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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Obesidade pode provocar danos permanentes no joelho


Prof. Dr. Rene Abdalla, ortopedista e diretor médico do Instituto do Joelho HCor, alerta que o excesso de peso favorece o desgaste da cartilagem e com isso o aparecimento da artrose


            O mais recente levantamento sobre obesidade no Brasil aponta que 18,9% da população está obesa e 54% com sobrepeso. Os números são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e mostram a preocupante realidade do país.

            Além das doenças metabólicas, a obesidade pode provocar problemas ortopédicos e danos permanentes nos joelhos. “Temos vários estudos que comprovam que devido à sobrecarga o surgimento da artrose é quase inevitável. O desgaste da cartilagem que protege as extremidades dos ossos que se ligam ao joelho é muito grande. Além disso, o excesso de peso reduz a mobilidade e aumenta a possibilidade de lesões futuras”, explica o Prof. Dr. Rene Abdalla, ortopedista e diretor médico do Instituto do Joelho HCor.

            Uma das maneiras de atenuar esse desgaste da cartilagem é investir em programas de perda de peso, seja por meio de dietas, reeducação alimentar e atividade física orientada. Mas o desgaste que foi feito dificilmente poderá ser recuperado.

“Os pacientes, após significativa perda de peso, sentem-se mais confortáveis e com indicação de prática de exercícios. Muitos começam a exigir mais dos joelhos. Nesse momento sentem os efeitos do antigo sobrepeso”, acrescenta Dr. Rene.

            Para evitar lesões mais graves o paciente deve procurar orientação especializada antes de iniciar qualquer tipo de exercício, principalmente os que exigem muito dos joelhos desgastados. “Esse paciente em especial precisa, antes de tudo, fortalecer a musculatura da região para ter a certeza de que está preparado para iniciar uma atividade física com uma margem de segurança”, acrescenta o ortopedista.


Dicas importantes

 Procure um especialista para orientações sobre como iniciar a prática do exercício físico.

 Alongue a musculatura para preparar o corpo, antes de iniciar a atividade.

 Fique atento aos exercícios praticados e procure uma série que melhor se ajuste as suas necessidades. Cuidado para não sobrecarregar os joelhos.

 Intercale atividades, por exemplo, corrida com musculação.

 Escolha calçados que protejam os membros inferiores de impactos e movimentos repetitivos.

 Ao primeiro sinal de dor pare os exercícios imediatamente e procure o especialista para nova avaliação.


Gravidez melhora os sintomas da endometriose?

Embora durante muito tempo, havia a crença de que a gravidez tinha um papel na melhora ou até mesmo na remissão dos sintomas da endometriose, um estudo recente, apresentado durante o VI Congresso Brasileiro de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva, que aconteceu em São Paulo, no mês de setembro, as evidências atuais disponíveis sugerem que a gestação não resulta em benefícios ou melhora dos quadros de endometriose.

O estudo, publicado no jornal científico Human Reproduction, foi uma revisão da literatura disponível sobre gravidez e endometriose, entre os anos de 1966 e 2017.

Segundo o ginecologista Dr. Edvaldo Cavalcante, médico assistente do Ambulatório de Algia Pélvica da Universidade Estadual de São Paulo (UNIFESP), a endometriose é cercada de mitos, sendo um deles a questão da gravidez como recurso para melhora dos sintomas.
     
“O estudo mostrou que os resultados a respeito dos efeitos da gravidez na endometriose são controversos. Também apontou que há evidências crescentes de que a endometriose pode interferir no sucesso da gravidez. Assim, é preciso orientar corretamente as pacientes sobre o assunto”, comenta Dr. Edvaldo.

“Isso porque em 55% dos casos, a endometriose pode levar à infertilidade. Além disso, enquanto algumas lesões da endometriose apresentam regressão durante a gravidez, outras podem permanecer estáveis ou ainda aumentarem. O único efeito claro é que na gravidez, por conta da amenorreia (cessação da menstruação), não surgem novos focos de endometriose”, ressalta o ginecologista.

O estudo apresentado durante o Congresso não foi conclusivo e novas pesquisas serão feitas para entender os efeitos da gravidez nas mulheres com endometriose.
 


Endometriose, aborto espontâneo e outras intercorrências na gravidez

Quando se fala de gravidez e endometriose, há outros aspectos que precisam ser bem avaliados. Segundo um estudo, quando a mulher tem endometriose profunda, ou seja, a forma mais agressiva da doença, há taxas mais elevadas de placenta prévia, aborto espontâneo, restrição do crescimento intrauterino, parto prematuro e distúrbios hipertensivos.



O que realmente melhora os sintomas da endometriose?

“Nem todas as mulheres apresentam manifestações clínicas da endometriose. Outro ponto é que há pacientes com endometriose profunda sem sintomas e há outras com pequenos focos e manifestações importantes”, comenta Dr. Edvaldo.

A dor pélvica crônica é a principal queixa e afeta cerca de 70% das mulheres diagnosticadas com a endometriose. O tratamento pode ser feito com medicamentos.

"Quando não há resposta ou ainda quando há contraindicação para o uso da terapia hormonal, a cirurgia é recomendada para remover os focos da endometriose. O procedimento também ajuda as mulheres que pretendem engravidar, já que esse grupo não pode usar os hormônios para alívio dos sintomas”, explica o cirurgião ginecológico.

Por fim, Dr. Edvaldo lembra que a gravidez de uma mulher com endometriose deve ser acompanhada de perto, com cuidados mais intensos durante o pré-natal, em vista das evidências que sugerem os riscos aumentados de intercorrências.


Bons hábitos de higiene e alimentação podem prevenir doenças bucais


 Especialista fala sobre a importância da higiene da boca na semana em que é comemorado o Dia Nacional da Saúde Bucal


Na próxima quinta-feira, dia 25 de outubro, é comemorado o Dia Nacional da Saúde Bucal. A campanha procura conscientizar sobre a importância da higienização dessa área do corpo para a prevenção de problemas como a cárie; mau hálito; aftas; tártaro; gengivite (inflamação na gengiva); periodontite (infecção gengival grave que pode destruir o osso maxilar); e o câncer de boca.

A relevância dessa inciativa se torna ainda mais evidente quando observamos que o uso de escova, creme e fio dental é feito por somente 53% dos brasileiros, segundo dados revelados pela Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o cirurgião dentista, Carlos Cordeiro, a boca desempenha funções essenciais à saúde do nosso organismo como um todo. Além de possibilitar a fala, mastigação e a respiração, a boca é a maior cavidade do corpo com acesso direto ao meio ambiente. Devido a este contato com o externo, a cavidade bucal se tornou um dos principais locais de entrada de bactérias e microrganismos, que podem provocar desde pequenas infecções até contaminações e implicações mais sérias. “A má higiene da boca pode causar tanto doenças na própria área, quanto agravar outras enfermidades como as doenças cardiovasculares e o diabetes”, explica.

Segundo Cordeiro, a higienização correta da boca pode diminuir significativamente as chances de desenvolvimento de doenças e distúrbios bucais e dentários. “É necessário deixar claro que as principais causas das doenças bucais é o acúmulo de placa bacteriana, a prática do fumo, o alcoolismo e os maus hábitos alimentares”, ressalta.

Para manter a saúde e prevenir doenças bucais, Carlos Cordeiro orienta que os pacientes escovem os dentes e façam o uso diário do fio dental após as refeições. As pessoas devem optar por produtos de higiene bucal com flúor e escovas com cerdas macias e arredondadas. Lembrando que as mesmas devem ser substituídas a cada três meses ou quando as cerdas entortarem.

Cordeiro explica que com uma pequena quantidade de creme dental, a escovação deve abranger os dentes e a língua, sendo realizada de forma delicada e leve. “A aplicação do enxaguante bucal também é uma boa opção, mas é preciso que o mesmo seja indicado por um dentista”, afirma.

Outros comportamentos que devem ser levados em consideração para o combate a doenças bucais é a manutenção de uma alimentação saudável; a ingestão de muita água; o uso do protetor solar labial; a diminuição ou suspenção do consumo de alimentos açucarados; o interrompimento do uso do fumo e ingestão de bebidas alcoólicas; e a realização de visitas regulares ao dentista.

Já para a identificação do câncer de boca, as pessoas devem ficar atentas a alterações como a dificuldade de cicatrização de feridas na mucosa e entorno da cavidade oral, o aparecimento de manchas brancas ou avermelhadas e o surgimento de sangramentos. No entanto, somente o dentista poderá identificar um possível caso da doença e encaminhar o paciente para um oncologista.


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