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sábado, 11 de julho de 2020

FAKE NEWS: A CAIXA DE FERRAMENTAS DO AUTORITARISMO



            Também acho que fake news são uma praga. Elas promovem uma convergência entre os mal intencionados e os ingênuos para alcançar, muito provavelmente, um efeito político desejado por ambos. Entre nós, a verdade foi de tal modo relativizada e a mentira tão industrializada para ser servida em quantidades multitudinárias, que os velhos censores mentais da razão e da lógica entraram em colapso. Acredite, se quiser, como diria Jack Pallance.

            Por outro lado, como já escrevi anteriormente, enquanto a pilantragem das fake news tem meios limitados para iludir a opinião pública, e normalmente produz algo parecido com cédula de três reais, a grande mídia militante, engajada, dispõe de recursos técnicos de manipulação que começam na seleção de matérias e seguem nas manchetes, nas imagens, na produção dos conteúdos, na coleta orientada de opiniões, no vocabulário, nos tons de voz, nas expressões fisionômicas, nas suítes e por aí vai. Destaque especial deve ser dado às análises falsas - as fake analysis - capazes de extrair dos acontecimentos conclusões que neles não cabem. Como o coração, as fake analysis dos fatos têm razões que os fatos mesmo desconhecem.

            Acessei o site do Senado Federal para ler o teor do PL 2630/2020 conforme aquele parlamento o aprovou. Não encontrei o que queria, mas vi que o projeto do senador Alessandro Vieira foi apresentado no dia 13 de maio e saiu lépido do plenário no dia 30 de junho. Ou seja, em apenas um mês e meio e em aborrecidas sessões remotas, sem público nem debates, esse ataque à liberdade de informação, montado na covid19, surfou um plenário vazio e foi em frente para a Câmara dos Deputados.

            Isso tudo mostra que o projeto, seu trâmite, o trabalho do relator, a votação e a aprovação foram resultado de minucioso roteiro e cronograma combinados na "cocheira". Aprovações assim, vapt-vupt, quase sempre envolvem interesse próprio dos parlamentares e ferram os cidadãos. O interesse próprio, sabe-se bem, é a mais intensa das motivações. Quando está em jogo, faz o texto e a estratégia; é o motor e o combustível da rápida tramitação.

A maioria dos senadores se valeu do movimento de opinião criado em torno do fenômeno das fake news para avançarem seus objetivos de autoproteção. Exatamente o mesmo que os ministros do STF, sob o comando de Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, estão conduzindo para constranger o antagonismo da sociedade, a liberdade de opinião e o trabalho de jornalistas com foco no Supremo e seus ministros.

Leia o projeto. Vale a pena. São 31 artigos e cerca de 120 preceitos para constranger, complicar e acabar com a liberdade nas redes sociais imobilizando-a num emaranhado de regras que, melhor do que qualquer discurso, caracteriza muito bem a intenção de quem o apoia.




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Covid-19: Brasil registra 1,1 milhão de curados



Número é superior à quantidade de casos ativos, ou seja, pessoas que estão em acompanhamento médico.

Informações foram atualizadas até as 18h desta quinta-feira (9/7)


Nesta quinta-feira (9/7) o Brasil registrou 1.054.043 pessoas recuperadas da doença. No mundo todo, estima-se que cerca de 6,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 já se recuperaram. O número de pessoas curadas é superior à quantidade de casos ativos (632.552), que são pacientes que estão em acompanhamento médico. O registro de pessoas curadas já representa mais da metade do total de casos acumulados (60%). As informações foram atualizadas até às 18h e foram enviadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
A doença está presente em 96,4% dos municípios. Contudo, 3.710 cidades (71%) possuem, no máximo, 100 casos. Em relação aos óbitos, 2.840 municípios tiveram registros (51%), sendo que 80% deles têm de 1 até 10 óbitos.
O Governo do Brasil mantém esforço contínuo para garantir o atendimento em saúde à população, em parceria com estados e municípios, desde o início da pandemia. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas, além de promover e prevenir a saúde da população. Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) para os profissionais de saúde.

O Ministério da Saúde já enviou mais de R$ 54,7 bilhões a estados e municípios para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde, sendo R$ 9,9 bilhões voltados exclusivamente para combate ao coronavírus. Também já foram comprados e distribuídos mais de 16 milhões de unidades de medicamentos para auxiliar no tratamento do coronavírus, 163,3 milhões de EPIS, mais de 11,9 milhões de testes de diagnóstico para Covid-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias no meio dos casos de coronavírus. O Ministério da Saúde, em apoio irrestrito a estados e municípios, também tem ajudado os gestores locais do SUS na compra e distribuição de ventiladores pulmonares, sendo que já entregou 6.549 equipamentos para todos os estados brasileiros.
As iniciativas e ações estratégicas são desenhadas conforme a realidade e necessidade de cada região, junto com estados e municípios, e têm ajudado os gestores locais do SUS a ampliarem e qualificarem os atendimentos, trazendo respostas mais efetivas às demandas da sociedade. Neste momento, o Brasil tem 1.755.779 casos confirmados da doença, sendo 42.619 registrados nos sistemas nacionais nas últimas 24h. 
Em relação aos óbitos, o Brasil possui 69.184 mortes por coronavírus. Nas últimas 24h, foram registradas 1.220 mortes nos sistemas oficiais, a maior parte aconteceu em outros períodos, mas tiveram conclusão das investigações com confirmações das causas por Covid-19 apenas neste período. Assim, 342 óbitos, de fato, ocorreram nos últimos três dias. Outros 4.077 seguem em investigação.
CENÁRIO INTERNACIONAL
Até a última terça-feira (7), o Brasil ocupava a segunda posição em relação ao número de casos (1.668.589) e o registro de óbitos (66.741). Contudo, quando considerado o parâmetro populacional, por milhão de habitantes, entre os países de todo o mundo, o Brasil ocupa a 10ª posição em relação aos casos (7.940) confirmados e a 12ª colocação no que se refere ao número de óbitos (318). A medida populacional é a taxa padrão para comparações entre os países.




Agência Saúde

Inverno favorece alergias e covid-19


Doenças respiratórias, mais frequentes no frio, pioram doença na córnea. O clima seco facilita a reprodução dos vírus.


Não é só a pandemia que aflige o Brasil. A falta de ar por asma atinge 1 em cada 4 brasileiros, enquanto o nariz entupido pela rinite afeta 26% das nossas crianças e 30% dos adolescentes segundo a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia). A situação fica pior no inverno. Isso porque, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que o clima seco triplica a gripe, resfriado, rinite, sinusite, bronquite e asma nesta época do ano. Todas estas doenças predispõem à alergia ocular.


Pesquisa

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier diversos estudos mostram que coçar os olhos é o maior fator de risco para a evolução do ceratocone, doença degenerativa que faz a córnea tomar a forma de um cone e responde por 70% dos transplantes no País. O problema, afirma, é que a maioria dos pacientes não consegue abandonar este hábito que faz a visão ficar cada vez mais  desfocada para perto e longe. Um levantamento realizado pelo oftalmologista no último inverno com 315 portadores da doença mostra que metade dos participantes tinham alguma alergia respiratória acompanhada de processo alérgico nos olhos.

A boa notícia é que segundo Queiroz Neto a maioria dos pacientes faz tratamento da alergia com colírio lubrificante, antialérgico ou corticóide. Embora o corticóide não seja indicado para tratar Covid-19, pesquisa da EAACI (European Academy of Allergy and Clinical Immunology) que acaba de ser divulgada, revela que o uso das três classes de colírio estão liberadas durante a pandemia. Só não há consenso médico sobre o tratamento com imunossupressores sistêmicos. Isso porque, podem reativar a infeção de qualquer vírus e dificultar o combate à Covid-19.


Prevenção

Queiroz Neto afirma que o ceratocone não tem cura. A evolução pode ser interrompida com crosslinking, uma cirurgia ambulatorial que associa radiação UV e riboflavina, vitamina B2, para fortalecer a reticulação das fibras de colágeno da córnea. Por isso, o mais importante é o diagnóstico precoce que é feito com a tomografia da córnea e o acompanhamento periódico. A evolução da doença, comenta, geralmente é mais rápida entre crianças e indica necessidade do crosslinking. Durante a pandemia as dicas do médico para evitar a contaminação ocular são: não tocar os olhos, frequentemente lavar ou higienizar com álcool as mãos, não compartilhar toalhas, fronhas ou 
maquiagem, higienizar computador, celular e teclado com álcool isopropílico.


Conjuntivite viral

Queiroz Neto afirma que os olhos sofrem em dobro no inverno. Isso porque, são externos e a baixa umidade do ar diminui sua principal defesa, a lágrima que tem a função de lubrificar e proteger a superfície. “O frio também cria condições para a maior reprodução de todo tipo de vírus, inclusive do novo coronavírus”, afirma. Resultado: Nesta época do ano aumentam os casos de conjuntivite viral, inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, parte branca do olho e a face interna das pálpebras, explica.


Sintomas e tratamento

Os sintomas elencados pelo médico são: pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, secreção transparente e fotofobia (aversão à luz). Inicialmente o tratamento é feito com compressas frias. Caso os sintomas não desapareçam em dois dias é mais prudente consultar um oftalmologista. Isso porque, o tipo de colírio indicado depender da gravidade do quadro. Os mais graves são tratados com corticóide que exige acompanhamento médico porque a retirada antes da hora provoca efeito rebote. Já o uso prolongado causa glaucoma, maior causa de cegueira irreparável no mundo.


Prevenção: Covid-19 e conjuntivite

Em tempo de pandemia, adverte, mãos contaminadas em superfícies pelo sars-cov-2 transformam o olho em via de acesso do novo coronavírus ao sistema respiratório através do ducto lacrimal. Mas a conjuntivite dificilmente é decorrente desta cepa. Geralmente é causada pela influenza e H1N1
Para evitar contrair a covid-19 pelos olhos e a conjuntivite viral as recomendações do médico são: evitar levar as mãos aos olhos. Lavar as mãos com frequência, evitar o contato com os olhos, não compartilhar toalhas fronhas ou maquiagem são as principais medidas para evitar a contaminação através dos olhos.

  

Clima seco favorece doenças nos olhos


Maior reprodução de vírus e aumento das doenças respiratórias afetam a saúde ocular.


Não é só a pandemia que aflige o Brasil. A falta de ar por asma atinge 1 em cada 4 brasileiros, enquanto o nariz entupido pela rinite afeta 26% das nossas crianças e 30% dos adolescentes segundo a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia). A situação fica pior no inverno. Isso porque, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que o clima seco triplica a gripe, resfriado, rinite, sinusite, bronquite e asma nesta época do ano. Todas estas doenças predispõem à alergia ocular.


Pesquisa

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier diversos estudos mostram que coçar os olhos é o maior fator de risco para a evolução do ceratocone, doença degenerativa que faz a córnea tomar a forma de um cone e responde por 70% dos transplantes no País. O problema, afirma, é que a maioria dos pacientes não consegue abandonar este hábito que faz a visão ficar cada vez mais  desfocada para perto e longe. Um levantamento realizado pelo oftalmologista no último inverno com 315 portadores da doença mostra que metade dos participantes tinham alguma alergia respiratória acompanhada de processo alérgico nos olhos.

A boa notícia é que segundo Queiroz Neto a maioria dos pacientes faz tratamento da alergia com colírio lubrificante, antialérgico ou corticóide. Embora o corticóide não seja indicado para tratar Covid-19, pesquisa da EAACI (European Academy of Allergy and Clinical Immunology) que acaba de ser divulgada, revela que o uso das três classes de colírio estão liberadas durante a pandemia. Só não há consenso médico sobre o tratamento com imunossupressores sistêmicos. Isso porque, podem reativar a infeção de qualquer vírus e dificultar o combate à Covid-19.


Prevenção

Queiroz Neto afirma que o ceratocone não tem cura. A evolução pode ser interrompida com crosslinking, uma cirurgia ambulatorial que associa radiação UV e riboflavina, vitamina B2, para fortalecer a reticulação das fibras de colágeno da córnea. Por isso, o mais importante é o diagnóstico precoce que é feito com a tomografia da córnea e o acompanhamento periódico. A evolução da doença, comenta, geralmente é mais rápida entre crianças e indica necessidade do crosslinking. Durante a pandemia as dicas do médico para evitar a contaminação ocular são: não tocar os olhos, frequentemente lavar ou higienizar com álcool as mãos, não compartilhar toalhas, fronhas ou maquiagem, higienizar computador, celular e teclado com álcool isopropílico.


Conjuntivite viral

Queiroz Neto afirma que os olhos sofrem em dobro no inverno. Isso porque, são externos e a baixa umidade do ar diminui sua principal defesa, a lágrima que tem a função de lubrificar e proteger a superfície. “O frio também cria condições para a maior reprodução de todo tipo de vírus, inclusive do novo coronavírus”, afirma. Resultado: Nesta época do ano aumentam os casos de conjuntivite viral, inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, parte branca do olho e a face interna das pálpebras, explica.


Sintomas e tratamento

Os sintomas elencados pelo médico são: pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, secreção transparente e fotofobia (aversão à luz). Inicialmente o tratamento é feito com compressas frias. Caso os sintomas não desapareçam em dois dias é mais prudente consultar um oftalmologista. Isso porque, o tipo de colírio indicado depender da gravidade do quadro. Os mais graves são tratados com corticóide que exige acompanhamento médico porque a retirada antes da hora provoca efeito rebote. Já o uso prolongado causa glaucoma, maior causa de cegueira irreparável no mundo.


Prevenção: Covid-19 e conjuntivite

Em tempo de pandemia, adverte, mãos contaminadas em superfícies pelo sars-cov-2 transformam o olho em via de acesso do novo coronavírus ao sistema respiratório através do ducto lacrimal. Mas a conjuntivite dificilmente é decorrente desta cepa. Geralmente é causada pela influenza e H1N1
Para evitar contrair a covid-19 pelos olhos e a conjuntivite viral as recomendações do médico são: evitar levar as mãos aos olhos. Lavar as mãos com frequência, evitar o contato com os olhos, não compartilhar toalhas fronhas ou maquiagem são as principais medidas para evitar a contaminação através dos olhos.

  

Entenda como funciona a terapia de reposição hormonal



A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) é a suplementação de hormônios (sintéticos ou naturais) para repor a baixa deles, ocasionada pelo climatério, também conhecido como menopausa. 

A gente considera a menopausa como um diagnóstico retroativo, ou seja, somente um ano após menstruar pela última vez que podemos usar esse nome. Vale lembrar, no entanto, que mesmo antes da menopausa ser estabelecida, a mulher pode sentir alguns de seus sintomas. Normalmente, essa fase ocorre por volta dos 50 anos de idade.

Esses sintomas são imprevisíveis: nem toda mulher os sente e cada uma tem um sintoma específico, com intensidade e a duração também variáveis. Os mais frequentes são calores (que chamamos de fogachos), alteração de humor, insônia, alteração de peso e ressecamento vaginal. 

A TRH traz para a mulher o padrão hormonal próximo ao que ela tinha antes, aliviando e ou até mesmo eliminando os sintomas. Além disso, a terapia de reposição hormonal pode melhorar pele, ossos, cabelo, libido e autoestima. Mas é importante frisar que esse recurso não deve ser utilizado apenas para resultados estéticos.

Como a TRH pode ser feita? Através de comprimidos, géis ou adesivo para a pele. A duração do tratamento pode variar, dependendo da paciente. 


Ganho de peso é um sintoma da menopausa?

Os sintomas da menopausa são imprevisíveis. Começando pelo fato de que nem toda mulher sentem tais sintomas. Quando vivenciam algum desses sintomas, eles são diferentes de pessoa para pessoa. Além disso, possuem intensidade e duração também variáveis, ou seja, você pode sentir calores muito fortes, enquanto sua amiga sente apenas um calorzinho. 

Entre os sintomas mais frequentes podemos citar, sim, o ganho - ou perda - de peso. Além dele, existem os famosos calores (que chamamos de fogachos), alteração de humor, insônia e ressecamento vaginal. 

Lembrando que esses sintomas podem ser amenizados ou mesmo eliminados com o tratamento adequado, portanto não deixe de conversar com o seu médico sobre isso!





Dr. Rodrigo Ferrarese -  O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo canal no YouTube e também pelo Spotify -https://linktr.ee/dr.rodrigoferrarese


Crianças a partir dos 6 anos têm nova opção de tratamento para diabetes aprovado pela Anvisa


Toujeo®, insulina glargina de última geração da Sanofi, demonstrou tendência na redução nos eventos de hipoglicemia grave e hiperglicemia em pacientes a partir 6 anos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a ampliação da indicação de Toujeo®, insulina glargina 300U/mL da Sanofi, para tratamento de diabetes tipo 1 e 2 em crianças a partir dos 6 anos, oferecendo uma nova opção aos médicos e pacientes. Anteriormente, o produto estava aprovado apenas para adultos a partir dos 18 anos.
A extensão da indicação de Toujeo® foi baseada nos dados do estudo clínico EDITION JUNIOR, que comprovou a eficácia e a segurança do produto, além de ter demonstrado uma tendência a redução do número de episódios de hipoglicemia grave (isso é, distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue) e hiperglicemia (quando há um nível elevado de glicose na corrente sanguínea)em comparação com a insulina glargina 100 U/mL. Toujeo® está aprovado também com a mesma indicação nos Estados Unidos, pelo FDA (Food and Drud Administration)2.
“Os episódios de hipoglicemia e de hiperglicemia podem trazer sérias consequências para os pacientes. Com essa opção adicional para os médicos tratá-los, reforçamos nosso objetivo de contribuir para o desenvolvimento de planos de tratamentos mais individualizados, agora também para crianças, auxiliando assim no melhor controle da doença”, explica Graziela Ferreira, gerente médica da área terapêutica de diabetes da Sanofi.
A insulina é um dos pilares no tratamento do diabetes há décadas. Mesmo assim, ainda há importantes necessidades médicas não atendidas. Mais da metade dos pacientes brasileiros (55,8%) está fora da meta do controle ideal do diabetes, segundo estudo de vida real envolvendo 2.500 diagnosticados do sistema público e privado no país2. Estes pacientes convivem com episódios de hiperglicemia e hipoglicemia diariamente.
Estudos mostram que tais episódios frequentes aumentam em quatro vezes o risco de a pessoa desenvolver uma doença cardiovascular, além de resultar em eventual diminuição da função mental e até demência3.
O estudo EDITION JUNIOR também comparou o Toujeo® (insulina glargina 300 U/mL) a insulina glargina-100 U/mL em 463 crianças e adolescentes de seis a 17 anos com diabetes tipo 11. Os pacientes foram avaliados por pelo menos um ano e apresentaram níveis de hemoglobina glicada (HbA1C), indicador que mede o nível médio de glicose num período de 2 a 3 meses4, entre 7,5% e 11% no momento da triagem. O estudo alcançou seu objetivo primário, confirmando a não inferioridade na redução da HbA1C com Toujeo vs Gla-100 após 26 semanas.
Durante o mesmo período, um número comparável de pacientes apresentou um ou mais eventos de queda no nível de glicose no sangue.Foi demonstrada uma tendência de diminuição dos episódios de hipoglicemia grave ou um ou mais episódios de alto nível de açúcar no sangue, nos pacientes em uso de Toujeo em comparação com aqueles que usavam Glargina100 u/mL.


Sanofi


Referências
  1. EDITION Jr (se ainda não tivermos publicado, podemos usar a referência da apresentação oral realizada no SLEP ou do poster do ISPAD)
  2. BrazIliaN Type 1 & 2 DiabetEs Disease Registry (BINDER): A Snapshot of Diabetes Mellitus (DM) in Brazil. Chacra, AR1; Moreira, RO2; de Paula, MA3; Fagundes, KFSMC4.
  3. Ahrén B., Vasc Health Risk Man 2013; 9:155–63.
  4. Use of Glycated Haemoglobin (HbA1c) in the Diagnosis of Diabetes Mellitus. Disponível em: https://www.who.int/diabetes/publications/report-hba1c_2011.pdf, acesseo em 02/10/2019.

Luz azul é prejudicial aos olhos


Luminosidade presente em equipamentos eletrônicos afeta a qualidade do sono e pode potencializar problemas de visão

Oftalmologista Luis Alexandre Rassi Gabriel dá dicas de como minimizar os efeitos da luz azul na visão


O Brasil é o segundo país que passa mais tempo conectado à internet, segundo dados da pesquisa Hootsuite divulgados no ano passado. O número de usuários de redes sociais cresceu (9%) em 2018, sendo o principal ingresso para novos internautas acessarem a internet. A pesquisa ainda revela que o brasileiro fica em média mais de 9 horas na internet todos os dias, atrás apenas das Filipinas. Por isso, neste Dia da Saúde Ocular, celebrado em 10 de julho, é importante ficar atento aos cuidados com essa exposição em excesso à luz azul, presente nos equipamentos eletrônicos modernos, que podem causar danos à visão. 

O oftalmologista Luis Alexandre Rassi Gabriel, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que luz azul é o comprimento de onda presente em todas as luzes brancas, porém, o espectro azul é o mais danoso para a retina. “Quanto maior o brilho da luz branca, maior a quantidade de luz azul. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não está presente apenas em aparelhos eletrônicos, mas em qualquer luz branca. O sol, por exemplo, é o maior emissor de luz azul que temos”.

 Um efeito conhecido dessa luz nas pessoas é a influência no sono. “Como a luz azul tem maior incidência na retina, que ajuda na produção do hormônio melatonina, quando se usa o celular na cama, por exemplo, antes de dormir temos um sono de menor qualidade. O ideal é ficar em ambientes com luz amarela pelo menos uma hora antes de ir deitar, pois essa cor é mais natural e agride menos os olhos”, explica o especialista, que afirma também que não há um tempo diário recomendado para uso dos eletrônicos, pois o dano que pode causar vai depender da intensidade do brilho da tela e da retina de cada pessoa, que possuem resistências distintas.

Luis Alexandre revela que há diferentes filtros que podem ser colocados em óculos e lentes de contato para diminuir o efeito da luz azul. Contudo, esses filtros não vêm nas lentes como os que protegem contra a luz ultravioleta, é necessário conversar com seu oftalmologista e descobrir o mais adequado a cada caso. “Dependendo do paciente diferentes indicações são feitas, existem pelo menos 8 tipos”, ressalta.


Dicas

Para evitar o impacto negativo desta luminosidade à visão, o médico dá algumas dicas. “Optar por luz amarela nos ambientes, atualmente temos opções de led amarelo também. Quando mais distante a luz estiver é melhor, então se for possível, pode-se colocar ela mais alta para ficar mais fraca. Ativar o modo noturno dos eletrônicos, disponível em muitos celulares e computadores, no qual automaticamente o brilho da tela diminui quando se registra 18h ou 19h, por exemplo. Pedir para o oftalmologista filtro para luz azul no óculos ou lentes de contato e diminuir o máximo que conseguir o brilho dos aparelhos eletrônicos”.

O especialista alerta que a questão do uso dos aparelhos eletrônicos afetar mais a visão quando se está com a luz ambiente desligada é um folclore e salienta que ainda não dá para precisar o impacto negativo do mundo digital na nova geração. “O uso das tecnologias se tornaram comuns de 20 anos para cá. Então, só daqui a cerca de 25 anos para se analisar isso ainda, pois as degenerações na retina costumam aparecer a partir dos 50 anos das pessoas”, analisa. 



10 possíveis causas da menstruação atrasada



A menstruação atrasada nem sempre é sinal de gravidez, pois outras situações como o estresse em excesso, emoções muito fortes, alterações hormonais ou mesmo o consumo exagerado de cafeína ou de bebidas alcoólicas, podem levar ao atraso da menstruação.

De acordo com a Dra. Erica Mantelli, o atraso menstrual muitas vezes assusta as mulheres, mas é bem comum que aconteça. Se a mulher já fez um exame de gravidez e o resultado foi negativo, algo pode estar errado no seu corpo. “O ciclo menstrual é facilmente influenciado por fatores externos ou emocionais, suficientes para que a menstruação atrase por alguns dias,” alerta a ginecologista e obstetra

Conheça algumas causas da menstruação irregular:

1- Obesidade: O ganho de peso muito rápido pode causar alterações hormonais no corpo da mulher.

2- Tireoide: Irregularidades na tireoide podem levar ao atraso menstrual.

3- Adolescência: É possível ficar em média dois anos com a menstruação irregular, por uma imaturidade do eixo.

4- Ovários policísticos: As mulheres que apresentam a SOP (síndrome dos ovários policísticos), geralmente tem menstruação irregular, pois produzem androgênios (hormônios masculinos) em excesso.

5- Estresse e ansiedade: Podem afetar negativamente a produção hormonal e até fazer com que a mulher não ovule em algum ciclo.

6- Amamentação: Nessa fase, o corpo liberta hormônios que podem inibir a ovulação.

7- Menopausa: Em função da queda dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) e a falência dos ovários.

8- Infecções: Mesmo as mais simples como a gripe.

9- Anticoncepcional: Após usar o medicamento por muito tempo e parar o corpo o precisa de um tempo para se adaptar novamente a produção hormonal natural.

10- Baixa gordura corporal: Mulheres ou atletas com baixo percentual de gordura corporal, também podem ficar sem menstruar.




Dra. Erica Mantelli - ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute). Site: http://ericamantelli.com.br



Infectologista da Unicid explica os estágios do Covid-19 e como a doença se manifesta no organismo



O infectologista Dr. Alexandre Piva Sobrinho, docente do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, fez apontamentos acerca do novo Coronavírus (Covid-19). O professor avalia que apesar de ainda haver muitas controvérsias sobre o novo vírus, uma das dúvidas mais importantes à destacar, é quanto o período de incubação da doença. A analogia do coronavírus é com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), a qual dispõe de sete dias em paralelo na prática clínica.  
A SARS surgiu em 2002 e se espalhou pelo mundo em alguns meses. É um vírus transmitido por gotículas quando alguém com a doença tosse, espirra ou fala. Os sintomas incluem febre, tosse seca, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade para respirar.

“São muitas as dúvidas ainda diante do Covid-19, como o período de transmissibilidade da doença, que é incerto. A ciência não consegue afirmar com exatidão. Há uma analogia com a SARS, que tem em média sete dias, período de transmissibilidade. Mas não sabemos se isso acontece com a Covid. Assemelha-se com a SARS no espectro clínico. A carga viral da SARS é maior, por volta do 12º dia, com o paciente já isolado. E o Covid, apresenta um pico de viremia* por volta do segundo dia e até mesmo pacientes assintomáticos podem transmitir a doença”, avalia.

Além disso, o infectologista aborda os estágios da doença e como ele se manifesta no organismo. Piva, esclarece que a manifestação do vírus é dividida em três fases. "A primeira fase se caracteriza por replicação do vírus de modo intenso, quando avaliamos o efeito do vírus nas células, percebemos que ele provoca uma reação imunológica inata (inespecífica) caracterizada por sintomas leves. Nesta fase, os linfócitos estão diminuídos e começam a subir os parâmetros inflamatórios. A segunda fase é pulmonar, há um aumento da resposta imune adaptativa. Há um agravamento do quadro respiratório, aumento da linfopenia**, por exemplo. A terceira fase é a hiperinflamatória, quando há a insuficiência de múltiplos órgãos e o agravamento do envolvimento pulmonar. É quando já ocorre uma resposta imune totalmente desregulada”, explica.

O infectologista relata que o Covid-19 possui na sua superfície em uma proteína  Spike (S) que se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2).

Segundo o infectologista, pela primeira vez nesta pandemia, a ciência começa a desvendar uma possível sensibilidade genética individual em pacientes. "Na minha opinião, ainda não se explica a variabilidade das apresentações clínicas dos pacientes infectados pelo Covid 19, mas essa susceptibilidade genética ligada ao gene 3p21.31, pode explicar a maior resposta inflamatória de alguns, como grupos sanguíneos”, justifica Piva.

Por fim, Piva aponta que mutações múltiplas do vírus dificultam a confecção de vacina, que parece não ser o caso do Covid 19. A mutação pode afetar a proteína spike, estrutura na parte externa do vírus usada para entrar nas células. ¨Vírus com poucas mutações diminui a necessidade de vacinas periódicas, por exemplo, vacina contra Influenza”, explica.

O infectologista salienta ainda, que essa pandemia deve ser vista como um sinal claro de que o ser humano precisa refletir sobre o próprio comportamento para com o meio ambiente. “Nossa relação com o meio ambiente, nosso trato para com os animais, precisa ser revista e alterada, esta relação não pode ser desregrada (comércio, tráfico, alimentação de animais silvestres). Se não houver um novo comportamento, não demorará muito para termos uma nova pandemia se espalhando pelo mundo”, alerta.

*Viremia é a presença de vírus no sangue circulante em um ser vivo;

**Linfopenia significa que a sua contagem está abaixo do esperado. Relativa se refere a consideração do número total de células brancas;




Universidade Cidade de São Paulo – Unicid 

Excesso de doces durante o isolamento pode afetar sistema imunológico


m meio à pandemia de COVID-19, a má alimentação, aliada ao sedentarismo, pode propiciar o aparecimento e/ou agravamento de quadros de doenças como a obesidade


De acordo com dados divulgados pelo projeto ConVid, pesquisa de comportamento da UFMG, o consumo de alimentos saudáveis diminuiu durante o isolamento social imposto pelos órgãos de saúde no combate do novo coronavírus. Em contrapartida, a ingestão de alimentos embutidos, congelados e ricos em açúcares e gordura aumentou. 

O estudo aponta que os índices de consumo de verduras e/ou legumes, em cinco dias ou mais por semana, caíram de 37% para 33%. Enquanto isso, a ingestão de alimentos saudáveis, em adultos jovens entre 18 e 29 anos, registrou taxas de apenas 13%. 

Por outro lado, o consumo de alimentos considerados não saudáveis, em dois dias ou mais por semana, aumentou, sendo registrada elevação das taxas em 5% na ingestão de embutidos e hambúrgueres, 4% na de congelados e 6% na de chocolates e doces.

Entre os adultos jovens, aproximadamente 63% estão consumindo alimentos ricos em açúcar em dois dias ou mais da semana. 

Em meio à pandemia de COVID-19, essa consequência pode ser ainda mais agravante, a considerar que a obesidade é um dos principais fatores de risco à doença.




Dra. Luanna Caramalac Munaro - Nutricionista Funcional e Integrativa - Formada em modulação intestinal e biofísica quântica pela universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região Pantanal (Uniderp). Pós-graduada em nutrição clínica funcional – VP, adequação nutricional e manutenção da homeostase – prevenção e tratamento de doenças. Pós-graduanda em nutrição comportamental, atua na área integrativa com foco em prevenção e tratamentos de patologias, como: Doenças autoimunes; Depressão; Infertilidade e emagrecimento.



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