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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Atenção ao Câncer de Pênis



Além de ser um tabu, doença ainda é desconhecida por alguns homens


Cuidar da saúde é coisa de homem. Isso mesmo! E para incentivá-los nessa tarefa foi criada a Campanha Novembro Azul.  Mas não é só o câncer de próstata que merece atenção da população masculina. Outra neoplasia que atinge este público é o câncer de pênis.

É uma doença considerada rara (2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem). Porém, isso não reduz seu grau de perigo para a saúde masculina. Com maior incidência entre os 40 e os 50 anos, o câncer de pênis está relacionado, principalmente, à falta de higiene íntima e atinge mais aqueles que se submeteram à cirurgia de fimose (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis). Alguns estudos também indicam que esteja relacionado à infecção pelo vírus HPV.

De acordo com Dr. Amândio Soares, oncologista da Oncomed-BH, o sintomas incluem mudança de cor ou espessura em uma determinada área da pele do pênis; surgimento de nódulo; ferida ou úlcera persistente, que sangra; protuberâncias avermelhadas e aveludadas; pequenos edemas sólidos; lesões de cor marrom-azulada e secreção persistente, muitas vezes com mau cheiro. “Vários desses sintomas podem ser causados por outras condições clínicas. Isso pode retardar o diagnóstico e agravar a condição do paciente. Por isso, é preciso ficar sempre atento e consultar o médico periodicamente”, alerta.

Cirurgia, radioterapia ou quimioterapia são algumas das opções para o tratamento da doença. Porém, a prevenção ainda é a melhor solução e não é difícil de ser realizada, afirma o oncologista. É importante fazer a higiene íntima com água e sabão, especialmente após a masturbação e as relações sexuais. A cirurgia de fimose, quando indicada, também auxilia na prevenção. O uso de preservativos é fundamental e diminui a chance de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV, por exemplo.


 Autoexame:
Os homens devem estar atentos aos seguintes sinais ao fazer o Autoexame.

 - perda de pigmentação ou manchas esbranquiçadas;

- feridas e caroços no pênis que não desapareceram após tratamento médico e que apresentem  secreções e mau cheiro;

- tumoração no pênis e/ou na virilha (íngua);

- inflamações de longo período com vermelhidão e coceira, principalmente nos portadores de fimose.


 
Oncomed-BH



Novembro Azul



O que devo saber sobre o câncer de próstata?
Especialista da Beneficência Portuguesa de São Paulo esclarece dúvidas e mitos sobre a doença que requer atenção e que aterroriza os homens, muitas vezes, sem necessidade


"Antes de falar sobre o câncer de próstata, é importante salientar, de início, que a doença e as eventuais complicações são todas tratáveis. Em primeiro lugar está a vida". É assim que o Dr. Celso Heitor de Freitas Júnior, urologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, inicia a conversa com o intuito de tranquilizar os homens sobre o assunto que ainda é tratado como um grande tabu.

O câncer de próstata é o tumor maligno mais frequente em homens e, apesar da incidência ter aumentado nas últimas décadas, a boa notícia é que a mortalidade tem diminuído graças à detecção precoce. 

O que preocupa é que 51% dos homens nunca consultaram um urologista, segundo estudo realizado este ano pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), diante de uma estimativa de 69 mil novos casos de câncer de próstata ao ano, sendo 7,8 novos casos por hora.

A seguir o Dr. Celso Heitor de Freitas Júnior destaca os principais pontos sobre a doença.


Prevenção
Não há uma causa constatada para o desenvolvimento do câncer de próstata, mas como toda doença o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento.


Quando devo me preocupar?
A partir dos 50 anos todo homem deve procurar um urologista pelo menos uma vez ao ano para realização de exames preventivos que diminuem em até 21% a mortalidade. Grupos de risco com maior incidência da doença como homens da raça negra ou com casos na família (em pai, irmãos ou avôs) devem realizar os exames a partir dos 40 anos. 


Fatores de risco
- Idade (a maioria dos casos ocorre acima dos 65 anos).

- Histórico familiar.

- Raça (existe maior incidência de casos em negros).

- Alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos.

- Sedentarismo.

- Obesidade.


Nas fases iniciais, o câncer de próstata não apresenta sintomas
Geralmente, quando os sintomas começam, em 90% dos casos o câncer já se espalhou. Os principais sintomas urinários são a diminuição do jato urinário, gotejamento após urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e retenção urinária. Há também os sintomas irritativos como aumento da frequência urinária, urgência ou incontinência urinária, e aumento da frequência urinária durante a noite. 


Exames preventivos: PSA e exame retal
Um não exclui o outro. O antígeno prostático específico (PSA) é um simples exame de sangue que visa identificar a presença de uma substância produzida nas células da glândula prostática. Os homens saudáveis ​​têm níveis menores de 4 ng/ml de sangue. Quando há elevação dos valores do PSA o exame revela o risco que cada homem possui de ter ou desenvolver o câncer de próstata. 

"É importante ressaltar que nem sempre um PSA alterado quer dizer um câncer de próstata. Uma infecção urinária, hiperplasia prostática benigna e até ter relação sexual na véspera da coleta pode alterar o resultado do exame", diz Dr. Celso Heitor. 

Como a próstata está localizada na frente do reto e a maioria dos cânceres de próstata começa na parte posterior da glândula, o exame de toque retal ajuda a diagnosticar a existência de um tumor e não dura mais do que 10 ou 15 segundos.



Um tumor foi identificado. E agora?
Se um tumor é localizado o urologista vai definir o melhor tratamento dependendo de uma série de quesitos. O caso pode ser cirúrgico, tratado por meio de radioterapia ou feita a vigilância ativa do câncer de próstata.


O que é o tratamento de vigilância ativa do câncer de próstata?
Atualmente, a análise detalhada do resultado da biópsia de próstata, associada a estudos de imagem específicos possibilitam individualizar o tratamento da doença. Caso seja classificado como um tumor indolente (muito baixo risco), o tratamento indicado pode ser o de vigilância ativa, um método baseado na observação da evolução do quadro sem intervenções terapêuticas. Porém, o paciente precisa se enquadrar em uma série de requisitos.


No caso de uma cirurgia, posso ficar impotente?
 "O medo é a disfunção erétil? Tem tratamento. O medo é a impotência sexual? Tem tratamento. Apesar do risco de complicações decorrentes da cirurgia de retirada da próstata, recomendável em alguns casos, todas são tratáveis", esclarece o Dr. Celso Heitor. Os principais efeitos colaterais da prostatectomia são a incontinência urinária e a impotência.


Hábitos alimentares
Existem suspeitas, ainda não confirmadas, da associação de dietas ricas em gordura animal e obesidade com cânceres de próstata mais agressivos. Mas os hábitos alimentares e o alto índice de massa corporal (IMC) também estão associados a outros tipos de doenças e cânceres. 

O consumo de alguns vegetais crucíferos está associado à redução do risco de câncer por conta dos seus altos índices de glicosinolatos. Exemplos desse tipo de alimento são: repolho, brócolis, couve, couve-flor, couve de bruxelas, nabo, agrião, rabanete, repolho e mostarda. Peixes, como atum e salmão, também estão associados à prevenção do câncer e recomenda-se o consumo duas vezes por semana.

Além de adotar uma alimentação saudável, faz parte da prevenção a pratica regular de atividades físicas, não fumar, evitar bebidas alcoólicas, além das consultas e exames de rotina.





Saiba o que é a doença de Gaucher



- Doença rara é bastante confundida com outros males mais comuns.

Diagnóstico precoce garante mais qualidade de vida – 

Estima-se que existam pelo menos 7.400 enfermidades raras distintas¹, entre elas, a doença de Gaucher, muito confundida com a leishmaniose visceral (LV), patologia comum, principalmente no Nordeste² do Brasil. “Por terem sintomas semelhantes, muitas enfermidades raras acabam sendo confundidas com outras mais comuns. Para não errar na interpretação e conseguir um diagnóstico preciso, é necessário que o especialista investigue com cautela e paciência”, explica a dra. Luciana Giangrande, diretora médica da Sanofi no Brasil. 

A doença de Gaucher é uma das patologias mais frequentes entre as relacionadas ao depósito lisossômico (DDL), com incidência internacional estimada em 1:57.000 nascidos vivos³ . Essas condições genéticas raras são causadas por deficiências enzimáticas – no caso da doença de Gaucher, a enzima deficiente é a glicocerebrosidase. Em uma DDL, determinadas estruturas das células, chamadas lisossomos, não conseguem romper moléculas de gordura específicas. Como resultado, elas se enchem dessas moléculas não digeridas comprometendo a capacidade da célula de funcionar adequadamente.

 Já a leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, anemia, dentre outras manifestações. No Brasil, são quase 3 mil pessoas infectadas anualmente pela doença, que, quando não tratada, pode evoluir e levar à morte em mais de 90% dos casos4. A similaridade entre as duas, é que ambas afetam o fígado, o baço e a medula óssea do paciente.

O diagnóstico da doença de Gaucher tem como base a história clínica do paciente e o exame físico. A confirmação se faz pela dosagem da enzima glicocerebrosidase no sangue. “É de extrema importância que os médicos conheçam a doença de Gaucher e não a confundam com outras enfermidades. Por ser evolutiva, quanto mais cedo o paciente for diagnosticado e começar o tratamento, melhor”, completa a especialista. 

A doença de Gaucher é classificada em três tipos5. O tipo 1 (também chamado de forma não neuropática) é o mais comum, e não compromete o cérebro ou o sistema nervoso. Os sinais e sintomas, que podem aparecer em qualquer momento, desde a infância até a idade adulta, são: aumento do fígado e do baço, deficiência de células vermelhas no sangue (anemia), hematomas – causados por diminuição do número de plaquetas –, doença pulmonar e anomalias ósseas, tais como dor óssea, fraturas e artrite. Já os tipos 2 e 3 são conhecidos como formas neuropáticas – afetam o sistema nervoso central. Além dos sinais e sintomas descritos acima, essas condições podem causar movimentos anormais do olho, convulsões e lesões cerebrais. É importante ressaltar que o tipo 2 geralmente causa problemas de saúde, com risco de vida, que começam na infância, e o tipo 3 tende a piorar de forma mais lenta do que o tipo 2.

A Sanofi Genzyme, unidade de cuidados especializados da Sanofi dedicada ao desenvolvimento de terapias para doenças raras e debilitantes, foi a primeira empresa a desenvolver um tratamento para a doença de Gaucher. Feito por meio de reposição enzimática (TRE), é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1996 e normatizado com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), em 2002. Com a TRE, as manifestações da doença têm melhora gradativa, assim como a qualidade de vida do paciente.



Referências bibliográficas
1. Jornal Brasileiro de Saúde. Publicação da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) - Edição especial sobre Doenças Raras. http://www.interfarma.org.br/uploads/biblioteca/58-jbes-doencasraras.pdf. Acessado em outubro de 2016.
2. Universidade de Pernambuco. Artigo “Calazar no Brasil e em Pernambuco”. http://www.ufpe.br/biolmol/Leishmanioses-Apostila_on_line/brasil_pernambuco.htm. Acessado em outubro de 2016.
3. Doenças Raras de A a Z. Publicação da Associação Paulista de Mucopolissacaridose.
5. Genetics Home Reference: Health Conditions – Gaucher disease - http://ghr.nlm.nih.gov/condition/gaucherdisease. Acessado em outubro de 2016


Sanofi


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