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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Diálise peritoneal x hemodiafiltração: quais são as principais características e as vantagens para o paciente renal

 Nefrologista explica quais as terapias podem ser utilizadas no tratamento da doença renal crônica além da hemodiálise convencional 

 

O diagnóstico de doença renal crônica (DRC) afeta profundamente a dinâmica e qualidade de vida dos pacientes, e tem várias causas e fatores de risco. A pessoa portadora da DRC perde de maneira definitiva a função renal e necessita de algum método substitutivo, entre as opções terapêuticas estão disponíveis:  a diálise peritoneal, hemodiálise e a hemodiafiltração, também conhecida como HDF.  

Presente como alternativa terapêutica há um pouco mais de duas décadas, a hemodiafiltração é uma modalidade que combina duas formas de filtragem: a difusão e a convecção. A HDF utiliza um filtro (dialisador) através de uma máquina capaz de remover toxinas existentes no organismo em um volume maior do que a hemodiálise convencional.  

“Essa terapia se destaca por conseguir retirar substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea de maneira eficaz e em maior quantidade, proporcionando também conforto e menos complicações ao paciente”, destaca Dr. Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal. 

Em outro tratamento disponível, a diálise peritoneal, em que consiste a mesma finalidade da hemodiálise que todos nós conhecemos, ela se destaca por ser um processo que ao invés de ser realizado em uma clínica e com ajuda da equipe de enfermagem, a responsabilidade é atribuída ao paciente, familiar ou cuidador. Assim, ela pode ser realizada em casa, conferindo mais dinamismo e flexibilidade à rotina do paciente. 

“Nesta terapia, um cateter flexível é colocado no abdômen do paciente, pelo qual é realizada a infusão da solução de diálise peritoneal, necessária ao processo de filtração do sangue”, explica Zawadzki. “Esse líquido entra em contato com o peritônio – membrana que reveste os órgãos abdominais – e permanece nessa cavidade para que ocorra a troca entre a solução e o sangue, e assim acontece a drenagem, juntamente com as toxinas que estavam acumuladas”, complementa.  

Nesse procedimento, tanto a infusão quando a drenagem da solução peritoneal pode ser realizada manualmente, pelo paciente ou pessoa treinada para a função ou por uma máquina cicladora. Um período de treinamento antes do início da terapia é essencial para que a diálise peritoneal seja de maneira segura e eficaz. 

A terapia de diálise peritoneal possui suas vantagens e garante menos efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e cólicas, assim como menos restrições nutricionais. Ela também não utiliza agulhas e requer menos deslocamento a clínica de diálise. 

É válido ressaltar que todo o tratamento deve ser acompanhado por um médico nefrologista e com uma rotina de exames que avaliam o estado clínico do paciente e suas necessidades que podem variar de acordo com a atual condição da sua função renal.  

O paciente deve conversar com seu nefrologista para tirar todas as dúvidas sobre essas terapias, e considerá-la como uma excelente opção de tratamento, principalmente para aqueles que aguardam por um transplante renal.

 

DaVita Tratamento Renal    

  

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