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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Apoio mental pelas plantas

 Por meio da Biofilia e Silvoterapia, o paisagismo se mostra um verdadeiro aliado contra ansiedade e depressão


A mudança brusca gerada pela pandemia do Covid-19 teve consequência graves também na saúde mental dos brasileiros. Segundo um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e publicado pela revista The Lancet, os casos de depressão aumentaram 90% e os de ansiedade e estresses agudo mais que dobrou.

Saulo Ribeiro, psicólogo e designer de interiores, explica que tudo isso vem acompanhado do medo e insegurança que o momento nos traz. “Estamos presos em casa, perdemos contato com quem amamos e gostamos, não poder sair gera também um desconforto, sintomas de perda, de falta. Além disso, o convívio geral na pandemia também teve como consequência o aumento de brigas familiares e agressões domésticas o que, obviamente, impactam bastante no bem-estar das pessoas”, explica o psicólogo.

Para reencontrar o equilíbrio físico e mental, a natureza – que já fez parte de 99% da vida humana, mas que hoje representa apenas 9% - volta a ganhar relevância.  “Hoje temos a neuroarquitetura, e dentro dela temos a biofilia, que é justamente a capacidade inapta de nos sentirmos bem na natureza”, elucida Saulo que indica aos seus pacientes o uso e cuidado das plantas como forma de auxiliar no combate as doenças da mente.

O nome Biofilia não é algo que esteja dentro do senso comum das pessoas, mas o desejo pelo contato da natureza sim. A paisagista Nãna Guimarães, que viu sua demanda por projetos paisagísticos dobrar nesta pandemia, explica exatamente o que os clientes costumam pedir. “As pessoas vêm até a mim buscando melhorar a paisagem da casa. Existem muitos pedidos para a colocação de jardins verticais com a intenção de alegrar o lar, tirar o estresse”, salienta.

Não só as plantas, mas tudo aquilo que a envolve como a terra, o ar puro e a água que utilizamos para molhá-la faz bem. A ciência comprova que quando estamos em contato com o verde, em espaços mais naturais, nos sentimos revigorados, os corpos estão programados para se sentirem plenos naquele ambiente. “Sempre que nós encontramos em uma situação de estresse ou precisamos tirar férias, pensamos em estar perto da natureza. Quando queremos descansar, pensamos na natureza. É inconsequente, mas sabemos que ali nos sentimos bem. É onde o corpo e a alma podem descansar”, indica Nãna.

De acordo com o psicólogo, a conexão direta com a natureza, gera uma resposta entre nosso corpo e cérebro, pois estamos retornando para onde sempre fomos pertencentes. “Quando a natureza está presente no ambiente, em trabalhos e escritórios, por exemplo, a produtividade, a qualidade de vida e a atividade são melhores. Isso faz com que a própria natureza sirva como uma ótima ferramenta de cura. É importante estabelecer uma conexão do nosso ambiente de trabalho com o ambiente natural, que potencializam nossos sentimentos positivos, como a alegria, tranquilidade e afeição, ao contrário dos ambientes fechados. A sensação de bem-estar faz com que nosso cérebro produza neurotransmissores que serão positivos com a nossa saúde”, cita Saulo.

Outra forma de trazer um alívio mental é a prática da Silvoterapia que nada mais é que do que o simples ato de abraçar árvores com intuito de recarregar as energias. A paisagista Nãna Guimarães explica que cada tipo de árvore pode provocar agradáveis e diferentes sensações.  “Ipê, Jatobá, madeiras de lei, por conta da dureza dessas madeiras, espalham determinação e coragem. Tem também o Pau Ferro, Mogno, que vão passar mais força em questão de fragilidade emocional, ajuda na animação, depressão. Abraçar o  Eucalipto, por exemplo, que é uma árvore que cresce individualmente, não deixa que outras árvores se desenvolva em volta dela, por ser pouco sociável, por viver sozinha em campos, ela nos tornam mais fortes. Para cada situação, terá uma árvore com as energias necessárias para te fazer bem. Basta se permitir”, encerra Nãna.


"Pandemia reforçou ideia de que a vida é uma travessia que se dá no durante, nem no início nem no fim", diz psicanalista

Autora de "Tempos compulsivos", Sandra Edler analisa o impacto psíquico da Covid-19


Com mais de 40 milhões de casos confirmados, a pandemia da Covid-19 mudou as relações e a maneira de ver o mundo. Mas, além do medo e da ansiedade, a doença jogou luz em questões que estavam nas sombras, avalia a psicanalista Sandra Edler, autora do livro "Tempos compulsivos".

"Muitos ganharam uma pausa para sair das atividades automáticas e refletir sobre suas questões. Tanto assim que, de maneira geral, cresceu a demanda por análise. Há mais pessoas interessadas em cuidar de si", diz.

Apesar do aumento de casos de excesso de consumo de bebidas alcoólicas e drogas como válvulas de escape para as angústias trazidas pelo novo Coronavírus, as restrições impostas pelo isolamento vêm reafirmar a importância do agora:

"A pandemia reforçou a ideia de que a vida pode ser vista como uma travessia. Ela se dá no durante, nem no início nem no fim".

Sandra Edler dará um curso online na Casa do Saber Rio, em novembro, com o tema "Tempos compulsivos: o que mudou com a pandemia?". A seguir, ela analisa alterações psíquicas provocadas pelo momento atual. Confira:

A pandemia de Covid-19 e seus efeitos imediatos, como o isolamento social e o home office, deixaram a humanidade mais tensa, ansiosa e triste. Esse processo é reversível ou estamos condenados a viver sob nuvens carregadas?

O isolamento social, as perdas e as restrições impostas pelo novo contexto pandêmico ampliaram depressões, angústias, crises de pânico, insegurança e medo. Estamos diante de um vírus desconhecido, sem conhecimento de seu comportamento, duração e consequências. E ainda temos muitas perguntas sem respostas e sem uma definição clara do amanhã. Mas quanto ao isolamento, se por um lado suprimiu artifícios, por outro potencializou a criatividade e logo começou um movimento de tentativa de adaptação. As famílias se aproximaram, muitas mães voltaram a estudar com os filhos. Houve avanço para muitas pessoas. No entanto, somos seres em conflito e a pandemia trouxe novos problemas e reacendeu antigos.

Há quem acredite que este momento é fundamental para nos conhecermos melhor, encarar o que a falta de tempo do cotidiano não nos deixava ver. O que há de verdade e de importante nisso?

Para nós psicanalistas, nunca nos conheceremos completamente porque não dispomos apenas da consciência. Temos uma dimensão inconsciente que vai se revelando por sonhos, sintomas, atos falhos, equívocos... E que, vez por outra, nos surpreende. Mas não há dúvida de que muitos ganharam com a pandemia uma pausa para sair das atividades automáticas e em série, e refletir sobre suas questões. Tanto assim que, de maneira geral, cresceu a demanda por análise e a clínica on-line mostrou-se promissora. Há muitas pessoas interessadas em cuidar de si. Nesse sentido, é uma excelente oportunidade.

Inúmeras pessoas reforçaram o uso de bebidas alcoólicas, remédios e cigarros como válvula de escape para os atuais tempos sombrios. Isso é, de fato, compreensível, e se justifica?

Existem pessoas que, privadas de seus escapes habituais, e, com mais tempo em casa, ampliaram o uso de álcool e substâncias como válvula de escape. Sem esquecer o tempo de permanência na internet. Cresceu muito o número de compulsivos digitais com lamentáveis consequências. Toda compulsão preocupa porque tolhe ainda mais a já restrita liberdade do sujeito. Além disso, o uso de substâncias tóxicas, a ingestão excessiva de alimentos e outros, podem ocasionar prejuízos ao organismo como um todo.

As compulsões podem começar na busca pelo prazer ou como uma forma de "automedicação", compensando incômodos da vida, amortecendo preocupações, como disse Freud, encobrindo depressões e angústia, por exemplo. Mas o que foi inicialmente a busca pelo prazer ou algo ocasional pode tornar-se necessário para continuar a viver. E enreda o sujeito nesse "ritual íntimo" a ponto de paralisá-lo para outras atividades e deixa-lo refém. Detalho isso no livro "Tempos Compulsivos", inclusive através de relatos de dependentes e outros que passaram por isso e agora estão sob controle.

Com a Covid-19 e a falta de prazo para a distribuição da vacina a nível global, vivemos um longo período de incertezas. A vida é risco, mas nunca foi tão arriscado viver. Como sobreviver a isso?

Sim, vivemos um período de incertezas e a vida implica risco permanente. Mas estamos sempre querendo chegar a algum lugar. Envolvidos em múltiplas atividades, focados em chegadas e partidas, em busca de algo e querendo atingir um porto seguro. A pandemia, o isolamento e as restrições vieram revelar um outro lado. O de que a vida pode ser vista também como uma travessia, mais curta, mais longa, mas dentro da ideia de que a vida se dá no "durante". Nem no início nem no fim do túnel, mas na própria travessia. É compreensível e humano querer chegar ao fim desse longo túnel, mas temos que viver essa e muitas outras travessias, veredas, estradas vicinais. Não por acaso, tantas pessoas se põem a caminhar em longas trilhas de peregrinação...

Futuristas dizem que a pandemia funciona como um acelerador do tempo e que ela antecipa mudanças que já estavam em curso, como o trabalho remoto e a educação à distância. Isso, do ponto de vista prático. Mas o que realmente importa, é: quando tudo passar, como estaremos, quem seremos?

Acredito que a ampliação do território digital, da ação dos algoritmos, do ensino on-line, do domínio da tecnologia se mantenham em expansão, mas temo pelo fator humano, presencial, cujo decréscimo traz consequências muito danosas. Inútil vermos apenas pelo lado econômico de redução de custos, por exemplo. Ou deslumbrar-se com a sedução da tecnologia.

Se não mantivermos a presença humana, social, o estímulo da presença do outro como laço e como referência, o que será de nossa vida emocional e de nossa humanização? Devemos legar ao algoritmo, à inteligência artificial, a possibilidade de decidir, de escolher por nós? Vamos abrir mão de nossa capacidade crítica? Vamos consentir em fazer parte do imenso rebanho de domesticados por uma ferramenta que criamos? À mercê de interesses econômicos?

Então, para concluir, destaco a ideia de que a pandemia trouxe um foco de luz para muita coisa que não víamos em nossas vidas, em nossa intimidade, nos hábitos que cultivamos, na forma de educar os filhos, na escolha dos caminhos. A grande trilha das questões existenciais e humanas está em foco agora, mais do que nunca! E a viagem apenas começando...

Qual a proposta do curso online que a senhora ministrará na Casa do Saber Rio?

No livro "Tempos compulsivos", publicado em 2017, mostro um estudo sobre as compulsões. Tanto as ligadas a alimentos, álcool e/ou substâncias, quanto aos hábitos que se tornam repetitivos. Elas estavam em crescimento e algumas aumentaram com o isolamento social. A pandemia nos legou um olhar mais apurado. Precisamos revê-las, no conjunto da nossa intimidade, sob esse novo olhar.

 

Aprenda a usar as suas forças

 Especialista em psicologia positiva ensina como identificar os pontos fortes de caráter e aplicá-los no trabalho e na vida pessoal

 

“É preciso ter força”. Essa foi uma das frases mais repetidas nos últimos meses, em função de todos os reveses que aconteceram por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Aprender a usar as próprias forças, aliás, é um dos ensinamentos da psicologia positiva, a ciência do florescimento humano.

Mas, afinal, o que são exatamente forças de caráter?

Quem explica melhor esse assunto é Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia. “Resumidamente, tratam-se das melhores qualidades que as pessoas podem ter. Universais, elas foram catalogadas por meio da observação dos hábitos culturais de diversas civilizações ao longo dos séculos”, diz.

Segundo a especialista, no total, há 24 forças de caráter, distribuídas entre seis virtudes. As virtudes são as mais altas qualidades morais de alguém:

  1. Conhecimento

Forças cognitivas que implicam a aquisição e uso da sabedoria: Criatividade, Curiosidade, Critério, Amor ao aprendizado e Perspectiva.

  1. Coragem

Forças emocionais que envolvem o exercício da vontade de atingir objetivos diante de oposição externa ou interna: Bravura, Perseverança, Integridade e Vitalidade.

  1. Humanidade

Forças interpessoais que têm a ver em cuidar dos outros e criar laços de amizade: Amor, Generosidade e Inteligência social.

  1. Justiça

Forças cívicas que fundamentam a vida saudável em comunidade: Trabalho em equipe, Equidade e Liderança.

  1. Temperança

Forças que protegem dos excessos: Perdão, Humildade, Prudência e Autocontrole.

  1. Transcendência

Forças que fazem conexões com o universo maior e proporcionam significado: Apreciação da beleza e da excelência, Gratidão, Esperança, Humor e Espiritualidade.

Descubra o que o torna forte

De acordo com Flora, todo indivíduo possui as 24 forças em diferentes graus, dando a cada pessoa um perfil de caráter único. Porém, as cinco primeiras, chamadas “forças de assinatura”, são as qualidades que vêm mais naturalmente.

“Ao conhecer os seus pontos forte de caráter, você pode melhorar em diferentes aspectos. Realizar atividades compatíveis com as forças de assinatura aumenta o bem-estar, incluindo sensação de propósito e afetos positivos, e estabelece um pilar para maiores realizações”, aponta a especialista, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit.

Quer conhecer as suas forças?

Para começar, clique aqui e faça o teste gratuitamente no site do Via Institute.

“Depois disso, com os resultados em mãos, é preciso compreender as forças de assinatura. Também é importante entender como elas são reconhecidas por você e pelos outros”, lembra Flora.

Responda às seguintes perguntas:

  • Quais são as suas forças de assinatura?
  • Elas são reais e autênticas para você?
  • Elas se manifestam naturalmente?
  • É fácil para você expressá-las?
  • Você se sente mais energizado quando usa essas forças?
  • Sua família e seus amigos identificariam rapidamente essas forças em você?
  • Você usa essas forças com mais frequência em casa, no trabalho, na escola ou na vida comunitária?

Em seguida, outro passo fundamental é você começar a usar mais as suas forças. Ou seja, passar a conceber novos modos de aplicá-las.

Para tanto, reflita:

  • Como você pode utilizar ainda mais as suas forças de assinatura no dia a dia?
  • Em que momentos você subutiliza suas forças ou as utiliza em excesso?
  • Como esse conhecimento pode ajudá-lo a melhorar seus relacionamentos, saúde, felicidade e sucesso na realização de seus objetivos?
  • Pense em um desafio que você está enfrentando agora. Como você pode aplicar suas forças de assinatura para superar esse desafio?
  • Lembre-se de um objetivo que você está tentando atingir agora. Como você pode aplicar suas forças de assinatura para alcançar esse objetivo?

 

FATORES EMOCIONAIS: COMO RELACIONÁ-LOS A CAUSAS DE DORES

O período de isolamento social interferiu bastante na saúde mental e isso pode ter diversos reflexos no corpo


Cada pessoa é única e traz dentro dela cargas emocionais que podem refletir diretamente nos movimentos e sensações do seu corpo. O personal trainer Samorai, especialista em movimentos e fundador do Instituto Samorai, explica que a solução de muitos problemas vem com a evolução tridimensional corpo, mente e espírito e essa relação faz toda a diferença nos processos de reabilitação das pessoas.

Segundo Samorai, esses fatores emocionais se refletem em qualquer âmbito. Uma pessoa deprimida caminha de um jeito, tem postura mais fechada, mecanicamente falando, ela encolhe os ombros e isso força muito a base da coluna, fazendo-a sentir mais dores nas costas. Já uma pessoa superconfiante caminha de outro jeito. Muitas vezes, o medo vai gerar uma postura de fragilidade, fechamento e isso pode se manifestar em dor em algum outro lugar do corpo.

"Se posso dizer que mecanicamente os corpos se alteram a partir de estados emocionais, também posso assumir a mesma posição de que uma coisa interfere na outra. E interfere tanto para o bem como para o mal. Assim como o lado emocional muda o mecânico, essa postura também pode mudar o que sentimos", diz o personal trainer. Ele cita o exemplo dos esportes como o Jiu Jitsu, em que pessoas muito tímidas ou medrosas começam a partir do desenvolvimento de uma técnica de luta e passam a ser mais confiantes, seguras e corajosas.

Samorai reforça que toda vez que há uma atividade desafiadora e ela é realizada por completo, traz um sentimento de vitória, conquista. Isso faz com que haja um crescimento emocional, a sensação de ser mais capaz. A atividade precisa ser desafiadora no quesito físico, mental ou emocional. Mas quando há uma combinação desses elementos, esses sentimentos bons aparecem mais. São vitórias em todos os âmbitos da vida.

"O meu trabalho não é exatamente interferir nos fatores emocionais, mas levá-los em consideração. Criei um espaço acolhedor, singular, que possibilita outro tipo de interação com a pessoa, para conversar sobre assuntos mais profundos. Para isso, o professor se capacita, se transforma e guia através de exemplos. O físico é um pouco mais fácil, porque os movimentos podem ser melhorados, mas eles só terão essa melhora em um ambiente onde a pessoa tenha esperança, onde seja acolhida e respeitada. A partir de todas essas considerações, melhorar o físico passa a ser um trabalho bem mais tranquilo", afirma ele.

Ficou claro durante esse período de pandemia, com isolamento social, um adoecimento mental, muitas pessoas deprimidas, com problemas de compulsão alimentar, ansiosas e com dores nas costas. A saúde mental é fundamental para a harmonia do ser. "Quando a pessoa escolhe uma atividade para fazer, ela precisa sentir prazer em realizá-la. É muito importante que a gente mantenha a saúde mental em dia, corpo são e mente sã. Quando um desses pilares é abalado, corpo, mente ou espírito, vai comprometer os outros. Somos uma corrente, um sistema integrado", completa Samorai.

 



Samorai  - Criador do Método de Treinamento 3Dimensional, Samorai é Bacharel em Esporte pela USP, Movement Specialist pelo Gray Institute dos USA e International Educator do Gray Institute, além de ser uma das cinco pessoas que podem ministrar cursos do desse instituto em qualquer lugar do mundo. Ele tem formação em Kettlebell Training pelo RKC, também dos USA, em Krav Maga e defesa pessoal pelo IKM de Israel, além de formação em Ciências Políticas e Filosofia com Clóvis de Barros Filho, na USP. Trabalhou nos USA, Alemanha e Irlanda, país onde também morou.


Instituto de Performance Samorai
Rua Comendador Miguel Calfat, 437 - Vila Nova Conceição
(11) 94240-1977
@samorai3d


Sexualidade feminina após os 40: essa pode ser a melhor fase da sua vida!

Eliminar tabus acerca do assunto pode proporcionar novas experiências e muita satisfação para as mulheres; confira dicas para aumentar o desejo sexual nessa idade

 


A sexualidade feminina ainda é um tabu em muitos ambientes. No caso das mulheres maduras, por exemplo, muitos ainda acreditam que elas perdem o interesse em sexo ou, simplesmente, não precisam mais pensar no assunto. Porém, isso é um grande mito. Na realidade, quanto mais experiente, melhor podem ser as sensações e experiências desse momento. Além disso, a confiança adquirida ao longo dos anos faz com que seja muito mais fácil sentir o clímax sexual e entender o que realmente gosta - seja com o parceiro ou sozinha.

Aline Bicalho, consultora em sexualidade, diz que, culturalmente, ainda há um longo caminho a percorrer para realmente proporcionar a liberdade que as mulheres precisam e desejam no assunto. “Muitas mulheres nessa fase já são mães e ainda existe aquela crença de que, após a maternidade, não pensamos mais em sexo. Enquanto isso, mesmo para aquelas que não são mães, também ainda existe o pensamento de que mulheres que falam em sexo e se permitem experimentar aquilo que desejam não são dignas de respeito ou adimiração”, diz.

Porém, segundo Aline, a boa notícia é que essa realidade já está mudando cada vez mais. “Com o empoderamento feminino, conseguimos mostrar que não existe nada de errado em falar sobre sexualidade e expressar seus desejos. E, para as mulheres após os 40, esse assunto pode se tornar ainda mais presente e interessante, já que nessa fase elas podem desenvolver melhor a autonomia e confiança”, garante.

 

Dicas para explorar o prazer após os 40

Mesmo estando em uma época mais livre, muitas mulheres nessa fase ainda possuem dificuldade em explorar o próprio corpo devido aos costumes do momento em que nasceram e foram criadas, além dos tabus que ainda estão presentes na sociedade atual. Pensando nisso, Aline separou algumas dicas que podem ajudá-las a se sentirem mais livres e dispostas a experimentar novas sensações. Confira:

 

Autoconhecimento: “O primeiro passo é conhecer a si mesma e ser sincera com o que deseja. Tem algum fetiche? Ou simplesmente gosta de sexo da forma mais habitual? O mais importante é se sentir à vontade para fazer da forma que achar mais interessante e prazerosa. E além do autoconhecimento interno, o externo também é muito importante. Faça um reconhecimento anatômico. Pegue um espelho e olhe para sua vulva, veja a forma - que é  única como a sua digital -, toque, sinta o cheiro, faça amizade com ela. E não hesite na auto estimulação, ou seja, a masturbação, que é a melhor forma de entender seu corpo e de saber como você gosta de ser estimulada. Conhecendo o caminho do seu prazer, você poderá levar seu parceiro até lá”.

 

Converse sobre o assunto: “Pode ser com as amigas, com o parceiro ou com quem se sentir mais à vontade e confiante. Fale dos seus desejos e troquem experiências. É comum ter um pouco de medo no início, mas logo após iniciar o assunto percebe-se que a maioria das pessoas gosta de falar sobre e isso é uma ótima forma de se sentir mais confiante. Além disso, o diálogo é super importante com o parceiro para que, juntos, vocês possam experimentar o que tem vontade, algo que ajuda a aquecer, fortalecer a relação e evitar a famosa rotina”.

 

Brinquedos eróticos podem se tornar os seus melhores amigos: “Quando falamos em novas experiências, os brinquedos eróticos são a melhor opção. Seja para usar sozinha ou com parceiro, eles são uma fonte inesgotável de prazer e sensações diferentes. Existem diversos modelos, funções e formas de utilizá-los para acrescentar no prazer”.

 

 

Fonte: Aline Bicalho, consultora em sexualidade. Formada em sexualidade, erotismo e cultura, Líder A Sós. Empresária e criadora do Movimento Amigas Da Bunita. Casada e mãe de 3 filhos.


YOGA EM CASA: APRENDA COMO COMEÇAR A PRATICAR

Pri Leite dá dicas de como a prática que a ajuda a cultivar a paz, plena consciência e boa forma pode ser feita dentro de casa e com segurança.

 

Não é segredo que o Yoga traz benefícios para a saúde. A prática milenar reduz o estresse, combate a ansiedade, aumenta a concentração, cria força, aumenta a flexibilidade e ajuda a prevenir lesões. Além disso, essa é uma das práticas mais democráticas que existem, todas as pessoas podem praticar Yoga. Grande ou pequeno, jovem ou idoso, flexível ou não, qualquer um que queira pode começar a praticar - e pode fazê-lo no conforto de casa.

De acordo com a pioneira em acessibilizar a prática de Yoga no Brasil através da internet, Priscilla Leite, essa arte milenar nos ajuda a ouvir o que o nosso corpo precisa, a mover-se em nosso próprio ritmo e a desenvolver intuição sobre quais sequências ou posturas precisamos e desejamos fazer em um determinado dia. “Se você está cansado pode fazer uma aula mais relaxante, já se você estiver mais animado, uma aula de flow poderá ser muito mais satisfatória. Durante o período da manhã uma prática mais energética te deixará mais disposto e a noite o ideal é que seja feita uma aula mais restauradora e calmante, o que é fantástico para aqueles que praticam o yoga em casa” – Explica a professora, que hoje possui o maior canal de Yoga do Brasil no Youtube, o Pri Leite Yoga com aulas gratuitas para todos os níveis e propósitos.

Uma dica que a profissional dá para aqueles que querem começar a praticar yoga em casa é tentar cultivar uma atitude lúdica e de aceitação. “Estar presente durante a prática significa permitir-se estar ciente de quaisquer sensações físicas, emoções e pensamentos que estão surgindo no momento. Tente ser criativo e espontâneo. Se você olhar para a prática com um senso de curiosidade, em vez de autojulgamento ou competitividade achará mais fácil se motivar para a aula - e estará mais presente quando praticar” – Finaliza a Yogini. 

Ficou com vontade de aprender? Veja algumas dicas que a professora listou para aqueles que desejam começar a fazer ioga no conforto do seu lar.

 

1.Escolha um lugar confortável
A grande vantagem do a ioga é que ela é uma prática que pode ser feita em qualquer lugar, mas seria muito melhor se você tivesse um espaço em sua casa onde é mais calmo, relaxante, onde você não vai ser incomodado durante a sua prática. Tudo o que você precisa garantir é que seu espaço esteja de preferência bem ventilado e longe de móveis ou objetos pontiagudos. Se quiser pode ser bom e até útil criar uma atmosfera com uma vela ou um incenso.

 

2.  Pratique com o estômago vazio
As posturas de ioga são sempre mais bem praticadas com o estômago leve ou vazio por causa das diferentes torções. Tente manter um intervalo de 1-3 horas entre suas refeições e sua prática.

 

3. Não se preocupe com roupas
Minha dica é sempre optar por roupas soltas e confortáveis. Sem dúvidas você pode fazer Yoga como preferir, no entanto deixar de lado roupas apertadas e acessórios excessivos pode fazer da sua prática um momento mais relaxante.

 

4. É o seu próprio corpo, então seja gentil com ele
Comece com a ioga simples e fácil. Respeite seu corpo indo devagar, ou você pode acabar se machucando. Deixe as posturas super difíceis quando você já estiver seguro em fazê-las. Sempre observe seus limites e, especialmente, esteja atento às áreas vulneráveis de seu corpo, como joelhos, quadris, coluna e pescoço. Se você sentir qualquer sensação dolorosa, ajuste, suavize, saia da postura se precisar. Não force.

 

5. Seja consistente
É essencial se regular em sua prática de ioga. Torná-la parte de sua rotina diária ajudará a transformá-la em um hábito. Mesmo que seja uma vez por semana já fará diferença na sua saúde e bem-estar. Priorize o que funciona pra você. seja honesto, estabeleça metas realistas e faça o que puder. Uma prática de ioga de 10 minutos ainda é uma prática e definitivamente conta.

 

6. Faça do tempo do ioga um 'momento de diversão para a família'
Quando você pratica sozinho, pode ficar entediado depois de um tempo ou você pode simplesmente ficar com preguiça de praticar. Experimentar fazer ioga com sua família ou amigos além de ser benéfico para a saúde de todos também poderá estreitar os laços

 



PRISCILLA LEITE - Responsável pelo principal canal de Yoga com conteúdo gratuito, em português, a Yogini brasileira mora em Los Angeles e oferece conteúdo inéditos, toda semana, através do Canal Pri Leite Yoga no Youtube. Com formação em Vinyasa Flow, Hatha Yoga, Yoga paragestantes suas aulas são desenvolvidas de acordo com as necessidades e feedback dacomunidade. Nos últimos meses, por exemplo, Priscilla Leite criou conteúdos exclusivos paraas pessoas praticarem durante o isolamento social. As aulas são divididas em categorias epodem ser praticadas em qualquer lugar, por pessoas com qualquer ou nenhuma, experiência.www.prileiteyoga.com.br

 

6 motivos pelos quais pode ser perigoso se comparar com os outros

 Comparações diárias podem elevar o estresse, ansiedade e até causar depressão


Faz parte da natureza humana olhar para a grama verde do vizinho e sentir uma ponta de ciúmes. A comparação é uma das maneiras mais fáceis de sentir mal consigo mesmo, ver o que os outros estão fazendo nas mídias sociais, no trabalho, e se comparar desfavoravelmente, e constantemente, com essas pessoas.

Todo mundo parece mais talentoso, mais bonito, com um cargo melhor, uma linda casa ou apenas, parece estar se divertindo mais na vida. "Essas comparações negativas são o caminho para a infelicidade, pois, fazem você se sentir inadequado e inferior e, às vezes, até injustiçado", explica Patrícia Santos, especialista em Anger Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management Association - NAMA de Nova Iorque, EUA. Segundo Patrícia, as comparações fazem com que você tome más decisões, eleva o estresse, a ansiedade e causam até depressão. A especialista lista abaixo algumas situações em que comparar-se com os outros pode ser muito perigoso:

• Você vê o resultado, não o esforço.

Todas as escolhas geram consequências boas e ruins.


• Você não é o outro

Comparar-se aos outros significa comparar o que vê nos outros com o que sabe sobre si mesmo. As coisas sempre parecem melhores por fora do que por dentro. As pessoas costumam colocar uma imagem parecendo melhor para o mundo do que se sentem por dentro. Além disso, essas versões nunca são a versão completa. Perceba que os outros também são seres humanos e que eles, como você, têm pontos fortes e fracos.


• Você não é a pessoa com quem você se compara

Você é único, todo mundo tem pontos fortes e pontos fracos diferentes. Somos todos especiais em nossas maneiras únicas.


• Você perde tempo

Por que se preocupar com o que os outros fizeram quando você pode tomar medidas para melhorar a si mesmo? Seu objetivo não é estar entre os 75% melhores de algumas habilidades, mas simplesmente ser o melhor que você pode ser.


• A comparação mata a alegria da conquista

Quando você tenta coisas novas, como mudanças de hábito, há uma alegria que vem de suas realizações. Digamos que você comece um hábito de caminhar e se compara negativamente a alguém que corre maratona, estará sempre para trás e não se alegrará com as metas e realizações muito importantes que está fazendo. Antes de poder fazer qualquer alteração real, você precisa aceitar onde está e seguir seu ritmo. Não tente viver um ideal de onde você "deveria estar". Aceitação é a chave para o crescimento.


• A comparação coloca o foco na pessoa errada

Quando você se compara aos outros, concentra-se na outra pessoa - o que eles fizeram, o que alcançaram e o que fazem. Mas você não tem controle sobre essa outra pessoa. Tudo que você pode controlar é você. E a única pessoa com quem você deve se comparar é com quem você era anteriormente. Se você está melhorando, isso é tudo o que importa.

"Por isso, é importante ficar atento aos seus pensamentos quando começar a se comparar com as outras pessoas. A vida não é uma competição e sim uma jornada", reforça a especialista. Segundo ela, é preciso ter foco no que você quer fazer e para onde quer ir, decidir que sua energia será usada para acreditar e não duvidar de si, criando e não destruindo. "E, por fim, tende concentrar-se mais em você, em regar a sua grama e em construir o seu caminho, pois, dessa forma você conseguirá ser uma versão de si mesmo e compartilhar isso com o resto do mundo", finaliza.

 



Patrícia Santos - Consultora, escritora e palestrante, docente em cursos de pós-graduação em diversas instituições pelo país. É especialista em Anger Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management Association - NAMA de Nova Iorque, EUA, onde também é fellow. É coautora do livro "Raiva, quem não tem?". A obra é um verdadeiro crossfit emocional que não só discorre sobre o tema, mas também ensina o leitor a medir, encarar, transformar e a seguir em frente.

 

Depressão Na Infância, É Possível?


 Sim! Depressão Infantil existe!  O que leva uma criança a Sofrer com Transtorno Depressivo?

 

Os Fatos

Sim, a depressão infantil existe, embora não seja tão comum como acontece na idade adulta. Fato é que os pequenos também sofrem com a depressão, esclarece a Dra. Gladys Arnez, Neurologista Infantil e da adolescência, especialista em transtornos comportamentais, escolares, especialista no tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids em SP

Estatísticas apontam a prevalência da doença entre 0,2% a 7,5% das crianças abaixo de 14 anos aqui no Brasil.


Não há um consenso quanto a idade. Alguns estudos apontam que a depressão infantil pode se manifestar a partir dos 3 anos, outros, apontam a idade de 5 anos. A fase mais crítica, porém, começa no início da adolescência, dos 12 os 15 anos, inclusive com potencial risco de suicídio – explica a Dra. Gladys Arnez.

É preciso ressaltar que os sinais de depressão nas crianças são diferentes dos sinais que os adultos apresentam. Precisamos considerar que quanto menor é a idade da criança, mais dificuldade ela tem de descrever os seus sentimentos e quando ela tem essa dificuldade de se expressar, em geral, a criança acaba somatizando o problema. Assim, ela acabará reclamando de dores no corpo, camuflando o real problema.

 

Quais as Causas?

As causas são diversas, incluindo desde fatores genéticos e ambientais; abusos, ambiente familiar desestruturado, privações ou perdas familiares vivenciadas muito cedo. O fato é que não existe uma causa única que ocasione um quadro de depressão.

 

Como Diagnosticar?

O diagnóstico é mais complicado em se tratando de criança. Este vai depender da sua idade e também da sua maturidade. Alguns comportamentos podem indicar sinais de depressão, mas não são definitivos, como por exemplo, a “manha”. “Uma criança manhosa não significa que esteja passando por transtornos depressivos, isso não pode ser visto isoladamente, vai depender de outros fatores que podem estar envolvidos.” Esclarece a médica.

 

Sintomas e Sinais

  • Reclamações de dores no corpo, como por exemplo, dores de cabeça constantes.
  • Fazer xixi na cama com frequência.
  • Irritabilidade.
  • Não ter mais prazer em brincar ou em atividades que antes ela gostava de praticar.
  • Medos
  • Variações de peso, podendo ganhar ou perder.
  • Dificuldades de concentração.
  • Prefere ficar isolada de outras crianças.
  • Pode apresentar cansaço constante.

O Diagnóstico é clínico e geralmente é feito através de uma avaliação interdisciplinar com diferentes profissionais, dentre eles o neurologista Infantil e a Psicóloga.

 

Tratamento


Os Pais precisam estar atentos, observando as mudanças repentinas no comportamento da criança e, claro, é necessário dar mais atenção e amor para ajuda-las nesse momento delicado. Para um diagnóstico correto é preciso buscar orientação profissional diante desses sintomas e assim encontrar o tratamento mais adequado. O ideal é que haja também medidas envolvendo a família.

O Tratamento é principalmente clínico com terapias envolvendo a criança, a família e a escola. Em casos mais graves precisamos de tratamento medicamentoso acompanhado pelo neuro/psiquiatra infantil.

 



Dra. Gladys Arnez - médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em Santo André/SP.

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@dra.gladys_neuropediatria

 

Ajuda aos tímidos: aulas on-line são positivas para os introspectivos


Especialistas explicam benefícios da EAD

 

Alguns alunos morrem de vergonha de levantar a mão e fazer uma pergunta em sala de aula. Mas com esse processo todo on-line, no conforto de casa, essa realidade vem mudando aos poucos. Os mais tímidos se sentem confiantes por trás da tela e podem se concentrar melhor sem a interferência de barulho ou conversas. 

Na avaliação do médico psiquiatra Luan Marques, a câmera permite que as crianças e adolescentes se soltem mais. “O ensino on-line tem uma linguagem mais próxima da realidade de telas vivenciada pelos jovens. Estudantes mais introspectivos podem se soltar mais, pois têm uma melhor e uma maior sensação de conforto e segurança”, explica.

Por trás da tela, eles se sentem mais seguros. Elimina-se o “estressor” da escola e espaço o para a autonomia é aberto. “Muitos alunos conseguem falar melhor outra língua pela tela do computador, pois entendem que ninguém vai olhar nos olhos ou corrigir em tempo real. Isso ajuda muito na desenvoltura ao longo do tempo”, afirma Kelly Cristine, sócia-proprietária da Skill Idiomas, em Ceilândia. 

O psiquiatra Luan Marques também alerta que a timidez é uma característica pessoal e não defeito. “São comportamentos que fazem parte da essência de cada um. O cuidado é na hora de perceber se é apenas timidez mesmo ou fobia social”, alerta. 

 

Crianças apresentam medo de sair às ruas após meses confinadas em casa

Especialista alerta que pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos neste período de volta às aulas


Após mais de 7 meses em casa por conta da pandemia de COVID-19, chegou o momento das crianças voltarem às escolas. Mas, após tantos meses confinadas, elas estão apresentando comportamentos que merecem a atenção dos pais. “Sentimos um aumento de queixas de pais com relação aos filhos, que estão apresentando sinais de isolamento e até mesmo de medo de saírem de casa”, comenta Ana Gabriela Andriani, psicóloga, mestre e doutora pela Unicamp, especialista no assunto.

A cidade de São Paulo prevê receber os alunos nas escolas da rede municipal na próxima segunda-feira, 3 de novembro. Por isso, a especialista ressalta que é preciso reinserir com cautela as crianças na rotina e acompanhar de perto os sinais de estresse nesse retorno. “Elas são pequenas e não possuem o mesmo entendimento da gravidade do assunto como os adultos, por isso os pais precisam se fazer presentes nesse momento, respeitar os limites e dar a devida atenção aos problemas delas”, completa a doutora.

A psicóloga acredita que esse é um período de adaptação e que, em breve, o receio deve passar. “A maioria das crianças voltará ao comportamento normal de maneira natural e rápida, pois na escola vão encontrar os amigos e gastar energia. Mas isso não quer dizer que os adultos não devam acompanhar de perto, pois algumas delas podem ter desenvolvido traumas que precisarão de acompanhamento médico. Não é normal a criança chorar todos os dias para ir para a escola, mesmo um mês após sua adaptação, por exemplo”, ressalta a especialista.


Perda de audição agrava isolamento do idoso nesta pandemia

Estudo comprova que não ouvir bem agrava o desânimo e a solidão dos mais velhos


Manter o ânimo e a disposição para enfrentar os desafios da vida está mais difícil atualmente por causa da pandemia do coronavírus, principalmente para quem já passou dos 50 anos. Mas, como a música nos lembra, é preciso saber viver, e também envelhecer. Para isso, é essencial procurar se envolver em atividades prazerosas, mesmo dentro de casa. Estar conectado ao mundo, escutar bem os sons das músicas, das conversas, dos programas na TV e até mesmo acompanhar as lives que invadiram as redes sociais. No entanto, tudo isso é muito complicado quando há dificuldades para ouvir.

A surdez não tratada muitas vezes isola o indivíduo de sua família e dos amigos. Pesquisa do Departamento de Psicologia da Universidade de Gothenburg, na Suécia, publicada na revista Journal of Personality, comprova que pessoas com surdez têm maiores problemas de relacionamento e convívio social.

Durante o estudo, 400 indivíduos com idades entre 80 e 90 anos foram avaliados durante seis anos. Os pesquisadores analisaram a capacidade mental e física, assim como aspectos da personalidade, como extroversão e estabilidade emocional. Eles verificaram que os idosos ficaram menos extrovertidos com o passar dos anos. E fator determinante, segundo eles, foi a perda auditiva. Os resultados mostraram que perda de audição afeta diretamente a qualidade de vida, em relação a situações sociais.

"Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a dificuldade para ouvir. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Neste sentido, o apoio e o incentivo da família são fundamentais. O tratamento da perda de audição resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso", afirma a Fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

Alguns indivíduos já experimentam algum grau de perda auditiva a partir dos 40 anos, por causa do processo natural de envelhecimento, que é diferente em cada um. Mas depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sinais de surdez.

"Uma boa adaptação ao aparelho auditivo e o uso diário são importantes para resgatar os sons do cotidiano e recuperar o bom ânimo. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, a dificuldade auditiva já é grande. A perda auditiva acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge estágios mais avançados", explica Vidal.

É importante procurar um médico otorrinolaringologista para receber orientações. Muitas vezes, a indicação é de uso de aparelho auditivo. Caberá então ao fonoaudiólogo recomendar o tipo e o modelo de aparelho que atende às necessidades de cada um. Atualmente, há uma diversidade de modelos de aparelhos, discretos, com design moderno, adequados para diferentes graus de perda auditiva; e o que é melhor, que não afetam a vaidade e elegância. Então, por que não procurar logo uma ajuda?
 


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