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quinta-feira, 18 de julho de 2019

CRMV-SP orienta como viajar com seu pet de carro ou avião


Médicos-veterinários explicam o que pode e o que não pode na hora da viagem

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há mais de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos no Brasil. E 61% dos tutores desses animais os consideram como membros da família – o que explica o fato de ser cada vez mais comum o planejamento de viagens com os pets, para que eles participem das férias da família.
Para que esta experiência seja tranquila, tanto para os animais quanto para os tutores, os médicos-veterinários do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) dão algumas orientações e esclarecem dúvidas frequentes neste período.

Pré-requisito: saúde em dia
“Antes de viajar com seu cão ou gato, uma visita ao médico-veterinário é muito importante para garantir que ele está em boas condições de saúde. Isso inclui observar se as vacinas e a vermifugação estão em dia, se ele está com alguma medida preventiva atualizada para evitar pulgas ou carrapatos e se não apresentou mudanças de comportamento recentemente. Outra função importante do profissional é avaliar o destino da viagem, para receitar medidas protetivas de acordo. Por exemplo, se vai à praia, tem que se proteger contra a dirofilariose, a doença o verme do coração. Se vai a uma região endêmica, ver se precisa de proteção contra leishmaniose, entre outras”, explica Carolina Filippos, que faz parte da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP.
Limitações físicas, doenças, idade avançada e sobrepeso são alguns dos fatores que podem exigir repensar a ideia de viajar com o pet. Outra questão aconselhada pela especialista é uma reflexão prévia sobre a região da viagem, o trajeto necessário e o perfil do animal. “Meu cachorro ou gato se adapta facilmente a um ambiente novo? Ele está acostumado a passear com a família ou fica incomodado sempre que há uma alteração na rotina? Vamos para um lugar em que o animal passará muito calor? Ele poderá ser incluído nos planos de passeio das férias? Todas essas perguntas são relevantes para pensarmos se o bem-estar do pet será assegurado durante a viagem propriamente dita e nos dias fora de casa.”
Após uma avaliação cuidadosa e se estiver tudo bem, o médico-veterinário poderá emitir um Atestado de Saúde do Animal, que deve ser levado na viagem, junto com a carteira de vacinação do pet. “Ter em mãos um atestado de saúde emitido por um médico-veterinário é uma garantia a mais em casos de fiscalizações durante a viagem”, destaca Anne Pierre Helzel, assessora técnica médica-veterinária do CRMV-SP.
Mais um aspecto importante a levar em conta e que precisará da orientação do médico-veterinário, é se o pet toma alguma medicação controlada ou de uso contínuo. Nas situações em que o tratamento é mantido, a receita atualizada também deverá acompanhar a família. 

Segurança sobre quatro rodas
Para transporte de animais em carro, o Código de Trânsito Brasileiro prevê alguns cuidados. Animais no colo, no banco do carona ou com a cabeça fora da janela podem resultar em situações de risco, tanto para os pets quanto para os demais ocupantes do veículo, bem como multa.
Entre as opções permitidas, estão as caixas de transporte, que têm que ser adequadas ao tamanho do animal, acopladas ao cinto de segurança, com ventilação em todos os lados e porta e travas de ferro. Para cães maiores ou que não ficam em caixas, também existem cintos de segurança que podem ser ligados às guias. “Antes de sair para muitas horas de viagem, vale fazer um teste, para ver se o animal se adapta a esses acessórios. E se não sente enjoo em trajetos de carro”, lembra Carolina Filippos.
As pausas durante a viagem também são essenciais, a cada duas ou três horas ou quando o comportamento do pet indicar que é preciso. “Além de permitir que o animal ande um pouco e desestresse, as paradas são importantes para que o pet possa tomar água, se refrescar e fazer suas necessidades”, orienta a integrante da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais.
Deve-se observar, ainda, a temperatura do veículo durante a viagem. A dica é escolher os horários mais frescos do dia, para evitar o desconforto térmico do animal.

Segurança nas alturas
Se a viagem for de avião, o primeiro preparativo é verificar as regras da companhia aérea, pois as diretrizes podem variar de uma empresa para outra e conforme o destino final. Uma das exigências é o Atestado de Saúde do Animal, assinado por um profissional registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária.
Para o transporte internacional de animais, também serão solicitados outros dois documentos: o Certificado Veterinário Internacional (CVI), que deverá ser emitido para cada viagem que o animal for realizar, ou o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos, que poderá ser reutilizado em várias viagens. Ambos são emitidos de graça pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Vale salientar que, para a concessão do passaporte, é obrigatória a identificação eletrônica do animal, por meio de um microchip.
As documentações possuem a finalidade de atestar as condições de saúde do animal e o cumprimento das condições sanitárias exigidas para o trajeto até o país de destino.
“A reflexão sobre a necessidade da viagem é ainda mais importante no caso do avião, pois o animal precisaria ficar mais tempo na caixa de transporte, no compartimento destinado aos animais, ou mesmo na cabine junto com os tutores, enfrentando diferença de pressão e barulho”, alerta Carolina Filippos.
Já quando se fala em viagens de navio, animais como passageiros são mais raros, afinal a maior parte das companhias não permite – a não ser nos casos de cães-guia.

Outras dicas
Independentemente do pet ser treinado e manter a calma durante viagens, uma precaução a ser tomada antes de sair de casa é providenciar uma identificação para a coleira do pet, inserindo nome, endereço e contato dos tutores.
Por fim, na visita ao médico-veterinário, este profissional também poderá auxiliar o tutor na montagem de um kit de primeiros socorros personalizado, de acordo com as características de cada pet. “Os medicamentos imprescindíveis vão depender do animal. De modo geral, podemos indicar analgésicos, antieméticos (contra enjoos), anti-histamínicos (para reações alérgicas), pomada cicatrizante e colírio lubrificante, sempre com exame prévio de um médico-veterinário para atestar que o pet está em condições de receber tais medicações”, explica Carolina.
Além de medicamentos, a médica-veterinária indica a inclusão de insumos para pequenos curativos, como soro fisiológico para lavagem de feridas, solução antisséptica, esparadrapo microporado, gazes e bandagem. Tudo isso contribuirá para uma viagem mais tranquila, com momentos de lazer para todos.

Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, com mais de 37 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


Seu pet está velhinho? Saiba quais cuidados necessários


É necessário fazer algumas alterações no hábito e na rotina do animal e ficar atento às mudanças de comportamento

A velhice chega para todos os seres vivos. Apesar de a gente desejar que nosso melhor amigo seja sempre ativo e cheio de energia, em algum momento, a idade vai fazer com que seu comportamento mude.
Mas isso não é motivo para não proporcionar conforto e carinho para quem passou a vida toda nos dando muito a amor e gestos de companheirismo e fidelidade. Saiba quais são os cuidados necessários para que o seu pet se torne um velhinho saudável.

Alimentação especial
Fornecer alimentos de qualidade e ricos em vitaminas e nutrientes deve ser uma preocupação que devemos ter com nosso pet desde o seu nascimento. Quando ele está idoso, o cuidado deve ser redobrado.
Quando ele atingir a idade entre 7 e 9 anos, é preciso nutri-lo de acordo com suas novas necessidades . O intervalo entre uma refeição e outra deve ser diminuído para que ele não passe muitas horas sem comer e desenvolva quadros de hipoglicemia.
No entanto, a quantidade de alimento deve ser reduzida. Depois de certa idade, o metabolismo de cães e gatos passa a precisar de um número menor de calorias. A necessidade energética diminui, aproximadamente, 20% em comparação aos pets mais novos.
Não deixe de consultar o veterinário para que ele indique a ração mais apropriada para seu amigo e oriente acerca das porções e dos horários das refeições. 

Visitas regulares ao veterinário
Seu amigo deverá ser consultado em intervalos menores. A saúde dos pets idosos tende a ficar cada vez mais fragilizada, o que implica na baixa imunidade, menor capacidade para resistir às infecções e aumento de chances de desenvolver doenças, como catarata, diabetes, cardiopatias, problemas ósseos e problemas nos dentes. 
Por isso, ele deve ser monitorado com maior frequência para que seja possível fazer o diagnóstico precoce de possíveis enfermidades, o que auxilia no rápido início do tratamento e proporciona maior qualidade de vida ao pet.
É muito comum que animais idosos desenvolvam problemas renais e hepáticos. Diante disso, é necessário fazer exames laboratoriais e de imagem para acompanhar o funcionamento desses órgãos. 

Calendário de vacina e vermifugação sempre em dia
Independente da idade, todos os animais tendem a contrair doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários. Portanto, é de extrema importância manter o calendário de vacinas atualizado.
O médico veterinário orientará se houver necessidade de inserir novas vacinas, de forma a manter seu amigo protegido e ajudar as células de defesa do organismo. 
Medicamentos para bloquear o surgimento de vermes também devem ser administrados normalmente. O mesmo serve para antipulgas e anticarrapatos. 

De olho no peso
A tendência é que os pets idosos desenvolvam sobrepeso por conta do metabolismo, que fica mais lento. A obesidade pode gerar diabetes, problemas na coluna, nos joelhos e enfermidades no coração.
Para evitar quadros como esses, mantenha seu amigo ativo, mas sempre lembrando que ele possui suas limitações físicas e que é preciso respeitá-las. Caminhe com ele por alguns minutos e promova brincadeiras que não demandem esforço físico intenso. 
Com essa rotina, além de garantir que ele esteja saudável fisicamente, você proporcionará estados de alegria e felicidade. Isso é fundamental para evitar quadros relacionados à depressão, doença que pode atingir pets idosos. 

Adaptando o ambiente
A artrite é uma doença muito comum em animais idosos, principalmente naqueles de grande porte.  Ela acaba limitando a mobilidade porque causa uma ligeira rigidez nas articulações ou, dependendo do quadro, pode promover total debilidade. 
Para não forçar as articulações do seu amigo, evite que ele circule por locais onde haja escadas. Caso ele suba na cama ou no sofá, adapte um apoio para que ele suba sem muito esforço.
Evite deixar a caminha do seu pet em espaços onde há muita umidade ou corrente de ar frio. Sol em excesso também não é bom.  A capacidade pulmonar de pets idosos diminui consideravelmente, o que pode gerar doenças respiratórias, como pneumonia.
O ideal é que ele tenha à sua disposição um cantinho arejado, confortável e de fácil acesso sempre que ele quiser tirar um cochilo. 

Mudanças no comportamento
Ficar mais quietinho e dormir por mais tempo é um sinal de que seu amigo está na terceira idade. Além desse comportamento, ele pode fazer xixi em locais diferentes daquele que foi ensinado que era o correto.
Não brigue com ele. Assim como acontece com os humanos, a bexiga deixa de funcionar corretamente. Se ele fizer xixi no lugar errado, é porque não conseguiu segurar a urina por muito tempo. 
Se isso acontecer, nada de castigá-lo. O ideal é limpar o local sempre que ele não estiver vendo para que ele não assimile que fazer xixi é proibido. Isso pode gerar outros problemas do trato urinário.  
Você também irá sentir que, devido a todas as dificuldades que são próprias da velhice, ele ficará mais dependente de você em todos os sentidos: para comer, brincar, dormir entre outros.
Por isso, não hesite em fazer o máximo de companhia e que você está sempre por perto, para apoiá-lo, dar muito amor e fazer com que ele se sinta membro de uma família em que ele pode sentir conforto e segurança. 
Quanto mais você ficar atento aos sinais que ele dá, mais fácil será identificar se há a necessidade de procurar por um veterinário 24h e garantir que ele receba sempre os cuidados necessários e adequados para a situação. 


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