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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Alfabetização: desafio da primeira infância


A primeira infância é um momento fundamental na vida das crianças, pois é nessa fase que estão em pleno desenvolvimento cognitivo, motor, social e socioemocional. Com isso, é importante que as habilidades que constroem esse alicerce, ou seja, a base de ancoragem para a alfabetização, sejam estimuladas adequadamente, considerando a integralidade e a individualidade da criança.

É significativo salientar que traçar um caminho que conduza a criança à alfabetização está para além da metodologia utilizada, pois é um processo que se consolida por meio do desenvolvimento de algumas habilidades:

• Linguagem oral, por intermédio da literacia, ou seja, atitudes que promovam a leitura e a escrita, que podem ser iniciadas desde a gestação da criança com estímulos orais, leitura em voz alta para o bebê, cantigas, conversas e nomeação de objetos nas diversas situações do cotidiano.

• Funções executivas, no desenvolvimento de habilidades que estimulem maior atenção, memória (reconhecimento de letras e decodificação), planejamento, execução (assimilação e compreensão de textos), controle inibitório (inibição de respostas precipitadas, atenção seletiva, autocontrole), interpretação de textos e melhor compreensão da leitura e fala. O desenvolvimento dessas habilidades auxilia a criança na resolução de problemas desde os mais simples até os mais complexos, com maior flexibilidade cognitiva.

• Habilidades fonológicas (vocabulário, memória e nomeação), com o desenvolvimento da percepção e consciência dos sons da fala, em que a criança percebe que história pode ser dividida em parágrafos, o parágrafo pode ser divido em frases, as frases em palavras, as palavras em sílabas e as sílabas em letras. A letra, que é a menor unidade da palavra.

• Habilidades metafonológicas, no desenvolvimento da manipulação e reflexão sobre a estrutura sonora da fala, por meio das rimas e aliterações, jogos de escuta, consciência silábica e fonêmica.

• Habilidades preliminares de linguagem escrita e conhecimento do nome das letras e seus sons. A apropriação do princípio alfabético acontece concomitantemente com o desenvolvimento das habilidades destacadas anteriormente.

• Habilidades visuoespaciais, com o desenvolvimento da representação e análise das formas visuais, com o objetivo de reverberar graficamente, por meio da ação motora, produzindo a escrita.

Vale ressaltar que a criança organiza e estabelece suas aprendizagens por meio do seu corpo, em que ela consolida suas potencialidades e percebe-se no espaço. Espaço esse que ganha forma e representações do ambiente que a cerca.

Por fim, a sistematização da alfabetização acontece no processo e na organização dessas habilidades predizentes, que não somente tornam a criança pertencente e inserida no contexto social, mas também forma leitores e escritores atuantes na sociedade.

 

Daniela Beraguas - coordenadora da Educação Infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie.


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Transformação digital impulsiona aumento de 25% no faturamento de empresas

Pesquisa aponta que clientes estão dispostos a gastar mais com quem oferece multicanais de atendimento


Empresas que apostam na transformação digital já saíram na frente durante a pandemia, tendo maior rapidez na aderência ao modelo homeoffice com suas estruturas em nuvem, mas uma pesquisa realizada pelo International Data Corporation, IDC, revela uma outra vantagem: os consumidores da América Latina estão dispostos a gastar 25% mais em empresas que ofertam multicanais de atendimento. O Omnichannel vem ganhando espaço no mercado e dados de pesquisa realizada pela All iN e Social Miner, em parceria com a Opinion Box revelam que 60% dos consumidores utilizam Whatsapp, Facebook, Instagram, ChatBot e outros canais digitais para fazer suas compras. 

Para Paulo Chabbouh, CEO da L5 Networks, empresa pioneira no desenvolvimento de soluções de comunicação em nuvem, o crescimento da utilização de canais Omnichannel pelas empresas, se dá pela possibilidade de fazer com que o consumidor não veja a diferença entre o mundo online e offline. A integração entre os meios digitais, relatórios e dashboards torna a comunicação com o cliente muito mais rápida, personalizada e eficiente. “Ter uma ferramenta como o Omnichannel na empresa é desenvolver uma nova forma de contato com o cliente e facilitar seu modelo de compra, o que aumenta a chance de retorno desse consumidor”, destaca Chabbouh. 

Ainda de acordo com a pesquisa do IDC, para os clientes que fizeram recompra, 65% indicam que foi devido a uma boa experiência com a empresa, principalmente relacionada no relacionamento, tendo como principal protagonista, o Whatsapp. Os consumidores hoje preferem canais de comunicação em que estão familiarizados e 53% dos usuários o usam para receber informações sobre sua compra.

“Ter um Whatsapp único e integrado na empresa é uma das transformações digitais mais utilizadas para manter o cliente na empresa, principalmente com a ferramenta de histórico de conversas é possível conhecer melhor o consumidor e personalizar o seu atendimento, demonstrando o valor daquele contato para o consumidor”, finaliza Chabbouh.


 

L5 Networks

www.l5.com.br

 

Dia do contador: com o crescimento de pequenos empresários em meio à pandemia, esses profissionais são mais importantes que nunca

Quando pensamos em um profissional de contabilidade, logo nos vem nossa à cabeça aquele trabalho totalmente burocrático, repleto de números, guias e certidões, impostos e notas fiscais, não é mesmo? Mas a contabilidade não se faz apenas dessa maneira. Um contador atento e que ama o que faz, vem para somar no desenvolvimento econômico, e na organização financeira de uma companhia, apoiando nos objetivos e planos de negócio de seus clientes, para que eles possam prosperar financeiramente.

Diante da pandemia do Covid-19, as incertezas na economia se tornaram uma preocupação mundial, por isso, a contabilidade se faz cada vez mais necessária. Desta forma, o contador vem sendo cada vez mais requisitado para desempenhar um papel fundamental, fazendo análises não apenas sobre o presente momento, mas também a médio e longo prazo, com estratégias traçadas para que sejam efetivas, de forma legal e concreta.

Antes de mais nada, é importante lembrar que a contabilidade é um serviço mandatório, isso significa que todas as empresas são obrigadas a ter um contador vinculado ao CNPJ. Gostaria ainda mais de destacar a importância do trabalho desses profissionais em meio à crise sanitária que estamos passando. De acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) , o número de novos negócios no Brasil em 2020 foi recorde: 14 milhões de brasileiros empreenderam no país. Frente a este cenário, é importante que eles possam contar com um auxílio de um contador, pois é a garantia de que a empresa não estará irregular ou em débito com o governo, além de permitir que esses empreendedores se dediquem ao negócio em si.

Vale lembrar também que esses novos empreendedores podem contar com uma ajuda profissional para manter o cadastro do seu CNPJ em dia caso precisem recorrer ao INSS para pegar qualquer benefício como auxílio-doença, maternidade, aposentadoria entre outros. O maior propósito do contador para as micro e pequenas empresas é identificar o quanto as informações contábeis são úteis para a tomada de decisão dos gestores.

Atualmente, existem mais de 500 mil profissionais registrados e ativos nos Conselhos Regionais de Contabilidade. Mas, o que se espera desse profissional? Um empresário contábil de autoridade tem como habilidades a busca incansável por qualificação, acompanhar as atualizações fiscais, organização das atividades financeiras, solução de problemas, estar preparado para ser um consultor, saber trabalhar em equipe, ter uma comunicação ágil e, principalmente, apoiar com todas as informações necessárias para que a gestão possa entender a real situação de seu empreendimento e tomar as melhores decisões.

Por isso, venho ressaltar a importância dessa profissão que empreende, gera empregos, e deixa uma grande contribuição na sociedade. O que posso dizer como empresária contábil é que procuro entender as necessidades e dores de cada cliente, para que possa orientá-los no melhor caminho possível, obedecendo sempre os princípios e normas da contabilidade, para que tenham prosperidade financeira em suas empresas. Esse é o papel de todo contador, colaborar para que nossos clientes prosperem e zelem pela saúde financeira de suas companhias.

 


Dora Ramos - consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.


Dia de São Cosme e Damião: Água Doce ensina como preparar caruru em homenagem aos padroeiros


 CARURU

Foto: Bruno Marconato


Ingredientes:

1kg de quiabo
3 colheres (sopa) de cebola picadinha
2 dentes de alho
30g de gengibre ralado
500ml de água quente
100g de castanha de caju
100ml de azeite de dendê
100ml de suco de limão
3 colheres (café) de sal
Cheiro verde a gosto

 

Modo de preparo:

Aqueça o azeite de dendê. Frite a cebola e o alho e, em seguida, acrescente o gengibre e deixe refogar por alguns minutos. Coloque para refogar o quiabo e a castanha de caju. Após, acrescente a água quente e o suco de limão, deixe cozinhar até que a água reduza bem. Verifique se o quiabo está bem macio e sem nenhuma baba. Finalize com o cheiro verde e sirva.

Tempo de preparo: 40 minutos

Grau de dificuldade:
fácil




Fonte: Água Doce Sabores do Brasil

www.aguadoce.com.br

 

Setembro Amarelo: a importância dos pets na manutenção da saúde mental

O Setembro Amarelo é uma campanha em que se debate não só a prevenção do suicídio, mas também diversas questões sobre saúde mental. Diversas são as possibilidades que podem ajudar quem sofre com sintomas de ansiedade, estresse e depressão. Uma delas, comprovada cientificamente, é ter um animal de estimação. "Um pet em casa contribui para a diminuição da sensação de solidão e aumenta a autoestima, transmitindo uma sensação positiva, além de inúmeros benefícios ao organismo do ser humano", diz Fernanda Duran, Médica Veterinária na Mars Petcare.

De acordo com estudos científicos, o ato de cuidar de um animal libera endorfinas semelhantes àquelas que uma mãe libera ao abraçar seu filho. Logo, cuidar de um pet, ter a responsabilidade de amá-lo, passear e interagir faz com que a sensação de bem-estar só aumente.

A Mars Petcare, sabendo da importância dos bichinhos na vida das pessoas, trabalha para atuar de forma transformadora, criando inúmeras frentes de ação cuja proposta é justamente ressignificar o universo dos pets. "Queremos mostrar que os animais de estimação precisam, cada vez mais, estar inseridos na sociedade, uma vez que eles são parte da família e fundamentais, inclusive, para a saúde do ser humano", explica Marcela Cerda, Gerente de Comunicação e Sustentabilidade da Mars Petcare. Para isso, a Mars também vem trabalhando que pretende incentivar as cidades a serem mais pet friendly.

Antes de procurar um animalzinho, porém, é preciso que as pessoas entendam que essa é uma decisão que deve ser tomada com consciência e responsabilidade. Então, é importante abordar o tema com todos da família e, em conjunto, escolherem. Para quem mora sozinho, é preciso avaliar se o cão ou gato é realmente o que a pessoa quer naquele momento. O pet precisa de comida, vacina, banho, tosa, visitas periódicas ao veterinário e muita atenção. E, então, quando chegar a hora de escolher o seu cachorro ou gato, que tal adotar? Certamente uma ONG na sua região terá o bichinho que você procura.

Aproveite para conhecer o programa PEDIGREE® Adotar É Tudo de Bom em parceria com a Ampara Animal, que realiza eventos de adoção em todo o Brasil, semanalmente. Há mais de 15 anos no país, o programa já realizou mais de 76 mil adoções por meio de mais de mil ONGs e protetores, além de 9,5 milhões de refeições já foram doadas. Na compra de um pacote de alimentação Pedigree®, parte da renda é revertida para alimentação e cuidado com milhares de cães resgatados.



Saiba mais em: https://www.pedigree.com.br/adotar


Mars Petcare

 

Dia Mundial Contra a Raiva (28): a doença conhecida que continua fazendo vítimas

Veterinária aborda sobre a importância da prevenção nos pets, que começa pela vacinação, e como evitar as 59 mil mortes em pessoas que acontecem por ano

 

Apesar de agosto ser conhecido como o mês do "cachorro louco", por causa da alta incidência da raiva, é em 28 de setembro que é comemorado o Dia Mundial Contra a doença. A raiva deve ser evitada o ano inteiro, mas a data serve para reforçar aos tutores a importância de manterem a carteira de vacinação de cães e gatos em dia. A doença é infecciosa e é considerada uma das zoonoses mais perigosas do mundo, além de poder afetar os animais e os humanos. Conversamos com Daniela Baccarin, médica-veterinária e gerente de produto pet da MSD Saúde Animal, para falar sobre a melhor forma de prevenir a enfermidade.

"Apesar de ser bastante conhecida, a raiva continua fazendo vítimas e ainda é uma ameaça em 150 países, sendo 59 mil mortes por ano em pessoas que acontecem em todo o mundo.", alerta.

Como acontece?

O principal meio de contaminação é o contato com a saliva de um animal infectado, ocasionado por meio de mordidas, arranhaduras e lambeduras, que leva rapidamente à transmissão do vírus para o sistema nervoso central do animal, causando inflamação no encéfalo, encefalite e outros danos neurológicos fatais.


Sintomas

A raiva é lembrada pela salivação excessiva, que é um dos sintomas, mas, além deles, os pets podem apresentar outros como mal-estar, febre, náuseas, dor de garganta, irritabilidade, mordedura, paralisia e convulsão.

"Qualquer sinal diferente que o cachorro apresente é importante encaminhá-lo ao veterinário, que poderá realizar o diagnóstico correto, com exame como testes laboratoriais ou saliva, bem como indicar os cuidados adequados", reforça Daniela.


Prevenção

Assim como para a maioria das doenças, a melhor forma de evitar a contaminação é a prevenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para eliminar a transmissão da raiva, principalmente em áreas endêmicas, pelo menos 70% dos cães devem ser vacinados em massa todos os anos.

"Os tutores precisam ficar atentos ao período de vacinação do animal. Algumas cidades possuem campanha de vacinação, mas se não houver campanha na cidade do tutor, é só procurar uma clínica veterinária. O importante é fazer a principal lição de casa, vacinar", alerta.


Vacinação

A veterinária explica que os cães e gatos podem receber a primeira dose de vacina antirrábica a partir de 12 semanas de idade, com reforço anual, segundo as diretrizes de vacinação da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA). "Apesar disso, é imprescindível a consulta com um especialista para fazer a aplicação do imunizante de acordo com o perfil do cão ou gato, que pode variar por diferentes fatores, como a região em que o animal mora", aconselha.

Outro ponto básico é que o proprietário realize visitas periódicas ao veterinário, para facilitar a identificação do problema com antecedência, além de outras doenças que podem ser assintomáticas.


Protegendo os animais e as pessoas!

A raiva não tem cura e sua evolução pode causar o óbito. Além disso, é essencial lembrar que quando vacinamos e cuidamos do nosso animal estamos protegendo a nossa família e as pessoas que convivem com ele. Isso porque a vacinação evita a contaminação e elimina o risco humano também, além de contribuir com a Saúde Única, conceito que mostra como a saúde animal afeta também a saúde humana e o meio ambiente.


Cardio-Oncologia: entenda a relação entre o câncer e doenças cardíacas

Especialidade visa o acompanhamento cardiovascular de pacientes oncológicos, objetivando a prevenção, diagnóstico e tratamento das complicações cardiovasculares

 

A cardio-oncologia se tornou um ramo da medicina essencial no acompanhamento de pacientes com câncer, devido aos possíveis efeitos colaterais do tratamento oncológico, cujo alguns medicamentos podem causar danos ao coração. Além disso, com o aumento da expectativa de vida da população, as doenças cardiovasculares e neoplásicas se tornaram responsáveis pela maior parcela de mortalidade total: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, 17,9 milhões de pessoas morrem por problemas no coração e 9,6 milhões em decorrência de tumores malignos.

De acordo com a médica cardiologista, especialista em cardio-oncologia do CPO Oncoclínicas, Marina Bond, a especialidade visa o acompanhamento cardiovascular específico do paciente com câncer, com a união de oncologistas e uma equipe multidisciplinar, objetivando principalmente a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das complicações cardiovasculares (cardiotoxicidade) relacionadas a cirurgias, quimioterapias, imuno, rádio e endocrinoterapia que são realizadas no combate aos tumores.

"O principal objetivo da cardio-oncologia é resguardar o coração do paciente durante e após o tratamento oncológico. O uso de certos medicamentos, como as antraciclinas, por exemplo, utilizadas no tratamento do câncer de mama, linfomas e sarcomas, podem causar insuficiência cardíaca e resultar em um prognóstico grave. Essa complicação pode ocorrer até anos depois do término do tratamento oncológico", explica Dra. Marina.

Além disso, diversos fatores de risco como idade avançada, tabagismo, obesidade e sedentarismo também estão relacionados à doenças cardíacas e ao surgimento de tumores. O paciente cardiopata está mais sujeito a desenvolver neoplasias, assim como o paciente onco-hematológico fica mais vulnerável a desenvolver uma cardiopatia.

"A cardio-oncologia não visa suspender quimioterapia, mas sim permitir que o paciente complete o seu tratamento de forma segura, eficaz e com saúde cardiovascular, o que se torna possível por meio do estabelecimento do acompanhamento e controle clínico adequado e individualizado, reduzindo assim o risco de complicações cardíacas desde o início do tratamento", enfatiza Dra. Marina.

Outros riscos e formas de prevenção

A endocrinoterapia (administração ou subtração de hormônios), bastante utilizada nos tratamentos de câncer de próstata e mama, podem causar piora do perfil de colesterol, ganho de peso e maior propensão ao diabetes, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

A insuficiência cardíca, ou seja, o "coração fraco" também é frequente com o uso de Trastuzumabe, um anticorpo que revolucionou o tratamento dos tumores de mama HER2 positivos, necessitando de acompanhamento de perto com ecocardiograma trimestral. . Ou ainda, com o uso do 5-Fluoruracila ou capecitabina, que são amplamente utilizados na terapia neoadjuvante e adjuvante do câncer de cólon, e podem causar vasoespasmo coronariano (contrações involuntárias que afetam a circulação coronária, causando dor no peito) e infarto agudo do miocárdio, que ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração, fazendo com que o tecido perca oxigênio e leve o paciente à óbito.

No entanto, de acordo com a Dra. Marina Bond, a melhor solução é a educação e o trabalho de conscientização da população, que deve ser alertada sobre importância da prevenção tanto do câncer quanto das doenças do coração - e a melhor saída é manter hábitos saudáveis contínuos. "Praticar atividade física, não fumar, não beber em excesso, ter uma alimentação balanceada e a diminuição do estresse ajudam muito a prevenir esses dois problemas, assim como equilibrar a diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia. Além disso, pacientes com câncer devem seguir à risca as medidas protetoras da saúde do coração, devido a maior ocorrência de dano cardíaco e por gerar melhores resultados no tratamento oncológico, o que pode significar uma vida longa e com mais qualidade", finaliza Dra. Marina.

Ansiedade e humor deprimido são as maiores queixas entre pacientes internados com Covid-19, diz levantamento

Dados do CHN mostram que acompanhamento psicológico é necessário para pacientes com a doença

 

Ansiedade, humor deprimido e entristecimento são as maiores queixas e motivos de acompanhamento psicológico entre os pacientes internados com Covid-19 no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN). Isso é o que mostra o levantamento realizado pela equipe de psicologia do hospital sobre os 320 atendimentos feitos de janeiro a julho deste ano de pacientes acometidos pelo Sars-CoV-2.

Segundo Marcely Quirino, coordenadora de Psicologia do CHN, esses transtornos mentais identificados estão associados à contaminação por Covid-19 e a internações longas. “Notamos que o padrão de comportamento ansioso, a tristeza e a depressão são detectados com recorrência nos pacientes internados com Covid-19. As pessoas, além do medo por terem sido infectadas, relatam também temor por seus entes queridos e sentem-se inseguras por conta da crise mundial. Tudo isso influencia o processo do desenvolvimento humano, desencadeando transtornos psicológicos que precisam de acompanhamento durante e depois da hospitalização”, afirma a psicóloga.

Ainda de acordo com o levantamento do hospital, a faixa etária média dos pacientes com Covid-19 atendidos pela equipe de psicologia em 2021 é de 50 a 65 anos, com maiores relatos de ansiedade, humor deprimido e tristeza. Os dados comprovam que essas queixas perduraram ao longo do último ano, já que 86% dos pacientes atendidos em 2020 no CHN apresentaram os mesmos padrões comportamentais de ansiedade e depressão.

Marcely reforça a importância de cuidar da saúde mental desses pacientes. “O acompanhamento psicológico durante e após a internação por Covid-19 é necessário e colabora para o bom prognóstico do paciente, além de evitar consequências maiores, como a desestrutura emocional na sociedade, já que os distúrbios apresentados podem gerar outras epidemias silenciosas, como de depressão, síndrome do pânico, ansiedade e suicídio.”


Saiba como identificar sinais de depressão

A psicóloga Marcely Quirino, do CHN, explica: “A depressão é uma doença psiquiátrica crônica que está relacionada com o lado emocional de uma pessoa. Ela provoca alteração de humor recorrente que, por sua vez, faz com que o paciente se sinta profundamente triste, desesperançoso, pessimista, apático, sem vitalidade e com sua autoestima abalada.”

Segundo a especialista, a pandemia afeta não só os pacientes acometidos pela Covid-19, mas também aqueles que só acompanham as notícias.

“Algumas ações são capazes de aliviar a sensação de ansiedade e tristeza: evitar o excesso de informações; filtrar a quantidade e a qualidade das notícias que se lê ou ouve sobre a pandemia; fazer atividades físicas; utilizar o tempo de forma produtiva; fazer coisas de que gosta; manter a calma e buscar dentro de si o que ainda dá sentido à vida; manter o contato – mesmo que virtual – com os amigos e ter apoio familiar e, se preciso, buscar ajuda. Cada pessoa tem uma capacidade de resiliência, de lidar com situações adversas”, finaliza Marcely.


Comissão avalia a incorporação de medicamentos para o tratamento de câncer de mama avançado no SUS

A população geral e os profissionais de saúde têm 20 dias para se manifestar pela inclusão de terapias inovadoras para o tratamento de câncer de mama avançado; Há quase 20 anos (1) o SUS não recebe atualização de medicamentos para 70% das pacientes, que vivem com câncer metastático HR+ HER2; Especialistas temem uma onda de câncer de mama em fase metastática no pós-pandemia, o que, o que chama a atenção para um sistema saúde público e universal que esteja preparado

 

A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) iniciou em 10 de setembro a etapa de consulta pública para a incorporação de CDKs, classe terapêutica inovadora voltada ao tratamento de pacientes com câncer de mama localmente avançado ou metastático. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) já conta com esse tipo de inovação para apenas 20% (1,2) dos casos, enquanto a maior parte das pacientes (1) carece de novas opções de tratamento.

“Quando pensamos na inclusão de terapias no SUS, a nossa maior preocupação deve ser a manutenção dos princípios de equidade, universalidade e integralidade do Sistema Único de Saúde. É importante que o SUS  esteja preparado para receber mulheres de diferentes faixas etárias e ofertar soluções de alto impacto em qualidade de vida para pacientes com câncer de mama”, comenta o Dr. André Abrahão, diretor médico da Novartis Oncologia.

Desde o início da pandemia, números relatam uma queda de pelo menos 50% (3) na realização de mamografias de rastreamento. Esse dado preocupa especialistas, que temem uma epidemia de diagnósticos de câncer de mama avançado para os próximos anos.

“Existe um estereótipo que câncer de mama acomete apenas mulheres acima dos 50 anos, mas isso não é verdade. Hoje em dia, cada vez mais (4) o tumor afeta mulheres pré-menopausa, ou seja, que são jovens e em idade economicamente ativa, comprometendo autoestima, saúde mental, o relacionamento com o mercado de trabalho, a própria educação, relacionamentos e a possibilidade de ter filhos ou não”, adiciona o Dr. André Abrahão.

O câncer de mama, em alguns casos, se manifesta de maneira mais agressiva em mulheres mais jovens, com taxas de mortalidade mais elevadas quando comparadas às mulheres de idade mais avançada (5).

Por isso a universalidade do SUS é tão necessária. É preciso que, cada vez mais, os medicamentos incorporados atendam todas as pacientes, de todas as faixas etárias. Também é nosso papel como cidadãos ter isso em mente e, quando chegar  a oportunidade de contribuir com uma consulta pública, demonstrar a importância da inclusão de todos os pacientes na lista de medicamentos oferecidos no Sistema Único de Saúde, que é responsável por oferecer acesso à saúde a 75% da população brasileira”, completa o executivo.


Entendendo uma consulta pública

As consultas públicas têm como objetivo promover a participação da sociedade civil e médica nos processos de tomada de decisão da administração pública sobre políticas públicas de saúde. A CONITEC disponibiliza suas recomendações em consulta pública por um prazo de 20 dias. A consulta em questão está aberta até 29 de setembro de 2021. Para o envio de contribuições, é necessário acessar o site conitec.gov.br/consultas-publicas – e seguir as instruções.


Como contribuir com uma consulta pública do Sistema Único de Saúde

Para contribuir com as consultas públicas em vigência, é necessário acessar o site da Conitec, procurar pela consulta pública pelo seu número ou checar as listas em vigência e os procedimentos previstos por cada uma. Médicos, profissionais da saúde, pacientes e a população em geral podem se engajar nesse processo.

1) Acesse o portal da Conitec (http://conitec.gov.br/consultas-publicas) e confira as atuais consultas públicas. Cada uma delas acompanha um relatório técnico, que detalha quais as tecnologias que estão nomeadas.

2) Após decidir quais listas deseja contribuir, acesse o formulário eletrônico* correspondente para contribuir com sugestões e comentários sobre as tecnologias em questão.

*Cada consulta possui dois tipos de formulário, dentre eles:


Formulário de experiência ou opinião – geralmente utilizado pela população de forma geral e pacientes, visto que não é necessário conhecimento científico para realizar a contribuição.


Formulário técnico-científico – utilizado por profissionais da saúde e profissões correlatas. Este tipo de formulário requer embasamento científico para realizar a contribuição.

Após o fim da consulta pública, todas as participações são organizadas e inseridas em relatórios técnicos para análise da Conitec. A decisão final é do Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE), que recebe todos os pareceres e os usa como base para decidir o que será incorporado ou não ao SUS. Para acompanhar o resultado, basta seguir acompanhando o site da CONITEC.




Novartis

https://www.novartis.com.br.

 

Referências:

Setembro Vermelho: 29 de setembro – Dia Mundial do Coração

FIBRILAÇÃO ATRIAL É A ARRITMIA MAIS PREVALENTE NO MUNDO


Doença é uma taquiarritmia cardíaca que aumenta em até 5 vezes o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

 

Dados recentes da Sociedade Europeia de Cardiologia demonstram que a Fibrilação Atrial (FA) é a mais prevalente das arritmias cardíacas e atinge cerca de 46 milhões de pessoas em todo o mundo. Em alguns países, considerando-se todas as diferentes formas de manifestação da doença, chega a acometer um em cada três indivíduos.

Trata-se de uma arritmia (distúrbio no ritmo e frequência dos batimentos cardíacos) que tem mostrado incidência crescente, inclusive no Brasil, onde estima-se que 5 a 10% dos brasileiros terão este tipo de arritmia, segundo dados da SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas). Fatores como idade avançada, doenças cardiovasculares pré-existentes, como insuficiência cardíaca e hipertensão arterial, distúrbios na tireoide, histórico familiar, tabagismo e os excessos na alimentação e no consumo de álcool acabam sobrecarregando de alguma forma o coração e, portanto, representam fatores de risco. 

Na Fibrilação Atrial, as câmaras superiores do coração (os átrios), que fazem parte do mecanismo de cada batimento cardíaco, impulsionando o sangue para fora do coração, deixam de se contrair por causa de impulsos elétricos rápidos e irregulares. Isso, por si só, já provoca uma certa sobrecarga dos ventrículos (as câmaras inferiores do coração, que efetivamente bombeiam o sangue para o funcionamento do corpo humano), pois entre 20 e 30% da força total dos batimentos vem do “impulso” proporcionado pelos átrios. Além disso, a falta da contração das câmaras atriais provoca uma alterção no fluxo do próprio sangue, que permite a formação de pequenos coágulos, ainda dentro do coração. Esses coágulos podem se deslocar e, ao sair do coração, podem bloquear artérias que levam o sangue oxigenado a qualquer órgão do corpo. Infelizmente, a situação mais frequente ocorre nas artérias cerebrais que, quando obstruídas por um coágulo desses, levam ao AVC (acidente vascular cerebral).

Especificamente, a Fibrilação Atrial é uma arritmia que aumenta o risco global de um AVC em até 5 vezes. E, dependendo da existência de outros fatores de risco junto à Fibrilação Atrial (principalmente hipertensão arterial, problemas de função renal e idade avançada), esse risco pode ser ainda maior.


Diagnóstico e tratamento

Identificar a Fibrilação Atrial e iniciar o tratamento que melhor responde à condição dos pacientes, ambos de maneira mais precoce possível, são os principais desafios que os cardiologistas devem superar. Afinal, a FA pode ser silenciosa e intermitente, o que dificulta o diagnóstico.

Atualmente, os recursos utilizados, além do eletrocardiograma tradicional, são registros contínuos do eletrocardiograma do paciente, como o conhecido “Holter” de 24 horas, mas também o “Holter” de sete dias e o “Loop Recorder” ou “Looper”, um monitor especial, que pode ser inclusive implantado no corpo do paciente e registra continuamente o ritmo cardíaco, gravando com detalhes (hora da ocorrência, duração e gravando o eletrocardiograma) todos os episódios relevantes de alteração do ritmo, principalmente nos momentos em que o paciente apresenta algum sintoma, como palpitação, fraqueza ou fadiga.

“Colocar o coração do paciente no ritmo adequado, fazendo com que exerça suas funções adequadamente, também evitando a formação de coágulos, é o principal caminho para tratar este fator de risco para os AVC”, explica o cardiologista Luciano Jannuzzi Carneiro. “A tecnologia evoluiu de uma maneira que, hoje, implantar no paciente um dispositivo minúsculo que grava detalhes do ritmo cardíaco, já é possível e ainda por cima é um procedimento ambulatorial, pois nem precisa de internação”, completa.

As possibilidades de tratamento são bastante amplas e vão desde o controle farmacológico (com remédios) do ritmo e da coagulação sanguínea (para evitar a formação dos coágulos), até tratamentos invasivos (como a ablação por cateter de rádio-frequência ou cirurgia cardíaca corretiva). Tudo para tentar reestabelecer ou controlar o ritmo dos batimentos cardíacos e evitar as complicações, das quais a mais temida certamente é o AVC.

“Mas nada, nada mesmo, beneficia mais o paciente do que o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo conseguimos identificar os episódios de FA, que muitas vezes são intermitentes e silenciosos, maiores são as chances de iniciarmos um tratamento que evite qualquer complicação, aí sim trazendo o real benefício na qualidade de vida das pessoas”, finaliza o Dr. Luciano.

 


BIOTRONIK


Alimentação balanceada durante a gravidez é fundamental para um bebê saudável

O médico nutrologista Gustavo Feil apresenta dicas de alimentos que devem permanecer ou sair da dieta de uma gestante


O período da gestação é um momento muito importante para as mães, além da delicadeza de carregar um bebê, é necessário também ter uma série de cuidados para se manter saudável e forte durante os nove meses e também após o nascimento da criança. Por isso, uma das principais preocupações nesses momentos é com a alimentação.

Dr. Gustavo Feil, médico nutrologista, oferece algumas dicas relacionadas à alimentação de gestantes nesse período. "Ouvimos dizer que grávidas devem comer em dobro, porque estão comendo por duas pessoas, mas é fundamental ter em mente que a nutrição deve ser feita de forma balanceada. Não se trata apenas da quantidade, mas principalmente da qualidade", ele conta.

A gestação, esse momento único na vida de uma mulher, naturalmente faz com que ocorra uma baixa no sistema imunológico e por conta disso a alimentação equilibrada e rica em nutrientes é imprescindível para uma gravidez saudável e, consequentemente, uma excelente formação fetal.

Segundo o Dr. Gustavo, alguns alimentos são essenciais nesse momento. Alimentos do grupo dos cereais como o arroz e o milho devem permanecer na dieta, e os tubérculos como batatas e mandiocas, que são ricos em fibras e vitaminas devem ser incluídos no cardápio da gestante. "O famoso feijão com arroz deve ser mantido, juntos formam um alimento altamente nutritivo, contendo proteínas, cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B, fibras e carboidratos que além de nutrir geram uma sensação de saciedade", ele ressalta.

Os vegetais também são importantes: os de cor verde-escura são uma boa opção, isso porque são ricos em ácido fólico, cálcio e ferro, nutrientes básicos para a formação dos ossos e do cérebro do bebê, além de prevenir doenças congênitas. Entre esses vegetais estão o brócolis, a couve-manteiga, espinafre e o agrião que, juntamente com as frutas e legumes, contribuem para uma alimentação saudável.

As proteínas são indispensáveis, pois auxiliam no crescimento do feto, da placenta e dos tecidos maternos. Para o médico, é interessante que a gestante opte pelas proteínas de fonte animal e as carnes magras. Esse nutriente é encontrado nas carnes vermelhas, frango, peixes e ovos. "É ideal evitar ingerir carnes e peixes crus, pois esses alimentos podem conter bactérias prejudiciais à gestação, em especial a Toxoplasmose, parasita que pode gerar inúmeros problemas ao feto", Dr. Gustavo ressalta.

Alguns outros alimentos também devem ser evitados, como aqueles que contêm excesso de gorduras e sódio. Entre eles estão os embutidos: salsichas, linguiças, presuntos, queijos amarelos e alimentos industrializados, isso porque eles podem potencializar o aparecimento da pressão alta e outras complicações. Bebidas alcoólicas também devem ter o consumo interrompido nesse período, pois o uso pode gerar problemas cardíacos, retardo no crescimento e malformações no feto.

Dr. Gustavo ressalta que o prato de uma gestante deve ser diversificado e colorido. "As carnes e peixes devem ser sempre muito bem assados, cozidos ou fritos e os ovos bem cozidos. Nós recomendamos que as frutas e verduras estejam sempre bem lavadas e sejam consumidas sem cascas", ele finaliza. 

 

Gustavo Feil - médico do desenvolvimento Físico e Mental com foco em Nutrologia e Medicina da Longevidade formado pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ/ SC e está sempre em busca da melhor versão em saúde, por meio da prevenção e promoção do bem estar.  Também é pós graduando em Nutrologia pela USP RP e em Ciências da Longevidade e Vida Saudável pela Academia Longevidade Saudável. Possui trabalho com foco em emagrecimento, performance, estilo de vida saudável, longevidade e desenvolvimento humano. Para saber mais, acesse pelas redes sociais @dr.gustavofeil

 

Atenção aos fatores de risco do câncer de mama: Quanto Antes Melhor

Sociedade Brasileira de Mastologia alerta mais uma vez a população para adoção de estilo de vida que pode ajudar a obter mais bem-estar-estar e prevenir doenças

 

Com a chegada do Outubro Rosa e permanência da pandemia do Covid-19, o cenário do câncer de mama no país ainda preocupa. Por conta disso, a Sociedade Brasileira de Mastologia reforça sua mensagem à população para a importância do diagnóstico precoce, com a realização de exames preventivos e visitas regulares ao médico. Intitulado QUANTO ANTES MELHOR, o movimento chama a atenção para a necessidade de adoção de um estilo de vida que compreenda a prática de atividades físicas e alimentação saudável, minimizando riscos não só do câncer de mama, como de muitas outras doenças. Outra mensagem-chave da entidade é para, quando preciso, o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, aumentando a sobrevida e chances de cura da paciente.

De acordo com o Dr. Vilmar Marques, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, o atual contexto requer muita atenção devido ao quadro pandêmico que fez com que, em certos momentos dentro desse pouco mais de um ano e meio, houvesse uma redução de mais de 70% na presença de mulheres às unidades hospitalares. "Mastologistas da SBM em todo o Brasil monitoraram essa movimentação que, certamente, variou de região para região, porém em todo o território nacional houve queda na procura por exames preventivos e tratamento", afirma Marques.

Ele lembra que o câncer de mama se tornou o mais comum no mundo no mundo e, assim com qualquer outro, ele não espera, ou seja, interromper o tratamento pode acarretar "prejuízos" irreversíveis em certos casos. "Não queremos alarmar, mas, sim, orientar a população. Compreendemos a nossa impotência diante da pandemia e do isolamento social que foi necessário em certo período. Mas, agora, com o avanço da vacinação, é primordial que não só seja retomada a rotina de tratamento, como acelerada. Quanto antes retomar melhor", alerta o mastologista.

O presidente ressalta ainda que o fato de não ter a doença diagnosticada não significa que a pessoa não precisa fazer o rastreamento. Ele destaca que uma coisa não tem nada a ver com a outra, pois é imprescindível que a mulher, principalmente as de 40 anos de idade em diante, realizem anualmente a mamografia, exame mais eficaz para o diagnóstico precoce. "Temos de uma vez por todas adotar o conceito de saúde preventiva. Muitas mulheres não fazem com medo de achar algo, mas é importante entender que quem acha tem a chance de cuidar. E quanto mais cedo for, melhores serão as chances de cura", diz o doutor, acrescentando que, embora não tenha dados oficiais, diversos mastologistas de muitos estados detectaram aumento do diagnóstico tardio, ou seja, com a doença em estágio avançado, o que pode estar relacionado a redução do rastreamento no último ano.


Fatores de risco

Diversos estudos revelam, por exemplo, que o sobrepeso e a obesidade, além da falta de atividades físicas no dia a dia, aumentam os riscos para câncer de mama e ainda proporcionam uma má qualidade de vida para quem está em tratamento. "Nosso alerta é para QUANTO ANTES mudar o estilo de vida MELHOR para a saúde e isso envolve exercícios, alimentação saudável e a consciência da saúde preventiva como um todo", afirma o Dr. Vilmar Marques. Sedentarismo, consumo de álcool, noites mal dormidas, entre outros, também contribuem para baixar imunidade.


Dicas de hábitos para uma rotina saudável

• Alimente-se bem e não fique muito tempo sem comer, ou seja, prefira comer de três em três horas, em pequenas quantidades, sempre priorizando os alimentos naturais e evitando os alimentos industrializados.

• Evite o excesso de gorduras e carboidratos simples, como açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão, sempre preferindo as opções integrais.

• Procure ingerir proteínas de boa qualidade, principalmente frutas, legumes e verduras por serem fontes de vitaminas e minerais essenciais e ricas em fibras que ajudam na saciedade e no funcionamento adequado do intestino.

• Faça exercícios físicos durante a semana. O ideal são 150 minutos de exercícios físicos moderados divididos entre os cinco dias ou 75 minutos de exercícios vigorosos divididos pelos dias da semana.

• Planeje o seu dia alimentar e tente segui-lo.


Vacinação do Covid-19 e tratamento

Em relação à vacinação do Covid-19, a SBM também reforça que é primordial que todas as mulheres se vacinem, inclusive as diagnosticadas com câncer de mama, pois não há nenhuma contraindicação. "Nenhuma mulher deve abdicar da vacinação por medo de que ela possa causar doenças na mama ou afetar seus exames, pois essa possibilidade não existe", afirma o Dr. Vilmar Marques, acrescentando que as pacientes compõem o grupo de risco, muitas com a imunidade baixa devido ao tratamento que estão sendo submetidas.


Dia Mundial do Coração: técnicas cirúrgicas menos invasivas avançam e garantem sobrevida a pacientes

Troca de válvula via cateter resulta em custos mais baixos e menor tempo de internação
Créditos: divulgação
Procedimento raro de troca de válvula via cateter foi realizado pela terceira vez em Curitiba (PR) e resulta em custos mais baixos e menor tempo de internação


“Ela não teria chance com nenhum outro procedimento.” Assim a médica Rosângela Develis define a cirurgia à qual a mãe foi submetida para substituir uma válvula do coração. O procedimento consiste em uma incisão na artéria femoral para, via cateter, implantar uma nova prótese no coração. Ainda pouco utilizada no Brasil, foi realizada pela terceira vez no Paraná e escolhida pelo histórico de saúde da dona de casa Lídia Alquieri, 74 anos, que já havia sido submetida a três cirurgias cardíacas. “Começou com a queixa de falta de ar, mas os exames não identificaram alterações significativas. Por isso, quando veio o diagnóstico de insuficiência aguda da válvula cardíaca o susto foi grande”, relembra a filha. 

O cardiologista Gustavo Lenci, do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), conta que a paciente chegou ao Pronto Atendimento reclamando muito de falta de ar, até mesmo para pequenos esforços, o que levou a equipe a realizar exames de imagem. “Com o ecocardiograma, foi possível ver que uma das próteses, trocada há alguns anos, estava disfuncionante. Como ela já havia sido submetida a três cirurgias cardíacas, a quarta seria muito agressiva. Por isso a decisão de fazer a troca da válvula mitral por meio de punção da veia femoral”, explica.


Cirurgia

A cirurgia na válvula mitral ainda é pouco praticada e objeto de estudo da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. Em Curitiba (PR), essa foi a terceira vez que o procedimento foi realizado. “A experiência brasileira desse tipo de cirurgia ainda é pequena, porque é um procedimento bem inovador e tem ajudado a salvar vidas. O índice de mortalidade de pessoas com mais idade e comorbidades é grande pela técnica tradicional em que o peito é aberto, por isso, esse método tem sido tão promissor”, afirma o cirurgião Romulo Torres. 

Na técnica de implante percutâneo de bioprótese ‘valve-in-valve’ mitral transeptal, as medidas realizadas na tomografia são fundamentais para definir a forma e o tamanho exato da válvula e local onde será implantada. O procedimento dura, em média, 3 horas e, por ser menos invasivo, implica em menos tempo de internação e menor custo.


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