Colecistite aguda
pode levar paciente à morte se não tratada em tempo
Pacientes com cálculos biliares, mesmo sem
sintomas, devem ser submetidos à colecistectomia, que é a retirada da vesícula,
para evitar possíveis complicações que podem levar à morte. Entre as principais
complicações, estão a colecistite (Inflamação da vesícula biliar) crônica ou
aguda, neste caso, já considerada uma cirurgia de urgência.
De acordo com a literatura médica, cerca de 20% da
população adulta terá colecistite. Este índice pode chegar a 35% no caso de
pessoas idosas. “Os casos crônicos são caracterizados por crises de dor (cólica
biliar), que se repetem sempre que os cálculos biliares bloqueiam
temporariamente o duto cístico”, explica o cirurgião de urgência e emergência e
CEO do Grupo
Surgical, Bruno Pereira. “Já nos casos agudos, a cólica biliar costuma ser mais forte e duradoura, podendo durar até mais de 12 horas, com pico entre 15 e 60 minutos após o início. Os pacientes relatam que, muitas vezes, a dor é insuportável e vem acompanhada de enjoos e vômitos”, complementa o cirurgião. De acordo com ele, cerca de 30% dos pacientes com colecistite aguda também apresentam febre e, em alguns casos, calafrios.
O paciente com colecistite aguda precisa ser
operado logo após o aparecimento dos primeiros sintomas porque o quadro pode
ser agravar e causar outros problemas, que podem até levar à morte. Entre as
complicações mais comuns, estão a peritonite (inflamação do peritônio),
formação de fístula para o intestino, septicemia (infecção generalizada),
formação de abcessos causados pela necrose provocada pelas bactérias e
pancreatite. “Essas complicações costumam ser muito graves. Por isso, é
importante agir rapidamente. No Grupo Surgical, costumamos indicar a
colecistectomia para o paciente que apresenta cálculo biliar. A cirurgia é
muito simples, feita por videolaparoscopia, e não afeta a qualidade de vida da
pessoa. Então é melhor agir preventivamente”, afirma Pereira.
A vesícula é um órgão do aparelho digestório que
armazena a bile, produzida pelo fígado. Seu principal papel é liberar a bile
para o intestino, quando há necessidade de fazer digestão de alimentos mais
gordurosos, por exemplo. Por diversos fatores, ela pode produzir os cálculos,
que geram os problemas citados anteriormente. “É lógico que a vesícula tem um
papel no nosso organismo e não deve ser retirada se estiver saudável. Mas,
quando apresenta cálculos, o custo-benefício dela já não é tão bom. O corpo se
adapta à falta dela. Quando o paciente está sem a vesícula, o colédoco dilata e
passa a armazenar a bile. Portanto, ele tem uma vida normal”, explica o
cirurgião.
A colecistite costuma ser mais comum em mulheres,
pessoas com mais de 60 anos, pacientes com excesso de peso ou que passaram por
uma gravidez, pessoas com histórico familiar, diabetes, colesterol, pessoas que
tiveram perda de peso rápido e pessoas que usam alguns tipos de medicamentos,
como os hormonais.
A colecistectomia é uma das cirurgias mais
realizadas pelo Grupo Surgical. No ano passado, foram 432. Neste ano, até
setembro, já haviam sido registradas 348.
Grupo Surgical
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