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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Prematuridade exige mais do que cuidados


Família necessita de suporte psicológico e deve estar preparada para mudanças radicais na rotina


O nascimento antes do tempo previsto é carregado de dúvidas e surpresas. Dedicada à conscientização sobre a prematuridade de crianças, a Campanha Novembro Roxo ressalta a necessidade dos cuidados redobrados a essa realidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 30 milhões de bebês nasçam prematuramente a cada ano em todo o mundo.

A médica pediatra Ana Fonseca explica que todo bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação, ou seja, 36 semanas e seis dias, é considerado prematuro. As causas para o nascimento antes do período normal podem estar ligadas a diferentes fatores, como hipertensão, diabetes gestacional, gestação de múltiplos, idade materna (mais que 35 anos ou mães adolescentes), doenças uterinas, como mioma, câncer de colo de útero, infeção urinária e doenças sexualmente transmissíveis.

Ana ressalta que os suportes familiar e psicológico são fundamentais nesses casos. “Como pais, gostaríamos de privar nossos filhos de sofrimentos. Recebê-los neste mundo e sermos testemunhas dos procedimentos, da dor e das limitações é algo terrível”, comenta destacando que o sentimento de impotência é algo que consome os pais. “Para cada pequeno guerreiro há uma família que luta incansavelmente contra a sua própria dor, suas limitações e seu cansaço.”

O tratamento nessas ocasiões, conforme a médica, depende das necessidades de cada criança. “Uns precisam apenas de tempo para ganhar peso, outros de ajuda para respirar ou para se alimentar. Não há um tratamento padrão para a prematuridade”, explica pontuando que existem doenças que são mais frequentes em prematuros e que necessitarão de cuidados específicos e individualizados. 

O prematuro é imaturo em diversos aspectos, inversamente  proporcional à idade gestacional que nasceu ( quanto menor a idade gestacional, maior a imaturidade) “Estar seguro quanto aos cuidados no momento da alta é fundamental, e sair do hospital já com um agendamento com o pediatra, que deve ser a referência para dúvidas e cuidados, é de extrema importância”. Assim, para o dia a dia, não há um método único de cuidado. “Existe cada criança com a sua necessidade e cada família com suas características. Estar apto e seguro nos cuidados e nas necessidades de seu filho é fundamental. A família necessitará de apoio e aconselhamento.”

Já em relação às visitas ao bebê prematuro, a pediatra aconselha que devem ser extremamente cautelosas e restritas nos primeiros meses de vida. “Os cuidados são os mesmos para qualquer recém-nascido, mas a atenção deve ser total para com os pequenos guerreiros”, orienta, chamando a atenção, ainda, para o calendário de vacinas, que será atualizado assim que houver estabilidade clínica e peso suficiente. Quanto à amamentação, muitos podem ter dificuldade para coordenar sucção, deglutição e respiração, a depender da idade gestacional que nasceram e da condição do nascimento. Neste caso, os bebês precisarão de auxílio de fonoaudiólogas, alguns precisarão de sondas para alimentação, outros ainda dependerão inicialmente de nutrição parenteral.

Ana reforça a necessidade de se buscar ajuda com profissionais capacitados, entre eles o pediatra, e equipes multidisciplinares que devem acompanhar todo o processo do pequeno até o término da adolescência.


Pessoas com pedras na vesícula devem ser operadas para evitar complicações


Colecistite aguda pode levar paciente à morte se não tratada em tempo


Pacientes com cálculos biliares, mesmo sem sintomas, devem ser submetidos à colecistectomia, que é a retirada da vesícula, para evitar possíveis complicações que podem levar à morte. Entre as principais complicações, estão a colecistite (Inflamação da vesícula biliar) crônica ou aguda, neste caso, já considerada uma cirurgia de urgência.

De acordo com a literatura médica, cerca de 20% da população adulta terá colecistite. Este índice pode chegar a 35% no caso de pessoas idosas. “Os casos crônicos são caracterizados por crises de dor (cólica biliar), que se repetem sempre que os cálculos biliares bloqueiam temporariamente o duto cístico”, explica o cirurgião de urgência e emergência e CEO do Grupo 

Surgical, Bruno Pereira. “Já nos casos agudos, a cólica biliar costuma ser mais forte e duradoura, podendo durar até mais de 12 horas, com pico entre 15 e 60 minutos após o início. Os pacientes relatam que, muitas vezes, a dor é insuportável e vem acompanhada de enjoos e vômitos”, complementa o cirurgião. De acordo com ele, cerca de 30% dos pacientes com colecistite aguda também apresentam febre e, em alguns casos, calafrios.

O paciente com colecistite aguda precisa ser operado logo após o aparecimento dos primeiros sintomas porque o quadro pode ser agravar e causar outros problemas, que podem até levar à morte. Entre as complicações mais comuns, estão a peritonite (inflamação do peritônio), formação de fístula para o intestino, septicemia (infecção generalizada), formação de abcessos causados pela necrose provocada pelas bactérias e pancreatite. “Essas complicações costumam ser muito graves. Por isso, é importante agir rapidamente. No Grupo Surgical, costumamos indicar a colecistectomia para o paciente que apresenta cálculo biliar. A cirurgia é muito simples, feita por videolaparoscopia, e não afeta a qualidade de vida da pessoa. Então é melhor agir preventivamente”, afirma Pereira.

A vesícula é um órgão do aparelho digestório que armazena a bile, produzida pelo fígado. Seu principal papel é liberar a bile para o intestino, quando há necessidade de fazer digestão de alimentos mais gordurosos, por exemplo. Por diversos fatores, ela pode produzir os cálculos, que geram os problemas citados anteriormente. “É lógico que a vesícula tem um papel no nosso organismo e não deve ser retirada se estiver saudável. Mas, quando apresenta cálculos, o custo-benefício dela já não é tão bom. O corpo se adapta à falta dela. Quando o paciente está sem a vesícula, o colédoco dilata e passa a armazenar a bile. Portanto, ele tem uma vida normal”, explica o cirurgião.

A colecistite costuma ser mais comum em mulheres, pessoas com mais de 60 anos, pacientes com excesso de peso ou que passaram por uma gravidez, pessoas com histórico familiar, diabetes, colesterol, pessoas que tiveram perda de peso rápido e pessoas que usam alguns tipos de medicamentos, como os hormonais.

A colecistectomia é uma das cirurgias mais realizadas pelo Grupo Surgical. No ano passado, foram 432. Neste ano, até setembro, já haviam sido registradas 348.





Grupo Surgical


Surtos de Toxoplasmose: cegueira em bebês podem ser evitadas com Teste Digital do Olhinho

Especialista alerta para a necessidade de complementar o tradicional Teste do Olhinho em bebês com uma versão digital do exame
 

Neste ano, até o mês de maio, a Secretaria Municipal de Saúde registrou quase 80 casos de toxoplasmose em São Paulo. Outros surtos foram registrados em Campinas e em cidades do Rio Grande do Sul.
A toxoplasmose é uma infecção causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados pelo protozoário Toxoplasma Gondii, que é encontrado nas fezes de gatos e outros felinos. Entre o público de maior risco de contrair a doença estão as pessoas com baixa imunidade, as gestantes e os recém-nascidos.
Com relação aos bebês, eles podem adquirir a doença por meio de uma infecção intraplacentária, caso a mãe tenha sido infectada pelo protozoário Toxoplasma Gondii durante a gestação ou em um curto espaço de tempo antes dela. Nessas situações, entre os diversos riscos à saúde da criança, pode acontecer de ela contrair toxoplasmose ocular, doença congênita bastante grave. 
O cenário de risco aos pequenos é um motivo a mais para que responsáveis pela saúde e bem-estar das crianças deem a devida atenção à realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV) no momento do nascimento do bebê. O TRV é um exame ocular de triagem bastante importante. Porém, trata-se de uma triagem para um exame mais abrangente  o Brasil conta com tecnologia para o Teste Digital do Olhinho, que além de rastrear 130 graus do globo ainda detecta doenças genéticas, incluindo as síndromes congênitas.

Teste Digital do Olhinho - Minimamente invasivo e indolor, o Teste Digital do Olhinho é realizado por meio do aparelho Retcam, que faz registros fotográficos digitais em alta resolução do olho do bebê. Antes do procedimento, a pupila da criança é dilatada por meio do uso de um gel anestésico. Só então uma sonda é encostada na retina da criança para que as fotografias sejam feitas. “O exame é simples, rápido e preciso. Além disso, o aparelho permite que as imagens sejam armazenadas, gravadas, impressas ou enviadas eletronicamente a profissionais que acompanhem a saúde da criança”, detalha o médico.

Preocupação chega a Roraima - Preocupado com a saúde ocular das crianças de Roraima e com os casos de Toxoplasmose registrados em diferentes regiões do Brasil, o oftalmologista e Deputado Federal Hiran Gonçalves foi um dos grandes incentivadores da campanha Juntos Pela Visão Infantil, realizada no mês de outubro no Estado. A ação, que tem caráter nacional, visa conscientizar toda a sociedade, incluindo profissionais de saúde, responsáveis por crianças e ONGs, sobre a importância de um diagnóstico ocular completo e precoce no recém-nascido.
“Existem algumas patologias que se não forem diagnosticadas precocemente podem causar lesões irreversíveis no olho de uma criança. Um exemplo é a retinopatia da prematuridade, bastante comum em pacientes que ficam em incubadoras. Há ainda as lesões graves causadas pela Toxoplasmose, pela rubéola ou pelo glaucoma congênito. A detecção precoce dessas e de outras doenças oculares diminuem muito o sofrimento das crianças e aumentam as chances de controle, tratamento ou cura”, explica o oftalmologista e deputado Hiran Gonçalves. 
“Infelizmente, ainda vejo crianças, adolescentes e jovens que não têm o hábito de fazer exames oftalmológicos periódicos e, por isso, demoram muito a detectar doenças oculares. Por isso decidi liderar esse movimento de desenvolvimento da oftalmologia em Roraima, que por meio da aquisição de aparelhos de Retcam para o Sistema Único de Saúde, vai possibilitar que a população tenha garantia de triagem e diagnóstico da saúde ocular de uma maneira mais ampliadas”, finaliza Dr. Gonçalves.



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