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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Por que líderes renomados entram em decadência?




"O que leva líderes tão calejados e renomados a perderem a efetividade?", essa é uma das questões levantadas por Paulo Aziz


Ultimamente o mundo tem visto a decadência de diversos líderes do setor privado, antes tidos como referência de eficiência e liderança. Adorados e reverenciados por muitos, alguns tiveram seu status elevado à quase “semideuses”, nos olhos dos seus funcionários e da sociedade em geral.
Marcelo Odebrecht, Eike Batista, André Esteves, Sergio Gabrielli, Joesley Batista, entre muitos outros, saíram das capas de revistas de negócios, onde eram reverenciados pelos seus pares, para estamparem as colunas policiais. Heróis, tornaram-se vilões.

Mas a lista não se resume a suspeitos e condenados de cometerem crimes. Há diversos exemplos de profissionais de sucesso que “perderam a linha” em sua gestão. Olli-Pekka Kallasvuo, então CEO da Nokia, liderou a empresa no seu declínio de líder global em tecnologia, para uma semifalência em menos de 5 anos. 

Carlos Ghosn, então responsável por reerguer a Nissan das cinzas, tido como um “guru” entre seus pares, se envolveu com diversos escândalos enquanto CEO da Renault, levando a empresa a apresentar resultados duvidosos durante um certo período de sua gestão. Até mesmo os resultados de Abílio Diniz como presidente do conselho da BRF vêm sendo questionados por alguns.

O que leva líderes tão calejados e renomados a perderem a efetividade? Por que seus desempenhos não se sustentam e eles levam as suas organizações ao caminho das perdas?

A resposta é mais simples do que parece: eles pararam de olhar para si. Pararam de se questionar se estavam no caminho certo. Deixaram-se tomar conta por uma autossuficiência, provavelmente baseada num certo narcisismo (que todos nós temos, querendo ou não), e reforçada por uma manada de apoiadores incondicionais. Caíram na armadilha de si mesmos.

Talvez o fato mais assustador disso tudo é que todos nós estamos sujeitos – mais do que imaginamos – a seguirmos por este caminho. A boa notícia é que já existem estudos suficientes que mostram com certa clareza o que acontece com estas pessoas. Sabendo disso, fica mais fácil prevenir um eventual deslize, mantendo assim a performance em alta.


1)      Falta de atenção aos nossos próprios fatores de risco
Uma auto percepção acurada é uma das principais características de pessoas com alta Inteligência Emocional. É com ela que nos percebemos com olhar crítico, notando nossas emoções e nossa maneira de agir.
Infelizmente, muitas pessoas esquecem de olhar para o que chamamos de riscos de descarrilamento, ou seja, aquilo que está em nós e que pode, um dia, se tornar um problema real. Executivos de sucesso tendem a sofrer mais com esta questão. Muitos, acostumados com o sucesso, não se permitem entrar em contato com este seu lado mais obscuro com medo do que podem ver. Em muitos casos, há uma defesa do indivíduo que o faz acreditar que tudo está sob controle, e que “isto não vai acontecer comigo”. Ora, todos nós temos as nossas “sombras”, e quem as conhecer mais intimamente terá mais chances de gerenciá-las.


2)      Excesso de certeza
Alguns líderes acreditam que devem ter a resposta para tudo. Muitos se creem até onipotentes em tomadas de decisões. Isto pode se manifestar de diversas maneiras. O medo inconsciente de não ser necessário (“se eu não tiver a resposta para tudo, eu não tenho valor”) e a soberba (“estou nesta posição, justamente por que eu sei mais do que todos as outras pessoas”) são exemplos comuns. Independentemente da forma, quando isto acontece, tais executivos deixam de se engajarem em discussões reflexivas e adaptativas. Deixam de procurar a melhor solução para cada desafio, para oferecer a única solução que eles têm para oferecer. Ora, se a principal função de um executivo é tomar decisões para a sua organização, não fica difícil de entender por que algumas delas estão longe do ideal.

É também muito comum que isto venha acompanhado de outro problema: eles não aceitam serem questionados em suas decisões. Alguns até levam isto ao extremo, demitindo quem o faça quase que num acesso de paranoia. O que me leva ao próximo ponto...


3)      Falta de desafiadores
É extremamente comum que certos executivos se cerquem apenas do que eu chamo de pessoas “sim, senhor”. São seguidores incondicionais, que estão ali para suprir uma necessidade narcisista do seu líder de estar cercado de pessoas que o bajulem e aplaudem incondicionalmente todas as suas atitudes. E isto não é uma surpresa, já que todos nós tendemos a gostar de quem tem as mesmas percepções que nós. O problema é quando isto se torna exagerado, o que sempre acontece sem que o executivo perceba. Aliás, uma das grandes dificuldades de alguém que apresenta comportamento narcisista é a incapacidade de ver além de si mesmo, cegando-o para qualquer para qualquer opinião que não seja igual à sua. Somando isto ao comportamento agressivo para com quem o desafia, citado acima, mesmo que os seus seguidores tenham opiniões diferentes, eles não as compartilham por medo de sofrerem consequências negativas.


4)      A armadilha do poder
Já ouvimos muitas vezes que “o poder corrompe”. Obviamente não é possível generalizar, mas é fato que existem diversos fatores ligados ao poder que podem nos corromper – na maioria das vezes inconscientemente. O poder muitas vezes está atrelado com o respeito alheio. Muitos destes executivos supracitados eram muito respeitados e admirados. Não há nada de errado em querer ser admirado, mas há um problema sério quando o amor próprio vira soberba ou vaidade excessiva. Nestes casos, o executivo passa a ter medo de perder este status “diferenciado” e voltar a ser umas “relés mortal”. Imagine um alto executivo acostumado a aparecer em colunas sociais, navegando no seu iate ou voando no seu jato particular, de repente ter que tomar uma decisão que, apesar de ser pertinente e correta para a sua organização, acarretaria uma perda momentânea destas regalias (por exemplo, cortar o próprio salário ou vender o jato corporativo).

Provavelmente qualquer um de nós que tivesse caído nesta armadilha, ficaria incomodado. O problema é que, se não lidarmos abertamente com este incômodo e tomarmos uma decisão mais consciente, esta armadilha logo vira uma areia movediça que suga os resultados das nossas organizações. Quando percebemos, já estamos apenas com o pescoço para fora (ou, em alguns casos, sentados na cadeira do réu de um processo criminal).

Não somos invencíveis, independentemente do sucesso que alcançamos. Felizmente, podemos aprender com o erro dos outros, e aumentar as chances de sucesso e as chances de manutenção deste sucesso. Os resultados da sua organização agradecerão.






Paulo Aziz Nader   - atua como consultor no setor de desenvolvimento organizacional com a Leverage Coaching criando programas de desenvolvimento executivo, de liderança e de gestão de talentos para empresas de diversos portes e segmentos. É também Coach profissional, certificado pelo Integral Coaching Canada™, pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e pela International Coach Federation (ICF) da qual é membro afiliado. Bacharel em Administração de Empresas e gestão internacional de negócios pela ESPM e mestrando em desenvolvimento organizacional pelo INSEAD (Fontainebleau), tem em seu currículo passagens por empresas de grande porte como Microsoft e Facebook. Possui extensões em Leadership & Management pela Harvard University e em Change Management pelo MIT Sloan; é membro afiliado do Institute Of Professional Coaching (IOC), órgão afiliado à Harvard Medical School; e membro convidado da International Society for the Psychoanalytic Study of Organizations (ISPSO). www.leveragecoaching.com.br.




Lei da terceirização pode ajudar a criar novos postos de trabalhos




A aprovação do projeto de terceirização, pela Câmara dos Deputados é um passo importante para o rejuvenescimento das relações trabalhistas. Uma legislação que regulamenta a atividade de terceirização entrega a segurança jurídica necessária para empregadores e empregados, possibilitando a geração de novas oportunidades de trabalho e renda. As relações trabalhistas, no Brasil, são extremamente protecionistas, desatualizadas e refletem uma realidade de quase um século atras, o que tornam o varejista, um verdadeiro herói. A proposta aprovada flexibiliza a terceirização e regulamenta a prestação de serviços temporários. Ela amplia a possibilidade de oferta desses serviços tanto para atividades-meio (que incluem funções como limpeza, vigilância, manutenção e contabilidade), quanto para atividades-fim (que inclui as atividades essenciais e específicas para o ramo de exploração de uma determinada empresa).Também amplia o uso de trabalho temporário dos atuais três meses para seis meses, prorrogáveis por mais 90 dias, medidas excelentes para um varejo que acredita no crescimento do mercado.

No varejo há um represamento das oportunidades de trabalho, o varejista é grande parte das vezes o primeiro empregador: é o varejista que ensina o empregado, dá-lhe valores da relação empregado/empresário, de cidadania, de atendimento; toda a formação e informação de mercado de trabalho é ônus das empresas de varejo. No entanto a legislação anterior contribuía para uma precarização dessa relação e um ônus desproporcional entre o dever do empresário e o direito do empregado. O medo da legislação trabalhista reflete, diretamente, no preço dos produtos e serviços comercializados, fazendo com que os empregadores deixam de contratar por medo de terem de aumentar em demasia os seus produtos e serviços, pela provisão necessária em caso de uma demissão.

A terceirização regulamenta o que já ocorre há cerca de 20 anos, quer seja no setor privado como no público e dessa forma não há de se falar em uma “precarização do emprego”, entendemos que a segurança jurídica, ora imposta, reduz riscos, aumenta a competitividade e servirá como promotora da geração mais empregos. No varejo a terceirização garante um movimento reflexo positivo, qual seja: a especialização da mão de obra  que mais bem preparada busca melhor remuneração.

Não se observa, na prática, que nenhum direito do empregado tenha sido removido, apenas facilitando a contratação e assim melhorando a atual situação do desemprego que assola o pais e que atinge a economia de forma tão negativa.

Segundo estudo realizado pela Deloitte, em parceria com a CNI, o Brasil, dentro de 17 países pesquisados, é o único que segrega atividades em meio e fim. Essa pesquisa, teve como objeto, dentro outros, países como: Colômbia, Peru, China Alemanha e Bélgica.

Mais uma vez se comprova que, o que existe somente no Brasil, diferente de jabuticaba, não pode estar correto.

Finalizando, devemos entender que estamos no século XXI, onde os empreendimentos vencedores são os horizontalizados e não aqueles verticalizados.






Roberto Folgueral - contador e diretor da FCDLESP – Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo, entidade que representa 150 mil lojistas e possui mais de 90 CDLs no estado. 






Síndrome de Burnout: saiba o que é esgotamento profissional e como evitá-lo



Segundo pesquisa, 30% dos brasileiros sofrem com a doença; entre os principais sintomas estão o estresse, fadiga e desmotivação no ambiente de trabalho 


Exaustão emocional, dor de cabeça e muscular e cansaço excessivo são alguns dos sintomas associados constantemente ao estresse do dia a dia. Embora muitos ainda não saibam, mesmo que aparentemente normais, eles também podem ser sinais de alerta para a Síndrome de Burnout, mais conhecida como esgotamento profissional. 

De acordo com pesquisa realizada entre 2013 e 2014 pela International Stress Management Association (Isma), 72% dos entrevistados brasileiros sofrem com estresse e 30% deles apresentam a doença. As demissões em massa, em meio à crise econômica enfrentada pelo País, é um dos fatores que contribui para este cenário. Afinal, o mercado de trabalho se torna cada vez mais competitivo e os profissionais se sentem pressionados por melhores qualificações e bons resultados. Com isso, assumem cargas excessivas de atividades e responsabilidades para atender às exigências da empresa. 

Para Lívia Vieira, psicóloga do Hapvida Saúde, os profissionais focam demasiadamente suas vidas no trabalho e, quando não conseguem o reconhecimento esperado, perdem o estímulo para desempenhar a função. 

“Essa desmotivação surge da falta de reconhecimento, ou seja, quando o colaborador é obstinado, faz de tudo para se destacar em seu emprego, procura dar o seu melhor e, com isso, passa a medir sua autoestima pela capacidade de sucesso profissional. Porém, ele se sente frustrado quando percebe que não é valorizado como gostaria”, explica.

Com tanto esforço, é natural que em algum momento o estresse aumente e o corpo dê sinais, podendo mudar o percurso e chegar a um nível severo de esgotamento, levando – em alguns casos – até à depressão. “Após tanto se dedicar, a capacidade física e mental do profissional começa a ficar debilitada, com estresse em fase aguda, o que afeta o psicológico. O corpo literalmente adoece, pois toda essa situação diminui a imunidade”, afirma.

A intensidade da doença varia conforme a carga que cada pessoa se impõe e nas próprias cobranças internas. Entre as carreiras com mais profissionais diagnosticados com a Síndrome de Burnout estão: bombeiros, policiais, professores, bancários, médicos e enfermeiros. Segundo Lívia, as possibilidades de tratamento variam de acordo com o estágio da doença, pois em alguns casos, o problema pode ser resolvido com auxílio de um psicólogo.  Em outros, é preciso tratar com medicamentos. 


Confira algumas dicas para evitar a Síndrome de Burnout:


·         Tenha um objetivo: se você trabalha por obrigação e não porque realmente gosta e não sente satisfação ao executar suas tarefas, terá mais chances de desenvolver a doença, pois a infelicidade profissional pode causar estresse crônico. Portanto, faça do seu local de trabalho um ambiente prazeroso e se mantenha sempre motivado.


·         Priorize suas atividades: coloque em primeiro lugar as demandas que realmente são importantes e simplifique a sua rotina. Muitas pessoas querem fazer tudo ao mesmo tempo e acabam trabalhando em excesso e, assim, ficando mais cansadas e se tornando um forte candidato à síndrome. 


·         Se organize: tenha controle do seu tempo, pois isso é muito importante para evitar o esgotamento. Saiba separar a vida profissional da vida pessoal e sempre reserve um tempo para família, amigos e lazer.  


·         Atividade física: Para eliminar o estresse adquirido no ambiente de trabalho, procure fazer atividade física, de preferência algo que você goste. Pode ser aulas de dança, arte marcial ou, até mesmo, uma caminhada em praças e parques.






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