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quinta-feira, 30 de maio de 2024

Médica-veterinária faz alerta para os efeitos do tabagismo em animais com tutores fumantes em decorrência do “Dia Mundial sem Tabaco”

A Dra. Karin Botteon, da Boehringer Ingelheim, esclarece que os Pets também podem se tornar “fumantes passivos” e desenvolverem problemas de saúde ao longo da vida

 

Na próxima sexta-feira (31), comemora-se o “Dia Mundial sem Tabaco”, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1987, para alertar sobre doenças e mortes causadas pelo tabagismo. A ocasião reforça a importância de alertar que cães e gatos que convivem com tutores fumantes também podem desenvolver diversos problemas de saúde. 

De acordo com a Dra. Karin Botteon, já é conhecido há muito tempo na medicina que pessoas que convivem com fumantes tornam-se “fumantes passivos”, pois respiram o mesmo ar e inalam as toxinas dos cigarros. Por isso, de acordo com a literatura da medicina-veterinária, o mesmo ocorre com os animais. E ela liga o alerta: “Mesmo que os tutores fumem em ambientes abertos e longe dos animais, os resíduos do tabaco ficam sobre a pele, roupas, móveis e chão, podendo entrar em contato com eles, causando intoxicação”. 

O contato frequente com o tabaco traz muitas consequências. Cães que inalam fumaça de cigarros e que já tem doenças respiratórias pré-existentes podem ter os seus sintomas agravados. Além disso, eles tendem a apresentar alterações pulmonares semelhantes àquelas encontradas nos seres humanos fumantes. A raça e a anatomia também são fatores determinantes: cães de focinho longo tendem a acumular mais partículas na narina e não nos pulmões, o que os coloca em um risco aumentado de câncer nasal; já os cães de focinho muito curto não filtram tanto estas partículas que chegam mais facilmente aos pulmões, aumentando o risco de câncer deste órgão. 

Em contrapartida, os gatos que convivem com fumantes têm de 2 a 4 vezes mais chance de desenvolver carcinoma de células escamosas na cavidade oral, um tipo extremamente agressivo de câncer. Além disso, eles também têm uma chance de até 3 vezes maior de desenvolver linfoma (similar ao linfoma Não-Hodgkin de humanos). O fato de os felinos se lamberem com frequência para manutenção da higiene também os coloca em exposição a partículas nocivas dos cigarros. 

“A conscientização é o primeiro passo para evitar que os animais sejam expostos às toxinas do cigarro, pois o fator ambiental influencia diretamente na saúde deles e de todos que convivem na mesma casa”, finaliza a Dra. Karin.


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