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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Memória ruim? Sono de má qualidade pode ser o problema


Conheça o papel de uma boa noite de sono para a aprendizagem e bom funcionamento do cérebro

Em uma sala de aula, um jovem aluno esquece uma das fórmulas matemáticas que passou a noite estudando. No escritório, um empresário é lembrado de uma reunião, que ele mesmo havia marcado com um cliente logo pela manhã. A expressão “esqueci” pode ser muito comum no dia a dia de algumas pessoas, mas a frequência dela pode indicar alguns problemas como estresse e, até mesmo, a falta de uma boa noite de sono. Mas qual seria a relação de dormir bem com a memória?
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia - Riverside e publicado no “Journal of the International Neuropsychological Society”, revela pela primeira vez os impactos negativos isolados de três fatores que contribuem para a perda de memória recente: sono, idade e humor. Os pesquisadores chegaram à conclusão que uma noite mal dormida afeta de forma quantitativa a capacidade de memorização das pessoas, ou seja, diminuem as chances de eventos e tarefas serem armazenadas no cérebro.
Segundo a consultora do sono da Duoflex, Renata Federighi, um descanso de qualidade é essencial para a construção da memória. “É na fase mais profunda do sono que o nosso cérebro consolida toda a aprendizagem adquirida durante o dia. Esse estágio é importante para construir e fixar conhecimentos. A privação do repouso atrapalha o desempenho desse ciclo, o que aumenta as chances de esquecermos informações recentes”, destaca.
Para a formação da memória são necessárias três fases. As duas primeiras, aquisição e evocação, acontecem quando se está acordado, é neste momento que o cérebro obtém novas experiências e informações, ao mesmo tempo que relembra conhecimentos já adquiridos. Enquanto que a consolidação, terceira fase, ocorre durante o sono.
Dormir bem também vai ajudar a manter o foco e o raciocínio necessários para a construção da memória nas fases ligadas ao período do dia em que as pessoas estão acordadas. “A memória está relacionada com tarefas conectadas à cognição das pessoas, como o aprendizado, raciocínio, resoluções de problemas e compreensão. A privação do sono e interrupções dele podem causar problemas cognitivos e emocionais. Por esse motivo, um repouso de qualidade deve ter um papel de destaque na manutenção da saúde mental” completa Renata.
Alguns cuidados podem ser seguidos para melhorar a noite de sono. “Se atentar para o uso de travesseiro e colchão que ofereçam conforto e prezem por manter uma disciplina postural vai colaborar para um descanso de qualidade. Além disso, manter o ambiente arejado, silencioso e o mais escuro possível e seguir uma alimentação leve e saudável até três horas antes de dormir, podem auxiliar em noites mais agradáveis”, conclui a consultora da Duoflex.

Duoflex

Idosos sentem-se invisíveis e sem importância, diz especialista



De acordo com Pablo González Blasco, fundador da Sobramfa, estar disposto a ouvir os idosos da família é o melhor presente para comemorar a data. O médico ainda sugere rever o filme “As filhas de Marvin”, para refletir sobre generosidade, amor e amizade


No dia 26 de julho, brasileiros e portugueses comemoram o Dia dos Avós. Apesar de não ser uma data forte para o comércio, trata-se de um dia importante para valorizar a presença de muitos idosos na vida de tantas famílias – o que deve aumentar, tendo em vista o aumento da expectativa de vida. Essa data foi escolhida em razão da comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. Por isso, é ainda mais comemorada pelos cristãos. Mas nem tudo é festa. É crescente a queixa de idosos que se sentem relegados a segundo plano não apenas pela família, mas pela sociedade de modo geral – como se fossem invisíveis.

Estudo realizado na Universidade de Oxford (Reino Unido) revelou que 40% dos avós de quase 1.600 crianças tomavam conta delas com alguma frequência e que 33% das avós maternas se dedicavam diariamente a seus netos. Essa amostragem revela a importância da parceria entre os avós e os pais que trabalham fora e enfrentam uma rotina de trabalho e deslocamento cada vez mais estressante. Os mais velhos interagem muito mais com as crianças e adolescentes da família, estando aptos para resolver desde problemas corriqueiros até conversar com seus netos sobre planos para o futuro e ainda aconselhar sobre namoro e tudo o que envolve as amizades. Mesmo diante de uma crise familiar ou separação dos pais, os avós costumam oferecer alguma estabilidade aos mais jovens.

De acordo com Pablo González Blasco, fundador da Sobramfa – Educação Médica & Humanismo, as queixas dos idosos se intensificam bastante depois dos 70 anos, quando os filhos ainda estão absorvidos com questões de trabalho, relacionamento e finanças, e os netos já conquistaram alguma independência. “É justamente nesse ponto que tem início uma das piores crises da terceira idade. É quando o idoso deixa de sentir-se útil e, pior, percebe que ninguém presta atenção nele. Culturalmente, os idosos não estão no radar dos mais jovens. É como se eles tivessem de ocupar um espaço para envelhecer sem causar muitos inconvenientes. Parece cruel, mas é a realidade de muitas pessoas – principalmente dos homens, que têm menos intimidade com os membros da família”.

Na opinião do médico, que atua fortemente na formação de jovens médicos humanistas, capazes de compreender que os idosos experimentam os mesmos anseios por aceitação, amor e significado, um dos melhores presentes para o Dia dos Avós é estar disposto a ouvir sem julgamentos e sem pressa o que os membros mais velhos da família têm a dizer. “À medida que envelhecemos, perdemos força e habilidade, perdemos pessoas queridas, perdemos o controle e a saúde. Quando o indivíduo idoso encontra respaldo da família para sentir-se amado, respeitado e acolhido, consegue enfrentar as perdas do envelhecimento com mais razões para ser grato”.

Especialista em utilizar o Cinema como metodologia de ensino da medicina centrada no paciente, Blasco chama atenção para temas importantes largamente abordados no filme “As filhas de Marvin”. Lançado no Brasil em 1997, o filme conta a história de duas irmãs de meia idade – interpretadas por Meryl Streep e Diane Keaton. Enquanto uma deixou a cidade e foi viver sua vida, a outra cuidou do pai que há muitos anos sofreu um derrame e é totalmente dependente. O problema central é que a filha cuidadora está com leucemia e, além de lidar com sua própria doença e angústias, precisa superar a mágoa e garantir que sua irmã saberá cuidar do pai caso ela não possa mais. “Desde o início, encontramos um diálogo difícil. Ao longo do filme, temos uma aula sobre a ciência do cuidar – neste caso, com muita dedicação e pouca técnica. O desempenho fabuloso das atrizes é apenas a ponta do iceberg de um outro duelo, mais apaixonante do que a representação cênica. As brigas entre amor e egoísmo, personificadas nas duas irmãs, são batalhas diárias que cada um deve travar consigo mesmo, pois todos carregamos, de algum modo, essas irmãs dentro de nós”.

O médico argumenta que as pessoas não são quimicamente puras, não nascem boas ou más, mas se constroem no acontecer humano. “É preciso cruzar verticalmente a tendência negativa do egoísmo e transformar em algo positivo. É preciso, primeiro, modificar a sintonia e situar o amor no seu verdadeiro âmbito, no governo da vontade, abandonando a tirania do gosto, abandonando a toca do egoísmo que nos isola dos outros – que nada mais é do que um túmulo de quem vive para si mesmo e desconhece que o amor nos torna felizes quando o entregamos aos semelhantes. A mensagem que sobrevive ao filme é essa: somos mais felizes quando conseguimos amar e nos doar, muito mais até do que nos sentirmos amados. Por isso, trazendo esse exemplo para nossa vivência, a dica não é dar atenção aos avós e idosos de modo geral apenas numa data comemorativa, mas sempre que for possível”. 





Fontes:
Prof. Dr. Pablo González Blasco, especialista em Medicina Humanista, diretor-fundador da Sobramfa – Educação Médica & Humanismo, e autor dos livros “Medicina de família e cinema”, “Educação da afetividade através do cinema”, “Lições de liderança no cinema”, entre outros.  www.sobramfa.com.br



Dia dos Avós: idosos ativos defendem importância de treinar corpo e mente


Escola tem aulas de ginástica para o cérebro 
à terceira idade, em São Bernardo do Campo
Além da prática de exercícios físicos, eles investem em atividades que estimulam o cérebro para fazer novos cursos, viajar e trabalhar por mais tempo 

A exemplo dos idosos europeus que querem fazer tudo com independência, os brasileiros da terceira idade estão mais ativos do que nunca. Caminhada, passeios de bicicleta, treino funcional e exercícios para o cérebro: eles não querem parar, querem se manter independentes e têm planos de aprender idiomas, viajar e continuar trabalhando, mesmo depois de aposentados.  
No processo de envelhecimento, o declínio das funções cognitivas é uma consequência comum,  mesmo na ausência de patologias. Portanto, assim como os jovens que buscam uma boa forma, idosos também precisam dedicar tempo à prática de exercícios com frequência.  
Além da atividade física, que comprovadamente faz bem ao corpo, idosos já vem praticando outro tipo de exercício: a ginástica cerebral, que melhora a memória, a coordenação motora e o raciocínio. Dona Glória Rigio, de 78 anos, e o marido Valdemar Rigio, de 81, conheceram a ginástica para o cérebro no início de 2019. Para eles, o método já tem trazido muitos benefícios. 
“Tanto eu quanto meu marido estamos gostando muito do SUPERA. Gostamos e ficamos felizes quando é dia de ir pra lá. A escola está tirando um pouco do receio que eu tinha com matemática”, comenta dona Glória.   
Quem apresentou este tipo de atividade ao casal foi o neto Felipe Monteiro, de 33 anos. “Queria mantê-los ativos e pensantes, pois sei que isso é muito importante. Estas atividades previnem doenças e proporcionam uma melhor qualidade de vida”, conta. 
Felipe garante que já vê  bons resultados da prática de ginástica para o cérebro na vida dos avós. “Hoje eu vejo eles muito mais espertos. Minha avó, em especial, está melhor com as contas pois, desde cedo, por não ter aprendido na escola, ela sentia muita dificuldade”, comenta o neto, orgulhoso.  
As atividades que eles desenvolvem acontecem no Método SUPERA Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo (SP). A escola oferece cursos e atividades para todas as faixas etárias, em especial à terceira idade, para ajudar no desenvolvimento cerebral em inúmeras atividades cotidianas.  


Leonardo Kawashita, diretor da unidade, garante a eficácia do método aos idosos e ressalta a evolução dos alunos do SUPERA Rudge Ramos. “Temos a terceira idade como nosso público fiel, que participa das aulas com frequência e consegue bons resultados, como é o caso da dona Glória e do senhor Valdemar. Ficamos felizes em ajudar na conquista de um envelhecimento com autonomia”, ressalta.


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