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terça-feira, 16 de abril de 2024

Novos tratamentos para asma podem beneficiar 6,4 bilhões de pessoas que convivem com a doença no Brasil atualmente ii

 

Cerca de 87% desses pacientes não estão controlados e têm a qualidade de vida afetada como uma das principais consequências vi

 

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns em todo o mundo e sua prevalência está aumentando e afetando pessoas de todas as idades[i]. No Brasil, de acordo com a pesquisa Nacional de Saúde (Ministério da Saúde/IBGE), realizada em 2023, a doença atinge 6,4 milhões de pessoas acima de 18 anos[ii]. Porém, os avanços nos tratamentos podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes asmáticos de várias maneiras. Terapias biológicas, como os anticorpos monoclonais, têm sido desenvolvidas para tratar formas específicas de asma, como a asma grave. Essas terapias visam componentes específicos do sistema imunológico, reduzindo a inflamação e melhorando o controle da doença em pacientes que não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais[iii].

A doença apresenta diferentes graus de gravidade, podendo ser classificada como leve, em que apresenta sintomas brandos e com pausa; até grau 4 (asma grave), onde ocorrem sintomas persistentes ao longo do dia, frequentemente durante a noite e várias vezes por semana. A asma grave é forma mais avançada da doença, uma condição respiratória crônica caracterizada por inflamação e estreitamento das vias respiratórias. Ela corresponde a 7% dos casos, porém consome 61% dos recursos totais no tratamento da asma[iv].” – explica a professora alergista Dra. Janaina Melo, CRM 112270/ RQE 40641.


Perfil do paciente

Os pacientes com asma grave geralmente experimentam sintomas persistentes, como falta de ar, tosse, chiado no peito e aperto no peito, que podem ocorrer com frequência e intensidade significativas.

De acordo com a especialista, a doença impacta de forma significativa na qualidade de vida do paciente. Os sintomas persistentes e a necessidade de tratamento contínuo podem limitar suas atividades diárias, interferir no trabalho, na escola e nas atividades sociais, e afetar o sono e o bem-estar emocional.

Devido à gravidade e complexidade da asma grave, os pacientes geralmente requerem monitoramento regular e acompanhamento médico frequente para ajustar o tratamento conforme necessário e gerenciar quaisquer complicações ou comorbidades.


A importância do acesso à novas terapias

Por ser uma doença crônica, a asma necessita de tratamento contínuo. Muitas pessoas controlam a doença com medicações de manutenção e de alívio, porém, para quem convive com a asma grave, a prevenção e o tratamento são diferentes, já que medicamentos de manutenção e alívio podem não ser o suficiente para controlar a doença[v].

Atualmente, terapias biológicas e novas moléculas estão sendo pesquisadas e desenvolvidas, o que ampliará as opções para casos graves de asmaiii. “Terapias biológicas são aquelas que, ao invés de serem fabricadas por meio de um processo químico, são feitas a partir de células de organismos vivos como animais, plantas e bactérias que são modificadas para atingir moléculas específicas do corpo humano. Um exemplo de medicamento biológico que é bem conhecido, é a insulina usada no tratamento do diabetes. Os biológicos são tratamentos alvo-específicos, ou seja, atingem e bloqueiam diretamente a citocina/interleucina que está contribuindo para a doença. Para asma grave, os resultados apontam para a redução das exacerbações da asma (crises), importante causa de internação hospitalar, que provocam sofrimento e diminuição da qualidade de vida do paciente e até risco de complicações e morte. Portanto, a ampliação do acesso a novas terapias é fundamental para melhorar o manejo e os resultados do tratamento da asma grave.” – finaliza a professora alergista Dra. Janaina Melo, CRM 112270/ RQE 40641.

 


AstraZeneca
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Referências

[i] Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) - Asma: crises da doença crônica costumam aumentar nessa época do ano – Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/asma-crises-da-doenca-cronica-costumam-aumentar-nessa-epoca-do-ano

[ii] Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/21-06-dia-nacional-de-controle-da-asma-asma-fatores-ambientais-e-geneticos-podem-causar-a-doenca/


[iii] David M Rind et al. The effectiveness and value of tezepelumab for severe asthma. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10373025/

[iv] Sadatsafavi M et al. Can Respir J.2010; 17:74-80

[v] American Academy of Allergy Ashtma & Immunology - Biologics for the Management of Severe Asthma. Disponível em: https://www.aaaai.org/tools-for-the-public/conditions-library/asthma/biologics-for-the-management-of-severe-asthma

vi Cançado JED, Penha M, Gupta S, Li VW, Julian GS, Moreira ES. Respira Project: Humanistic and economic burden of asthma in Brazil. J Asthma 2019;56(3):244-251. http://doi.org/10.1080/0277 0903.2018.1445267

 

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