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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Dia do Idoso: exercícios ajudam a combater doenças comuns na terceira idade




Artrose atinge 15 milhões de brasileiros e é a quarta doença entre as que mais reduzem a qualidade de vida para cada ano vivido; especialista do Hospital 9 de Julho explica como prevenir os sintomas

Alguns sintomas são considerados típicos da terceira idade e, com isso, muitos idosos consideram normal sentir as chamadas “dores nas juntas”, por exemplo. As queixas, no entanto, podem indicar doenças como artrose e devem ser investigadas e tratadas por especialistas. O Dr. Marcelo Levites, médico de Família e coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, destaca a importância do tratamento de acordo com a particularidade de cada paciente.
“É possível que existam uma série de fatores desencadeantes que precisam ser analisados na hora de se indicar a opção terapêutica”, observa. No entanto, ele destaca que algumas atividades físicas ajudam a tratar os sintomas e a reduzir a progressão das doenças articulares. Entre os exercícios mais indicados para os idosos que precisam fortalecê-las estão hidroginástica, caminhada e pilates. A intensidade da atividade varia de pessoa para pessoa. “Essas são atividades que podem ajudar a tratar dores fortalecendo a musculatura e o sistema cardiovascular o que permite um maior equilíbrio, melhora de postura e redução ou controle de doenças metabólicas”, diz.
O especialista destaca que, para um melhor resultado, é preciso unir atividades aeróbicas, como a caminhada, às anaeróbicas, que ajudam no fortalecimento muscular.
Artrose
Conhecida também com osteoartrite, a artrose é uma doença que ataca diretamente as articulações. Ela acontece devido a um desgaste da cartilagem localizada entre os ossos, que faz com que tenha atrito entre eles quando o paciente se movimenta. O resultado é dor, inchaço e limitação funcional. A artrose pode danificar qualquer uma das articulações do corpo. No entanto, ela é mais comum nas mãos, na coluna, nos joelhos e no quadril.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a artrose atinge 15 milhões de pessoas no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca a doença na quarta posição entre as que mais reduzem a qualidade de vida para cada ano vivido.
Causas
Existem dois tipos de artrose, a primária e a secundária.
A primária é causada principalmente pelo uso excessivo de uma articulação, mas também pode ser resultado do envelhecimento natural do paciente. Movimentos repetitivos, que forçam a mesma articulação são, na maioria das vezes, a causa da artrose. Eles desgastam a cartilagem, o que causa atrito direto entre os ossos e gera dor e limitação da mobilidade da articulação.
Já a artrose secundária é resultado de doenças e outros problemas que o paciente pode apresentar, como obesidade, já ter feito cirurgias das estruturas articulares, trauma repetido, articulações anormais no nascimento, artrite reumatoide, gota, diabetes e outros distúrbios hormonais.
Sintomas
O sintoma mais comum da artrose é a conhecida “dor nas juntas”. O incomodo nas articulações começa mais leve e pode piorar ao longo do tempo, caso o indivíduo não faça o tratamento devido. Outros sintomas são inchaço, calor, rangidos, limitação dos movimentos e rigidez nas articulações afetadas.
Tratamento
Ainda não é conhecida a cura da artrose. No entanto, alguns tratamentos ajudam a reduzir a dor e a manter o movimento das articulações. O tratamento mais comum para os sintomas é o uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios. Eles ajudam, principalmente, na redução da dor e a indicação varia de acordo com o estágio da doença. Por isso, é sempre importante consultar um médico.
É comum nesse tipo de doença a indicação de fisioterapia e terapia ocupacional. Na primeira, o paciente consegue fortalecer os músculos ao redor da articulação, o que aumenta a amplitude de movimentos e diminui a dor. Na terapia ocupacional, o paciente descobre maneiras de realizar as atividades do dia a dia e do trabalho sem comprometer ainda mais as articulações doentes.

“Hoje eu tenho minha autoestima de volta”, afirma paciente da Casa da Mama do Hospital São Paulo




Projeto Cereja utiliza a tatuagem como parte da reconstrução da mama de pacientes tratadas por câncer


Cuidar da saúde e também da autoestima de suas pacientes. Esse é o objetivo do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo, conhecido como Casa da Mama, voltado para o atendimento de pacientes com câncer de mama. Em maio deste ano, a unidade iniciou um trabalho que busca devolver a autoestima a pacientes que passaram pelo processo de tratamento do câncer e de reconstrução da mama: o Projeto Cereja.

“Ele consiste na reconstrução da aréola da paciente por meio da tatuagem, uma medida que faz com que a mulher reconheça novamente sua mama, desenvolvendo sua confiança após um procedimento tão delicado. Como essa é a última etapa do processo, literalmente é a cereja do bolo”, afirma Simone Elias, Coordenadora do ambulatório.

Vitória Gomes de Souza, 46, é uma das pacientes que já concluíram o procedimento. “No início tive um pouco de medo, mas hoje tenho minha autoestima de volta”, diz. Em 2013, Vitória foi diagnosticada com câncer, iniciando seu tratamento e passando pela cirurgia de retirada de mama. Em junho deste ano, após ter a mama reconstruída, foi atendida no Projeto Cereja.  “A primeira sessão de micropigmentação foi em junho e o trabalho já foi finalizado. Ficou ótimo, com praticamente nenhuma diferença para o outro seio. Me sinto muito melhor”, diz.

A responsável por fazer a diferença na vida de Vitória e de outras pacientes o faz de forma voluntária. A esteticista especializada em micropigmentação Viviane Batista decidiu dedicar parte de seu tempo à atividade após ajudar uma amiga que passou por essa situação. “Estive ao lado dela  em todas as etapas do tratamento. Quando foi sugerida a tatuagem para reconstruir a aréola, ela disse que apenas faria isso se eu realizasse o procedimento. E foi o que fiz. A partir daí resolvi ajudar outras pessoas, após ver o impacto desse ato na vida dessas mulheres”, afirma. Até o momento, cinco pacientes concluíram o procedimento.

Casa da Mama

O ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo, unidade vinculada à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), compreende unidades clínica e diagnóstica, com equipamentos de última geração, buscando promover o diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura. Com atendimento totalmente gratuito pelo SUS, a unidade realiza procedimentos diferenciados, como biópsia à vácuo, mais precisa para o caso de calcificações suspeitas na mamografia.  

“Nosso sistema de atendimento visa otimizar o diagnóstico do câncer de mama, permitindo, na maioria das vezes, defini-lo no mesmo dia da consulta, agilizando o tratamento das pacientes”, complementa Simone.

Atualmente são realizados, em média, 1.000 atendimentos mensais, como consultas médicas, de fisioterapia e grupos de acolhimento com familiares. Ainda são feitas cerca de 500 mamografias, 100 biópsias e 25 cirurgias mensalmente. 

A Casa da Mama do Hospital São Paulo fica na Rua Marselhesa, 249 - Vila Clementino. O agendamento de consultas é feito via Unidade Básica de Saúde (UBS) e as mamografias podem ser marcadas pessoalmente, bastando apenas ter o pedido médico e o cartão do SUS.

Outubro Rosa

Durante o Outubro Rosa – mês da conscientização sobre o câncer de mama, o ambulatório de Mastologia participará de vários mutirões de mamografia realizados em São Paulo por parceiros da instituição (como a GEHealthCare, OSCIP Américas Amigas e Instituto Avon), que disponibilizarão mamografias em carretas em pontos da capital paulista. Todos os casos que necessitarem de esclarecimento diagnóstico serão encaminhados para a Casa da Mama.

Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM)

ROAD SAFETY BRAZIL




Agenda aprovada por Cúpula da ONU inclui metas sobre segurança no trânsito

Documento reforça o compromisso dos países que estarão reunidos em Brasília (DF) para a 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito

Os 193 Estados-membros das Nações Unidas, incluindo o Brasil, se comprometem a, até 2030, proporcionar acesso a sistemas de transporte seguros, sustentáveis e a preço acessível para todos. O objetivo é melhorar a segurança no trânsito por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, como idosos. A meta estabelecida consta na nova agenda global aprovada, por unanimidade, pelos líderes dos países durante a Cúpula da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável 2015, em Nova York, no último final de semana.

Além disso, na nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável - que contempla 17 objetivos globais -, foi mantida a meta de reduzir, pela metade, as mortes e os feridos em acidentes de trânsito em todo o mundo até o ano de 2020. O documento, intitulado “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” reforça o compromisso dos países que estarão reunidos em 18 e 19 de novembro, em Brasília (DF), para a 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados. O evento irá avaliar a Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020 e o progresso dos países na implementação do Plano Global para a Década de Ação.

“É um novo compromisso assinado pelos Estados-membros na Cúpula da ONU, e ele também estará sendo discutido e inserido na Carta de Brasília ao final da Conferência Global”, observa o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Nardi. “Temos agora, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas a serem buscadas por todos os países na questão da mobilidade”, destaca, acrescentando que o Plano Enfrentamento à Violência no Trânsito, que está sendo elaborado por oito ministérios brasileiros, sob a coordenação da Casa Civil, visa a não só a alcançar os ODS, mas também conter a epidemia de mortes em acidentes, especialmente naqueles que envolvem motocicletas.

A histórica adoção da nova agenda, no ano em que a ONU celebra seu septuagésimo aniversário, foi recebida com ovação pelas delegações nas quais estavam líderes de mais de 150 países – que, a partir desta segunda-feira (28), iniciaram o debate de alto nível na 70ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). O discurso de abertura, por tradição, cabe desde 1947 ao Brasil.

OBJETIVOS GLOBAIS - A agenda aprovada no final de semana consiste em uma declaração contendo 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas, uma seção sobre meios de implementação e uma renovada parceria mundial, além de um mecanismo para avaliação e acompanhamento. A agenda é única em seu apelo por ação a todos os países – pobres, ricos e de renda média.

Os novos Objetivos e metas globais do milênio entrarão em vigor no dia 1º de janeiro de 2016. “Todos nós vamos trabalhar para implementar a Agenda dentro de nossos próprios países e em nível regional e global, tendo em conta as diferentes realidades nacionais, capacidades e níveis de desenvolvimento, e respeitando as políticas e prioridades nacionais”, ratificaram os países no documento. A agenda servirá como plataforma de ação da comunidade internacional e dos governos nacionais na promoção da prosperidade comum e do bem-estar nos próximos 15 anos.

Entre os compromissos assumidos pelos países está também o de “até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência”.

SEGURANÇA VIÁRIA - A “2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados”, maior discussão do planeta sobre o tema, pretende reafirmar o engajamento da comunidade internacional em torno das políticas, legislações, medidas e ações capazes de frear os fatores que causam, a cada ano, 1,2 milhão de mortes no mundo e traumas físicos em outras 30 a 50 milhões de pessoas em decorrência de acidentes de trânsito, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os óbitos atingem principalmente crianças e jovens de cinco a 29 anos, sendo que os jovens do sexo masculino são as principais vítimas. Os custos globais econômicos calculados são de US$ 1,8 trilhão anuais.

O Brasil, que se voluntariou para sediar o evento, é um dos Amigos da Década de Ação para a Segurança no Trânsito - um grupo informal comprometido com o sucesso do plano global, integrado também por Federação Russa, Estados Unidos, Espanha, França, Austrália, Argentina, Costa Rica, Índia, México, Marrocos, Nigéria, Omã, Filipinas, África do Sul, Suécia, Tailândia, Turquia, Uruguai, Organização Mundial de Saúde, Banco Mundial, Comissão Econômica para a Europa, Comissão Global pela Segurança no Trânsito (vinculada à Federação Internacional de Automobilismo) e Parceria Global pela Segurança no Trânsito (Vinculada à Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho).

O objetivo da conferência é revisar o progresso feito pelos países na implementação do Plano Global para a Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020 e os resultados da adoção, pelos países comprometidos, de políticas, programas, ações e legislações que aumentem a segurança nas vias especialmente para pedestres, ciclistas e motociclistas - que correspondem à metade das estatísticas de mortes no trânsito em todo o mundo, segundo a OMS.

  Ludmilla Duarte, da Agência Saúde

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