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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Pessoas com pedras na vesícula devem ser operadas para evitar complicações


Colecistite aguda pode levar paciente à morte se não tratada em tempo


Pacientes com cálculos biliares, mesmo sem sintomas, devem ser submetidos à colecistectomia, que é a retirada da vesícula, para evitar possíveis complicações que podem levar à morte. Entre as principais complicações, estão a colecistite (Inflamação da vesícula biliar) crônica ou aguda, neste caso, já considerada uma cirurgia de urgência.

De acordo com a literatura médica, cerca de 20% da população adulta terá colecistite. Este índice pode chegar a 35% no caso de pessoas idosas. “Os casos crônicos são caracterizados por crises de dor (cólica biliar), que se repetem sempre que os cálculos biliares bloqueiam temporariamente o duto cístico”, explica o cirurgião de urgência e emergência e CEO do Grupo 

Surgical, Bruno Pereira. “Já nos casos agudos, a cólica biliar costuma ser mais forte e duradoura, podendo durar até mais de 12 horas, com pico entre 15 e 60 minutos após o início. Os pacientes relatam que, muitas vezes, a dor é insuportável e vem acompanhada de enjoos e vômitos”, complementa o cirurgião. De acordo com ele, cerca de 30% dos pacientes com colecistite aguda também apresentam febre e, em alguns casos, calafrios.

O paciente com colecistite aguda precisa ser operado logo após o aparecimento dos primeiros sintomas porque o quadro pode ser agravar e causar outros problemas, que podem até levar à morte. Entre as complicações mais comuns, estão a peritonite (inflamação do peritônio), formação de fístula para o intestino, septicemia (infecção generalizada), formação de abcessos causados pela necrose provocada pelas bactérias e pancreatite. “Essas complicações costumam ser muito graves. Por isso, é importante agir rapidamente. No Grupo Surgical, costumamos indicar a colecistectomia para o paciente que apresenta cálculo biliar. A cirurgia é muito simples, feita por videolaparoscopia, e não afeta a qualidade de vida da pessoa. Então é melhor agir preventivamente”, afirma Pereira.

A vesícula é um órgão do aparelho digestório que armazena a bile, produzida pelo fígado. Seu principal papel é liberar a bile para o intestino, quando há necessidade de fazer digestão de alimentos mais gordurosos, por exemplo. Por diversos fatores, ela pode produzir os cálculos, que geram os problemas citados anteriormente. “É lógico que a vesícula tem um papel no nosso organismo e não deve ser retirada se estiver saudável. Mas, quando apresenta cálculos, o custo-benefício dela já não é tão bom. O corpo se adapta à falta dela. Quando o paciente está sem a vesícula, o colédoco dilata e passa a armazenar a bile. Portanto, ele tem uma vida normal”, explica o cirurgião.

A colecistite costuma ser mais comum em mulheres, pessoas com mais de 60 anos, pacientes com excesso de peso ou que passaram por uma gravidez, pessoas com histórico familiar, diabetes, colesterol, pessoas que tiveram perda de peso rápido e pessoas que usam alguns tipos de medicamentos, como os hormonais.

A colecistectomia é uma das cirurgias mais realizadas pelo Grupo Surgical. No ano passado, foram 432. Neste ano, até setembro, já haviam sido registradas 348.





Grupo Surgical


Surtos de Toxoplasmose: cegueira em bebês podem ser evitadas com Teste Digital do Olhinho

Especialista alerta para a necessidade de complementar o tradicional Teste do Olhinho em bebês com uma versão digital do exame
 

Neste ano, até o mês de maio, a Secretaria Municipal de Saúde registrou quase 80 casos de toxoplasmose em São Paulo. Outros surtos foram registrados em Campinas e em cidades do Rio Grande do Sul.
A toxoplasmose é uma infecção causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados pelo protozoário Toxoplasma Gondii, que é encontrado nas fezes de gatos e outros felinos. Entre o público de maior risco de contrair a doença estão as pessoas com baixa imunidade, as gestantes e os recém-nascidos.
Com relação aos bebês, eles podem adquirir a doença por meio de uma infecção intraplacentária, caso a mãe tenha sido infectada pelo protozoário Toxoplasma Gondii durante a gestação ou em um curto espaço de tempo antes dela. Nessas situações, entre os diversos riscos à saúde da criança, pode acontecer de ela contrair toxoplasmose ocular, doença congênita bastante grave. 
O cenário de risco aos pequenos é um motivo a mais para que responsáveis pela saúde e bem-estar das crianças deem a devida atenção à realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV) no momento do nascimento do bebê. O TRV é um exame ocular de triagem bastante importante. Porém, trata-se de uma triagem para um exame mais abrangente  o Brasil conta com tecnologia para o Teste Digital do Olhinho, que além de rastrear 130 graus do globo ainda detecta doenças genéticas, incluindo as síndromes congênitas.

Teste Digital do Olhinho - Minimamente invasivo e indolor, o Teste Digital do Olhinho é realizado por meio do aparelho Retcam, que faz registros fotográficos digitais em alta resolução do olho do bebê. Antes do procedimento, a pupila da criança é dilatada por meio do uso de um gel anestésico. Só então uma sonda é encostada na retina da criança para que as fotografias sejam feitas. “O exame é simples, rápido e preciso. Além disso, o aparelho permite que as imagens sejam armazenadas, gravadas, impressas ou enviadas eletronicamente a profissionais que acompanhem a saúde da criança”, detalha o médico.

Preocupação chega a Roraima - Preocupado com a saúde ocular das crianças de Roraima e com os casos de Toxoplasmose registrados em diferentes regiões do Brasil, o oftalmologista e Deputado Federal Hiran Gonçalves foi um dos grandes incentivadores da campanha Juntos Pela Visão Infantil, realizada no mês de outubro no Estado. A ação, que tem caráter nacional, visa conscientizar toda a sociedade, incluindo profissionais de saúde, responsáveis por crianças e ONGs, sobre a importância de um diagnóstico ocular completo e precoce no recém-nascido.
“Existem algumas patologias que se não forem diagnosticadas precocemente podem causar lesões irreversíveis no olho de uma criança. Um exemplo é a retinopatia da prematuridade, bastante comum em pacientes que ficam em incubadoras. Há ainda as lesões graves causadas pela Toxoplasmose, pela rubéola ou pelo glaucoma congênito. A detecção precoce dessas e de outras doenças oculares diminuem muito o sofrimento das crianças e aumentam as chances de controle, tratamento ou cura”, explica o oftalmologista e deputado Hiran Gonçalves. 
“Infelizmente, ainda vejo crianças, adolescentes e jovens que não têm o hábito de fazer exames oftalmológicos periódicos e, por isso, demoram muito a detectar doenças oculares. Por isso decidi liderar esse movimento de desenvolvimento da oftalmologia em Roraima, que por meio da aquisição de aparelhos de Retcam para o Sistema Único de Saúde, vai possibilitar que a população tenha garantia de triagem e diagnóstico da saúde ocular de uma maneira mais ampliadas”, finaliza Dr. Gonçalves.



Advance Vision



Trombose venosa e viagens aéreas de longa distância


 Um a cada 4.500 passageiros pode apresentar trombose.
Parece pouco, mas é mais comum do que se imagina e pode ser fatal.


O jet lag está entre as principais queixas de passageiros que fazem longos trajetos de avião. Mas não é só a desregulagem do relógio biológico que pode ocorre durante as viagens. Problemas mais graves de saúde como o tromboembolismo venoso (TEV) também podem ser desencadeados nestas situações.

O TEV é a combinação de duas doenças: a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). A trombose venosa profunda é causada pela formação de coágulos no interior das veias, que geralmente ocorre nos membros inferiores do corpo, enquanto a embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação de coágulos (trombo).

“Ao ficar muito tempo sentado, o risco de sofrer uma embolia pulmonar aumenta consideravelmente. Permanecer na mesma posição durante todo o trajeto acaba sendo gatilho para a ocorrência dessas doenças”, alerta Elie Fiss, pneumologista e pesquisador sênior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Estudos realizados na Holanda, pelo Departamento Clínico de Epidemiologia da Leiden University Medical Center, e pelo Departamento de Hematologia da Academic Medical Center mostram que os casos de TEV, na maioria das vezes, ocorrem nas duas primeiras semanas após a aterrisagem. E atenção: o risco permanece por cerca de um mês.

Além disso, uma metanálise com 14 estudos publicada no "Annals of Internal Medicine" por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard envolvendo 4.055 episódios de TVP, aponta que, em viagens longas, a probabilidade desses quadros acontecerem é quase três vezes maior do que em curtos trechos; o que pode acometer um a cada 4.500 passageiros.


Fatores de risco e prevenção

O simples fato de entrar em um avião e seguir horas sentado em uma poltrona dificilmente poderá acarretar em um desses quadros médicos. Mas, alguns fatores de risco combinados com a viagem podem potencializar essa probabilidade. “Gravidez, o uso contínuo de anticoncepcionais, quadros crônicos de varizes, obesidade, tabagismo, além de distúrbios de coagulação do sangue contribuem para o desenvolvimento do tromboembolismo”, explica. Quando tais quadros são associados a viagens de mais de três horas de avião, a condição pode se complicar, e ocorrer a migração de coágulos ao pulmão, a embolia pulmonar. Se não tratado rapidamente, pode ser fatal.

Alguns sintomas do tromboembolismo são edemas (inchaços) nos membros inferiores, falta de ar e/ou dor torácica.

E mais: um estudo realizado em 2016 pela American Society of Hematology com funcionários de grandes corporações que viajavam regularmente demonstrou que o risco de TEV pode aumentar em até 20 vezes em passageiros que foram submetidos a cirurgia recentemente, e em até 18 vezes em passageiros com diagnóstico de câncer ativo.

Portanto, quem tem fatores de risco, passou por cirurgia recentemente ou foi diagnosticado com câncer e vai fazer viagem aérea deve ter cuidados especiais para minimizar as chances de sofrer embolia.

          
Para evitar o evento, o pneumologista tem algumas recomendações para os passageiros. São elas: “Beba bastante água a fim de evitar que o sangue fique concentrado (engrosse), ande pelos corredores do avião e alongue-se antes, durante e depois da viagem”, explica. De acordo com Elie Fiss, o uso de meias de compressão durante os voos longos é outro cuidado importante que pode ajudar na prevenção do problema.



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