Maio é o mês para lembrar sobre a prevenção da Insuficiência Cardíaca,
síndrome que acomete uma em cada cinco pessoas e mata três vezes mais do que os
cânceres acançados, como o de intestino e o de mama. Em 2017, ela ocasionou 208.311
internaçoes no Brasil pelo SUS, sendo que deste total, 50% dos pacientes voltam a
ser hospitalizados em até seis meses depois da alta.
Por isso, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL)
realiza mobilização nesta quinta-feira, 23 de maio, entre 10 e 16 horas, no
Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, n° 2073. No local, haverá
uma escultura de 2 metros de altura, 1,80 metros de largura e 70 centímetros de
profundidade, com as letras IC (Insuficiência Cardíaca) em vermelho e cinza,
produzidas em aço galvanizado, com pintura automotiva.
“Queremos chamar a atenção do público e estimular que conheçam mais
sobre a Insuficiência Cardíaca, conhecida como IC. A ideia das letras, que já
tem sido utilizada em diversos países do mundo, com inúmeras mensagens, atrairá
a atenção e curiosidade e, ao mesmo tempo, levará informação sobre essa que é
uma das principais doenças do coração”, ressalta Denise Blaques, diretora do
Instituto Lado a Lado pela Vida. “Convidamos o arquiteto Renato Pavan, que nos
ajudou a produzir as letras gigantes, que após o período no Conjunto Nacional,
na Avenida Paulista, seguirão para outros locais de grande circulação na
Cidade”, complementa Denise.
Haverá uma equipe de enfermeiros disponível no Conjunto Nacional para
realizar aferição de pressão e cálculo de IMC, a fim de orientar a população
sobre a ida ao médico e para a realização de exames preventivos, sobretudo para
detecção de doenças como diabetes, obesidade e pressão alta, consideradas
fatores de risco para problemas no coração.
Além disso, haverá a distribuição de folderes informativos sobre a
Insuficiência Cardíaca, com informações sobre a síndrome, como ela age no
organismo e os principais sintomas. A ação com enfermeiros acontece no dia 23
de maio, mas as letras “IC” e as informações sobre Insuficiência Cardíaca
permanecem no Conjunto Nacional até dia 5 de junho. A ação tem apoio da
Farmacêutica Novartis.
Sobre a Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca –
também chamada de doença do coração fraco - é considerada a via final
decorrente de diversas agressões ao coração. Ela é caracterizada pela
incapacidade do coração de bombear adequadamenre o sangue para o resto do
corpo, comprometendo o funcionamento do organismo. Para suprir essa
necessidade, o coração começa a se esforçar e a trabalhar cada vez mais, podendo
levar a dilatação do coração , piorando ainda mais o funcionamento cardíaco.
“Trata-se de uma doença
séria com origem em diversas causas, sendo as principais delas o infarto e
a pressão alta. Pelo fato dos pacientes não a reconhecerem como uma
doença crônica e hesitarem em aderir ao tratamento, ela causa morte súbita ou
progressiva pela evolução da doença. Porém, com o poder do compartilhamento de
informação e um diagnóstico prematuro é possível reverter e melhorar a
qualidade de vida dos pacientes”, afirma Dra. Ariane Macedo, cardiologista e
membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.
São
diversos fatores que podem levar a pessoa a ter insuficiência cardíaca:
hipertensão arterial, doença arterial coronariana (levando ao
infarto do miocárdio),
dislipidemias e diabetes. Além desses, há os fatores de risco não
modificáveis, como idade, sexo e composição genética, e os comportamentais como
tabagismo, alimentação inadequada (altamente calórica e
hipoproteica) e inatividade física.
Todos esses fatores de risco, em conjunto, expõem a população
à IC.
Pela incapacidade do coração
em se contrair e/ou relaxar adequadamente, existe um acúmulo progressivo de
líquidos nos pulmões podendo se refletir em intolerância ao exercício,
falta de ar ao deitar e tosse seca. A incapacidade de manter o
fluxo de sangue adequado no restante do organismo pode levar a outros
sintomas como fraqueza , astenia, inchaço nas pernas e abdome.
O número de indivíduos que
morrem de insuficiência quando chegam ao hospital no Brasil é duas vezes mais
alto do que nos Estados Unidos e três vezes mais elevado em relação à Europa.
“Infelizmente é frequente que o paciente só chegue ao médico quando o
problema já está avançado o que reduz as chances de sucesso do tratamento”,
complementa Dra. Ariane Macedo.
Ela reforça que, com o
envelhecimento da população, nos próximos 15 anos, haverá mais 2 milhões de
brasileiros com insuficiência cardíaca , uma vez que a idade é um fator
de risco para a doença.
Serviço -
Mobilização Insuficiência Cardíaca
Dia 23 de maio, quinta-feira
Das 10 às 16 horas
Local: Conjunto Nacional –
Avenida Paulista, 2073, São Paulo
Instituto Lado a Lado pela Vida