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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Osteoporose é considerada segundo maior problema de saúde mundial



“Cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil, direta ou indiretamente, em decorrência de fraturas causadas osteoporose”, revela o médico ortopedista Dr. Jonas Lenzi, do Hospital VITA, em Curitiba. De acordo com ele, a doença é considerada o segundo maior problema de saúde mundial, por ser a principal causa de fraturas em idosos, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares.

Dr. Jonas explica que mesmo após uma fratura osteoporótica, o diagnóstico da doença acaba não sendo feito e o paciente não é encaminhado para tratamento adequado.  

O cálcio é um mineral essencial para a saúde dos ossos, dentes, músculos, nervos e bem-estar geral do corpo humano. “Sua ausência ou uma dieta com baixa ingestão é um fator de risco para a ocorrência da osteoporose, doença em que a densidade e a qualidade dos ossos é reduzida, causando o enfraquecimento do esqueleto e, por consequência, o aumento do risco de fraturas”, explica o médico ortopedista.

O mineral atua também na contração e relaxamento muscular e ainda regula os batimentos cardíacos. O cálcio também está envolvido em outros importantes processos como na coagulação sanguínea, ativação de enzimas responsáveis pela digestão de gorduras e metabolismo de proteínas, bem como na regulação e transmissão de impulsos nervosos.

O médico conta que o nutriente é encontrado em abundância no leite e demais produtos lácteos, como queijos e iogurtes. Além disso, nozes, amêndoas, sementes, leguminosas e proteína da soja são boas fontes de cálcio.

Segundo Dr. Jonas, a falta ou o excesso de cálcio pode ser fatal. Sua concentração sanguínea é regulada fortemente pelo hormônio das glândulas paratireoides, o PTH. Discretas alterações da concentração de cálcio cursam com liberação do PTH, que é responsável por manter equilíbrio deste mineral por meio da absorção do cálcio depositado no osso. Em situações de carência prolongada desse nutriente, o osso fica depletado por esse processo, o que o deixa mais frágil.


Sintomas da osteoporose 

A doença é silenciosa e assintomática. Costuma se manifestar por fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur e coluna. Outros sintomas podem surgir em decorrência das fraturas, como dor musculoesquelética, diminuição progressiva de estatura e deformidades ósseas com encurvamento da coluna tipo corcunda.


Diagnóstico 

O ideal é que sejam realizados exames de rastreamento para que a osteoporose seja diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas. “Infelizmente, na maioria das vezes, a pessoa sofre uma fratura antes de se dar conta da presença da osteoporose. Isso ocorre porque a doença não dá sintomas perceptíveis”, acrescenta o ortopedista.

A principal forma diagnosticar o problema, tanto precocemente quanto após uma fratura, é a densitometria óssea - exame de imagem que mede a densidade do osso e reflete a atual situação do local estudado. “Além da densitometria, o médico pode pedir exames para investigar outras possíveis doenças que podem causar a osteoporose, assim como radiografias e outras imagens para diagnóstico de fraturas e complicações”, esclarece Dr. Jonas.


Quem pode ter osteoporose

O problema atinge homens e mulheres, com predomínio do sexo feminino e idosos. As mulheres brancas na pós-menopausa apresentam maior incidência de fraturas devido à falta do hormônio feminino, o estrogênio, que torna os ossos porosos como uma esponja.


Principais fatores de risco para desenvolver osteoporose:

- ser do sexo feminino;

- história prévia de fratura por trauma mínimo;

- raça asiática ou branca;

- idade avançada em ambos os sexos;

- histórico familiar de osteoporose;

- vida sedentária;

- baixa ingestão de cálcio e vitamina D;

- fumar ou ingerir bebida alcoólica em excesso;

- imobilização prolongada;

- baixo peso corporal;

- medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, corticóides, lítio e metotrexato;

- doenças crônicas.

De acordo com Dr. Jonas, é necessário ficar atento aos fatores de risco demonstrados acima. Na presença de algum deles, a pessoa deve agendar uma consulta com um profissional especializado na doença. “Por meio da identificação dos fatores de risco, avaliação e exame clínicos detalhados, o médico poderá estimar o risco para osteoporose e, consequentemente, fraturas”, alerta.


Tratamento

Existem tratamentos eficazes e simples de serem realizados, que têm como objetivo retardar ou interromper a perda óssea, prevenir fraturas e controlar a dor. A escolha do tratamento deve ser individualizada.


Prevenção

Dr. Jonas destaca que o risco de desenvolver a osteoporose pode ser reduzido quando algumas medidas como uma alimentação rica em cálcio e o aporte adequado de vitamina D forem proporcionados ao longo da vida. A realização de exercícios físicos regulares, de resistência, para fortalecimento muscular reduz o risco de quedas e fraturas, além de promover um modesto aumento da densidade óssea. Além das atividades físicas, segundo o ortopedista, uma estratégia de prevenção deve incluir a revisão de medicamentos psicoativos e outros associados ao risco de quedas, avaliação de problemas neurológicos, correção de distúrbios visuais e auditivos e medidas de segurança ambiental conforme protocolos de prevenção de quedas. Por fim, hábitos como tabagismo e etilismo devem ser rigorosamente desencorajados. 


Principais sinais e sintomas da deficiência de cálcio

Dentes frágeis, unhas fracas e quebradiças, queda de cabelo, pele seca com descamação e rachadura, câimbras, taquicardia, formigamento, contrações musculares contínuas, diminuição da memória, insônia, irritabilidade e agitação.





Hospital VITA 

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