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domingo, 2 de abril de 2017

Manual do barbudo: médico responde principais dúvidas sobre barba



Volume, falhas e uso de cosméticos. Dermatologista e tricologista Rodrigo Frota esclarece os principais mitos e verdades sobre os pelos da região

A tendência da barba volumosa movimentou os consultórios dermatológicos. O especialista Rodrigo Frota, dermatologista da clínica Aepit e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), confirma a busca dos homens pelo visual da moda. “Eles recorrem a ajuda médica com a intenção de ter uma barba mais cheia, mais densa, sem falhas ou para controlar irritações”, atesta.
Frota esclarece as dúvidas mais frequentes no consultório quando o tema é a barba.


- O volume da barba está ligado a algum fator genético?
Sim, o volume da barba está diretamente relacionado a quantidade de unidades foliculares na região, tanto a densidade de folículos pilosos assim como a distribuição deles no rosto. Essa densidade é geneticamente estabelecida, assim cada indivíduo já nasce isto determinado. 

Por exemplo, o homem que tem a barba fechada tem uma genética que promove essa evolução. Outro fator que exerce grande influência é o próprio hormônio masculino: a testosterona, que tem a capacidade de influenciar o crescimento e desenvolvimento desses pelos. Por isso a barba começa a aparecer na puberdade, idade em que este hormônio é produzido em alta escala. Mulheres que tem elevação da testosterona podem desenvolver alguns pelos faciais.


- Coceira na barba é normal? Quando devo procurar um especialista?
Sentir coceira no início do crescimento da barba pode ser considerado normal. O próprio mecanismo de crescimento do pelo, uma vez que ele cresce curvo, acaba irritando a pele ate que atinja comprimento suficiente para crescer reto.
Entretanto, coceira pode acontecer em virtude uma irritação da pele chamada: dermatite seborreica. Neste quadro a região apresenta coceira, descamação e aspecto avermelhado na pele.

Outro problema que também gera coceira, além de espinhas na área, aspecto avermelhado e pelos encravados é a Pseudofoliculite da Barba. Sempre que o homem apresentar estes sintomas deve procurar o dermatologista para tratamento do quadro.


- "Minha barba não cresce". Quais os motivos mais comuns?
Ter uma barba rala pode ser uma condição genética. Porém, se o caso for de falha em apenas algumas áreas dabarba, o problema pode ser a alopecia areata – queda repentina ou o não crescimento de cabelos em determinado lugar.


- Os pelos podem crescer mais rápido se eu barbear todo dia? Por que?
Isto é um mito, a velocidade de crescimento da barba independe de barbear. Temos esta falsa impressão pois cortamos o pelo rente a pele. Assim como o fio não fica mais grosso se barbear, esta sensação deve-se apenas ao fato de a base do fio, onde ele é raspado, ser exatamente a parte mais grossa.


- Por que surgem falhas na barba? E em alguns lugares não há crescimento de pelos?
As falhas podem surgir por doenças no folículo como a alopecia areata ou fungos. Entretanto, pequenas falhas podem aparecer decorrentes do próprio ciclo de crescimento e renovação do pelo. Lembrando que a distribuição dos folículos na barba é geneticamente estabelecida, por isso diferentes indivíduos apresentam diferentes padrões.


- A barba ajuda a conter a oleosidade do rosto e evitar o surgimento de acnes ou espinhas? Por que?
Na verdade acontece o contrário. A presença dos pelos pode aumentar a produção sebácea e contribuir para a oleosidade e o surgimento de acne.


- É aconselhável usar produtos como shampoos e condicionadores? Isto pode afetar o crescimento ou o volume da barba?
Devemos cuidar da barba assim como cuidamos do couro cabeludo. Existem no mercado produtos específicos para esse fim. O uso destes cosméticos não interferem no crescimento ou volume da barba.




Tratamento não-cirúrgico pode corrigir malformações congênitas das orelhas dos bebês



 A moldagem de orelha no período neonatal oferece uma janela de oportunidade para corrigir deformidades auriculares e malformações sem cirurgia, muito antes do aparecimento das provocações dos colegas e da perda de autoestima



Para os bebês com malformações congênitas da orelha, um sistema de tratamento chamado EarWell pode remodelar suavemente a orelha,  evitando a dor e o custo de uma cirurgia posterior, relata um estudo publicado na edição de março do Plastic and Reconstructive Surgery®,  jornal médico oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

Mas o tratamento deve começar cedo - de preferência nas três primeiras semanas após o nascimento, de acordo com cirurgião Steve Byrd (autor do estudo), em Dallas. O Dr. Byrd comenta: "O sistema EarWell é eficaz na eliminação ou  na redução da necessidade de cirurgia em todas as malformações congênitas da orelha, com exceção da mais grave".


Tratamento não-cirúrgico evita consequências posteriores

No estudo, os pesquisadores revisaram sua experiência com a correção não cirúrgica das malformações congênitas da orelha em 175 crianças. “O sistema EarWell é uma técnica relativamente simples para moldar e remodelar a orelha, aproveitando a maior  maleabilidade da cartilagem da orelha em recém-nascidos. Para melhores resultados, o tratamento deve iniciar-se nas primeiras três semanas após o nascimento, ou, consequentemente, mais tarde, em recém-nascidos prematuros”, afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, (CRM-SP 62.735), diretor do Centro de Medicina Integrada.

A técnica e a duração do tratamento de EarWell variam de acordo com o tipo e gravidade da deformidade da orelha da criança.  Byrd apresenta no artigo um sistema de classificação e detalhes técnicos para os cirurgiões plásticos seguirem no momento de avaliação do melhor tratamento para tipos específicos de malformações.

Na maioria das crianças do estudo, as duas orelhas foram tratadas, totalizando 303 orelhas. 98% dos bebês apresentaram deformidades de orelha de tipo "constritivas" relativamente leves. O tratamento de EarWell começou em uma idade média de 12 dias e continuou por 37 dias, incluindo uma média de seis consultas de acompanhamento com o cirurgião plástico.

O tratamento foi altamente bem sucedido na correção ou redução da gravidade das malformações congênitas da orelha. Os resultados foram julgados bons/ excelentes em 97% das orelhas com uma deformidade simples e em 88% com deformidades “mistas”, mais complexas. Cerca de 70% das orelhas com malformações constritivas foram classificadas como não tendo deformidade após o tratamento.

“As complicações consistiram principalmente em lesões cutâneas que cicatrizaram sem maiores problemas. Em oito casos, o tratamento teve de ser interrompido devido à uma reação alérgica à fita adesiva utilizada”, diz Ruben Penteado, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Embora o sistema de EarWell não seja novo, o relatório é o maior estudo de malformações congênitas da orelha tratadas com essa abordagem, incluindo uma abordagem padronizada para tratamento e avaliação dos resultados. Os resultados apoiam fortemente o uso do método, especialmente em lactentes com deformidades e malformações menos graves.

“Mas a falta de consciência desta alternativa não-cirúrgica é um fator limitante chave. A oportunidade para o tratamento precoce pode ser dificultada por uma falha em convencer os pediatras de que a maioria das orelhas dos recém-nascidos não se autocorrigem. Os pesquisadores também apontam que o sistema de EarWell é altamente bem sucedido no tratamento de orelhas proeminentes – uma  condição que geralmente passa despercebida pelos pais e pediatras, mas é provável que piore à medida que a criança cresce”, afirma o diretor do Centro de Medicina Integrada.

“Podemos operar as orelhas mais tarde na vida do paciente, o que aumenta a dificuldade da cirurgia, gera despesas, além da exposição  da criança a provocações, bullying e perda de autoestima. Se o seu bebê tem algum tipo de deformidade na orelha, os cirurgiões plásticos podem ajudar com ou sem cirurgia. Discuta a opção não-cirúrgica, como a moldagem da orelha com seu pediatra, e consulte um cirurgião plástico. Nesse caso, quanto mais cedo, melhor”, defende o médico.





Centro de Medicina Integrada.





Micoses, aplicação em gel e esmaltes fortalecedores: médico dermatologista tira dúvidas sobre as unhas



Dermatologista Gilvan Alves fala sobre hábitos que podem deixar as unhas mais fortes e saudáveis

Manter em dia a vaidade de ter as unhas impecáveis requer cuidados. E médico dermatologista é o profissional adequado para resolver as dúvidas quando o assunto são as unhas. O doutor Gilvan Alves, do grupo Aepit localizado em Brasília, fala sobre as questões mais recorrentes no consultório quando a pauta são as unhas.

Unha em gel
A queridinha das famosas já ganhou popularidade e é um dos serviços mais solicitados nas esmalterias de todo Brasil. Apesar de dar uma nova aparência às unhas, o procedimento pode causar danos a longo prazo, como explica o dermatologista. “A radiação ultravioleta pode afetar a matriz chegando até as células vivas, que produzem a unha, e comprometer o nascimento e crescimento, deformando a base”, comenta. 

Sobre os outros processos, como alongamento com fibra de vidro, o médico explica: “Desde que não faça pressão na matriz da unha, por que pode deformar a base, não tem problema”, explica. O dermatologista alerta que a matriz da unha deve sempre ser preservada. 


Hábitos comuns que podem prejudicar a saúde das unhas
Na hora de retirar o esmalte é melhor priorizar o removedor em vez da acetona. “O esmalte é menos danoso que a acetona. Quando utilizada, a acetona remove as substâncias hidratantes da unha que vem junto com a queratina, então fragiliza a unha”, explica o médico. Outra prática comum que pode prejudicar é a remoção da cutícula, que atua como uma proteção para a matriz da unha. “A gente brinca com as pacientes no consultório que em vez de fazer a unha elas desfazem”, brinca o médico. A orientação é apenas empurrar a cutícula e retirar o excesso, não totalmente.


Micoses
A micose é uma infecção causada por fungos e pode ser transmitida facilmente. A doença pode ser adquirida, por exemplo, ao compartilhar sapatos com outra pessoa, a água parada em lavatórios de pés de clubes e até mesmo ao fazer uso do mesmo chuveiro de alguém com a infecção. “O tratamento não é considerado difícil. São utilizados medicamentos de ingestão oral ou uso tópico. Com acompanhamento médico, é um problema fácil de se resolver. Não é indicado o autodiagnostico e a automedicação”, ressalta Gilvan. 


Esmaltes fortalecedores
"Existem esmaltes que dão mais consistencia as unhas sim", considera o médico. Os dermatolistas tem uma gama de produtos que podem ser indicados a quem deseja unhas mais rígidas. 


Cuidado! Ferramentas compartilhadas podem transmitir doenças
“O ideal é que você tenha seu próprio material e o leve para o salão. Cortadores de unha, lixas e alicates podem transmitir fungos e até vírus”, reforça o Gilvan. Caso não seja utilizado o material individual, exigir sempre que as ferramentas sejam esterilizadas e descartadas quando necessário. 


Sapatos fechados e unha encravadas
O uso de sapatos fechados pode provocar a unha encravada. “Quando se trata de salto é pior ainda, já que todo o peso que ficaria no calcanhar é transferido para a ponta dos dedos”, explica o médico. Com o passar dos anos não são apenas as unhas que são afetas, mas a própria estrutura óssea do pé. Não tirar os cantos e cortar as unhas dos pés em formato reto pode evitar com que elas encravem ao usar sapatos fechados.


Polir ou passar a lixa por cima da unha pode danificá-la?
Não tem problema. A placa da unha é formada de queratina e não é um tecido vivo. “A unha é como o cabelo, formada de queratina pura. A principal parte que deve ser protegida é a raiz, aquela parte mais clarinha, como uma meia lua que fica na base da unha. Ali existem células vivas, é onde a unha é produzida”, aponta o médico.


Por fim, como deixar as unhas mais fortes e saudáveis?
O primeiro de tudo é a alimentação. “As unhas, o cabelo e a pele são reflexo dos nossos hábitos alimentares. Na rotina devem ser ingeridas muitas frutas, verduras e vitaminas, principalmente A, B e a D, pois são importantes na formação da unha”, orienta. Ingerir a quantidade correta de água é fundamental.

- Aplique cremes hidratantes na base das unhas e nas cutículas para hidratá-la.
- Evite sapatos apertados. 

- Dê preferência ao corte reto da unha.

- Evite apertar as unhas.





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