Parte da campanha
“Animal silvestre não é pet”, a instalação “Encaixotados: Você consegue
sobreviver?” leva os participantes da Virada Sustentável Rio de Janeiro 2019
por uma jornada pelo sofrimento de animais silvestres traficados
O sofrimento de milhares de animais silvestres que
são traficados e comercializados como bichos de estimação é o tema da
instalação sensorial promovida pela Proteção Animal Mundial, organização não-governamental
com foco no bem-estar animal, durante a Virada Sustentável Rio de Janeiro 2019.
Intitulada “Encaixotados: você consegue sobreviver?”, a experiência foca na
crueldade enfrentada pelos animais desde a captura na natureza, até o cativeiro
em residências. Parte da campanha “Animal silvestre não é pet” e realizada com
o apoio do grupo Escoteiros do Brasil, a atividade tem visitação gratuita no
sábado (19 de outubro) e no domingo (20), entre 10h e 18h, na Praça do
Arpoador, Ipanema.
Inspirada em uma caixa de papelão – uma das
principais maneiras de transportar animais silvestres traficados, a instalação
mistura elementos sensoriais com dados e informações de pesquisas e
reportagens, para sensibilizar os participantes sobre o impacto do tráfico e do
comércio ilegal para a vida silvestre. “Nossa intenção é mostrar o quanto esses
animais sofrem, seja por conta do tráfico, seja pelo cativeiro nos lares das
pessoas. Há uma falsa crença que os animais silvestres são felizes quando são
tratados como pets, porém, essas espécies não passaram pelo processo de
domesticação como, por exemplo, cães e gatos”, explica Roberto Vieto, gerente
de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial.
Ao entrar na caixa-instalação, os participantes
irão descobrir, por exemplo, que as aves são os animais silvestres mais
traficados no Brasil, principalmente passarinhos e aves canoras, seguido por
psitacídeos, como araras, papagaios e periquitos. Segundo o relatório
“Crueldade à Venda”, produzido pela Proteção Animal Mundial, mais de 37 milhões
de aves são criadas em domicílios brasileiros. “Legalizado ou não, o comércio
de animais silvestres como bichos de estimação é uma prática cruel. Mesmo com
cuidado e carinho, é impossível satisfazer as necessidades de bem-estar desses
animais e permitir a expressão de seus comportamentos naturais quando mantidos
como pets”, afirma Vieto.
Com a atividade, a organização também espera
desestimular o comércio de animais silvestres. “As pessoas possuem uma falsa
expectativa ao comprar um animal silvestre como pet, o que compromete o seu
bem-estar e gera sofrimento ao animal. Os esforços para proteger a fauna
silvestre devem ser concentrados na preservação dos animais em seu habitat
natural, os cuidados com a natureza e a promoção de uma cultura de respeito
pelos animais silvestres”, afirma Vieto, citando que, segundo a pesquisa da
Proteção Animal Mundial, 46% dos brasileiros compram animais silvestres de
maneira impulsiva, influenciados por família e amigos (39%) e também pelas
mídias sociais - conteúdos do Youtube, por exemplo, foram citados como fonte de
influência por 23% dos compradores
Serviço:
Encaixotados: Você consegue sobreviver?
Local: Praça do Arpoador - Ipanema
Data: Sábado, 19, e Domingo, 20 de outubro
Horário: Das 10h às 18h
Entrada gratuita
Sobre a Proteção Animal
Mundial (World Animal Protection)
A Proteção Animal Mundial move o mundo para
proteger os animais por mais de 50 anos. A organização trabalha para melhorar o
bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização
incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os
animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas
para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou
mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas
que dependem deles em situações de desastre. A organização influencia os
tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas
a mudarem a vida dos animais para melhor. Para mais informações acesse: www.protecaoanimalmundial.org.br.
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