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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Quais os caminhos para o combate ao Comércio ilegal?

Representantes do setor de destilados e especialistas no combate ao Mercado Ilegal debatem efeitos e desdobramentos da crise em todo o ecossistema


Os efeitos e desdobramentos da crise no setor de destilados, além dos riscos do mercado ilegal e as restrições ao consumo e comercialização. Esses foram os temas debatidos no webinar “Pandemia, crise econômica e mercado ilegal de bebidas alcoólicas”. Promovido pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e pelo Núcleo pela Responsabilidade no Comércio e Consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil, o encontro virtual contou com a participação de representantes do Ministério da Economia, Ministério da Agricultura e da  Aliança Internacional de Combate ao Comércio Ilegal (TRACIT).

De acordo com um Estudo da Euromonitor, apresentado pelo IBRAC durante a discussão, 14,6% do volume do mercado geral de bebidas é ilegal. No setor de destilados, com volume de 398 milhões de litros de álcool puro, e um valor de mercado de R$ 34 bilhões, os ilegais chegam a 28,8% do volume total. “Fiscalização, parceria com o Governo, conscientização do consumidor, redução da tributação para os destilados e um modelo isonômico de tributação para bebidas alcoólicas. Esse é o caminho para combatermos o mercado ilegal, que acarreta uma perda de arrecação de R$ 10,2 bilhões no setor de bebidas alcóolicas em geral e de R$ 5,5 bilhões no segmento de bebidas destiladas”, reforça Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC.

Segundo José Silvino Filho, presidente executivo do Núcleo, o mercado ilegal traz o fortalecimento do crime organizado e perda de arrecadação, já que não há pagamento de impostos. “Além disso, traz riscos potenciais à saúde dos consumidores, que ingerem bebidas sem qualquer controle sanitário. Álcool é álcool!,  por isso, defendemos isonomia tributária como um pleito importante em relação ao seu combate”, completa.


Crise e reflexos internacionais

Outro convidado para o evento, Esteban Giudici, consultor sênior de políticas da Aliança Internacional de Combate ao Comércio Ilegal (TRACIT), explicou que o mercado ilegal é um problema que acontece pela alta carga fiscal, corrupção e ação do crime organizado. “É um fenômeno internacional e a pandemia acelerou as tendências que já existiam”, afirmou. Para ele, é necessário maior conscientização, políticas coordenadas e estratégias ficais para controlar o problema. “Precisamos da cooperação entre o setor público e privado. Quando falamos do comércio ilegal de bebidas, estamos falando também de financiamento ao crime organizado”, ressaltou.

De acordo com Carlos Vitor Müller, coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para que o Ministério da Agricultura tenha melhores condições de ampliar o controle do comércio ilegal, se faz necessário que os recursos sejam crescentes. “Sabemos do extenso problema que o mercado ilegal causa ao setor de bebidas alcoólicas. Estamos em busca de iniciativas para ampliar nossas ações, como o Plano Nacional de Combate a Fraudes e a promoção da integração com outros órgãos de controle, que vem sendo construído pelo MAPA”, antecipou.

Já Jorge Luiz de Lima, CEO do Projeto Custo Brasil do Ministério da Economia, destacou que: “Com a redução da participação do Estado, temos que pensar em outro tipo de fiscalização física. Precisamos investir na conscientização da sociedade em geral e muitas ações que podem ser adotadas para que, haja o aumento da conscientização e da penalidade. É necessária a massificação da conscientização da população em relação ao consumo de mercadoria ilegal. Além disso, uma análise da eficiência das leis e uma aproximação com a Polícia Federal”,  defende.

Ainda de acordo com Andreia de Oliveira Gerk, Diretora Substituta do Departamento de Inspeção do produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),  o aumento da informalidade se deve à penalidades brandas, informações incorretas em relação à formalização, facilidade de comercialização e à alta tributação. “Nossa legislação para quem pratica ilícitos  é branda, ainda mais se considerarmos que a ilegalidade é crime contra a saúde pública. Muitas vezes a pessoa retorna ao comércio ilegal, mesmo já tendo sido autuada e tendo os produtos destruídos. Só a ação do MAPA não é suficiente”, explica.




Sobre o IBRAC

O Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC é a entidade representativa do segmento produtivo da Cachaça. Com abrangência nacional possui entre os seus associados as principais empresas (micro, pequenas, médias e grandes) do segmento produtivo da Cachaça, sejam elas produtoras, estandardizadoras ou engarrafadoras, que correspondem a mais de 80% do volume de Cachaça comercializado formalmente no Brasil. No Instituto também estão presentes 17 entidades de classe (estaduias/regionais/nacionais) do segmento produtivo.

Com essa composição o IBRAC é a mais ampla representação de uma categoria de bebidas no Brasil.



Sobre o Núcleo

O Núcleo pela Responsabilidade no Comércio e Consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil é a união de um grupo de empresas do setor, com o objetivo de unificar as vozes e fortalecer as iniciativas individuais que contribuem para que a relação da sociedade com bebidas alcoólicas seja transparente e responsável.

Este grupo considera imprescindível o enfrentamento do comércio e produção ilegal de bebidas alcoólicas em território nacional, assim como promover um ambiente concorrencial equilibrado e coerente, no qual as bebidas alcoólicas sejam tratadas de maneira simétrica tanto do ponto de vista regulatório como tributário.

Outro compromisso do Núcleo é a manutenção, em nível local, das diretrizes globais da International Alliance for Responsable Drinking (IARD), que em tradução livre seria a Aliança Internacional para o Consumo Responsável de Bebidas. O objetivo do IARD, fundado em 2012, é estabelecer um compromisso de trabalho conjunto para combate ao uso prejudicial de álcool e estabelecer novos padrões de responsabilidade para o setor como um todo, de acordo com a iniciativa das Organização Mundial da Saúde (OMS).


Entidades cobram ANS para incluir exames sorológico de Covid-19 na cobertura dos planos de saúde

Agência suspendeu a cobertura mesmo com prescrição médica no último dia 17 de julho

 

Na manhã desta quinta-feira (30), o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e outras três entidades de defesa do consumidor oficiaram a ANS (Agência Nacional de Saúde) solicitando que os planos de saúde incluam na lista de cobertura os exames sorológicos para diagnóstico da Covid-19. Além do Instituto, assinam a carta a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Associação Brasileira de Procons e o Fórum Nacional de Entidades de Defesa do Consumidor. 

No último dia 17 de julho, após recorrer à Justiça, a ANS suspendeu a eficácia de uma normativa que incluía os exames sorológicos para diagnóstico do coronavírus, sob o argumento de que precisa de mais subsídios para tomar essa decisão. Contudo, o primeiro registro de exames para detecção de anticorpo (chamados também de sorológicos) na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) datam de março deste ano, sendo que se passaram ao menos três meses para que a ANS se posicionasse sobre eles. 

O teste sorológico ficou na lista de rol de procedimento dos planos apenas entre os dias 29 de junho e 17 de julho, período em que a medida judicial que determinava a realização do exame teve validade. 

"Com menos de 20 dias tivemos duas diretrizes com sinais opostos, o que gerou intensa sensação de insegurança e dúvidas sobre o período em que a medida valeu, se há reembolsos ou não, se a cobertura temporária será contada da liberação do exame ou sua realização", explicou a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete.  

A situação fica ainda mais grave frente à inquestionável dificuldade que os consumidores de planos de saúde têm enfrentado diante da negativa de cobertura pelas operadoras, mesmo quando munidos de prescrição médica.

Após a decisão de suspender a cobertura do exame sorológico, o diretor-presidente em exercício na ANS Rogério Sacarabel Barbosa foi chamado ao Congresso para explicar a medida. Três dias depois, a Agência realizou uma audiência pública sobre o tema. A coordenadora do programa de Saúde Idec participou dos dois eventos. 

Ana Carolina defendeu a necessidade de cobertura do teste sorológico, pois ele é usado para complementar o diagnóstico de Covid-19, especialmente quando não é possível fazer o teste RT-PCR – que  é feito a partir da coleta de mucosa do nariz e da garganta. O PCR só detecta o vírus nos primeiros dias da doença, já o sorológico permite saber se a pessoa teve contato com o vírus mesmo depois de passadas as primeiras semanas das infecção.

 

Pesquisa revela como a pandemia impactou profissionais de beleza de São Paulo

Com os salões de portas fechadas,
 cabeleireiros recorreram ao auxílio emergencial
e outras formas de gerar renda
(foto: Denis Jung/Unsplash)

Estudo da Beauty Fair e da Radar Pesquisas mostra a vontade de retomada dos serviços, a criatividade de reinvenção e como o desemprego e a suspensão das atividades afetaram o segmento


Profissionais de beleza estão entre os trabalhadores mais impactados pela pandemia da COVID-19. Por todo o país, salões de beleza foram obrigados a fechar suas portas por mais de 100 dias e os profissionais viram suas fontes de renda sumirem de um dia para o outro. A Beauty Fair, empresa que atua no desenvolvimento do varejo, indústria e salões de beleza do Brasil, realizou uma pesquisa online com sua base visitantes cabeleireiros para identificar quais foram as consequências do fechamento dos salões em suas carreiras. 


Foram analisados itens como: o perfil dos profissionais, a forma de trabalho antes, durante e após a quarentena, os impactos da pandemia no atendimento e na renda dos trabalhadores, a interação com marcas profissionais no ambiente digital, como estão os parâmetros atuais de serviços e aquisição de produtos e a situação do novo normal nos salões com as medidas de segurança obrigatórias. Entre as constatações, nota-se, por exemplo, que 84% dos cabeleireiros solicitaram o auxílio emergencial, mas que apenas 39% tiveram acesso ao benefício de R$ 600. Ainda, 11% responderam que os salões onde trabalhavam fecharam em definitivo e 47% afirmaram que se sentem seguros para realizar os atendimentos seguindo os protocolos exigidos para o segmento. A pesquisa foi realizada com base de visitantes da Beauty Fair, residentes em São Paulo e Região Metropolitana, entre os dias 14 e 17 de julho, em parceria com a Radar Pesquisas, empresa de pesquisa de mercado consolidada no setor há 30 anos.

"Este levantamento traz resultados importantes sobre os impactos da pandemia para os cabeleireiros. Com a suspensão das atividades por mais de três meses, vimos que muitos negócios infelizmente não resistiram a esta crise e que milhares de profissionais precisaram se reinventar com urgência. Esta é a hora de nos unirmos e nos apoiarmos no caminho da recuperação", diz Cesar Tsukuda, diretor-geral da Beauty Fair. "O setor de serviços representa 70% do PIB e foi um dos que mais sofreu com as medidas de isolamento social. Os salões de beleza são motores desse setor, por isso é tão significativo entender como estes profissionais lidaram com o confinamento e como estão retomando suas atividades. O desempenho da economia também será afetado pela resiliência e criatividade deles", completa Joana Belo, sócia-diretora da Radar Pesquisas.

Perfil
Do total de pessoas que responderam ao questionário, 90% eram cabeleireiros, 4% gerentes, 4% assistentes e 2% barbeiros. Profissionais baseados na cidade de São Paulo representam 70% das respostas, enquanto 30% estão na Região Metropolitana. A média de idade destes profissionais é de 41 anos.

Trabalho
Quanto ao regime de trabalho, 54% atuam como Microempreendedores Individuais (MEI) e apenas 13% são contratados em regime CLT. Profissionais autônomos representam 51% dos respondentes, 23% trabalham em salões de terceiros e 22% são sócios ou proprietários. As respostas também indicaram que 4% ficaram desempregados durante o fechamento dos salões.

No período em que a pesquisa foi aplicada, terceira semana de julho, 55% já haviam retomado as atividades no salão. O atendimento em domicílio também passou a ser uma realidade para 31% dos cabeleireiros, que ainda atendiam em suas casas ou na dos clientes. Antes da quarentena, 29% já atendiam em domicílio e, durante, o modo de atendimento foi aderido por 37%. O atendimento na casa do próprio profissional já funcionava para 30% deste público antes da pandemia e, agora, 36% indicaram que pretendem manter o tipo de serviço.

Na ocasião, 14% dos profissionais ainda não estavam trabalhando.

Impactos da quarentena
No momento em que responderam à pesquisa, 11% dos profissionais disseram que os salões em que trabalhavam fecharam permanentemente e outros 22% registraram que os salões estavam sem funcionar e não sabiam se voltariam a abrir. Para 22% dos respondentes, o período da quarentena foi utilizado para fazer reformas e adaptações no espaço.

O medo de se expor ao novo coronavírus é uma preocupação de 40% dos profissionais no cenário de retomada ao trabalho; já 47% afirmaram que se sentem seguros seguindo os protocolos de segurança. A ansiedade de retomar as atividades no salão de beleza foi percebida por 82% dos profissionais consultados.

Atendimento e renda
A média de atendimento semanal para os cabeleireiros caiu em um terço, se comparada ao aos índices anteriores à pandemia. Para 52% dos profissionais que estão atendendo, o volume de clientes está entre 25% e 49%, comparando com antes da quarentena.

Durante o período de fechamento dos salões, 84% solicitaram o auxílio emergencial do Governo Federal, no entanto, apenas 39% receberam o benefício. A pesquisa ainda aponta que 34% ficaram sem renda durante a quarentena.

Os profissionais de beleza viram a necessidade de se reinventar para garantir alguma fonte de renda. No período, 13% venderam produtos profissionais, 8% ofereceram a venda antecipada de vouchers para serem utilizados no momento de retomada dos salões e 4% venderam kits de coloração de cabelos.

A venda de produtos profissionais já era uma prática para 50% dos cabeleireiros, mesmo antes da pandemia e, durante o período, 4% também passaram a vender. Em média, os profissionais comercializam 3,7 marcas. Entre os respondentes, 46% alegaram que não vendem, nem passaram a vender marcas profissionais.

Interação online
O período de fechamento dos salões foi importante para mostrar a relevância da presença de marcas no ambiente digital e 92% dos cabeleireiros que responderam à pesquisa da Beauty Fair interagiram com marcas, seja por redes sociais, acompanhando lives ou fazendo cursos online. A fidelização do profissional também se manteve forte e 35% responderam que interagiram com apenas uma marca, enquanto 26% interagiram com cinco marcas ou mais.

"A Beauty Fair acredita que este formato de interação online com as marcas veio para ficar e, inclusive, será elemento essencial de valorização dos eventos presenciais", diz Cesar.

Produtos e serviços
Por algum tempo, canais de venda online foram a única opção para adquirir produtos e 55% dos profissionais disseram que já compravam por e-commerce; 13% passaram a comprar durante a quarentena e 32% informaram que nunca compraram por meios digitais.

Quando perguntados sobre a quantidade de cadeiras disponíveis para atendimento nos salões, 39% responderam que os estabelecimentos contam com uma ou duas estações de trabalho, já 22% disseram que os salões possuem três ou mais. Ainda, 16% dos trabalhadores indicaram que atendem em suas próprias casas.

O preço cobrado pela coloração dos cabelos também apresenta diferenças importantes. A maioria, 34%, respondeu que cobra entre R$ 70 e R$ 99 pelo serviço. O valor abaixo de R$ 70 foi apontado por 31% dos cabeleireiros; entre R$ 100 e 150 foi a resposta de 21% e acima de R$ 150, de 13%.

Neste momento, 48% dos cabeleireiros vão manter o preço dos serviços. Já 10% disseram que pretendem reduzir os valores e, para 7%, há a tendência de aumentar. A dúvida ou indecisão sobre o reajuste de preços foi apontada por 35%.

Salão seguro
Medidas de segurança como uso de máscaras, disponibilização de álcool em gel e limpeza do ambiente entre um atendimento e outro foram unanimidade na pesquisa. A limitação de clientes no local foi apontada por 96% das respostas e o distanciamento de um metro e meio entre as cadeiras, por 93%. O layout dos salões também sofreu alterações, com 76% indicando que removeram móveis para facilitar a circulação.

Com o atendimento exclusivo com hora marcada para evitar aglomerações, 20% passaram a cobrar o valor do serviço do cliente que faltou ao agendamento. Além disso, 65% dos locais passaram a medir a temperatura de profissionais e clientes na entrada.



Beauty Fair

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Abertura comercial não é o mesmo que inserção nas cadeias globais


Atualmente não tem sentido uma nação querer atuar autonomamente no mundo, minimizando seus relacionamentos comerciais com outros países por meio de barreiras protecionistas que acabam inibindo o desenvolvimento.

Por conta disso, as visões mais liberais defendem a abertura comercial ampla e irrestrita ao comércio internacional, como forma de desenvolver o país e inseri-lo nas chamadas cadeias globais de valor.

Entretanto, embora os objetivos desejados sejam válidos, os resultados de uma simples abertura comercial podem ser nefastos, haja vista que tal procedimento pode anular a oportunidade de uso de nossas potencialidades e promover a exacerbação de nossas deficiências como país.

Para que um produto qualquer seja lançado no mercado internacional existem vários aspectos que devem ser levados em conta, ponderados e, na medida do possível, adequados de modo a viabilizar sua entrada e aceitação.  Isso vale nos dois sentidos da abertura comercial, tanto para exportação como para importação. Ao liberar a entrada de forma ampla, um país pode perder a oportunidade de possuir localmente toda uma cadeia de valor importante na geração de emprego e renda, além de comprometer seu poder de decisão.

Como exemplo, se tirarmos uma foto da situação atual do Brasil em termos de relacionamento comercial com outros países, o que vemos é uma pauta de importação composta majoritariamente por itens com alto valor agregado e uma pauta de exportação onde os maiores valores se encontram em produtos primários e em produtos semimanufaturados.

Uma abertura ampla, geral e irrestrita tende a aprofundar a situação atual, privilegiando ainda mais a saída de produtos primários e a entrada de produtos de alto valor agregado, reduzindo cada vez mais a oportunidade de agregar valor localmente.

Assim, fica patente que para obter a real inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, é necessário que haja atuação em diversas variáveis e não simplesmente na ponta da alfândega, como, por exemplo, por meio de reduções de impostos.

O Brasil possui, entre suas riquezas, um bem de que poucos países dispõem que é o seu mercado consumidor dos diversos níveis de produto: bens de capital, bens de consumo durável e bens de consumo em geral, além de serviços e, para adequar o processo de inserção no mercado internacional, o primeiro ponto seria o uso inteligente desse mercado interno.                                                                           

O poder de compra da população de um país é um patrimônio do Estado e, esse “poder de compra” deve ser usado como moeda de troca.

Cabe acrescentar que o termo “abertura comercial” não é adequado, pois, de um modo geral, as pessoas associam a abertura comercial à facilitação das importações, fato que se baseia em práticas que não deram certo no passado e que permanecem vivas na memória até de quem não viveu àquela época: o importado é melhor ou o importado é mais barato.

Por esse motivo, o termo abertura deve ser substituído por algo como aperfeiçoamento do modelo de comércio internacional, de modo a promover a inclusão desde as matérias primas mais simples aos bens de capital mais sofisticados incluindo, de forma escalonada, os bens semimanufaturados, partes, peças, componentes, os bens de consumo, os bens de consumo duráveis e por fim aqueles itens de alto valor agregado e elevado conteúdo tecnológico.

Adicionalmente, quando se trata da inserção no mercado internacional, o pensamento tem que estar voltado para uma via de mão dupla, onde o potencial de compra de nosso mercado para os itens importados deve ser “oferecido” em troca de oportunidades de exportação dos itens aqui fabricados. Agindo assim, decisões unilaterais devem ser substituídas por acordos bilaterais ou multilaterais. A implantação deve ser gradual e planejada, com a adoção concomitante de ações que permitam explorar melhor os pontos fortes e reduzir ou suprimir os pontos fracos. Investimentos para produção no Brasil devem ser estimulados ou incluídos nas moedas de troca.

Para tanto, todos os fatores de produção e de comercialização devem ser ponderados e não apenas as condições comerciais momentâneas e ou possíveis compensações tarifárias. É necessário que sejam planejadas as necessárias salvaguardas para resguardar os interesses nacionais, assegurando o suprimento futuro e garantindo a autonomia de decisão, principalmente nos aspectos ligados à capacitação tecnológica, à engenharia, à capacidade fabril e a continuidade operacional dos processos envolvidos.

Cabe assim, identificar nichos para o estabelecimento de prioridades por meio da análise de uma matriz que considere potencial x criticidade x valor envolvido, para que as medidas possam ser dimensionadas e distribuídas no tempo para que sejam aplicadas e produzam os resultados esperados.

Concluindo, é importante ter em mente que, qualquer que seja a ação a ser adotada, toda a análise envolvida deve considerar a envoltória país, de modo a obter a melhor solução global para cada caso. Somente assim será possível obter a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor como protagonista e não a participação como simples coadjuvante. A abertura sem critério pode ser o golpe de misericórdia no desenvolvimento tecnológico e industrial do Brasil.

 


Alberto Machado Neto - Professor e Coordenador Acadêmico da FGV e Diretor de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia e Petroquímica da ABIMAQ.


Brasil, o país do podcast


Já sabemos que podcasts estão em alta. São arquivos em áudio, disponibilizados em plataformas de streaming e em sites. Funciona de forma bem parecida com um rádio, mas com a possibilidade de ouvir na hora que quiser, e usando a internet ao invés das ondas do rádio. Além disso, podcasts são mais segmentados sobre um tema. É fato de que é o queridinho do momento. O próprio Spotify considera o Brasil como "o país do podcast", já que somos o segundo que mais consome o conteúdo em áudio, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a pesquisa Podcast Stats Soubdbites. 

A grande novidade é que o Spotify, um dos streams líderes no ramo, agora está adicionando uma nova funcionalidade a seu serviço: os podcasts em vídeo, garantindo assim uma maior conexão entre o produtor e o consumidor de conteúdo. A funcionalidade ainda não está liberada para todos, apenas para produtores selecionados, mas em breve deve chegar para todos os assinantes.

É claro que, teoricamente, já existe podcast em vídeo, através do YouTube. Produtores de conteúdo gravam a produção do podcast e disponibilizam no YouTube. Mas a ferramenta Google tem alguns pontos negativos para os usuários comuns, e o principal é não poder ver o vídeo em segundo plano (quando você pode alternar entre os apps, minimizar a tela, bloquear a tela e mesmo assim continuar ouvindo e vendo a imagem mesmo que em miniatura), funcionalidade que o Spotify contemplará. No YouTube, a visualização em segundo plano só é disponibilizada para assinantes Premium.

Para os produtores de conteúdo em podcasts, fica a dica: com os vídeos, não se esqueça de respeitar a característica de podcasts, que é fornecer um conteúdo mais despojado e espontâneo. Então, nada de vídeos superproduzidos, faça com que seu ouvinte se sinta próximo de você através de seus conteúdos. 

Para gravar podcast, não é preciso muita estrutura, e com vídeos não é diferente. Mas, é claro, é preciso gravar em um ambiente sem ruídos externos, com boa iluminação, bom enquadramento de câmera, além de usar microfone e câmera de boa qualidade. 

 


Maria Carolina Avis - professora do curso de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter


Achiles Batista Ferreira Junior - coordenador dos cursos de Marketing e Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter


Com tarifa zero, importação de equipamentos de energia solar pode impulsionar venda de seguros

 Nova medida entra em vigor dia 01º de agosto e vai até o fim de 2021

 

O governo federal anunciou que, a partir de 1º de agosto, a importação de equipamentos de energia solar também terão tarifa zero. A medida, já publicada no Diário Oficial da União, visa incentivar a adoção dessa fonte de energia pelos consumidores, que atualmente responde por apenas 2% da matriz energética do país.

Entre os equipamentos da lista de bens de capital que terão os impostos de importação zerados para diminuir os impactos da Covid-19 na economia, estão também o módulo fotovoltaico, inversores fotovoltaicos, rastreadores solares (que acompanham a posição do sol) e a motobomba.

 A principal vantagem de investir em equipamentos fotovoltaicos para geração da sua própria energia está na economia. Além de reduzir significativamente o custo da conta de energia, o excedente gerado (e não consumido) retorna em forma de créditos do governo. Calcula-se que o retorno sobre o investimento é de cinco anos, em média.

 Com o incentivo para a compra desses equipamentos, a indústria do seguro espera que a demanda por coberturas também cresça. Uma das empresas que espera ser indiretamente beneficiada é a  Argo Seguros, multinacional norte-americana que oferece alguns produtos nesse segmento. Com a mudança no regime de tributação, a seguradora espera incrementar suas vendas nos produtos de seguros para placas solares - também conhecido como fotovoltaicos - e também de Engenharia, no que tange a instalação das mesmas.

 “Nossos clientes são residências, comércios e pequenas indústrias que geram energia para o seu próprio consumo. Dessa forma, enxergamos nessa medida um incentivo para que outras pessoas e pequenos comerciantes também possam investir com mais tranquilidade em equipamentos fotovoltaicos, tendo um seguro que o deixará protegido”, afirma Vanessa Oliveira, Head de Consumer Lines.

 A principal vantagem de investir em equipamentos assim está na economia. Além de reduzir significativamente o custo da conta de energia, o excedente gerado (e não consumido) retorna em forma de créditos do governo. Calcula-se que o retorno sobre o investimento é de cinco anos, em média.

 Atualmente, a Argo Seguros oferece duas opções diferentes nesse segmento. O seguro de Riscos Diversos - Equipamentos Fotovoltaicos, que é voltado para o proprietário do equipamento; e o Riscos de Engenharia para Instalações Fotovoltaicas, que é direcionado para os instaladores. O principal diferencial é que ambos possuem cobertura exclusiva para proteção de equipamentos ao ar livre, como é o caso dos produtos fotovoltaicos, que ficam sempre expostos as intempéries.

 

 

Argo Seguros

www.argoseguros.com.br.

 

Reserva de emergência: é possível investir na pandemia?

Crise econômica ocasionada pelo novo coronavírus exige organização e criação de hábitos econômicos, aponta especialista


A pandemia do novo coronavírus trouxe consequências na renda de milhares de brasileiros. Com a instabilidade econômica no país, organizar as despesas e pensar em investimentos neste momento pode parecer complicado, mas não é impossível. É o que explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb (www.yubb.com.br), maior buscador de investimentos do Brasil.

“Uma solução para este momento que vivemos é a criação de uma reserva de emergência que, como o nome sugere, é um dinheiro a ser guardado e que deve ser usado apenas em casos emergenciais”, pondera Bernardo. Para saber o quanto uma pessoa precisa juntar, é necessário que ela tenha um controle dos seus gastos essenciais. 

“É importante anotar quais são os gastos em alimentação, moradia, água, luz, telefone, gasolina e outras despesas fixas. E a soma dessas valores indicará qual é o custo de vida mensal da pessoa. Na reserva de emergência, não podemos contar com o valor correspondente a apenas um mês. O mínimo é juntar o valor correspondente a seis meses, sendo 12 meses o ideal. Claro que não será simples guardar esse dinheiro, mas a pessoa pode fazer isso aos poucos, com disciplina”. 

O especialista aponta que bons investidores desenvolvem hábitos, e ressalta que a pessoa deve ficar sempre atenta à sua condição financeira atual. “O importante é entender que, assim que receber o salário, ela deve separar uma quantia para a reserva de emergência. Mas ela não deve se comprometer com o que não consegue arcar. Comece aos poucos, com R$ 30,00, R$ 50,00 ou R$ 100,00, e vá aumentando o valor”, complementa.

Após juntar o dinheiro, o desafio seguinte é escolher onde investi-lo. “A reserva de emergência precisa estar em investimentos de renda fixa com baixo risco e liquidez diária. Apesar de não serem os investimentos mais rentáveis do mercado, são os mais seguros”, pontua Bernardo. 

E mesmo sendo a forma de investimento mais popular no país, a poupança não é recomendada. “O problema da poupança é seu baixo rendimento. É importante buscar outras opções de investimento em renda fixa que tenham um melhor rendimento, mas com a mesma segurança que a poupança oferece, como como CDB, LCI, LCA e fundos de renda fixa”. 


É possível investir além da reserva de emergência

Para as pessoas que possuem renda além da reserva de emergência, Bernardo Pascowitch explica como é possível investir. “A pessoa precisa estar ciente que, com a volatilidade que vivemos hoje, só se deve investir na bolsa de valores aquele dinheiro que se pode perder, que não é essencial para a sobrevivência”, explica. 

O especialista ressalta que, mesmo que ninguém queira perder dinheiro, é importante considerar essa hipótese antes de investir. “Ninguém sabe quando o mercado vai se recuperar totalmente e, por ser um momento delicado, é preciso ter cautela”.

O passo seguinte, após definir a quantia, é pesquisar sobre os ativos em que a pessoa deseja investir seu dinheiro. “No caso de ações, é necessário saber o porquê se está investindo em determinada empresa, e não apenas acompanhar as dicas de especialistas do mercado.”.

Por fim, é importante  escolher uma corretora que não cobre taxas. Para isso, o Yubb criou um Guia de Melhores Empresas de Investimento, disponível gratuitamente em seu site oficial. “Como tudo está tão volátil e complicado, ninguém quer gastar dinheiro em taxas ou custos desnecessários. Escolha empresas em que você vai economizar o máximo possível”, conclui Bernardo.


Brasil libera entrada de turistas estrangeiros por via aérea

Pela primeira vez, governo exige seguro-saúde de estrangeiros para visitar o País, aponta especialista. Vias marítimas e terrestres continuam com restrições


A Portaria assinada em conjunto pelos Ministérios da Casa Civil, Infraestrutura, Justiça e Segurança Pública e Saúde e publicada em seção extra do Diário Oficial da União na noite desta quarta-feira (29/07) libera a entrada de turistas estrangeiros por via aérea. Na portaria anterior, apenas viagens de negócios estavam autorizadas.

A nova portaria tira a obrigatoriedade do teste de Covid, mas cria a exigência do seguro-saúde para a entrada. “Essa é uma forma de se precaver contra a lotação do sistema público de saúde, mas seria interessante manter o exame ou algum outro tipo de controle sanitário na entrada”, afirma Diana Quintas, diretora da Abemmi (Associação de Especialistas em Migração e Mobilidade Internacional) e sócia da Fragomen, maior e mais antiga empresa de migração do mundo. Diana lembra que é a primeira vez que o Brasil obriga a contratação de seguro-saúde para turistas estrangeiros.

Na portaria de trinta dias atrás, apenas aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília estavam liberados para vôos com visitantes estrangeiros. Agora, quase todos os estados podem receber turistas, com exceção da Paraíba, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins.

Em relação às vias marítimas e terrestres, os estrangeiros podem entrar para atividades de negócios e trabalho, mas as viagens turísticas continuam proibidas.


Violência doméstica contra criança e mulher aumentou na quarentena, diz estudo

O confinamento social faz com que casais passem mais tempo juntos, o que amplia os conflitos familiares.


Dados da ONU demonstram que houve um aumento nas denúncias formais de abuso desde que a pandemia começou. A Famivita, em seu mais recente estudo constatou que 4% das brasileiras já sofreram violência doméstica nos últimos meses. Considerando 40 milhões de mulheres vivendo em união, são 1,6 milhões de casos só na pandemia. E o mais triste é que conforme o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, da ONU, o lugar mais perigoso do mundo para uma mulher é a sua própria casa.

Além disso, o estudo também aponta que 3% dos filhos das entrevistadas já sofreram violência doméstica nos últimos meses. O fato de estarem sem sair de casa para ir a escola ou para atividades de recreação ajuda; tendo em vista que conforme dados do Ministério da Saúde, mais de 70% dos casos de abuso infantil acontecem dentro da própria residência da criança ou adolescente.

Percebe-se que um dos motivos é o aumento do tempo em que as famílias estão passando juntas durante o confinamento. Pelo menos 61% delas estão mais próximas desde que a pandemia começou. Com isso, as brigas e desentendimentos aumentaram para 27% das famílias.

Roraima é o estado campeão de brigas e desentendimentos entre casais, com 38% dos participantes. No Rio de Janeiro, 31% dos casais aumentaram o número de brigas, e um dos reflexos, é o percentual de violência doméstica no estado, que é de 4%. São Paulo também teve aumento de 27% nos desentendimentos, e registra 4% de mulheres que sofrem violência doméstica.


Restaurantes reabrem em todo o Brasil com restrições e movimento baixo

Comerciantes vão se adaptando à nova realidade com faturamento bem abaixo do normal na retomada

 

Especialista dá dicas de como retomar a confiança dos consumidores


 

Bares e restaurantes espalhados pelo Brasil retomaram suas atividades após flexibilização das quarentenas. Entretanto, o movimento destes estabelecimentos foi baixo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, onde o comércio já retomou as atividades com restrições.

 

Segundo o Sindicato dos Lojistas de São Paulo, o comércio paulista teve um fluxo de 10 a 20% do movimento normal nos primeiros dias. Já no Ceará, onde bares e restaurantes também foram liberados com restrições, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do estado (Abrasel) aponta que apenas 40% dos estabelecimentos conseguiram voltar logo nos primeiros dias da retomada. No Rio de Janeiro, O Sindicato de Bares e Restaurantes aponta que, apesar da reabertura permitida desde o início de julho, cinco em cada 10 bares acreditam que vão demitir funcionários após a pandemia.

 

Para Guilherme Satoru, chef e fundador da Satoru Food Service Consulting (https://www.satorufsc.com.br/), empresa que propõe aumentar a produtividade nas cozinhas e evitar desperdícios de alimentos, o momento agora é de retomada não só do comércio, mas também da confiança dos consumidores. “Momentos de baixíssimo faturamento como este exigem esforços ainda maiores para que o cliente se sinta seguro em sair de casa para consumir. Para isto, é fundamental o comerciante investir na higienização constante no estabelecimento e promover campanhas nas redes sociais para estreitar relações com seu público”, destaca Satoru. 

 

Satoru também destaca a importância de evitar desperdícios de alimentos para ajudar no meio ambiente e não prejudicar o faturamento do comerciante em tempos de crise. Confira:


 

Organizar trajeto casa-emprego-caso dos funcionários


Com o objetivo de evitar maior exposição dos colaborares ao vírus, todo o trajeto que será realizado entre os funcionários deverá ser bem organizado e administrado pelo comerciante. Portanto, é importante mapear os meios utilizados por eles para chegar na empresas e orientar quais os cuidados que devem tomar.

 

Entre as principais dicas, o comerciante deve orientar seu funcionário a não realizar o trajeto de uniforme, utilizá-lo somente dentro da área de trabalho, usar máscara de proteção durante o percurso e higienizar sempre que sair e voltar do estabelecimento.

 


Não desperdice alimentos e aumente produtividade da equip


Os restaurantes devem aproveitar ao máximo os alimentos que tem em seu estoque. Além de ser uma medida sustentável e sempre fundamental, evitar o desperdício também ajuda a evitar gastos desnecessários em tempos que o faturamento dos estabelecimentos está baixo.

 

Um processo usado na Satoru Consultoria que pode ajudar a cozinha dos estabelecimentos é a Lean Kitchen, que evita desperdícios de comida na cozinha e também a quebra de vitrine, que é a falta do produto anunciado. Esse sistema reduz em 80% o desperdício e reduz a mão de obra em até 15%.


 

Redobre os cuidados com higiene


Saber conduzir todo o processo de venda, preparo do alimento e a entrega - seguindo as recomendações sanitárias - sempre foram e continuarão sendo obrigatórios para as vendas e aumento da confiança do cliente. Entre as medidas, estão a correta higienização das mãos antes e depois da entrega e também da máquina e do cartão após o uso. Outra forma é permitir a entrada controlada de um cliente por vez, criar um cardápio online, oferecer porção individual de condimentos, como ketchup e maionese, e medir a temperatura dos consumidores antes da entrada.

 

Embora não haja evidências científicas de que o novo coronavírus possa ser transmitido por meio dos alimentos, é fundamental aumentar os cuidados para além da operação, como o salão e demais ambientes.


 

Promover mudanças na estrutura interna do estabelecimento


Os restaurantes terão que de adaptar à nova realidade e proporcionar maior espaçamento entre as pessoas e evitar aglomerações. É possível determinar limite máximo de 4 pessoas por mesa, contar com um divisor de acrílico no balcão de atendimento e manter as janelas sempre abertas.

 


Agendamento


Se for possível atender por meio de agendamento, procure oferecer horários que garantam que o restaurante consiga cumprir os procedimentos de segurança propostos. Além de proporcionar maior distanciamento entre os consumidores, o agendamento promove uma boa experiência ao cliente, que se sente mais seguro em ambiente com maior controle.


 

Estreitar relações pelas redes sociais e diversificar opções de entrega e venda


Mesmo com a reabertura, investir em delivery será fundamental para ampliar as opções de venda. Os estabelecimentos também podem estreitar as relações com os clientes pelas redes sociais, pelo Whatsapp e até mesmo por um aplicativo próprio do restaurante. Para os conteúdos que serão divulgados nas redes sociais, ser objetivo com o cliente e quanto menos texto melhor.

 

 

Satoru Food Service Consulting

https://www.satorufsc.com.br/

 


Dicas da Liquigás para a segurança no uso do gás em aquecedores de ambiente e de água

Com os dias mais frios, é preciso atenção ao uso correto de aquecedores a gás para evitar acidentes

 

         A Liquigás Distribuidora, comprometida com a segurança dos seus consumidores, traz dicas de segurança para o uso de aquecedores de ambiente e de água. São orientações importantes, principalmente nesse momento do ano em que os dias são mais frios e os equipamentos são utilizados com mais frequência.

         Cada vez mais presentes nas residências, eles aquecem a água que sai dos chuveiros e das torneiras e podem ser usados também nos sistemas de calefação de ambiente, trazendo conforto para toda a família. Como todos os equipamentos que utilizam combustíveis, os aquecedores a gás liquefeito de petróleo (GLP) são totalmente seguros, mas é preciso atenção na escolha do equipamento, na instalação correta e na manutenção adequada para evitar a ocorrência de acidentes.


Dica 1 – Cuidado na instalação

         Primeiro é preciso adquirir um equipamento que atenda às recomendações do Inmetro. A instalação deve ser realizada por uma empresa (ou profissional) que siga as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, impreterivelmente.

         O local da instalação deve ser bem ventilado e, exatamente por isso, o aquecedor deve ser colocado em um ambiente com boa passagem de ar. É fundamental que o equipamento conte com uma chaminé adequada para a vazão dos gases. Como regras gerais, devem existir aberturas fixas no ambiente, como as grelhas metálicas comuns em áreas de serviço de apartamentos. Essas aberturas são importantes para permitir a entrada de oxigênio no ambiente, uma vez que esse elemento é consumido na queima do gás.


Dica 2 - Atenção aos vazamentos

         Os cuidados com os aquecedores são os mesmos que temos com os botijões de gás. Dentre esses cuidados, está a atenção aos vazamentos.

         É preciso sempre verificar se o aparelho está funcionando de fato, ou se está apenas liberando gás sem que o sistema tenha sido acionado. Caso isso ocorra, há sérios riscos de explosão e incêndio.

         Se houver suspeita de vazamento, o morador não deve acender luzes ou acionar outros equipamentos elétricos para não correr o risco de gerar faíscas.

Ao perceber o vazamento, o morador deve desligar imediatamente o aquecedor, fechar o gás, desativar toda a energia e arejar bem o ambiente. Ele não deve utilizar fósforos ou isqueiros para detectar vazamentos nos equipamentos ou instalações.

Mas se não for possível identificar o vazamento ou se o cheiro persistir, o morador deve abandonar o local e chamar os bombeiros.

         No caso de se ausentar por períodos longos, é recomendável que mantenha os registros de gás fechados.


Dica 3 – Cuidado com o acúmulo de monóxido de carbono

         O acúmulo de monóxido de carbono também deve receber especial atenção por parte do consumidor. O GLP não é tóxico, mas, assim como outros gases, produz monóxido de carbono durante a sua queima e se o aparelho estiver com problemas, pode ocorrer o seu acúmulo no interior da moradia e causar envenenamento, pois ele substitui o oxigênio dentro do sistema respiratório, causando asfixia. A falta de oxigênio pode causar queda de pressão arterial, enrubescimento, moleza, sonolência e náuseas em pessoas ou animais que estejam no ambiente.

         Por isso, é imprescindível que os aquecedores estejam equipados com exaustores ou chaminés para que todo o produto da queima do GLP seja liberado ao ar livre. Se o imóvel não tiver aberturas fixas, é necessário sempre deixar uma fresta de janela aberta para renovar o ar.


Dica 4 – Atenção à cor da chama

         A cor da chama piloto pode dizer muito sobre o estado do aquecedor, por isso recomenda-se sempre fazer essa verificação. O ideal é que esteja sempre num tom azulado.

         Se na inspeção constatar que a chama está num tom mais alaranjado, o melhor a fazer é desligar o equipamento e contatar a inspeção de uma equipe técnica, pois pode significar problemas nos queimadores, como obstrução ou sujeira.


Dica 5 – Regulagem da temperatura

         Para garantir mais segurança para o usuário, o ideal é que o botão de regulagem da temperatura seja mantido sempre na posição intermediária no inverno e mais baixa no verão. Assim, não há queima desnecessária e o uso é mais econômico.


Dica 6 – Mantenha a manutenção do aparelho sempre em dia

         Como todo equipamento, os aquecedores carecem de manutenção periódica. Por isso, é imprescindível que seja mantido sempre limpo e regulado. Os especialistas indicam uma revisão anual para que seja avaliada a validade das mangueiras metálicas. Sim, elas têm prazo de validade de cinco anos e precisam ser substituídas para garantir o funcionamento seguro do aparelho. A validade está impressa na própria mangueira.

 


Liquigás

www.liquigas.com.br
facebook.com/liquigas


Ipem-SP alerta sobre cuidados na compra de roupas e aparelhos elétricos para o Dia dos Pais


A comemoração do Dia dos Pais se aproxima e o consumidor precisa ficar atento nas compras de produtos têxteis. As alergias são apenas alguns dos problemas ocasionados por produtos inadequados. Por este motivo, o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça, e órgão delegado do Inmetro, que tem como finalidade proteger o consumidor, alerta sobre os cuidados necessários na compra destes itens.    

As informações contidas na etiqueta são fundamentais e precisam seguir critérios específicos. Devem conter as informações em português sobre o fabricante ou importador, incluindo CNPJ e o país de origem. Além disso, também é necessário identificar a composição têxtil, o tamanho e os símbolos de cuidados com a conservação.     

Para a composição têxtil, vale a pena ressaltar que todos os tipos de filamentos utilizados para a produção da peça devem estar mencionados com a indicação percentual de cada um deles (70% algodão e 30% poliéster, por exemplo).   

A etiqueta também deve conter elementos de orientação para a conservação e tratamento do produto. E podem ser indicadas através de símbolos ou textos e devem seguir a sequência correta de utilização do produto, como lavagem, alvejamento, secagem, passadoria (ferro de passar) e limpeza profissional (limpeza a seco / limpeza a úmido).    

O tamanho das peças de vestuário pode ser indicado por numeração ou letras (38, 40, 42; P, M, G, Tamanho Único). Vale destacar que se os produtos forem embalados hermeticamente e isto dificultar a visualização das informações, a embalagem deve apresentar, pelo menos, a composição têxtil, pais de origem e tamanho, e quando apresentar mais de uma unidade deve ser informado o número de unidades e a impossibilidade de serem vendidos separadamente.   

No caso de barbeador elétrico, máquina de corte de cabelo, ferramentas elétricas (exceto aquelas operadas a motor) e carregador de baterias automotivas até 30A, necessitam constar tanto no produto quanto na embalagem o Selo do Inmetro. O selo é um indicativo que o produto possui aprovação em requisitos relacionados a funcionalidade e segurança e englobam por exemplo testes com relação a estabilidade do produto, validação da potência, choque elétrico, inflamabilidade, elevação de temperatura interna do produto, resistência mecânica, acesso das partes internas a água e poeira, resistência de parafusos e conexões e resistência do cordão de alimentação.  

Nesses produtos deve constar algumas informações obrigatórias como: tensão nominal ou faixa de tensão nominal em volts; símbolo da natureza da fonte, a menos que seja marcada a frequência nominal; potência nominal em watts ou corrente nominal em ampères; nome, marca comercial ou marca de identificação do fabricante ou do vendedor responsável; referência do modelo ou tipo; as instruções de utilização devem ser fornecidas com o aparelho de modo que ele possa ser utilizado com segurança e as instruções e outros textos exigidos devem ser redigidos no idioma oficial do país no qual o aparelho está sendo comercializado.    

Caso as equipes de fiscalização do Ipem-SP encontrem irregularidades nesses produtos, as empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa ao órgão. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.  

 


Ipem-SP 

O Ipem-SP é uma autarquia vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania do Governo do Estado de São Paulo e órgão delegado do Inmetro. Com uma equipe de fiscalização formada por especialistas e técnicos, realiza diariamente, em todo o Estado de São Paulo, operações de fiscalizações rotineiras em balanças, bombas de combustíveis, medidores de pressão arterial, taxímetros, radares, capacetes de motociclistas, preservativos, cadeiras de carro para crianças, peças de roupa, cama, mesa e banho, botijões de gás, entre outros materiais. É seu papel também proteger o consumidor para que este leve para casa a quantidade exata de produto pela qual pagou. Quem desconfiar ou encontrar irregularidades pode recorrer ao serviço da Ouvidoria, pelo telefone 0800 013 05 22, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou enviar e-mail para: ouvidoria@ipem.sp.gov.br


Como o uso das tecnologias permitem o retorno às atividades e evitam o contágio da Covid-19

 

Diversas cidades brasileiras estão voltando com atividades importantes para retomada da economia como volta às aulas, rotina dos escritórios e academias de ginásticas. Diante desse novo normal, causado pelo coronavírus, os estabelecimentos terão que seguir protocolos que os obrigam a reduzir a capacidade de atendimento para evitar aglomerações e controlar o fluxo de pessoas. Por ser tão complexa a situação, o uso da tecnologia se tornou fundamental para manter o distanciamento e evitar contatos físicos. Neste novo cenário, a DIMEP criou novas soluções para proteger todos desde a entrada no local até o seu retorno para casa. 

Entre as tecnologias oferecidas pela DIMEP estão o Temp Scan e o Detector de Metal com Medidor de Temperatura que são ideais para o controle em locais de grande circulação de pessoas como aeroportos e entrada de supermercados, para tentar localizar um possível novo foco da doença. Com essas tecnologias é possível realizar a medição da temperatura corporal de forma automática, rápida e segura (sem contato) e podem ser integradas a um sistema completo de controle de acesso (catracas) para permitir ou bloquear o acesso.  

Outros equipamentos desenvolvidos pela DIMEP que são voltados para maior segurança e praticidade no controle de acesso de pessoas são: Face Access II e Face Access S, que oferecem mais segurança no controle de acesso sem contato físico por reconhecimento facial; o Face Access MT, que é um leitor facial com detector de temperatura e máscara; a BAP Autônoma, uma catraca de acesso que limita o número máximo de pessoas dentro do estabelecimento; e as Catracas Smart Gate e Mini Gate, que também contam com reconhecimento facial e abertura automática, sem qualquer contato físico com o usuário.  

A DIMEP também lançou recentemente o Totem Sensor de Temperatura e Dispenser de Álcool Gel, uma tecnologia que garante mais segurança e higiene para clientes e colaboradores, pois não exige o contato com outras pessoas, garantindo praticidade no acesso e mais segurança aos estabelecimentos. O Sensor de Temperatura é um termômetro inteligente e uma forma de substituir o tradicional termômetro manual que é utilizado até os dias de hoje. Ele traz uma forma mais prática de se medir a temperatura humana sem precisar encostar nas pessoas, podendo também ser utilizado em diversos locais como shoppings, mercados, escritórios, hospitais, escolas, etc. 

 “As catracas com abertura automática e leitura facial são perfeitas para qualquer situação, mas com o avanço da pandemia covid-19 o controle de acesso sem contato físico se torna essencial não somente para hospitais, mas para todos os ambientes que precisam ter o controle do fluxo de pessoas e evitar aglomerações, pois não exige contato direto das mãos. Além disso, a tecnologia pode ser configurada de diversas maneiras, detectando a temperatura corporal e o uso de máscara, permitindo a entrada somente de quem for autorizado, com uma rápida liberação”, finaliza Rodrigo Pimenta, Vice-Presidente da DIMEP. 

 

Cuidando dos profissionais da saúde 

Visando a segurança de todos e dos profissionais da saúde que estão na linha de frente dessa luta, a DIMEP, líder no mercado em soluções completas para acesso e gestão de jornada de trabalho, doou catracas com a tecnologia de leitura QR Code para a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, que estão sendo usadas no Hospital de Campanha do Anhembi, em SP. 

As catracas são do modelo Bap Fancy, desenvolvida para atender às mais exigentes necessidades de controle de acesso e que faz parte de uma linha que possui diversos modelos de tecnologias de reconhecimento além do QR Code, como biometria facial, leitura de cartão de proximidade entre outros. Elas tem integração nativa com o software de acesso DIMEP, garantindo que somente pessoas autorizadas tenham acesso a ambientes restritos, e dentro do limite de pessoas pré-estabelecido. Atingido este limite, para que uma pessoa entre, outra deverá sair.  

No caso do Hospital de Campanha do Anhembi, a tecnologia usada é a de QR Code. Além da doação de catracas a DIMEP forneceu 1.250 cartões para controlar o acesso dos profissionais de saúde que lá atuam e onde estão enfrentando bravamente os desafios da pandemia. 


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