Pesquisar no Blog

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Resoluções de ano novo: renove sua casa com dicas de uma especialista



Personal organizer dá dicas sobre como preparar a casa para a chegada de 2018


O fim do ano se aproxima e com as festas de final de ano, a necessidade de organizar a casa e colocar um ponto final na bagunça. Que tal aproveitar a época do ano para promover uma verdadeira renovação na sua casa ou ambiente de trabalho?

Inclua a organização como uma das suas metas para o ano novo e aproveite as dicas da personal organizer Luara Faria, para alcançar esse objetivo.

A primeira dica da especializa é setorizar, e isso inclui até mesmo a organização: 

"Não adiante querer fazer tudo de uma única vez, isso só vai fazer com que você se canse e desista no meio da atividade. O ideal é começar por partes e ir organizando na mesma medida que for tirando as coisas do lugar. Que tal começar por uma gaveta ou prateleira específica? ", ensina Luara.

Vamos começar?


Cozinha

Apesar de quase sempre ser o bastidor da festa, a cozinha é uma das áreas mais importantes para as confraternizações de final de ano. Cozinhar é uma prática recorrente, tanto para quem vai receber em casa quanto para quem vai passar as festividades na casa de amigos e familiares e quer colaborar com a confraternização levando um prato. Manter a cozinha organizada é o primeiro passo para otimizar o trabalho. Nos armários verifique a quantidade de copos, pratos e talheres, reponha itens que tenham quebrado ao longo do ano e descarte peças que não tenham mais com o que combinar, isso serve para potes plásticos sem tampa ou vice e versa. Outra ideia interessante, é utilizar os potes baixos como divisórias nas gavetas, mantendo talheres de refeição, sobremesa e itens de cutelaria, separados. Para as panelas a sugestão é colocar uma folha de papel toalha entre uma e outra evitando que o atrito as arranhe.

Na despensa armazene itens abertos em potes herméticos, evitando o contato com o oxigênio e a contaminação dos alimentos. Lembre-se de etiquetar o recipiente com a data de validade dos produtos. Setorizar os itens em caixas e cestinhos também facilita na hora de encontrar ingredientes, a dica é deixar o que está aberto na altura dos olhos e pacotes fechados um pouco acima.

Freezer e geladeira, também merecem atenção. Principalmente se você for viajar, confira a validade dos itens armazenados e descarte itens perecíveis, como frutas e verduras. Se a viagem for curta, deixe algo encaminhado ou compre alimentos "pré-prontos" para a volta da viagem.


Roupeiro

É muito comum receber visitas no final do ano, seja aquele convidado que resolve ficar para dormir na noite da ceia ou da virada, o coleguinha dos filhos que vem passar o final de semana ou parentes distantes que elegem o seu lar como hospedagem para as férias, o importante é manter a roupa de banho e cama em dia para recebê-los. Para isso, é preciso fazer uma revisão no roupeiro antes das festas, ver quais peças foram utilizadas durante o ano, substituir itens que estejam desgastados, rasgados ou manchados e repor peças de conjuntos que estejam incompletos. Após fazer a conferência dos itens, use um gabarito ou uma revista para dobrar as peças de modo que elas fiquem do mesmo tamanho e gerem a sensação de uniformidade. Vale até pedir alguns itens novos de presente de Natal ou amigo secreto.


Quarto Adulto
 
No closet ou guarda-roupas, olhe peça por peça, separe as que não servem para a doação ou revenda e as que precisam de reparo para levar a costureira. Atitudes simples como essas, já renderão algum espaço livre no armário.

Ao tirar as peças do armário, aproveite para limpar o móvel por dentro, padronizar os cabides e separar as peças entre inverno e verão, como no Brasil o final do ano coincide com a chegada das altas temperaturas, coloque casacos e peças de lã em partes mais altas do armário e deixe as peças mais frescas ao alcance das mãos e dos olhos. Para finalizar o trabalho, invista em bons sachês aromatizantes e papéis perfumados, evite usar itens como sabonetes para aromatizar o móvel, e o uso de desumidificadores que retenham água, pois eles podem manchar as roupas.


Quarto infantil

Natal e Ano Novo são épocas que costumam render muitos presentes aos pequenos, pensando nas novas peças que deverão ser armazenadas, que tal exercitar o lado solidário da criançada? Estimule os pequenos a fazer uma triagem de livros e brinquedos, descartando o que está quebrado ou rasgado e doando itens que já não despertam o interesse deles como antes. Pais e cuidadores podem fazer o mesmo com as roupas, doando as que já não servem e abrindo espaço no armário para as novas peças. No caso de peças que ainda estejam grandes, as categorize por idade e as armazene em packs transparentes etiquetados, para que não corra o risco de que elas fiquem pequenas, sem nunca terem sido usadas.


Banheiro

Final de ano é uma boa hora para revisar os armários do banheiro. Remédios, cosméticos e itens de higiene pessoal, devem ser checados um a um, separe os que estiverem fora do prazo de validade para o descarte ideal e deixe os que tem validade mais próxima à frente do que que vencem depois. Na hora de devolver os itens no armário, aproveite para categorizá-los entre itens de cabelo, pele, higiene bucal e fármacos. Organizadores ou mesmo caixas e potes baixos que não estejam sendo usados, podem ajudar na hora da organização.


Geral

Por ser período de recesso, essa é época ideal para caprichar na faxina e renovar os espaços para receber o novo ano. Se achar necessário, contrate empresas especializadas para o serviço, isso inclui limpeza de colchões, tapetes, sofás e outros itens que acumulem poeira. O período também é propicio para trocar itens como cortinas e almofadas, mudar a cor das paredes ou fazer manutenções necessárias e que venham sendo adiadas. Caso o tempo seja escasso ou tenha outras atividades programadas para o período, a sugestão é contratar um profissional de organização para a tarefa, além de colocar a casa em ordem, alguns desses profissionais costumam acompanhar a execução de muitas dessas tarefas e até indicar empresas de confiança para realiza-las.






Como ter um projeto de vida claro para a realização pessoal



Para o médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, as pessoas não sabem verdadeiramente o que querem, com isso, dão espaço para as frustrações


A insatisfação, a frustração, a não realização faz parte da vida de muitas pessoas. Algumas passam toda a existência com esses sentimentos, mas tentam escondê-los ou negá-los. Acreditam que não podem se dar ao luxo de pararem e se questionarem o porquê disso. Mas será que, se parassem não descobririam o que as mantêm infelizes e, assim, poderiam direcionar suas energias para aquilo que lhes daria a realização e o sucesso que sempre quiseram. O que as impede desse exercício? 

Segundo o médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, não saber o destino que se quer para a vida é o primeiro passo para ficar perdido. “Nosso cérebro é como um motorista. Ele precisa de um endereço exato. Se você apenas fala pare ele ‘eu vou ter sucesso’ ou ‘vou ter um casamento romântico’, o cérebro fica tão perdido quanto um motorista sem endereço, que dá voltas e mais voltas, gasta gasolina, perde muito tempo e fica exausto.”

Para Shinyashiki as pessoas não sabem verdadeiramente o que querem. Ficam tentando mudar o rumo de suas vidas sem saberem o motivo que as move. “Antes de fazer uma mudança é fundamental conhecer as razões para realizá-la, o que as leva a querer fazê-la, pois mudanças impulsivas costumam ser frágeis.”
O psiquiatra dá o exemplo das tradicionais listas de promessas de ano-novo que muitas pessoas fazem. Emagrecer, fazer uma poupança, trocar de emprego, são as mais comuns. Quando inicia o ano alguns dão os primeiros passos para executá-las, mas, normalmente, não duram mais de um mês. Isso ocorre, de acordo com Shinyashiki, por que são promessas impulsivas que nascem sem força, não têm verdade dentro delas.

Portanto, ter um projeto de vida claro é fundamental. Este, inclusive, é um dos pontos que médico psiquiatra aborda em seu novo livro “Pare de dar murro em ponta de faca”, lançado pela Editora Gente. 

“Se você não se conhece, acaba fazendo várias listas de promessas frágeis. E você só vai crescer quando se conhecer”, afirma Shinyashiki, que cita os cinco bloqueios que fazem os projetos não avançares:

·         Não admitir que está dando murro em ponta de faca

·         Não escutar a sua alma

·         Não se comprometer profundamente com seu projeto

·         Não ter um projeto de vida claro

·         Não implementar o projeto

Conhecer a nossa alma não é fácil, pois esse trabalho significa conhecer a luz e a sombra. Mas de acordo com o psiquiatra, é preciso ter coragem e ver os medos e as frustrações. Ver as tristezas que o coração carrega, ou seja, ouvir a si mesmo. “Para escolher o certo, você precisa conhecer sua alma. Ao não definir quem você é, ficará eternamente perdido sem saber qual lado seguir. Você cisca de projeto em projeto, de emprego em emprego, de relacionamento em relacionamento, sem nunca se permitir ir a fundo”, destaca.

Segundo Shinyashiki, quando o coração nos empurra nós avançamos. Portanto, é necessário cada um olhar para dentro de si, tomar consciência do que está em sua alma e parar de dar murro em ponta de faca.




O sentido da vida



Fim de ano é tempo de refletir sobre o que estamos fazendo com nossas vidas. É bom momento para balanço dos atos passados e projeção do que faremos no futuro. Conquanto tenha feito conquistas maravilhosas no campo da ciência e da tecnologia, a sociedade ainda se debate com a questão proposta por Sócrates, 400 anos antes de Cristo: qual o sentido da vida e como viver?

O homem é o único animal que sabe que vai morrer e, quando descobriu esse fato, surgiu a pergunta filosófica: como viver? Caetano Veloso, em uma de suas canções, diz que “viver não é preciso; navegar é preciso”. Mas essa expressão não é dele – é do grande poeta português Fernando Pessoa, e quer dizer que alguém pode dar fim à própria vida, mas, em resolvendo viver, é preciso navegar, fazer escolhas e agir.

O psiquiatra Viktor Frankl, após ter a família exterminada, perdido o patrimônio e sido torturado em campos de concentração, retornou a seu consultório em Viena e, a partir de seus estudos e pesquisas, publicou o livro Em Busca de Sentido. Na obra, ele menciona que os prisioneiros de guerra, embora submetidos a castigos e torturas, não se suicidavam, e conclui que assim agiam porque suas vidas tinham sentido e eles nutriam a esperança.

Há uma corrente da filosofia chamada niilismo (cujos expoentes são Sartre, Nietzsche e Durkheim), para a qual após a morte só existe o nada; logo, a vida não tem sentido. Outra é chamada absolutismo (representada por Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino, por exemplo), para a qual há Deus, a morte não é o fim e, por isso, há razão por que viver. A terceira corrente, à qual Viktor Frankl pertence, é chamada relativismo, para a qual a vida tem sentido e significado... se você der-lhe um.

Para os relativistas, o sentido da vida deve ser buscado pelo próprio indivíduo, com ou sem Deus. E o dr. Frankl afirma que o vazio existencial vem da ausência de sentido. A busca de significado e de uma razão por que viver não é somente uma questão filosófica, mas também fisiológica e social. Às vezes, os neuropeptídios, ou os traumas, desorganizam nosso cérebro e nos lançam na depressão, esse distúrbio mental que leva à falta de vontade de viver e lança muitos ao precipício do suicídio.

Quanto ao ambiente social, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), houve 278.839 assassinatos no Brasil nos cinco anos entre janeiro de 2011 e dezembro de 2015 – média mensal de 4.647 vítimas. Nesse mesmo período, a Síria, em sangrenta guerra civil, teve 256.124 pessoas mortas, média de 4.493 por mês. Ou seja, aqui se mata mais que na apavorante guerra síria.

Com tanta violência, tanta corrupção, tanta degeneração da vida, cabe indagar como é possível viver uma vida plena de sentido em uma sociedade arruinada nos valores e nas relações entre as pessoas. As saídas que se apresentam são: suportar tudo calado; ir embora do país; ou não se conformar e lutar pela transformação social.

Para a maioria dos 207 milhões de habitantes do país, a opção de ir embora não existe. Suportar tudo calado significa desistir e viver com medo. Então, a solução é não se conformar, e reagir. Resta saber como. Muitas pessoas têm vontade de lutar, mas não sabem por onde começar nem que instrumentos usar. O fato é que a violência urbana, a deterioração social e o medo ajudam a solapar a busca de um sentido individual de existência.





José Pio Martins - economista, é reitor da Universidade Positivo.





Posts mais acessados