ou o período de férias e se torna mais frequente, as lesões provocadas no fígado aumentam e o corpo passa a ter menos tempo e capacidade de regenerar as células e, assim, recuperar as lesões. O consumo diário de mais de 30 gramas de álcool já aumenta o risco de doença do fígado, sendo que consumidores mais pesados, com ingestão crônica por mais de 10 anos de pelo menos 80 gramas de álcool apresentam um risco alto de doença do fígado (cirrose) de quase 100%.



Hospital 9 de Julho

As Lesões do Menisco e as Cirurgias Para Cada uma Delas.

Não Importa a Idade, se Você é Atleta ou Não, as Lesões no Menisco São Muito Comuns e Podem Atingir Qualquer Um.

 

O Menisco é uma das estruturas mais importantes do joelho e é um causa comum de dores. As lesões do menisco são muito comuns e acometem desde pacientes mais jovens até os mais velhos. Existem dois tipos de lesões dos meniscos: as lesões traumáticas e as lesões degenerativas.

As lesões traumáticas estão ligadas às atividades físicas, aos esportes e também a atividades do trabalho através de um trauma torcional que venha romper esse menisco. Esse tipo de lesão é mais comum entre os jovens que praticam esportes. E na maior parte, o tratamento é realizado através de cirurgias.

As lesões degenerativas são mais comuns em idosos, devido ao desgaste das articulações do joelho ao longo da vida, e tem sua frequência aumentada com fatores associados com a obesidade e a falta de exercício físico. Essas lesões tem bons resultados com tratamento não-cirúrgico, com um bom trabalho fisioterapêutico e fortalecimento muscular, além da atividade física orientada.

Muitas dúvidas existem sobre as cirurgias e sua recuperação. “A gente sempre vai falar em cirurgias por vídeo ou cirurgias por artroscopia, que são cirurgias minimamente invasivas e que oferecem a melhor abordagem e o melhor resultado quando a gente faz tratamento de lesão. E sobre o tratamento artroscópico das lesões dos meniscos, existem dois tipos de cirurgia: As Suturas do Menisco e as Meniscectomias (ressecção parcial).” -Explica o Dr. Samuel Lopes, Ortopedista, Especialista Em Cirurgias Do Joelho E Traumas Do Esporte.

Sobre a Meniscectomia, que era feita no passado por cirurgia aberta, há algumas décadas atrás, todo o menisco era retirado, ou seja, a meniscectomia era realizada de maneira total. Esse tipo de intervenção se mostrou pouco interessante com o passar do tempo, isso porque os pacientes acabaram desenvolvendo uma artrose severa do joelho, com grande comprometimento da qualidade de vida.

“Todos esses pacientes, que passaram por uma meniscectomia, evoluíram um grau mais severo de artrose e boa parte deles estão fazendo ou já fizeram uma prótese do joelho em função dessa artrose, do desgaste do joelho, pela falta do menisco. Hoje procuramos fazer uma meniscectomia parcial através da artroscopia, removendo o mínimo possível do menisco; pegando apenas a região lesionada e fazendo a remoção por artroscopia.”- Completa o Dr. Samuel Lopes.

No caso da Sutura do Menisco, ou Sutura Meniscal, trata-se de uma técnica que garante preservar a integridade do menisco, resultando em muitos benefícios futuros como prevenir doenças degenerativas do joelho.

Como o próprio nome diz, a cirurgia faz uma sutura do menisco, ou seja, são dados alguns pontos para reinserir aquele menisco na sua localização correta, sendo esta técnica, a ideal para preservar a anatomia normal e todas as funções a longo prazo, no joelho.

Com o aparecimento de vários sistemas de sutura, essa técnica tornou-se muito mais simples nos dias atuais. No entanto, para se fazer uma sutura do menisco é preciso levar em consideração o tipo de lesão, o tempo dessa lesão e a idade do paciente. Sua recuperação é mais lenta e exige maior cuidado pós-cirurgia, porém diminui muito os riscos de artrose no futuro, diferente da meniscectomia parcial, cirurgia comum entre os atletas, devido a rápida recuperação, mas, que aumenta o risco de artrose no futuro.

O ideal é adotar a abordagem da sutura do menisco, sempre que o menisco é passível de sutura. Com o tempo haverá uma cicatrização daquele menisco de maneira que se possa preservar toda a integridade da articulação. E isso é muito saudável para a vida útil do paciente e também para a sobrevida do joelho. Mas é o médico que irá decidir qual a melhor abordagem para cada caso.”-Ressalta o Dr. Samuel Lopes.

 



Dr. Samuel Lopes - Médico ortopedista, especialista em cirurgias do joelho. Membro efetivo da sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte. Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Juiz de Fora – MG.Reabilitação -Tratamento – Ortopedia – Medicina Esportiva – Saúde

www.drsamuellopes.com.br

Instagram@ drsamuellopes

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Covid-19: Entenda porque a doença se comporta de forma distinta em cada paciente

O novo coronavírus, que vem assolando o mundo há praticamente um ano e é o causador de mais de um milhão de mortes em todo o planeta, ainda permanece surpreendendo médicos e cientistas e provocando muitas dúvidas quanto ao seu comportamento e características. Várias perguntas continuam sem respostas, mas algumas delas, já podem ser esclarecidas. É o caso das variações de manifestação da doença em cada paciente.

O clínico geral e CEO da Clínica Penchel, Lucas Penchel, explica que as taxas de mutação e recombinação genética do vírus Sars-Cov-2 – responsável pela Covid-19 – são muito altas e isso faz com que a infecção pelo mesmo produza diferentes efeitos nos pacientes, até mesmo em um sistema imunológico já adaptado.

Segundo o médico, a imunidade de cada pessoa também deve ser levada em consideração. “Alguns pacientes podem apresentar apenas sintomas de um resfriado, outros podem evoluir para um quadro mais grave e serem hospitalizados. Em determinadas situações, o vírus pode até levar ao óbito. O sistema imunológico possui um importante papel para definir a capacidade de recuperação ou o nível de gravidade de cada caso. Uma grande parcela das mortes ocasionadas pelo novo coronavírus, se deve a existência de sistemas imunológicos fragilizados. Uma pessoa nestas condições possui um mecanismo de defesa ineficiente e com dificuldades em oferecer a correta resposta de proteção contra os danos causados pelo vírus. Por isso, os chamados grupos de riscos necessitam de maior atenção”, aponta.

De acordo com Lucas Penchel, a covid-19 pode se desenvolver de forma semelhante ao câncer e Alzheimer. “Em ambos os casos, essas patologias podem estar instaladas no organismo, mas permanecerem imperceptíveis por um período de tempo. Estes eventos estão atrelados diretamente a carga genética do paciente”, ressalta.

“Algumas pessoas possuem alterações em seus genomas que podem impulsionar modificações no sequenciamento genético do DNA. Estas ocorrências acabam acarretando deficiências na produção de proteínas e, consequentemente, podem estimular o surgimento de doenças. No entanto, alguns pacientes podem carregar tais mutações e mesmo assim, não apresentar nenhum sintoma das possíveis enfermidades favorecidas por seus atributos genéticos. O aparecimento ou não dos sinais destas doenças até então assintomáticas, dependerá dos hábitos de vida e características do paciente, como por exemplo, a rotina alimentar, o consumo ou não de cigarros e bebidas alcoólicas, o sedentarismo, a faixa etária, o peso e o nível de exposição a poluição. Um sistema imunológico em condições mais favoráveis, pode evitar que alguns pacientes desenvolvam infecções”, explica Penchel.

Na pandemia do novo coronavírus, cada caso é específico. “Até mesmo o nível de contato com o vírus pode influenciar no surgimento ou não de sintomas. Quanto menor o contato com o Sars-Cov-2, menor será a gravidade no organismo humano”, destaca.

“Isso explica a recomendação dos órgãos de saúde para a utilização das máscaras, especialmente, as feitas de algodão em dupla camada e o uso do álcool em gel, pois eles previnem a propagação do vírus e impedem o surgimento de casos de reinfecção. Até a chegada da vacina, eles são as únicas armas que temos contra a covid-19”, completa. 


Festas de Fim de Ano: pacientes com Gota não podem descuidar

Muitas pessoas chegam no Natal e Ano Novo e só querem relaxar. Sair da dieta, tomar bons drinks e curtir a renovação que essa época traz. Mas será que todo mundo pode abusar?


Nem todos podem extrapolar nas festas de final de ano. Pessoas que sofrem com a Gota de James Gillray, doença provocada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações, por conta de concentrações elevadas de ácido úrico no sangue (hiperuricemia) são um bom exemplo das que devem controlar as vontades. Pois podem ter crises inflamatórias bem dolorosas.

Alguns alimentos podem ajudar ou prejudicar a saúde dos pacientes que sofrem com a Doença de Gota, que geralmente acomete homens de meia idade e mulheres após a menopausa. Nos casos em jovens antes dos 30 anos, podem apresentar um quadro mais grave.

Estamos no fim de ano, e todos querem sair da dieta e se divertir com os amigos e família. Mas o paciente com Gota precisa ficar atento aos abusos, pois seu quadro pode piorar e gerar uma crise, assim, começam as dores, estragando todas as férias planejadas. O que as pessoas acometidas precisam saber?

A doutora Luiza Fuoco, especialista em reumatologia na clínica Cobra Reumatologia, traz algumas informações importantes de quais alimentos fazem parte de uma dieta saudável para esses pacientes e quais são proibidos. Todos eles são baseados nos produtos comuns consumidos no verão.

 

Dieta Saudável:

- Água (em toda ocasião)

- Cenoura

- Frutas: limão, maça, laranja, melancia

- Salada de: agrião, beterraba, pepino

- Leites e derivados desnatados

- Ovos

- Café

- Nozes

- Pipoca

 

Os vilões:

- Bebidas alcoólicas (principalmente cerveja)

- Temperos prontos

- Frutos do mar

- Embutidos

 

Sem excessos:

- Carne vermelha

- Refrigerantes

- Produtos industrializados que tenham frutose

- Vinho

- Açúcar

- Chocolate

 

Mais importante do que grandes restrições é manter um padrão alimentar saudável para reduzir o risco de crises de gota. Para o período das festas, destaco a restrição à de bebida alcóolicas e açucaradas, e ao consumo em excesso de proteína de origem animal. Um outro importante fator, é não suspender as medicações de uso contínuo utilizadas para o controle dos níveis de ácido úrico no sangue, o que pode desencadear uma crise de gota.

 



Luiza Fuoco - especialista em reumatologia na clínica Cobra Reumatologia, graduada em medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005), Luiza Fuoco da Rocha tem especialização em Clínica Médica (UFRJ) e Reumatologia (USP). É doutora pela Faculdade de Medicina da USP, tendo defendido a tese: “Tradução e Validação do Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida em Esclerose Sistêmica” (2013).


Endometriose: calor pode aumentar o inchaço abdominal

Segundo especialista, esse é um dos sintomas relacionados à doença e merece atenção nos dias quentes

 

A endometriose é uma doença em que o endométrio, o tecido que reveste o interior do útero, vai para fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve, como nos ovários, bexiga ou trompas e causa reações inflamatórias ao organismo. Ela afeta cerca de 8 milhões de brasileiras e pode se manifestar de diversas formas no corpo da mulher, uma delas e mais frequente é o inchaço abdominal, conhecido como ‘endobarriga’ ou barriga de endometriose.

Esse é um dos sinais gastrointestinais mais comuns e ainda pouco estudado, mas que incomoda e impacta na saúde e bem-estar de quem sofre com a doença. Algumas pesquisas indicam que até 80% das portadoras vivenciam sintomas gastrointestinais.

“Muitas pacientes relatam esse sintoma e a retenção de líquidos ligadas a endometriose, e é preciso desmistificar que só acontece naquelas que têm a endometriose intestinal, porque não é verdade. Ele acomete a maioria dos casos da doença”, explica o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e obstetra, especialista em endometriose, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).

 

Mas, por que o inchaço acontece?

O Dr. Marcos Tcherniakovsky explica que o inchaço pode ocorrer durante o ciclo menstrual ou aleatoriamente durante outros dias do mês. E quando se observam sintomas gástricos de perto, como a dor abdominal, prisão de ventre, inchaço e urgência de defecar, eles são significativamente mais comuns nas portadoras de endometriose quando comparadas com as mulheres que não têm a doença. O ambiente inflamatório causado pela endometriose contribui também para esta sensação de inchaço.

Outra questão que influencia bastante é a alimentação, já que a endometriose é caracterizada por uma inflamação crônica e certos alimentos podem piorar esse quadro e os seus sintomas. Agora, no verão, isso pode se agravar, já que as altas temperaturas fazem com que os vasos sanguíneos se dilatem, causando inchaço, dor e até sensação de ganho de peso. “Todas as pessoas estão sujeitas a esse edema periférico nessa época do ano e para quem já sofre com o inchaço, até causado pelo uso constante da pílula anticoncepcional, por exemplo, utilizada muitas vezes no tratamento da endometriose, relatam uma queixa maior”, alerta o médico.

 

O que fazer para amenizar esses sintomas?

A dica do Dr. Marcos Tcherniakovsky é investir em exercícios físicos de 3 a 4 vezes na semana, durante 30 a 40 minutos, que são boas opções para ajudar a diminuir o limiar estrogênico, a retenção de líquidos e ainda garantir a melhora da imunidade.

Os cuidados com a alimentação também são essenciais, como a diminuição do sal e açúcar, do consumo de gordura em excesso e industrializados, além de manter uma boa hidratação. 

E o mais importante: siga as orientações e tratamento do seu médico para a endometriose para adquirir qualidade de vida.     




Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher   

Burocracia dificulta o acesso à tratamento para Amiloidose Hereditária

Representantes de pacientes e do poder legislativo explicam os impasses na aprovação de novos medicamentos e os impactos da demora na vida das pessoas

 

O Brasil passa por um momento em que duas novas terapias para Amiloidose Hereditária (PAF-TTR) estão enfrentando entraves burocráticos com as entidades governamentais para comercialização no país, onde existe, atualmente, uma única terapia aprovada e incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS). Avaliações técnicas equivocadas estão causando problemas na categorização de novas tecnologias pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o que tem dificultado a viabilização de tratamentos mais avançados, ainda que estes atendam a pacientes em fases distintas de progressão da doença.

Para explicar as inconsistências nos processos, as expectativas dos brasileiros e a luta que acontece nos bastidores para melhorar a qualidade de vida das pessoas, o Instituto Vidas Raras (IVR) realizou uma live ontem (16) com o tema "Burocracia e o acesso às novas tecnologias para Amiloidose Hereditária". A discussão contou com a participação da diretora vice-presidente da entidade, Regina Próspero, do deputado federal, Diego Garcia, e da jornalista especializada em saúde, Natalia Cuminale, como mediadora. O vídeo completo pode ser conferido no canal no Youtube (https://youtu.be/WL_ey66ec9U) ou na página do Facebook (https://www.facebook.com/vidasraras/videos/1278951232473018).

Durante o bate-papo, os participantes abordaram a importância de um arsenal terapêutico para a Amiloidose hereditária que atenda aos distintos estágios da doença, suprindo as necessidades de cada paciente e valorizando a vida de cada pessoa. "É muito difícil quando só há uma opção terapêutica porque, se não funcionar, acaba sendo um desperdício de recursos do governo, além de uma falsa esperança para o paciente e para a família que acreditam estar realizando o tratamento correto. Às vezes, em uma mesma família, os integrantes precisam de tratamentos diferentes. Imagina no cenário nacional", questionou.

Porém, para que as opções de tratamentos sejam ampliadas, é preciso obter aprovações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da CMED e da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). O problema é que a CMED se baseia em um produto já aprovado no país para definir o preço de um novo medicamento. No caso da PAF-TTR, o tratamento disponível é destinado ao estágio I da doença, enquanto os outros dois que aguardam aprovação são para os estágios I e II. "É como comparar dipirona com tramadol. O tramadol é um medicamento mais avançado e, consequentemente, mais caro. Um paciente que precisa de tramadol não será tratado com dipirona. Pode até ser que a dipirona diminua um pouco a dor, mas não irá resolver totalmente", explicou Regina.

Segundo Garcia, todos os dias vão chegando novas tecnologias e é extremamente necessário que as normas acompanhem e sigam os mesmos avanços porque isso impacta significativamente na vida de pacientes que dependem desses medicamentos e das terapias que estão surgindo. "Sabemos que existem barreiras burocráticas. O processo é muito complexo, mas estamos falando de vidas que dependem da decisão dos órgãos públicos para terem acesso ao diagnóstico, tratamento e cuidados adequados", ressaltou.

Esse atraso na aprovação das novas terapias por parte da CMED, que completará em breve um ano, impacta diretamente na qualidade e da expectativa de vida dos pacientes com Amiloidose hereditária. Segundo a diretora vice-presidente do IVR, cerca de 150 pacientes já em estágio II aguardam a solução do impasse com a CMED. "Enquanto isso, eles são tratados com o medicamento disponível, mas a doença vai continuar avançando. Pode ser que, quando o novo tratamento for aprovado, os pacientes já estejam precisando de uma terapia mais avançada", revelou.

Para ajudar a resolver os entraves burocráticos, os participantes da live contaram que estão em contato direto com entidades governamentais, parlamentares, associações de pacientes e sociedade civil. "No nosso grupo de trabalho, temos buscado avanços nas políticas envolvendo pacientes com doenças raras. O futuro do tratamento deles depende das terapias gênicas e, assim, faz-se necessária a revisão das premissas e dos protocolos para diferentes estágios da doença", explicou Garcia. "É preciso quebrar paradigmas e entender que as doenças raras não afetam poucas pessoas, mas mais de 13 milhões de brasileiros", concluiu Regina.


Saiba mais sobre a Amioloidose Hereditária (PAF-TTR)

A Amiloidose Hereditária (PAF-TTR) é uma doença rara genética, hereditária, degenerativa e progressiva causada por uma alteração no gene da transtirretina (TTR), levando à formação de fibrilas anormais da proteína TTR que se depositam nos órgãos na forma de amiloide, por isso também é conhecida por Amiloidose relacionada à transtirretina ou Amiloidose por TTR. Essas fibras insolúveis, ao se aglomerarem no tecido extracelular de vários órgãos, comprometem suas funções e no sistema nervoso periférico causam perda de sensibilidade, fraqueza e atrofia.

A doença progride dos membros inferiores para os superiores, e os pacientes relatam os primeiros sintomas como formigamento e perda de sensibilidade nos pés, dores intensas e incapacitantes, tanto superficiais como internas, surgindo mais tardiamente fraqueza e atrofia, que progridem até à incapacidade de locomoção. Devido aos primeiros sintomas aparecerem sempre nos pés, a PAF-TTR também ficou conhecida como Doença dos Pezinhos.

Para saber mais sobre a doença, entre com contato com o Instituto Vidas Raras pelo site: https://www.vidasraras.org.br/ .





Referências


https://hdl.handle.net/10316/16103.
Ando Y, Coelho T, Berk JL, et al. Orphanet J Rare Dis. 2013;8:31.


Especialista em coluna alerta sobre cuidados com exageros no ‘Projeto Verão’

 Foto ilustrativa/Divulgação
Além do efeito estético, a prática regular de atividades físicas pode promover melhor mobilidade, bem-estar, autonomia, além de proteger e prevenir lesões na coluna


Com a chegada das férias e do verão é comum pessoas que se submetem a protocolos exagerados de perda de peso, mesmo durante a pandemia. No entanto, especialistas alertam sobre os cuidados para evitar danos na coluna para quem começa a praticar atividades físicas sem supervisão.

Segundo o médico ortopedista especialista em cirurgia de coluna, Dr. Antônio Krieger, se manter ativo promove o fortalecimento do "escudo muscular" que estabiliza a coluna e ajuda a prevenir dores e lesões no futuro.

"Mesmo para quem está em isolamento, em casa, na praia ou no campo é preciso evitar uma desidratação precoce do disco da coluna e priorizar que os movimentos sejam feitos de maneira harmônica e mecanicamente impecável, para evitar o desenvolvimento de quadros de dor", explica o ortopedista.

Para os próximos meses, no entanto, o ortopedista destaca que devemos tomar cuidado com o "projeto verão" e a prática de exercícios intensos sem o preparo adequado. "A nossa saúde é um projeto para a vida toda e não para dois ou três meses de verão", afirma Krieger.

Segundo o professor de Educação Física Rafael Ramos, todo e qualquer resultado, seja com foco na prevenção de lesões, reabilitação ou estético, só vai acontecer em médio e longo prazo. "É necessário um planejamento e nada melhor do que a ciência da educação física, através de um bom profissional, para organizar de forma individualizada o progresso dessa pessoa. Ter ajuda de um profissional garante um resultado mais rápido e mais seguro", comenta Ramos.

DICAS - Para quem não tem oportunidade de estar acompanhado de um profissional, Krieger e Ramos trazem algumas dicas de cuidados essenciais para evitar lesões.

1. Toda atividade física precisa de um aquecimento prévio com movimentos simples, sem sobrecarga de peso e que mova todo o corpo. A ideia é gradualmente preparar o corpo para a prática da atividade física.

2. Em exercícios com pesos, a técnica do movimento deve ser impecável. Uma dica é filmar seus movimentos para verificar o que pode ser melhorado na próxima repetição.

3. Respeite os limites do seu corpo. Mudanças na rotina, dias estressantes ou com desgastes emocionais podem trazer reflexos negativos para o corpo. Muitas vezes, um treino leve é mais eficiente do que um treino pesado. 


Exercícios para todas as idades - Segundo as diretrizes do American College of Sports Medicine
(ACSM) todos devem se movimentar a qualquer hora e em qualquer lugar.

A primeira recomenda
ção é que crianças de três a cinco anos devem se movimentar e praticar exercícios, mesmo que lúdicos, por pelo menos três horas diariamente. Os benefícios são notados no desenvolvimento cognitivo, psicomotor e físico dessas crianças.

Já dos seis aos dezessete anos, a ACSM recomenda uma hora de exercício físico diário moderado ou intenso como jogar futebol, correr e andar de bicicleta. O hábito diminui os riscos de desenvolver obesidade, hipertensão e diabetes na vida adulta além de melhorar a densidade muscular e óssea.

Nos adultos, de 18 a 65 anos, o colégio americano de medicina esportiva recomenda de 150 a 300 minutos de atividade por semana moderadas ou intensas. Como moderadas estão bicicleta e natação. Atividades intensas são o futebol, lutas, musculação e crossfit.

Em idosos, a prática de atividades físicas também colabora para o aumento da densidade óssea, o que diminui os riscos de osteoporose ou fraturas em caso de queda, diminui os riscos do Alzheimer e perda de cognição.

Na última atualização, o ACSM destacou a importância de atividades resistidas - aquelas que requerem força e levantamento de pesos - para adolescentes e adultos. "A evidência é que exercícios físicos resistidos, que exijam mais da nossa musculatura, também trazem benefícios físicos e musculares que melhoram nosso metabolismo. "Não existe um esporte vilão. O vilão é o sedentarismo", finaliza Krieger.

6 cuidados para se proteger de doenças nas festas de fim de ano

Covid-19, meningite, pneumonia e coqueluche são doenças contagiosas e o risco é aumentado em Aglomerações. 

Com o final do ano, chegam as comemorações de Natal e Ano Novo, momentos em que familiares e amigos costumam se reunir para celebrar. Porém, com a pandemia do novo coronavírus tornando a crescer no Brasil desde o início de novembro, o sinal de alerta aumenta e as precauções precisam ser redobradas. Uma das lições que o ano de 2020 deixou foi que aglomerações, mesmo que pequenas, podem ser ambientes de transmissão de Covid-19 e outras doenças com formas de contágio similares, tais como meningite, pneumonia, coqueluche e sarampo. 

Pensando em como as famílias podem aproveitar as festas sem descuidar da saúde, o Dr. Jessé Reis Alves (CRM 71991/SP), infectologista e gerente médico de vacinas da GSK, destacou 6 cuidados importantes: 

 

1. Prevenção através da vacinação

Muitas doenças infectocontagiosas são preveníveis pela vacinação e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferta gratuitamente, desde os recém-nascidos até a terceira idade,19 vacinas que protegem contra mais de 40 doenças. Na rede privada estão disponíveis vacinas para a imunização de todas as faixas etárias, complementando o calendário vacinal do PNI. Porém, nos últimos anos o país vem registrando baixos índices de cobertura vacinal, o que torna a população vulnerável. Esse cenário foi agravado ainda mais pela pandemia, que também evidenciou uma nova contradição de saúde pública que compromete a qualidade de vida de todos: se por um lado a população anseia pela chegada de uma vacina contra a Covid-19; por outro, ela negligencia todas as outras imunizações que já estão disponíveis. Dados do PNI apontam que, em 2020, até o décimo mês do ano, nenhuma das vacinas que integram o PNI ultrapassou os 71% do público-alvo imunizado. Esses índices estão bem abaixo da meta de 90% ou 95% de cobertura para cada uma, estabelecida pelo Ministério da Saúde. 

"Vacinar é um ato de proteção para si mesmo e para quem amamos, pessoas com quem estaremos juntos nas festas de fim de ano. O coronavírus não é a única ameaça atual. Várias outras doenças infectocontagiosas também são perigosas, mas já têm prevenção por vacinas eficazes disponíveis no PNI e na rede privada. É fundamental manter a caderneta de vacinação em dia para minimizar riscos e garantir a proteção", pontua Dr.Jessé. 

Acompanhar a rotina de vacinação é um cuidado não apenas para as crianças, mas para todas as faixas etárias.5 Além de saber quais vacinas tomar, é necessário se atentar para a quantidade de doses em cada fase da vida.17 18 Assim, a vacinação cumpre seu papel na saúde pública: mais do que uma proteção individual, seus efeitos são coletivos, beneficiando toda a sociedade.19 Com a chamada "imunidade de rebanho", quando uma alta porcentagem da população está imunizada, até quem não pode receber algum tipo de vacina se beneficia da proteção.20 2. Evitar abraçar e beijar. 

Nada mais típico do brasileiro do que ser afetuoso com as pessoas. Porém, é importante lembrar que, ao abraçar, beijar ou até mesmo apertar as mãos, expõe-se ao risco de entrar em contato com vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos. "Quando beijamos ou abraçamos alguém, ficamos muito próximo de mucosas como boca e nariz, que contém secreções que podem estar infectadas. As mãos são partes do corpo que intuitivamente levamos ao rosto e têm grande potencial de também estarem contaminadas. Lembrando que nem todas as pessoas que estão doentes e transmitindo a infecção apresentam sintomas. Por isso devemos tomar cuidado em todas as situações. Precisamos ainda nos reeducar a ter um comportamento afetuoso sem contato físico", explica o Dr Jessé. 

 

3. Higienizar as mãos 

Hábito que ganhou força este ano, o ato de lavar as mãos parece simples mas foi revolucionário na medicina e na saúde pública. Lavar as mãos é ato reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos principais instrumentos contra epidemias e capaz de evitar casos e óbitos de várias enfermidades.

A lavagem das mãos deve ser feita com água e sabão, por cerca de trinta segundos, sempre que assoar o nariz, tossir ou espirrar, tocar o rosto, tocar outra pessoa, tocar superfícies em ambientes comunitários, depois de usar o banheiro, antes e depois de comer.9 Em situações em que não há como lavar as mãos, o álcool em gel é uma alternativa de desinfetante.

 

4. Etiqueta respiratória 

Ao tossir ou espirrar, deve-se cobrir nariz e boca com a parte interna do cotovelo, e não com as mãos, para diminuir os riscos de contaminação. Para a higiene nasal, utilize um lenço descartável.10 

"É importante, ainda, que quem esteja com sintomas de infecções, como febre, tosse, secreções e dores, se ausente da reunião e fique em casa para se recuperar. 

Sabemos que são momentos que todos gostamos de participar, mas a saúde deve ser prioridade diante as comemorações, preservando a si mesmo e às demais pessoas", recomenda o Dr. Jessé.

  

5. Precauções alimentares 

Natal e Ano Novo são festas com fartura de comida, quesito em que o cuidado também é essencial.11 Toda a ceia e utensílios devem permanecer cobertos ou tampados; ao se servir, as pessoas devem usar máscara e luvas descartáveis nas mãos; deve-se lavar as mãos antes e depois de se servir; e não gerar aglomeração no ambiente onde a comida está. Outra precaução é não compartilhar talheres e copos. 

 

6. Usar máscara 

Mesmo em reuniões mais intimistas, com número reduzido de convidados, como é o recomendado atualmente, é fundamental o uso da máscara. Ao retirá-la, nos momentos de refeição, o item deve ser guardado devidamente e trocado a cada duas horas. Cuidados complementares como o distanciamento entre as pessoas e a boa ventilação do ambiente também são indispensáveis.

 

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico . 

 

 

GSK

www.gsk.com.br

 para saber sobre vacinas, acesse www.casadevacinasgsk.com.br.

 

 

 Referências:

 

FIOCRUZ BRASÍLIA. COVID-19: Ponto a ponto sobre o novo coronavírus.

Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 20.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Espaço Saúde Respiratória. Infecções respiratórias. Disponível em:

 Acesso em: 19 nov. 20.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em:

 Acesso em: 19 nov. 20.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Emergencies. Covid-19. Questions and answers. Coronavirus disease (COVID-19): How is it transmitted?


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