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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Estudo associa incontinência urinária feminina às estrias adquiridas na gravidez



Diagnóstico precoce possibilita tratamento preventivo, efetivo e indolor


Um estudo associando os fatores da incontinência urinária feminina com a existência de estrias graves foi elaborado e publicado pelo Prof Dr Paulo R Cunha, pesquisador e professor da Fac. Med. Jundiaí. Em forma de artigo, o dermatologista traz detalhes sobre esta importante descoberta que poderá revolucionar a prevenção e o tratamento do público feminino, uma vez que a distopia urogenital é um assunto de interesse multidisciplinar, como dermatologia, obstetrícia, ginecologia, urologia, uroginecologia e geriatria.

Publicado em dezembro de 2016 em uma das revistas científicas mais importantes e disputadas do setor, Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, o artigo foi baseado em estudos analisados ao longo dos últimos dez anos e foi intitulado "Estrias como um fator preditivo para distopias urogenitais – incontinência urinária e atrofia vulvovaginal”. 

O tema, ainda pouco explorado, despertou interesse de especialistas principalmente sobre questões de tratamento precoce e cuidados com a saúde da mulher. Segundo Dr Paulo Cunha, a incontinência urinária (e também outras distopias urogenitais) afetam milhões de mulheres no mundo todo. Dentre essas mulheres, 65.9% daquelas com idade entre 40 e 50 anos apresentaram quadro de estrias durante a gravidez ou puberdade.

A associação entre estes dois casos clínicos aparentemente dissociados têm na verdade relação direta, isso porque ambos ocorrem em decorrência da alteração de colágeno e fibras elásticas no organismo da mulher. Seja na região geniturinária, ou em áreas afetadas por estrias, a falta de colágeno e as alterações das fibras elásticas são as grandes vilãs no corpo das mulheres que sofrem de incontinência no período do início da menopausa. 

A boa notícia é que quando identificada precocemente (antes mesmo dos sintomas), a incontinência urinária e distrofia vulvovaginal podem ser tratadas efetivamente, de forma indolor e sem efeitos colaterais com laser de CO₂. Segundo o Dr Paulo Cunha, o laserCO₂ serve como poderoso estimulante para produção de colágeno e fibras elásticas, garantindo que a mulher mantenha sua qualidade de vida e autoestima. Em apenas 3 sessões do tratamento é possível recuperar o tecido da região e prevenir a incontinência urinária, tão comum entre as mulheres.





 Prof. Dr. Paulo R Cunha - Vice-Presidente da Internacional Society of Dermatology, chefe do departamento de Dermatologia da Fac. Med. Jundiaí, professor titular de Dermatologia da Fac. Med. Jundiaí, Livre Docente pela Faculdade de Medicina da USP e Pós-Doutorado na New York University.





Hipertensão e pré-hipertensão são subdiagnosticadas e subtratadas em crianças



O estudo centrou-se em crianças com pressões anormais do sangue em todo os Estados Unidos, e é o primeiro a mostrar um subdiagnóstico generalizado destas condições, por pediatras, em crianças de 3 a 18 anos


Hipertensão e pré-hipertensão em crianças, muitas vezes, não são diagnosticadas, de acordo com um novo estudo publicado no Pediatrics.  A avaliação centrou-se em crianças com pressões anormais do sangue, nos Estados Unidos, e é o primeiro a mostrar um subdiagnóstico generalizado destas condições por pediatras em crianças e adolescentes de 3 a 18 anos.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram os registros eletrônicos de saúde de 400 mil crianças de quase 200 centros pediátricos de cuidados primários em todo o país, entre 1999 e 2014. Eles descobriram que apenas 23% daqueles que tinham pressão arterial consistente com hipertensão, mesmo com várias visitas aos prestadores de cuidados primários, foram diagnosticados com a doença. E que apenas 10% dos pacientes com sintomas de pré-hipertensão foram diagnosticados. Das crianças e adolescentes com diagnóstico de hipertensão arterial, há pelo menos um ano, apenas 6% dos que precisavam de medicação anti-hipertensiva receberam receita médica.

Segundo as conclusões, embora mais de 95% das crianças e adolescentes tenham sua pressão arterial elevada medida, os médicos que cuidam das crianças não estão colocando todas as peças do quebra-cabeça juntas em termos de interpretar os resultados e seguir as orientações adequadas para o tratamento.

De acordo com o estudo, os pediatras são mais propensos a diagnosticar hipertensão e pré-hipertensão em crianças altas, do sexo masculino, com sobrepeso ou obesidade e a reconhecer as doenças em crianças com valores de pressão arterial mais anormal e / ou pressão arterial mais frequentemente aferida. Os pesquisadores descobriram que o subdiagnóstico também pode ocorrer nessas populações.

Doenças de adulto cada vez mais cedo

“A nova realidade para os pediatras é que estamos lidando cada vez mais com crianças que estão desenvolvendo condições crônicas, como a hipertensão, diabetes tipo 2, dislipidemias, que, antes, eram previamente vistas principalmente em adultos. O estudo mostra que muitos pediatras não estão respondendo a esta nova realidade, não só subdiagnosticando a hipertensão, mas, muitas vezes, não  fornecendo tratamento recomendado às crianças com a condição, a fim de minimizar os riscos para a saúde”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A hipertensão (pressão arterial elevada) é uma das dez doenças crônicas mais comuns na infância e predispõe à hipertensão na idade adulta. “Crianças com hipertensão também pode mostrar sinais precoces de doença cardiovascular, que se não tratados podem aumentar a morbidade e a mortalidade, a longo prazo”, diz o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Em 2007, os mesmos pesquisadores haviam descoberto, estudando dados de aproximadamente 15.000 pacientes pediátricos, dentro de um sistema de saúde menor, que menos de 25% das crianças com hipertensão eram diagnosticadas. O estudo atual utilizou "grandes dados", combinando dados de registros de saúde eletrônicos de quase 200 centros pediátricos de cuidados primários dos EUA para mostrar um resultado muito semelhante em nível nacional.




Moises Chencinski




Saiba quais cosméticos podem ser utilizados durante a gestação



 O dermatologista da Pro Matre Paulista, Jayme Oliveira Filho, dá dicas e conta que a gestante deve seguir a risca algumas restrições


Por definição, os produtos cosméticos e de higiene corporal são substâncias que se destinam a limpar, perfumar, proteger, manter em bom estado, corrigir os odores corporais e modificar o aspecto exterior. Durante a gravidez, uma das grandes dúvidas da mulher é sobre quais produtos ela pode ou não utilizar, para que nenhum prejudique a sua saúde e a do bebê. O dermatologista da maternidade Pro Matre Paulista, Jayme Oliveira Filho, esclarece a seguir o que pode ou não ser usados neste período.

Em primeiro lugar, a gestante deve seguir a orientação dermatológica de seu médico para manter-se protegida e hidratada e para minimizar os efeitos fisiológicos oriundos da gestação. “É importante que a grávida tenha cuidado com o uso tópico de ácido retinóico, ácido salicílico, ureia acima de 3%, formol e outros que não são cosméticos”, conta Jayme. O mau uso destes produtos pode acarretar problemas para a gestante e para o feto. Em casos extremos, pode ocorrer má formação fetal e indução de alguns tumores até malignos. “Embora bem raros, é preciso ficar atenta”, ressalta.

Sobre o cabelo, o ideal é evitar tinturas e descolorações. “Elas até podem ser realizadas desde que o obstetra não contra indique por algum motivo. Caso a gestante opte por realizar químicas nos cabelos, o ideal é aguardar os três primeiros meses e aplicar o produto longe da raiz”. O profissional afirma que as tinturas mais seguras são os tonalizantes e os cosméticos de uso geral. “Se forem classificados como cosméticos e/ou dermocosméticos não há com que se preocupar”, conta.

As maquiagens e esmalte podem ser utilizados desde que a gestante não possua nenhum tipo de alergia ou sensibilidade a algum componente da fórmula, como fragrâncias e pigmentos. “Sobre os esmaltes deve-se evitar linhas que contenham chumbo na formulação, que são exceção”. Já os fotoprotetores não têm contra indicação e os repelentes devem ser utilizados após a aplicação dos cosméticos e do filtro solar. “A Anvisa libera para uso em gestantes o IR 3535, a DEET e a Icaridina. A sequência correta de uso é: cosmético, filtro solar e repelente”, conta Jayme.

Cremes e hidratantes são seguros, com exceção de cremes contendo uréia, que não devem ser usados nas gestantes.  “Substâncias como glicerina, lactato de amônia, aloe vera, dexpantenol, óleo de semente de uva, óleo de amêndoas estão liberados para uso”, conta.

Já o tratamento para acne deve ser seguido de perto pelo dermatologista, pois o ácido retinóico e seus derivados, como o ácido salicílico, presentes comumente em cremes, sabonetes e loções para pele acnéica, não devem ser usados. “Alguns antibióticos tópicos, como o ácido azeláico, o ácido glicólico, peróxido de benzoíla e a nicotinamida, podem ser usados para essa finalidade. A gestante sempre deve consultar seu dermatologista, caso tenha qualquer dúvida sobre o uso dos produtos em geral”, finaliza Jayme.




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