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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

"Se você educou, não precisa fingir que soltou".





Na peça, criada pela agência F&Q Brasil, um jovem aparece atravessando a rua com confiança, respeitando as regras de trânsito para garantir sua segurança. Ao fundo, é possível ver o pai escondido em um arbusto.
A objetivo da ação é mostrar aos adultos responsáveis que, se eles ensinam às crianças desde pequenas sobre como se comportar no trânsito, observam ao longo do seu crescimento que os pequenos entenderam os ensinamentos e respeitam as regras, eles podem ficar tranquilos quando chegar a hora de deixar os adolescentes a caminharem sozinhos, pois criaram jovens preparados para transitarem pela cidade com respeito e segurança.

Semana Nacional de Trânsito
O lançamento da campanha coincide com a Semana Nacional de Trânsito (18 a 25 de setembro), data criada para chamar a atenção de toda a sociedade sobre temas relacionados à segurança no trânsito.
De acordo com a OMS, as crianças são um dos atores mais frágeis nesse ambiente, devido ao seu tamanho pequeno (o que as torna menos tolerante a impactos, por isso se machucam mais gravemente que adultos) e por ainda estarem desenvolvendo habilidades e capacidades físicas e cognitivas para reconhcer e evitar perigos.
No Brasil, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte acidental de meninas e meninos de zero a 14 anos. Todos os dias, 3 crianças dessa faixa etária morrem em razão desse tipo de acidente.
Mas, essa triste realidade não precisaria ser assim pois, a grande maioria desses óbitos poderia ser evitada com medidas simples de prevenção.

A Criança Segura

A Criança Segura é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, dedicada à prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. A organização atua no Brasil desde 2001 e faz parte da rede internacional Safe Kids Worldwide, fundada em 1987, nos Estados Unidos, pelo cirurgião pediatra Martin Eichelberger.

Para cumprir sua missão, desenvolve ações de Políticas Públicas – incentivo ao debate e participação nas discussões sobre leis ligadas à criança, objetivando inserir a causa na agenda e orçamento público; Comunicação – geração de informação e desenvolvimento de campanhas de mídia para alertar e conscientizar a sociedade sobre a causa e Mobilização – cursos à distância, oficinas presenciais e sistematização de conteúdos para potenciais multiplicadores, como profissionais de educação, saúde, trânsito e outros ligados à infância, promovendo a adoção de comportamentos seguros.

www.criancasegura.org.br

50 Anos de Internet e o mundo se comunica cada vez menos


Neste ano de 2019, a internet fará 50 anos. Nascida no berço da guerra, essa ferramenta de comunicação prometia revolucionar o mundo. Muitos cientistas se entusiasmaram com tal ideia e começaram a propagar as maravilhas da internet. Mas não somente parte da Ciência fez isso, o mundo inteiro comprou a ideia da internet.

Quando popularizada, surgiram as redes sociais. Uma nova forma de se comunicar com tudo e todos. Muitos até afirmaram que a comunicação de massas (televisão, rádio, etc.) iria acabar. Ou seja, a democracia e a diversidade iriam superar as barreiras que a comunicação de massa tinha imposto. Contudo, o poder da TV e do Rádio não acabou e hoje as ferramentas se mesclaram, isto é, os sites de notícias mais visitados são dos grandes grupos televisivos. 

As redes sociais começaram a centralizar um poder de distribuição de dados com os algoritmos. Hoje, um indivíduo não possui livre acesso à informação em sua página da rede social. Ele possui um algoritmo que filtra as informações que supostamente o indivíduo vai gostar mais. No fim, nada mudou: os usuários das redes sociais só estão em uma jaula eletrônica mais elaborada que a de antes. Desta vez, admirando as notícias, fotos, vídeos que lhes convém. Todos fascinados pelo reflexo de Narciso. 

O discurso da democracia mudou para "se não está na internet, não existe", promovendo uma desigualdade sem precedentes. E, juntando isso ao narcisismo, vai a reflexão: como eu posso me comunicar se só o que aceito é o que é igual a mim? Por isso, existe hoje tanto desentendimento na internet. Uns reagem com argumentos, outros com memes. Um grande exemplo foi a última eleição: houve comunicação por meio das redes sociais? 

Já que não há comunicação, a vida se tornou solitária. A solitária, por sua vez, é uma das piores torturas humanas. Não é à toa que doenças psíquicas como a ansiedade, o pânico e a depressão aumentaram. Elas estão relacionadas à falta de construção de vínculos sociais. O suicídio, segundo a OMS, cresceu cerca de 70% deste que a internet se popularizou. Não creio que seja coincidência. Estamos cada vez mais conectados, mas cada vez menos em comunicação e comunhão. 

Quem realmente ganha com a internet é o mercado. Ele conseguiu impor uma aceleração turbo em nosso sistema capitalista. A concentração da renda aumentou ao passo que em a expansão de mercado se deu. Contudo, a que custo? Desmatamentos, extinção da fauna e flora, aumento da desigualdade, epidemias psíquicas como depressão e até suicídios. Esta é a vida que queremos?  




Leonardo Torres - Professor e Palestrante, Doutorando em Comunicação e Pós-graduando em Psicologia Junguiana

Compliance: benefícios práticos nas empresas


Um dos principais patrimônios de uma organização é, sem dúvidas, sua reputação, que pode ter impacto tanto positivo como negativo nos negócios. Independentemente da área de atuação, produto ou serviço ofertado, uma das chaves para o sucesso é estar em conformidade com as regras de mercado e ter comprometimento com a integridade da companhia. A cultura empresarial brasileira, no entanto, ainda está longe de ser referência mundial.

Segundo a ONG Transparency International, que publica todo ano o Índice de Percepção da Corrupção (a mais duradoura e abrangente ferramenta de medição da corrupção no mundo) com 180 países e territórios, o Brasil aparece como o 105º menos corrupto. Em números, uma estimativa do Ministério Público Federal indica que o país perde, anualmente, cerca de R$ 200 bilhões para a corrupção.

Em 2018, o Brasil caiu 9 posições no índice. A pontuação passou de 37 para 35. Este é o pior resultado desde 2012, quando os dados passaram a ser comparáveis ano a ano, e representa a 3ª queda anual seguida. Para se ter uma ideia, o Brasil é considerado mais corrupto que países como Colômbia, Argentina, Índia, África do Sul, Cuba, Costa Rica, Chile, Bahamas e Uruguai.

Uma das alternativas para mudar esse cenário é a implementação de Compliance nas organizações, que tem a função de monitorar e assegurar que todos estejam de acordo com as práticas de comportamento, que devem ser orientadas pelo Código de Conduta e pelas políticas da companhia. Seja para normas internas, com código de ética, manual de conduta, políticas e procedimentos; ou para normas externas, na contratação de terceiros para executar serviços financeiros, administrativos, contratuais, trabalhistas, ambientais, entre outros, inserir essa cultura dentro de uma companhia é essencial.

A inclusão do Compliance dentro da cultura empresarial pode trazer uma série de impactos e benefícios, como a atração de investimentos, pois profissionais deste ramo querem aplicar em empresas sólidas, com chances mínimas de envolvimento em escândalos. Entre uma companhia que adota um programa de Compliance efetivo e outra que não, as chances de a primeira receber um investimento são maiores.

O fortalecimento da empresa perante o mercado é outra vantagem, uma vez que empresas com Compliance implementado tendem a querer se relacionar somente com outras que também contem com programas semelhantes. Essa prática passa a ser um dos critérios das companhias para selecionar parceiros de negócios, como fornecedores, empresas subcontratadas ou prestadores de serviço.

Outro benefício se relaciona aos colaboradores: em empresas que fazem capacitação em Compliance, os funcionários passam a compreender melhor os riscos e mitigar atos que não estejam em conformidade com as políticas estabelecidas dentro e fora da companhia. Eles enxergam más condutas de fornecedores e prestadores de serviços, por exemplo. Assim, além da criação de um ambiente ético, o treinamento é decisivo na contribuição para a diminuição de riscos de exposição.

Por fim, uma companhia em conformidade com a legislação, com os princípios éticos e com as melhores práticas de mercado, além de beneficiar a todos os envolvidos dentro e fora dela, também contribui com a diminuição da corrupção e, consequentemente, com a economia de todo o país.




Luis Otávio Matias - vice-presidente de Negócios da Tecnobank.


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