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Maturidade e controle das emoções
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Especialista
indica principais mudanças dessa fase e como aproveitar "o auge da
vida"
É inegável que há mudanças físicas e psicológicas
quando chegamos aos 50 anos. No entanto, ao contrário do que muita gente pensa,
elas não são necessariamente mudanças negativas. Pelo contrário: é o auge da
vida, quando nos sentimos mais confiantes, seguros e com ainda mais garra para
realizar sonhos.
Para falar sobre o novo conceito de ter 50 anos,
Vânia Calazans, psicóloga clínica e hipnoterapeuta cognitiva especialista em
transtornos de ansiedade, conta quais são as dores e as delícias de chegar
nessa década e já adianta: é bom, sim, completar meio século.
De acordo com ela, hoje é possível chegar aos 50
anos em plena forma física, mental e estética. “Existem muitos recursos como,
atividade física, suplementação, dietas específicas e produtos de beleza e
estética. Tudo isso facilita um envelhecimento mais saudável e traz
autoconfiança”, explica a especialista. “Quando a mulher faz 50 anos, ela está
no auge da vida”.
Veja abaixo as mudanças positivas e negativas que
acontecem quando chegamos aos 50 anos.
Autoconfiança: de acordo
com Vânia, quando chegamos aos 50 anos a autoconfiança aumenta. “Normalmente a
pessoa já está mais realizada profissionalmente, mais segura, se sentindo muito
experiente. Então, aquelas inseguranças próprias de uma idade mais jovem, ficam
para trás”, explica. “No caso da mulher, se aos 30 anos ela pensava em se
casar, aos 50 está pensando em aproveitar a vida, viajar, desfrutar melhor a
companhia das pessoas. Ela tem mais confiança para escolher com quem quer
estar”, diz.
Autoestima: Vânia Calazans explica que a
maioria das mulheres – o gênero que mais sofre com pressões sobre o corpo – já
não se importa mais com a avaliação alheia, passando a aceitar seu próprio
corpo, sua postura e se sentir confortável consigo mesma. “A mulher se sente
mais autêntica. Ela sabe que pode ser uma mulher interessante, sedutora”.
Maturidade: a psicóloga conta que existem
vários estudos que mostram que pessoas acima dos 50 anos têm uma satisfação
maior em relação à vida. Elas lidam melhor com frustrações, valorizam mais os
bons momentos, priorizam a qualidade de vida, procuram alimentar uma vida
social rica, divertida e já não têm tanto espaço emocional para se preocupar
com bobagens. “Com essa mudança de olhar, a maturidade vem, sim, em função das
experiências de vida. A pessoa com 50 anos já passou por inúmeras experiências
e já sabe lidar melhor com dificuldades e sabe negociar de uma forma mais
efetiva. “Sabe aquela história de você ter razão ou ser feliz? Normalmente
nesse momento as pessoas optam pela felicidade”.
Vida financeira mais estável: aos 50
anos, uma grande parte das pessoas já tem melhores condições financeiras do que
aos 30 anos, por exemplo. Isso traz mais tranquilidade, e é um ponto muito
positivo. “Normalmente a pessoa está com a vida mais resolvida. Há mais
independência, mais autonomia e é possível planejar mais viagens, ou desfrutar
melhor a companhia das pessoas”, diz Vânia.
Controle das emoções: quando
jovens, somos por muitas vezes dominados pelas emoções. Com a maturidade, esse
cenário geralmente muda, e traz muitos benefícios para as decisões ou situações
que devemos lidar. “A partir dos 50 anos, as pessoas têm, sim, uma condição
maior de lidar com emoções. Não há mais aquele ímpeto da juventude, aquela
ânsia de viver as coisas tão intensamente”, diz Vânia.
A vida, nesse momento, já ensinou muitas coisas por
meio das experiências vividas, e esse aprendizado é muito rico, pois vai
tornando as pessoas mais conscientes, fazendo com que elas tenham mais
condições de lidar com as limitações que a vida nos impõe, e gerenciar melhor
as frustrações, explica a psicóloga.
Realização de sonhos: apesar de a
realização de sonhos ser uma prioridade em todas as fases da vida, Vânia
explica que, a partir dos 50 anos, sobra um pouco mais de espaço para eles.
“Isso acontece porque a pessoa não está mais tão preocupada em enfrentar a
vida. Normalmente muitos já criaram os filhos, já estão com vida profissional
mais estabilizada e podem usufruir daquilo que construíram. É um momento da
vida que sobra mais espaço e mais tempo para que a pessoa olhe para si, se
enxergue e se priorize”, explica a psicóloga. “Ela passa a ir em busca daquilo
que entende que vai trazer felicidade e satisfação”.
Mudanças hormonais: a mulher
aos 50 anos, por exemplo, está passando ou está próxima da fase da menopausa, e
essa mudança hormonal impacta tanto fisicamente como emocionalmente. “Os
sintomas psíquicos mais presentes são alteração de humor, tristeza, flutuação
emocional, cansaço, desânimo, pouca paciência, pavio mais curto”, explica a
psicóloga. Com isso, essa fase da vida pode ficar conturbada, caso a mulher não
procure ajuda médica. “O ideal é consultar um ginecologista para entender a
necessidade ou não de fazer reposição hormonal”, diz.
Vale lembrar que nem todas as mulheres reagem da
mesma forma na menopausa. “No entanto, muitas vezes por causa dos sintomas
físicos, como insônia e ondas de calor, há interferência na vida social da
mulher, pois esses fatos mexem muito com o humor, então ela se sente mais
cansada e às vezes com falha de memória. A alteração hormonal também pode
impactar na vida sexual da mulher”. Por isso, é importante manter uma
alimentação equilibrada, a prática de atividade física e sempre consultar um
médico para que essa transição hormonal seja tranquila.
E não pense que os homens escapam: por volta dessa
idade, há o que se chama popularmente de andropausa, a deficiência androgênica
do envelhecimento masculino. Por essa razão, é importante que os homens também
consultem um médico para avaliar como está a saúde e equilibrar os hormônios,
se for necessário.
Perdas físicas: Vânia
explica que é importante ter em mente que a partir dos 50 anos, as perdas
físicas começam a ser mais frequentes, afinal, nem todos conseguem ter a mesma
flexibilidade de antes. “É importante entender e aprender a lidar com as
restrições que são inerentes a essa fase da vida. Isso, se não for bem
trabalhado, pode trazer tristeza ou melancolia. A tecnologia nos permite acesso
a inúmeras atividades que melhoram nossa qualidade de vida, mas se estiver
difícil internalizar essas mudanças, a ajuda psicoterápica é bem-vinda. É
preciso lembrar de valorizar os bons momentos e jamais se isolar, pois isso
pode aumentar a tristeza e levar à depressão”, diz a psicóloga.
Estudos científicos
Dores
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Delícias
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Mulheres começam a sentir
os sintomas da menopausa, como cansaço e alterações do sono. Em ambos os
sexos, também aparecem sintomas físicos como fraqueza muscular, de cabelos e
unhas, ganho de peso e ressecamento da pele. Os novos 50 buscam especialistas
para manter vitalidade e atividades. (Fontes: Pesquisas Best Age, 2018;
Instituto Lumina)
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A curva da felicidade tem o
formato da letra U, e indica que a felicidade é maior no começo da vida,
diminui ao longo dos anos e atinge seu ponto mais baixo por volta dos 45
anos. Depois volta a subir, mostrando que as pessoas mais velhas com boa
saúde, estabilidade financeira e afetiva podem sentir-se tão felizes quanto
as pessoas mais jovens, de acordo com a antropóloga brasileira Mirian
Goldenberg, especialista em envelhecimento.
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25% dos brasileiros nessa
faixa etária temem mais as mudanças no corpo e a sensação de se sentirem
feios do que a pobreza ou a doença. A segunda principal preocupação do
brasileiro com 50 anos ou mais é a falta de dinheiro (20%), seguida pela
solidão (18%), sentir-se inútil (14%), ser um peso para outras pessoas (11%).
(Fonte: Instituto Locomotiva, 2019).
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O Youtube é a plataforma
preferida de vídeos para pessoas entre 45-55 anos, com preferência três vezes
maior que o segundo player. No canal, a troca de experiências
intergeracionais é uma realidade (Fontes: Video Viewers, Provokers/Google,
2018).
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Celebridades aos 50 anos em 2019
Dira Paes
Marcos Pasquim
Adriana Esteves
Dan Stulback
Monica Martelli
Jennifer Aniston
Javier Bardem
Cate Blanchett
Jay-Z
Jennifer Lopez