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domingo, 26 de março de 2023

Entenda o movimento red pill - Por que tanto ódio sobre as mulheres?

As mulheres enfrentam inúmeros desafios para serem reconhecidas em nossa sociedade. Com muita luta conquistaram direitos e avançaram nas políticas públicas.

Porém, no primeiro semestre de 2022, o discurso mais denunciado foi o de misoginia, que é a aversão a mulheres, com mais de sete mil casos, de acordo com a SaferNet.

Nesse caso, o discurso de ódio compreende textos e imagens que incitam a discriminação ou a violência contra as mulheres.

Há grupos de homens que estão promovendo discursos contra o avanço de direitos da mulher, tentando mostrar para homens e mulheres, que o homem precisa resgatar sua virilidade e a mulher a submissão.

Essa linha de pensamento que cresceu a partir da década passada, em cantos obscuros e anônimos na internet, se chama “red pill” (pílula vermelha, em inglês), que faz referência ao filme Matrix de 1999. Nesse sentido, os "red pills" são homens que se opõem ao "sistema que favorece as mulheres", por terem alcançado um conhecimento privilegiado sobre isso. Já os "blue pills" continuariam vivendo em ilusão e, portanto, seriam usados pelas mulheres. Esse pensamento prega que é necessário se aproveitar das mulheres e torná-las submissas para recuperar a virilidade perdida.

O que podemos analisar sobre isso? Quando necessitamos desvalorizar alguém para nos sentirmos melhor, isso fala de uma insegurança nossa. Algo que nego em mim, não olho e não trato, quero extinguir o meu incômodo através da tentativa de controlar o comportamento do outro. Em vez de eu mudar em mim, vou tentar fazer com que o outro mude.

Sendo assim, me parece que grupos de homens que vão pela corrente do red pill sofrem de complexo de superioridade.

Foi o psicólogo Alfred Adler que descreveu pela primeira vez o complexo de superioridade. Ele destacou que o complexo é um mecanismo de defesa para sentimentos de inadequação com os quais todos lutamos. Para ele, o complexo de superioridade é uma situação que se cria quando uma pessoa supercompensa o complexo de inferioridade que sente, uma maneira de encobrir sentimentos de fracasso ou falha.

E sabemos que esses homens que se enquadram no papel de macho, acreditam que devem ser fortes, protetores, provedores, autoridades e vigorosos. Portando, eles não podem demonstrar sua vulnerabilidade, pois sentir e chorar é coisa de "mulherzinha", inferiorizando mais uma vez a mulher, que sente e se expressa. A condição humana envolve a sensibilidade que esse homem insiste em reprimir por conta dessa cultura machista que o adoece e, consequentemente gera todo esse ódio ao feminino. Não se deve odiar ou matar o feminino, precisa haver aceitação de sua vulnerabilidade, acolher e expressar os seus sentimentos para se curar.

Assim, penso que precisamos repensar a educação de nossas crianças, trabalhando a educação socioemocional delas desde a primeira infância, as acolhendo e permitindo a expressão dos seus afetos, principalmente na tratativa de meninos, que são os que mais sofrem com a repressão dos seus sentimentos.

Lendo sobre os malefícios e toxicidade da cultura patriarcal e a importância de cuidarmos da saúde emocional, de incentivamos a expressão dos sentimentos e não diferenciarmos o que é de menino e de menina, contribui para uma cultura de prevenção de problemas mentais, cultivando a saúde emocional. Diante dessas leituras e minha maternagem como mãe de menino, escrevi o livro "Eu só quero brincar", que atua exatamente sobre essa temática para filhos e pais, para cada um refletir o seu lugar e atitudes dentro e fora do sistema familiar - expressão/repressão dos afetos; acolhimento dos sentimentos; repetição de padrão comportamental herdado de gerações anteriores; diálogo familiar; preconceitos e estereótipos; a importância do brincar livre; brincadeira não tem gênero.

Com leitura, conhecimento, debates, conversas, podemos contribuir para maior igualdade de gênero, proporcionando mais harmonia individual e entre si.

 

Luana Menezes – Psicóloga clínica, palestrante e autora do livro “Eu só quero brincar” (Literare Books International). Instagram: @luanamenezespsi

 

Onça X coelho: qual animal você seria?

Pixabay

Em minhas viagens pelo Brasil tive a grata oportunidade de conhecer alguns povos indígenas e deparei-me com um ditado que jamais esquecerei: “Uma onça andando livre na mata está tão segura quanto um coelho encolhido na toca.”

Aparentemente simples, este adágio nos entrega uma mensagem profunda para explicar a importância do desenvolvimento da autoliderança. Explico!

Segundo o professor Stephen Kanitz, a insegurança é o maior problema humano, visto que ela é o portal dos nossos medos. A periculosidade nos paralisa por nos expor ao medo de fracassarmos, de nos envergonharmos, de nos machucarmos e tantos outros receios. Para lidar com isso, buscamos, portanto, a segurança.

Todos desejamos, de alguma maneira, nos sentirmos seguros, mas o provérbio indígena nos mostra que existem dois tipos de segurança e não é qualquer uma que nos trará a plenitude.

Por um lado, há a “segurança da onça”: um animal que, ao longo de sua vida, se fortalece em si, desenvolvendo imponência e habilidades que lhe permitem enfrentar os perigos da selva. A segurança da onça é conquistada pela construção de sua própria força, dando-lhe a confiança de estar preparada para superar qualquer ameaça. Assim, ela vivencia todos os encantos e as aventuras do ambiente que habita.

Por outro lado, há a “segurança do coelho”: diferentemente da onça, é um animal vulnerável e frágil, que escolhe um local seguro para passar a maior parte da vida. Abrigado em uma toca, o coelho se protege, evitando enfrentar as ameaças e os perigos da mata. Contudo, ainda que essa também seja uma forma segura de viver, ela é incompleta em si, visto que a toca esconde o coelho dos desafios, mas também o priva das belezas, encantos e aventuras de uma vida plena.

Em nossas próprias vidas não é diferente. Inseridos em um mundo caótico, que nos ameaça de várias maneiras, parece-me cada vez mais comum o desejo de nos abrigarmos em nossas "tocas" pessoais adotando a segurança do coelho.

“Para que começar um novo relacionamento se pode dar errado?” ... “Para que fazer a apresentação do trabalho se eu posso passar vergonha?” ... Evitamos nos expor a desafios e dificuldades que podem vir a nos ferir, escondendo-nos de tudo o que pode dar errado para, assim, nos sentirmos seguros.

Porém, tal postura vai minando a liberdade, degradando o potencial individual e desapossando as pessoas das oportunidades de vivenciar experiências valiosas e conquistar todo o crescimento que a vida tem a proporcionar.

A real segurança, a que deveríamos buscar, é a da onça, que se abriga em si, forte e preparada para enfrentar os desafios e viver uma grande aventura. A pergunta que fica, então é: como conquistar esse fortalecimento? Por meio da autoliderança!

No livro “(Auto)liderança Antifrágil” demonstro como é valioso e surpreendentemente gratificante estruturar a si mesmo, desenvolver habilidades valiosas, transformar potencial em força, agir com propósito e adotar estratégias funcionais para nos sentirmos seguros de nós mesmos.

A autoliderança traz a compreensão que a vida é um mar de desafios, mas também de oportunidades incríveis, e que quanto mais você confronta as dificuldades, em vez de fugir delas, mais forte vai se tornar  e mais segurança terá para percorrer o caos do mundo, transformando sua vida em uma jornada incrível de sucesso.

 

Victor de Almeida Moreira - engenheiro de produção, com MBA em Engenharia de Custos, gestor de projetos da Mineração Rio do Norte (MRN) e autor do livro (Auto)liderança Antifrágil, publicado pela Editora Gente.

 

Redes sociais: uso excessivo e incorreto pode causar impactos psicológicos

Os jovens são os mais afetados pela imagem de vida perfeita compartilhada nas redes sociais 



Muitas pessoas sentem a necessidade de estarem conectadas 24h nas redes sociais. Esse vício pode resultar em transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão. Os impactos negativos na saúde mental são causados, muitas vezes, por conta dos conteúdos publicados na internet. Márcia Karine Monteiro, neuropsicopedagoga, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, fala como as pessoas podem ser afetadas pelas redes sociais.

“Os jovens têm se cobrado cada vez mais em relação à vida e imagem perfeita. O intuito deles é atingir os padrões estabelecidos pela sociedade. Porém, grande parte das publicações são fotos editadas com filtros aplicados nas paisagens, no corpo e no rosto”.

“A impressão de que a vida dos outros é fantástica pode prejudicar e gerar problemáticas complexas nas pessoas, como a depressão. E o excesso de relações virtuais pode aumentar a sensação de solidão, fazendo com que os jovens se isolem ainda mais da sociedade para viver apenas na ilusão do mundo perfeito que o mundo virtual tenta vender”, explica.

Além disso, existe o acesso constante às notícias e aos comentários negativos. Por conta deles, um peso toma conta da mente dos indivíduos. Os jovens passam a questionar a própria vida e, geralmente, pensar bastante no futuro, se tornando ansiosos e depressivos.

“Essas pessoas precisam procurar apoio psicológico com profissionais da área e, por meio de sessões terapêuticas, iniciar um tratamento para melhorar a saúde mental. Mas, para isso acontecer, é muito importante que haja um acolhimento das pessoas mais próximas”, finaliza a psicóloga Márcia.

sábado, 25 de março de 2023

Como prevenir e identificar doenças gastrointestinais em animais de estimação

 

Foto: Edjane 
Distúrbios no sistema digestório de cães e gatos são comuns de acontecer, mas podem ser graves e precisam de atendimento médico veterinário rápido

 

Mudanças de hábitos, falta de apetite, vômitos, diarreia e perda de peso são alguns dos sinais clínicos que devem colocar os tutores em alerta

 

Assim como nos humanos, indisposição e distúrbios no sistema digestório de cães e gatos são comuns, diversos e mais frequentes do que se imagina. O grande desafio, porém, é identificar rapidamente as causas e a gravidade dos sinais clínicos para evitar a piora do quadro.  

Buscar atendimento médico veterinário e conhecer bem o comportamento e os hábitos do pet são fatores fundamentais para identificar doenças precocemente, sobretudo as gastrointestinais que, muitas vezes, podem ser confundidas com uma indisposição passageira. “As observações do tutor vão colaborar muito para o diagnóstico do veterinário. A ingestão de algum alimento não recomendado ou comida em excesso podem ser as causas de uma indisposição ou obstrução, por exemplo. Mudanças de hábitos, como a forma de se deitar, evitar brincar ou se movimentar e apetite reduzido, podem ser sinais de dor”, relata a médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, dra. Farah de Andrade.


Quais são as principais doenças gastrointestinais em cães e gatos?

Dor e rigidez abdominal, salivação excessiva, fraqueza, falta de apetite, náuseas e vômitos (com ou sem sangue) são alguns dos sinais clínicos de gastrite (inflamação da mucosa do estômago), geralmente causada por infecções bacterianas ou por parasitas; doenças renais, hepáticas, virais ou hormonais; alergias ou intolerância alimentar; estresse; ingestão de produtos tóxicos ou objetos e, até mesmo, tratamentos medicamentosos. Já a gastroenterite é uma inflamação de todo o aparelho digestivo e com causas diversas, mas que também provoca vômitos, além de diarreia, inapetência e letargia.

A pancreatite é uma inflamação grave no pâncreas, órgão que produz as substâncias responsáveis pela digestão, com sintomas como dor abdominal, diarreia, abdômen enrijecido, falta de apetite, desidratação, fraqueza e febre. A pancreatite aguda pode ter desenvolvimento rápido, causar necrose tecidual e levar a óbito, se não tratada a tempo. Já a pancreatite crônica é uma inflamação contínua e progressiva, que causa danos permanentes e perda de função do órgão. Distúrbios do fígado, ducto biliar ou pâncreas podem provocar colestase, redução ou interrupção da bile (líquido digestivo produzido pelo fígado). Os principais sinais são pele e esclera (parte branca dos olhos) amareladas por impregnação de bilirrubina, urina escura ou alaranjada (bilirrubina) e fezes claras e fétidas.

doença inflamatória intestinal é uma inflamação nas mucosas gastrointestinais, que causa diarreia e vômitos intermitentes ou que persistem por mais de três semanas. A causa é desconhecida, mas estudos sugerem que seja consequência de uma alteração na resposta inflamatória e imune do animal, que interfere na absorção de nutrientes e na motilidade intestinal. Vômitos e diarreia também são alterações causadas pela disbiose intestinal, condição na qual ocorre um desequilíbrio da microbiota do pet e uma hiper população de microrganismos ruins, que pode predispor a translocação bacteriana para outros órgãos do animal, gerando infecções. Fezes líquidas, em menor volume e mais frequentes, com ou sem muco e sangue, são os principais sinais de colite canina, inflamação no cólon, parte principal do intestino grosso.

Muito comuns, mas não menos importantes são as verminoses ou doenças parasitárias causadas por vermes e protozoários que se alojam no organismo do pet, principalmente no intestino, mas também podem se abrigar no fígado, nos pulmões e no cérebro. Se não tratadas adequadamente, colocam a vida do pet em risco. São facilmente transmitidas por meio de água, fezes e alimentos contaminados; contato com a pele do pet; picadas de insetos; transmitidas da mãe ao filhote, durante a gestação e o aleitamento; e pela ingestão de pulgas contaminadas ou de animais como lagartixas, pássaros e roedores.


Como prevenir e tratar

A alimentação adequada é o ponto mais importante para a saúde gastrointestinal do pet. “O médico veterinário é quem irá indicar as melhores opções e a quantidade de alimento, conforme a idade, o porte e as condições clínicas. Tanto a alimentação natural, quanto as rações industrializadas precisam ser ofertadas conforme a particularidade de cada animal. Pets com alergias ou determinadas doenças podem precisar de uma alimentação ainda mais específica”, comenta a veterinária. Muitas vezes o problema é causado pela quantidade de alimento, petiscos oferecidos, tipo de proteína presente ou pelo preparo inadequado do alimento.

Oferecer água filtrada; manter o ambiente e caixas de areia sempre limpos; higienizar o cão no retorno do passeio; evitar acesso ao lixo, a alimentos gordurosos, a plantas tóxicas, a produtos de limpeza e a brinquedos e objetos que possam ser ingeridos são cuidados que devem ser mantidos no dia a dia como forma de prevenção.

Quanto antes uma doença gastrointestinal for diagnosticada, melhores os resultados. Por isso, a importância de consultar o médico veterinário nos primeiros sinais apresentados pelo animal e seguir à risca a indicação médica. “O tutor nunca deve medicar o pet sem a indicação do veterinário. Pensar que pode ser apenas uma indisposição passageira e medicar o animal, pode camuflar os sinais clínicos e tardar o diagnóstico. Administre apenas o que o veterinário sugerir, pois muitos fármacos que funcionam para nós, podem ser tóxicos para os animais e a dosagem é sempre bem específica”, alerta a dra. Farah.

A adesão do animal ao tratamento também faz a diferença. Por isso, medicamentos veterinários manipulados flavorizados e em formas farmacêuticas que facilitam a administração vêm ganhando cada vez mais adeptos.  “Probióticos, prebióticos, vermífugos e ativos como o omeprazol, a bromoprida, o ácido ursodesoxicólico, a silimarina e o SAMe, por exemplo, podem ser manipulados em forma de biscoito, calda, pasta oral ou molho com sabores como queijo, leite condensado e banana, tornando o tratamento mais agradável para o pet, que já está indisposto e com o apetite alterado”, comenta a veterinária.

Algumas formas farmacêuticas também foram desenvolvidas pela DrogaVET com o objetivo de otimizar o tratamento de doenças e prevenir o desconforto que algumas drogas podem causar no estômago dos animais. Cápsulas com revestimento entérico são capazes de resistir ao fluido gástrico e liberam seus ingredientes somente no intestino. Dessa forma, evitam náuseas e irritações gástricas de ativos no estômago e garantem que fármacos, que são instáveis em meio ácido, cheguem ao intestino sem redução de eficácia. Já o filme oral, uma lâmina hidrossolúvel, se adere à mucosa bucal e dissolve rapidamente, proporcionando uma rápida liberação dos ativos, reduzindo os efeitos da passagem da droga pelo fígado e diminuindo a degradação ácida do ativo no estômago. O gel transdérmico é uma opção para pets que não aceitam a ingestão de medicamentos. Nessa forma farmacêutica o fármaco é absorvido pela corrente sanguínea através da pele, reduzindo o metabolismo pelo sistema gastrointestinal. Para animais com sensibilidade alimentar, diabéticos, celíacos e nefropatas existem as opções de biscoitos hipoalergênicos isentos de glúten, corantes, conservantes, açúcar, sal e proteína animal.

 

DrogaVET
www.drogavet.com.br


Março amarelo: alerta para a prevenção de doenças renais em pets

Divulgação/ Pet Support
A médica veterinária do Pet Support, Duane Vendramini, especialista em Nefrologia, fala da importância dos cuidados que visam prevenir este tipo de enfermidade.

 

O mês de março é dedicado para a prevenção e conscientização das doenças renais, enfermidade que acomete muitos cães e gatos de maneira silenciosa e progressiva. Apesar dos avanços da medicina veterinária, ainda não existe cura para algumas destas doenças e os tratamentos duram a vida toda. No entanto, Segundo a médica veterinária do Pet Support, Duane Vendramini, que também é especialista em Nefrologia, quanto antes feito o diagnóstico e o acompanhamento, maior é a chance do pet ter qualidade de vida. "Os tutores devem consultar o médico veterinário regularmente e relatar qualquer alteração no comportamento do animal. O profissional poderá auxiliar na prevenção e realizar o diagnóstico preciso da doença renal, que é feito através de exames sanguíneos, urina e imagem”, destacou. 

Categorizadas como agudas ou crônicas, as doenças renais acarretam sérios problemas nos rins, órgão fundamental para o funcionamento do organismo. Responsável por filtrar e manter o equilíbrio do sangue, eliminar toxinas através da urina, manter o equilíbrio de água e eletrólitos, ele se torna essencial e estar atento aos sintomas é uma das principais dicas da nefrologista. “O grande problema da doença renal é que muitas vezes os sintomas só aparecem quando a doença já está avançada. Por isso, aos primeiros sinais, leve o pet ao médico veterinário para investigar e, se for o caso, iniciar o tratamento”, salientou Duane Vendramini. 

Os principais sintomas são, aumento da ingestão de água, ausência ou excesso de xixi, urina muito amarelada ou transparente, apatia e mal-estar, vômito, diarreia, mau hálito, perda de apetite e perda de peso. Após feito o diagnóstico, os tratamentos variam conforme a doença, porém, um dos principais pilares é evitar agressões às áreas saudáveis dos rins e preservá-las da melhor forma possível. 

“A doença renal não tem cura, mas com o tratamento correto, consultas regulares ao veterinário e muito amor, é possível proporcionar ao pet uma vida prolongada e de qualidade”, finalizou a médica veterinária. 


Queda de pelos: mudança de estação ou problemas dermatológicos?

  

Foto por master1305 em freepik
É possível distinguir se a queda de pelos é troca natural intensificada pela mudança de estação ou se o pet está com algum problema dermatológico 

 

Muitos pelos por toda a casa é uma reclamação constante dos tutores, e tende a se intensificar nas estações de transição (primavera e outono). Isso acontece porque é durante estas estações que a pelagem natural dos pets se prepara para o clima que está por vir, ou seja, calor no verão e frio no inverno, a fim de proporcionar um melhor conforto térmico para o animal.

Além disso, o pelo tem um ciclo de vida bem definido. Isso quer dizer que periodicamente o pelo morre, se desprende da pele do pet, e é substituído por um pelo novo.

“Essas trocas de pelos são chamadas de trocas fisiológicas, um processo natural pelo qual todos os mamíferos passam, em maior ou menor escala. Quem ter um pet precisa ter consciência de que em um momento ou outro vai ter alguns bolinhos de pelos rolando pelo chão, e que isso é normal”, explica Mariana Raposo, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Mas alguns problemas de pele podem desencadear quedas de pelos repentina e, para que os tutores consigam diferenciar uma troca natural de pelos e uma perda de pelos por problemas de pele, é preciso ficar atento a alguns sinais.

“Uma troca natural de pelos acontece no corpo todo do pet, então neste caso não ficam falhas no preenchimento de pelos, o animal não tem coceira e nem feridas na pele. Caso algum destes sintomas esteja presente, é provável que a queda de pelos seja patológica e o animal esteja com algum problema dermatológico, sendo recomendado passar assim que possível em uma consulta veterinária”, alerta. 

De acordo com Mariana, as causas de quedas de pelo patológica são diversas e podem ser divididas em grandes grupos:

- Deficiências nutricionais

- Alergias diversas

- Infestações de ectoparasitas (ácaros, pulgas ou carrapatos)

- Doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo)

- Fungos e Bactérias

 “Saber a causa da queda de pelos é muito importante para realizar o tratamento adequado. Tratando a causa é possível frear a queda de pelos e fortalecer a barreira cutânea, que é uma proteção natural do organismo contra agentes lesivos, proporcionando mais saúde e bem-estar para o pet”, a médica-veterinária reforça.

 

Como cuidar da pele do pet?

Os cuidados com a pele e os pelos são importantes durante toda a vida, não devendo ser o foco apenas quando o pet apresenta algum problema dermatológico. Alguns destes cuidados podem e devem ser feitos pelo próprio tutor, como por exemplo escovar rotineiramente os pelos do pet.

“A escovação estimula as glândulas sebáceas da pele, que são responsáveis pela hidratação natural dos pelos, além da ação mecânica da escovação facilitar o destacamento dos pelos mortos e abrir caminho para os pelos novos nascerem de maneira saudável. Este procedimento que é simples e estreita os laços do pet com o tutor também ajuda na prevenção da inflamação dos folículos que deixam a pele suscetível a infecções bacterianas”, Mariana conta.

A profissional também recomenda manter o controle regular de ectoparasitas e a limpeza adequada dos ambientes que o pet frequenta, prevenindo as infestações por pulgas, carrapatos e até mesmo de ácaros.

“Outro ponto importante é hidratar e nutrir a pele do pet de maneira adequada. Fornecer nutrientes essenciais na dieta do animal, como suplementos com betaglucanas, os ácidos graxos essenciais, vitaminas, aminoácidos e minerais, ajuda a fortalecer a barreira cutânea de dentro para fora. Utilizar shampoos e hidratantes com formulações que nutrem e fortalecem a microbiota da pele a torna mais resistente às alterações ambientais e agressões do dia a dia. Essas ações em conjunto fortalecem a pele do animal com uma abordagem 360, cuidando do pet como um todo”, finaliza.

 

Avert Saúde Animal
www.avertsaudeanimal.com.br

Parasitas são grandes ameaças aos pets

Divulgação
Fabiana Vitale, veterinária especializada em dermatologia no Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas-SP

O incômodo na pele é só o começo; se não tratado, o animal pode até ter convulsões


 

Pulgas e carrapatos estão entre os maiores preocupações e desafios de quem tem pet. Mesmo apresentando muitas vezes tamanhos quase microscópicos, essas pragas exercem efeitos devastadores se não eliminadas. 

Dos parasitas, estes dois são os mais comuns que podem afetar os animais de estimação. Eles se alimentam do sangue dos pets e podem causar desconforto, doenças e até mesmo infestações em ambientes. Há ainda outros ectoparasitas (parasitas que podem habitar a parte externa do corpo de um animal), como ácaros - que causam sarnas -, larvas de miíase, larvas de bernes e piolhos. 


Muito além da coceira 

Se não cuidados, os cães e gatos podem manifestar quadros de verminoses intestinais, dermatite alérgica e doenças hematológicas que causam disfunções orgânicas como anemia, queda de plaquetas, vasculites, lesões renais, alterações medulares, neurológicas -- como convulsões -- e outras complicações, podendo evoluir inclusive para a possibilidade de óbito em casos mais graves quando não tratados a tempo. 

A prevenção é a melhor maneira de evitar a infestação por pulgas e carrapatos, de acordo com a veterinária especializada em dermatologia Fabiana Vitale, do Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas-SP. Existem diversos produtos no mercado que podem ser usados, como coleiras, sprays, talcos, comprimidos e pipetas. Além disso, é importante manter o ambiente limpo e higienizado, lavando as camas e brinquedos dos animais regularmente e aspirando a casa com frequência. 

“Existem diversas opções de medicação para tratar a infestação por pulgas e carrapatos em cães e gatos, como medicamentos tópicos, orais e injetáveis. É importante seguir as orientações do médico veterinário para garantir a eficácia do tratamento e evitar efeitos colaterais”, enfatiza Fabiana. 

Divulgação
Fabiana Vitale avalia pele de cão

A veterinária destaca que, no caso de pulgas, apenas 5% delas, na forma adulta, parasitam o corpo do animal. “Os estágios de desenvolvimento da pulga nas fases de ovo, larva, pupa e ninfa estão apenas no ambiente, se alimentando de descamações da pele dos animais. Então, não cuidar da limpeza do ambiente representa novamente infestação do animal a curto prazo”, frisa. 

As causas da infestação por pulgas e carrapatos podem ser diversas, como contato com outros animais infestados, locais com grande presença desses parasitas, falta de higiene e cuidado com o ambiente em que o animal vive.
 

Os parasitas podem ser transmitidos de diversas formas, como através do contato direto com outros animais infestados ou pelo ambiente, como gramados, parques e florestas. Por isso, é importante manter o animal protegido e evitar locais com grande possibilidade de presença dessas indesejadas pragas. 

Algumas pessoas podem apresentar alergias ao contato com pulgas e carrapatos. Os sintomas incluem coceira, vermelhidão, inchaço e erupções cutâneas. É importante procurar um médico se esses sintomas ocorrerem após o contato com os parasitas. 

Além disso, segundo Fabiana, os parasitas intestinais transmitidos por pulgas, como o Dipylidium caninum, também podem ser repassados para os seres humanos. É importante tomar medidas preventivas, como manter os animais protegidos e higienizados, para evitar a infestação em humanos. Caso ocorra o contato, é importante procurar ajuda médica imediatamente.

 

Hospital Veterinário Taquaral


Imunização de filhotes: entenda a importância de proteger seu pet desde cedo

Veterinária da Boehringer Ingelheim alerta sobre a importância da imunização para cães jovens

 

Filhotes gostam de brincar, explorar, lamber e mordiscar tudo o que veem pela frente. Faz parte do comportamento normal de aprendizado, mas também os coloca em um risco aumentado de contrair doenças, principalmente as verminoses. As infecções parasitárias afetam cães de todas as idades, mas são mais comuns em filhotes; isso ocorre principalmente porque muitos parasitas usam meios de transmissão aos quais os recém-nascidos são especialmente expostos, e porque a sua resposta imunológica é menos eficaz.* 

Dessa forma, é importante levar o pet desde cedo no veterinário para realizar a imunização completa do filhote. “Além do programa de vacinação, o protocolo de vermifugação é fundamental para prevenir doenças como as causadas por ectoparasitas, as verminoses em geral, a dirofilariose e demais doenças infecciosas.”, alerta a dra. Karin Botteon, veterinária e gerente técnica da Boehringer Ingelheim. “Em qualquer idade os cãezinhos fuçam e cheiram durante as brincadeiras e passeios. Isso faz parte do instinto do animal, mas acabam correndo risco de contrair doenças transmitidas por terra ou água contaminada. Nossa campanha #CoisaDeFilhote apresenta a solução para os tutores e cães com um portfólio completo de vacinas recombinantes, auxiliando na saúde dos pets desde cedo. Estamos presentes nos momentos importantes de imunização, vermifugação e prevenção contra sarna, pulgas e carrapatos com Nexgard® Spectra, buscando sempre o bem-estar dos animais e de suas famílias”, continua. 

Ao infectarem o animal, os parasitas se alojam em intestinos, rins, fígado, coração e pele dos cães e podem ser transmitidos aos humanos ou outros bichos, causando sintomas como vômito, diarreia, perda de peso, irritação na pele e cansaço. Para o filhote, os riscos causados por uma eventual infecção parasitária são ainda maiores devido ao seu tamanho e resposta imunológica, podendo sofrer inclusive retardo no crescimento. 

Ao seguir o protocolo de vermifugação, os tutores se asseguram que seu filhote terá tratamento adequado contra parasitas no momento certo. Siga as orientações do médico-veterinário de sua confiança, lembrando sempre de fazer check-ups periódicos e seguir o calendário completo de imunização. Isso não apenas mantém seu cãozinho saudável, como previne a propagação de parasitas para outros animais e humanos, evitando a disseminação de zoonoses. 

 

Boehringer Ingelheim Saúde Animal 

Fonte: KATAGIRI, S.; OLIVEIRA-SEQUEIRA, T. C. G. ZOONOSES CAUSADAS POR PARASITAS INTESTINAIS DE CÃES E O PROBLEMA DO DIAGNÓSTICO. Arquivos do Instituto Biológico, v. 74, n. 2, p. 175--184, jun. 2007.


Novo anticorpo monoclonal da Zoetis controla a dor da osteoartrite em cães

Produto retarda a evolução da doença e devolve qualidade de vida aos animais
 

Você sabia que cães também sofrem com as dores da osteoartrite? Pensando nisso e buscando devolver uma boa qualidade de vida a esses animais, a Zoetis desenvolveu um anticorpo monoclonal, o Librela®, que bloqueia o NGF (fator de crescimento neural) e visa retardar a progressão da doença, combatendo a dor dos pets. 

Os anticorpos monoclonais são proteínas produzidas em laboratório por um único clone, sendo idênticos em relação às suas propriedades físico-químicas e biológicas. Por não ter metabolização hepática ou renal, o uso dessas terapias se diferencia de outros fármacos tradicionais apresentando menos efeitos colaterais para os pacientes. 

A Zoetis, empresa líder em saúde animal, é a única a possuir terapias com anticorpos monoclonais em seu portfólio para animais de companhia. “O lançamento de Librela® é um marco no setor e irá revolucionar o tratamento da dor relacionada a osteoartrite”, destaca a médica-veterinária e Gerente de Produto da Zoetis, Emilene Prudente.
 

Osteoartrite

Silenciosa, progressiva e incurável, a osteoartrite pode acometer cães de todas as idades, raças e tamanho. “A osteoartrite afeta 4 a cada 10 cães, causa dores fortes, que os incapacitam de realizar atividades diárias como andar, brincar e correr”, explica Emilene. 

Como qualquer outra doença, o diagnóstico precoce é essencial e um aliado no combate a evolução dos sintomas. Por esta razão, os tutores precisam se atentar a qualquer mudança de comportamento do seu pet. “O médico-veterinário deve ser consultado para avaliar o quadro do animal e estabelecer o tratamento mais indicado”, explica Emilene.
 

Sobre Librela®

A indicação de Librela® é feita pelo médico-veterinário após avaliação do paciente. O anticorpo monoclonal é injetável e tem ação prolongada, aliviando a dor causada pela osteoartrite por até 30 dias.
 

Zoetis

https://www2.zoetis.com.br/

 

Março Amarelo alerta para insuficiência renal em cães e gatos

O mês foi estabelecido para alertar tutores sobre a prevenção e tratamento de doenças renais que podem ser silenciosas e perigosas. Rações mais úmidas estimulam a ingestão de água do seu pet.

 

O março Amarelo Pet tem como objetivo informar sobre os riscos de doenças renais. Em todo país, são realizadas campanhas de conscientização e ações preventivas para tutores de pets para alertar de possíveis problemas graves, como a insuficiência renal crônica, que, infelizmente, ainda não tem cura. 

A disfunção renal mais comum em cães e gatos é caracterizada pela dificuldade que os rins apresentam na hora de filtrar o sangue. Também podem ocorrer falhas na produção de hormônios e retenção de nutrientes importantes, o que atrapalha o funcionamento do organismo do seu animal. É preciso estar atento, pois muitas das vezes é silenciosa e nem sempre o pet sente dor, sendo uma patologia que pode vir assintomática e evolui aos poucos. 

“A doença é definida após persistir por um período prolongado de meses ou até mesmo anos. Essas lesões renais causam um declínio na função dos rins que podem levar a lesões metabólicas”, explica a Médica Veterinária Joyce Lima, da equipe de Educação Corporativa da Cobasi. 

Por ser uma doença silenciosa, os menores sinais importam. Joyce completa dizendo que “caso o pet tenha aumento da ingestão de água e da produção de urina, vômito, diarreia, falta de apetite e perda de peso, apatia ou fraqueza, mesmo se forem apresentados separadamente e com longos intervalos, vale a pena o check-up no veterinário. A maior incidência costuma ser em animais mais idosos, em cães de idade média de 6,5 e 7 anos para gatos.” 

As doenças renais geralmente são mais silenciosas e brandas no início. Para alívio dos tutores, os pets portadores costumam ter uma longa expectativa de vida, mesmo sem um tratamento específico que faça a cura das lesões existentes nos rins.


As principais causas de doenças renais em cães e gatos:

  • fatores genéticos;
  • idade avançada;
  • intoxicação, seja por ingestão de plantas ou alimentos tóxicos ou por medicações com dosagens inadequadas;
  • alimentação inadequada;
  • extensão de outras doenças como: infecções, problemas metabólicos (como a Diabetes mellitus ou cálculos urinários) ou problemas cardíacos;
  • parasitoses (como àquelas causadas por parasitas transmitidos por pulgas e carrapatos).


Sintomas

  • aumento da ingestão de água;
  • mudança no volume de urina (tanto para mais quanto para menos);
  • apetite seletivo, inclusive para petiscos e rações úmidas que costumavam ser favoritos;
  • perda de peso;
  • vômito;
  • diarreia;
  • hálito com cheiro forte;
  • apatia e prostração, com perda de interesse nas brincadeiras;
  • alterações na visão.

Cães e gatos de qualquer porte, idade ou raça podem ter problemas renais, porém algumas raças podem desenvolvê-los com mais facilidade como: Beagle, Bull Terrier, Chow Chow, Cocker, Dachshund, Lhasa Apso, Maltês, Pastor Alemão, Pinscher, Poodle, Shar Pei, Shih Tzu, Schnauzer. Já entre as raças de gatos que costumam ser mais propensas estão: Abissínio, Azul Russo, Maine Coon, Persa e Siamês.

“Os felinos costumam ter mais problemas renais, pois sua unidade funcional que auxilia na fabricação de urina (o néfron) é praticamente duas vezes menor que a de um cachorro. Além disso, a frequência de desenvolvimento de cálculos urinários também é mais comum em gatos, principalmente os machos, devido à sua anatomia (por terem os condutos urinários -- ureteres -- mais curtos e finos. Por isso, os felinos podem ter esse tipo de doença mais cedo e com maior frequência”, ressalta a especialista Joyce Lima.

 

Diagnóstico 

Para a identificação da doença renal é necessário exames de sangue, urina e imagens como ultrassom. “Mesmo não tendo cura, por meio de um diagnóstico precoce e tratamentos como aplicação de soro (fluidoterapia), controle dos níveis de cálcio, fósforo, sódio, potássio e uma dieta equilibrada, é totalmente possível barrar o progresso da doença e aliviar os sintomas e dores do animal”, conta Joyce Lima. 

Há inúmeras formas de hábitos e cuidados que os tutores podem adotar para evitar não só doenças renais, mas outras que podem prejudicar a saúde e qualidade de vida do seu pet: 

  • Mantenha sempre água limpa e fresca para o seu pet 24 horas por dia;
  • Ração de qualidade, em quantidade adequada ao peso e à fase da vida do pet;
  • Uso regular de antipulgas e carrapatos,
  • Vacinação em dia;
  • Evitar a automedicação. 

O uso de rações e petiscos mais úmidos também contribuem para auxiliar em uma maior ingestão híbrida, pois somente a oferta de alimentos secos junto a baixa ingestão de água pode sobrecarregar ainda mais os rins do seu animal. 

“Assim como nós, hábitos saudáveis em cães e gatos também são a chave para prevenir doenças. Com o avanço da idade é natural que as funções renais diminuam, porém, as chances de isso acontecer diminui se seu pet tiver os devidos cuidados e uma vida saudável”, finaliza Joyce Lima.

 

Para mais informações sobre saúde, acesse o blog da Cobasi.

 

Pecuária: confira dicas para melhorar a estratégia de engorda do rebanho


Período das águas que vai de outubro até meados de maio, marcado por maior precipitação e oferta de pasto, requer atenção do pecuarista para encontrar a melhor estratégia de engorda 

 

A VetBR, mais completa distribuidora de produtos para saúde animal do país, reuniu dicas para o pecuarista encontrar a melhor estratégia de engorda do rebanho durante o período das águas, que vai de outubro a maio. Nessa época, o intenso volume de chuvas, os dias mais longos e as temperaturas mais altas fazem com que a vegetação do pasto apresente boas taxas de crescimento. Dessa forma, desde que bem manejados esses fatores, o rebanho pode ter bom ganho de peso.  

Primeiramente, destacamos a fonte de suplementação nutricional mais econômica e difundida entre os pecuaristas: o sal mineral. A administração da substância, formada por uma combinação de sal com macro e microminerais, exige cuidados básicos: o posicionamento do cocho acima do chão e devidamente protegido das chuvas, uma boa área de distribuição do sal mineral (para que todos os animais tenham acesso a ele) e a escolha de um produto de boa qualidade.  

Quando o assunto é ração, vale mencionar o creep (ou creep-feeding). Trata-se de uma formulação balanceada, servida no cocho, dentro de um cercado e com acesso somente ao bezerro. Nesse método, a suplementação nutricional da cria durante o período da amamentação é feita sem que seja necessário separar o bezerro da vaca. São importantes os cuidados com horários, frequência e dosagem do suplemento. 

A ureia também é frequentemente adicionada à alimentação do gado — é fonte de nitrogênio não proteico (NNP). O nitrogênio é um nutriente essencial para o crescimento do animal. Ocorre que o gado não metaboliza de maneira eficiente o nitrogênio de fontes como alfafa ou o feno de grama, o que torna necessária a suplementação por meio da ureia, que é uma fonte de nitrogênio concentrado que o gado consegue absorver rapidamente — é convertido em amônia no rúmen dos animais. Para administrar de maneira adequada a ureia, o pecuarista precisa manter o composto livre de qualquer umidade, em cochos cobertos e de fácil acesso para o gado. Cabe lembrar que, se administrada em excesso, a ureia pode ser tóxica — por isso, vale ter atenção redobrada à dosagem.    

De acordo com Thallison Martins, médico veterinário e promotor de vendas da VetBR, pensando em uma recria e engorda onde o intuito é acelerar o ganho de peso, os proteinados (alto e baixo consumo) e proteicos energéticos são mais assertivos. De modo geral, além de fornecerem macro e microminerais, também garante uma fonte de proteína e energia para o animal. Esse tipo de suplementação requer cuidados como armazenamento em locais secos, atenção à dosagem diária, introdução gradual e manutenção de uma fonte de água limpa nas proximidades.  


Padrões de rendimento por suplementação  

Todas essas modalidades de suplementação resultam em um acréscimo no ganho diário de peso dos animais, podendo chegar em média de 400 gramas (sal mineral), 600g (suplementação proteica de baixo consumo), 850g (suplementação proteica de alto consumo) e até 1kg (ração, sob regime de semiconfinamento). No caso dos bezerros, o creep eleva o ganho diário em até 600g. 

 

 VETBR


5 tendências de 2023 para os tutores de pets

Com a tecnologia, pais de cães e gatos ganham acessórios e serviços para auxiliar nos cuidados com a saúde dos animais; conheça os principais que têm tudo para ser febre neste ano

 

A tecnologia tem inovado também o setor de animais de companhia e, ano após ano, os tutores de pets ganham novas ferramentas para auxiliar os cuidados com a saúde do cachorro e gato, a exemplo de dispositivos, tratamentos inovadores e acessórios. Só no último ano diversos produtos foram lançados e prometem estar cada vez mais presentes nos lares de cães e gatos. Separamos as 5 tendências de 2023 para você conhecer e agregar a Petnologia, tecnologia relacionada com os cuidados que chega para inovar no mercado, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao animal e um melhor entendimento do tutor na sua rotina.

 

1.Monitorar o seu pet 24h

Já pensou em ter acesso a informações personalizadas em tempo real sobre a saúde e bem-estar do seu cãozinho e, mais do que isso, garantir mais qualidade de vida e conexão com ele? Isso já é realidade! O Animo, lançado recentemente no mercado, é um monitor de comportamento e rastreador de atividades indispensável para cães. O produto é um dispositivo que deve ser colocado na coleira do animal e analisa os dados de seu movimento 24 horas por dia, com o intuito de fornecer informações personalizadas. Entre elas estão níveis de atividades como queima calórica, qualidade do sono, aumento de latidos, coceiras ou chacoalhamento. Além disso, o tutor pode estabelecer metas diárias e receber notificações das alterações. O acessório à prova d’água é conectado à um aplicativo que pode ser acessado por qualquer membro do ambiente doméstico e não tem necessidade de carregamento, pois é a bateria, item que, inclusive, já está incluso no produto.

 

2.Cuidar da alimentação e peso do animal

Quer entender como o seu animal está se alimentando? E se ele está acima do peso e você precisa controlar a quantidade da comida? Existem outros animais na casa e você quer individualizar a refeição? Ou apenas manter a comida mais fresca e evitar que as moscas se instalem no local? Uma solução para todas essas questões promete ser tendência neste ano: a linha Sure Feed, que disponibiliza duas opções de controle da alimentação. O Sure Feed Connect permite armazenar dados dos animais de estimação para auxiliar no monitoramento de peso ou para gerenciar necessidades nutricionais de diferentes animais que moram na mesma casa, com balanças integradas que possibilitam aos tutores meçam precisamente cada porção de alimento. O produto permite o monitoramento de quanto e quando o pet consome de alimento por meio do aplicativo. Já o Sure Feed é um comedouro que, por meio de uma tampa automática, protege os alimentos, proporcionando uma comida gostosa e saudável por mais tempo para os animaizinhos.


3.Passeio liberado por portas automáticas

Sair e trabalhar presencialmente fica ainda mais fácil quando podemos proporcionar passeios ou liberação do animal em alguns espaços da casa, como o quintal, por exemplo, conseguindo inclusive monitorar as saídas. O Sure Flap é uma linha de portas automáticas conectada ao lar e que está disponível em dois modelos. O SureFlap Connect dá acesso por meio de dois itens, o microchip de identificação que é implantado no pet ou uma tag que vem junto com o produto para ser colocado na coleira do animal. Neles, serão concentradas as informações das atividades e rotina do animal por meio do aplicativo Sure PetCare e, assim, é possível controlar a entrada e saída remoto pelo celular e ativar notificações. Já o SureFlap funciona como uma porta automática que identifica o seu animal e, assim como o Connect, evita que outros animais desconhecidos entrem no local.

 

4.Identificação e rastreamento pet

Uma tendência que já é bastante utilizada no agronegócio em animais de produção é o rastreamento e identificação de animais através da microchipagem. Agora essa novidade já está disponível também para os animais de companhia. O microchip chega para identificação e individualização do pet, auxiliando na reunificação de pets perdidos com seus tutores, na armazenagem do histórico clínico do pet em uma plataforma segura e na impressão de segunda via de carteiras de vacinação entre outras funcionalidades. O processo de inserção do chip é seguro, rápido, fácil e praticamente indolor.


5.Aplicativo para animais diabéticos

Além de acessórios, os aplicativos também são aliados na hora de cuidar da saúde do pet. Você sabia que cães e gatos podem ter diabetes? E imagina que tomar conta de um animalzinho com a doença não seja fácil, né? Mas com o tratamento adequado, os bichinhos podem ter uma vida normal e o aplicativo Pet Diabetes Tracker facilita todo esse cuidado. A ferramenta, idealizada pela MSD Saúde Animal, permite que o tutor saiba quando oferecer água -- quesito extremamente importante para os que têm diabetes -, oferecer alimento e fazer exercício, além de monitorar a condição corporal do cachorro ou gato. Também disponibiliza ao médico-veterinário o acesso à evolução e aos dados do pet, para que possa fornecer as orientações necessárias ao tutor, mantendo a conexão mesmo à distância. 

Com todos esses produtos e serviços fica cada vez mais fácil cuidar da saúde do seu animal. É importante lembrar ainda que todo esse cuidado reflete também na saúde humana, afinal, se os nossos pets estão bem, nós também estamos.


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