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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Black Friday: 5 dicas para aproveitar a data sem cair em armadilhas


Rebeca Toyama aponta maneiras de como manter as prioridades e não comprar compulsivamente


Lançada no Brasil em 2010, a Black Friday é considerada a maior e a mais esperada liquidação do ano pelos consumidores e lojistas, a data vem ganhando força a cada ano e só fica para trás do Natal. Todos os anos, os consumidores sofrem com uma série de problemas que vão desde atrasos nas entregas a armadilhas como falsas promoções. Pensando nisso, a especialista em Desenvolvimento Humano Rebeca Toyama desenvolveu dicas para os consumidores não caírem nas fraudes e manter um consumo consciente.

Segundo uma pesquisa realizada no mês de outubro pelo Google, apontou que a intenção de compras dos consumidores para a Black Friday aumentou 58% em relação ao ano passado. De acordo com o estudo, 69% já sabem o que vão comprar e o gasto médio girará em torno de R$ 1.330.

Já o levantamento divulgado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), mostra que o percentual médio de descontos da Black Friday este ano deve girar em torno de 24%, dado um pouco menor do que apontou pesquisa feita no mesmo período do ano passado, onde os descontos giravam em torno de 29%.

A especialista alerta os consumidores manterem um consumo mais consciente, fazendo uma lista de desejos e prioridades, além de ter um planejamento financeiro bem definido para aproveitar as oportunidades da Black Friday e não ficar no vermelho. É importante saber separar o que é realmente uma necessidade, do que algo que o consumidor vai comprar, somente porque o preço está atrativo.

“Depois de fazer o seu planejamento financeiro e um compilado dos produtos que você precisa, o segundo passo é listar possíveis sites onde poderá adquirir os produtos e acompanhar quais deles estará com o melhor preço.”, afirma a especialista.

Praticar o autocontrole em momentos de compras, por exemplo, é algo primordial para não cair em cilada e não comprar compulsivamente, pois por diversos motivos os consumidores são induzidos por apelo ao consumo, como no caso dos aplicativos de lojas e comidas que sempre enviam cupons e ofertas imperdíveis.   

“Não somos treinados a tomar decisões, e por isso acabamos tomando ações no presente que comprometerão nosso futuro. Nosso cérebro tem uma relação com o tempo um pouco complexa e prolixa, não consegue relacionar a atual situação financeira com as pequenas decisões tomadas no dia a dia. E por isso, precisamos incluir um planejamento, limites e metas para que não tomemos ações contrárias à realidade que gostaríamos de viver no presente e futuro.”, finaliza a expert.

Diante de estudos feitos em psicologia e economia comportamental, onde apontam diversos vieses que podem levar os consumidores tomar decisões irracionais, a especialista Rebeca Toyama preparou 5 dicas para os consumidores aproveitarem as compras sem cair em ciladas:


1- Faça um planejamento: De acordo com a sua lista de desejos, organize suas prioridades e faça um planejamento financeiro para definir o valor a ser gasto sem comprometer o orçamento. Assim, a armadilha do consumismo não irá prejudicar suas finanças.


2- Mantenha as prioridades: Você vai se deparar por diversas “tentações”, amigos, familiares e até os próprios anunciantes podem tentar te convencer de que todo mundo vai comprar aquele produto e que você precisa também. Evite qualquer compra por impulso.


3- Fuja das promoções “imperdíveis”: Pesquise muito antes de comprar aquele produto desejado, compare o preço e veja se de fato compensa comprar na Black Friday. É muito comum nos deparar com promoções que à primeira vista são imperdíveis, mas em muitos casos é apenas um apelo comercial.


4- Pesquise lojas e sites: Evite dores de cabeça e frustração, aproveite algumas horas do seu dia para pesquisar a fundo a reputação das lojas e sites, além de comparar preços e diferentes fornecedores, consulte sites como Procon e Reclame Aqui para saber quais estão no Ranking de reclamações.


5- Cuidado com seus dados: Não insira seus dados em sites desconhecidos, uma boa dica é verificar o nível de confiabilidade dos e-commerces, para isso, o Procon-SP disponibilizou uma lista de sites não recomendados. Além disso, prefira sempre comprar em e-commerces recomendados por pessoas conhecidas.





 Rebeca Toyama - palestrante especialista em planejamento de carreira e educação financeira. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo, coordenadora do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).  Colunista do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.


Prazo para ingressar com as ações de revisão do FGTS não se encerrou


Nas últimas semanas tomou grande repercussão a hipótese das ações que versam sobre a revisão do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) estarem prescritas, em razão de uma decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2014, que alterou o prazo de prescrição para 5 (cinco) anos.

No entanto, a defesa desta tese não passa de “Fake News”. Isto porque, a decisão do Supremo Tribunal Federal é muito clara, o processo utilizado como paradigma fala sobre prescrição de depósito de FGTS por empregadores e tomadores de serviço, ou seja, depósito de FGTS não realizados advindos de relação de trabalho.

Nesse sentido, destaco o trecho inicial do voto do Ministro Gilmar Mendes no processo paradigma de 2014, que enterra a tese da prescrição em cinco anos: “O cerne da presente controvérsia diz respeito à definição do prazo prescricional aplicável à cobrança judicial dos valores devidos, pelos empregadores e pelos tomadores de serviço, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).”.

Da mera leitura do trecho transcrito já se observa que esta prescrição não se aplica para a tese de correção dos ganhos do FGTS pela TR, que é a defendida atualmente e que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal dia 12/12/19.

É certo, no entanto, que o STF poderá limitar a prescrição em cinco anos na data do julgamento, todavia, essa questão não foi analisada e não pode ser dada como concreta, excluindo o direito de quem possa ter eventual revisão destes valores.

Por oportuno, é importante destacar que a tese será julgada pelo Supremo, ou seja, não é causa ganha. Além disso, é recomendado que quem tiver interesse ingresse com a ação até 12/12/19, pois nesta data o Supremo Tribunal Federal, mesmo que julgue procedente a ação, poderá modular seus efeitos de formas incertas, inclusive limitando o direito do recebimento para quem já tem ação em andamento, como já fez em outras ocasiões.

Por fim, ao analisar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal podemos criar certa confiança, pois a Suprema Corte já afastou a TR (Taxa Referencial) de outros títulos públicos, inclusive recentemente, em 12/11/19, afastou a aplicação da TR para atualização das dívidas da Fazenda, no julgamento da ADI 5.348.





Renato Falchet Guaracho - coordenador jurídico do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados e fundador do Blog www.possocolocarnopau.com.br


Casos de arboviroses caem em áreas onde houve estabelecimento de mosquitos com Wolbachia no Brasil, Indonésia, Austrália e Vietnã


Dados foram apresentados nesta quinta-feira (21) durante Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene (American Society of Tropical Medicine and Hygiene/ASTMH), nos Estados Unidos.


Pesquisadores do World Mosquito Program (WMP) apresentaram nesta quinta-feira, 21, novas evidências de redução de arboviroses em áreas onde foi feita a liberação de Aedes aegypti com Wolbachia no Brasil, Indonésia, Vietnã e Austrália. A Wolbachia é uma bactéria intracelular que, quando presente nos mosquitos, impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam bem dentro destes insetos, reduzindo assim a transmissão dessas doenças.

Dados preliminares do WMP, iniciativa global que no Brasil é conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontam uma redução de cerca de 75% nos casos de chikungunya em Niterói (RJ) nos últimos dois anos, quando comparadas as áreas do município que receberam os mosquitos com Wolbachia, com áreas que não receberam. "Nós monitoramos os dados a partir das informações de vigilância do Ministério da Saúde e, no caso da chikungunya, neste período de análise, identificamos esta significativa redução nas áreas tratadas”, destacou Betina Durovni, coordenadora de epidemiologia do WMP Brasil.

Estes dados foram apresentados nesta quinta-feira (21), pelo pesquisador da Fiocruz e líder do WMP no Brasil, Luciano Moreira, durante Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene (American Society of Tropical Medicine and Hygiene/ASTMH), nos Estados Unidos.

O WMP Brasil atua em Niterói e no Rio de Janeiro desde 2016. Como as liberações de Aedes aegypti com Wolbachia começaram por Niterói, estas primeiras informações divulgadas são daquele município. Os dados são preliminares e um estudo completo, com informações sobre as duas cidades, deverá ser divulgado até 2022.

Também foram apresentados na Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, dados da ação do WMP na  Indonésia, Vietnã e Austrália. O trabalho do World Mosquito Program na Indonésia envolveu a liberação de mosquitos com Wolbachia em uma área de cerca de 65 mil pessoas próxima à cidade de Yogyakarta. As liberações começaram em 2016. A redução registrada foi de 76% nas notificações de dengue entre a população-alvo registrada pelas autoridades locais de saúde, em comparação com uma área de controle não tratada nas proximidades.

A pesquisadora e especialista em epidemiologia do WMP, Katie Anders apresentou resultados de um estudo de campo realizado nas proximidades de Nha Trang, no Vietnã, onde pouquíssimos casos de dengue foram relatados durante o ano seguinte à liberação de mosquitos com Wolbachia do WMP. As liberações ocorreram em 2018. Esta baixa incidência de casos de dengue na área de intervenção foi documentada em um momento em que o próprio município de Nha Trang enfrentava um de seus maiores surtos de dengue.

Anders também apresentou resultados publicados no início deste ano, mostrando que no extremo norte do estado de Queensland, na Austrália, houve a interrupção da transmissão local de dengue. As liberações de mosquitos com Wolbachia começaram oito anos atrás e levaram a uma redução de 96% nos casos de transmissão local de dengue.

"Estamos muito animados com o impacto na saúde pública que estamos vendo. Isto destaca o potencial dessa abordagem para combater a dengue e as doenças relacionadas a mosquitos em uma escala global", ressalta o professor Cameron Simmons, diretor de avaliação de impacto e especialista na área de epidemiologia do WMP. "As evidências têm apontado que, nas áreas onde os mosquitos com Wolbachia foram liberados, há menos relatos de dengue do que em áreas não tratadas".

Os pesquisadores do WMP enfatizaram que as liberações de mosquitos sempre são precedidas de ações de engajamento para informar as comunidades locais sobre a segurança da Wolbachia e o impacto no ecossistema. O Método Wolbachia do WMP não envolve qualquer modificação genética, nem da bactéria, nem do mosquito.

A Wolbachia está naturalmente presente na maioria dos insetos, mas não é encontrada nos mosquitos Aedes aegypti que são os vetores da dengue, chikungunya e zika - todos pertencentes a uma classe de vírus chamada arbovírus.

"Este é um trabalho animador, realizado no meio de uma explosão de infecções de dengue que as autoridades de saúde estão achando muito difíceis de controlar", ressaltou o presidente da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, Chandy C. John. "A combinação de ciência avançada e engajamento comunitário comprometido é impressionante - e essencial para o seu sucesso."

As evidências existentes de reduções na dengue relacionadas aos mosquitos com Wolbachia são consistentes com as previsões realizadas em estudos já publicados de modelagem. "Estamos muito empolgados com o fato de esse método autossustentável e econômico ter sido adotado pelas comunidades e oferecer os benefícios de saúde pública que esperávamos", disse Simmons, diretor do WMP. "Nosso desafio agora é trabalhar com parceiros e governos para levar o método a 100 milhões de pessoas até 2023".




WMP Brasil
wmpbrasil.org


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