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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Primeiro bem-sucedido braço robótico controlado pela mente sem implantes no cérebro


PITTSBURGH /PRNewswire/ -- Uma equipe de pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, em colaboração com a Universidade de Minnesota, fez um grande progresso no campo do controle de dispositivo robótico não invasivo. Usando uma interface cérebro-computador (BCI – brain-computer interface) não invasiva, pesquisadores desenvolveram o primeiro bem-sucedido braço robótico controlado pela mente, capaz de rastrear e seguir continuamente o cursor de um computador.

Ser capaz de controlar dispositivos robóticos de forma não invasiva, usando apenas pensamentos, terá amplas aplicações, beneficiando em particular as vidas de pacientes com paralisia ou com distúrbios de movimentos.

As BCIs têm demonstrado bom desempenho no controle de dispositivos robóticos, usando apenas sinais sensoriais vindos de implantes cerebrais. Quando dispositivos robóticos podem ser controlados com alta precisão, eles podem ser usados para realizar uma variedade de tarefas cotidianas. Até agora, no entanto, as BCIs bem-sucedidas no controle de braços robóticos têm usado implantes cerebrais invasivos. Esses implantes requerem uma quantidade substancial de expertise médica e cirúrgica, para instalar e operar corretamente, sem mencionar os custos e riscos potenciais para os pacientes e, como tal, seu uso tem sido limitado a apenas alguns casos clínicos.

Um grande desafio na pesquisa da BCI é desenvolver tecnologia menos invasiva ou mesmo totalmente não invasiva, que possa permitir a pacientes com paralisia controlar seu ambiente ou membros robóticos usando seus próprios "pensamentos". Tal tecnologia de BCI não invasiva, se bem-sucedida, pode disponibilizar essa tecnologia tão necessária a inúmeros pacientes e, potencialmente, até mesmo à população em geral.

Entretanto, as BCIs que usam sensoriamento externo não invasivo, em vez de implantes cerebrais, recebem sinais mais "impuros", resultando na atual resolução mais baixa e controle menos preciso. Portanto, quando se usa apenas o cérebro para controlar um braço robótico, uma BCI não invasiva não resiste ao uso de dispositivos implantados. Apesar disso, os pesquisadores de BCI seguiram adiante, com os olhos no prêmio de uma tecnologia menos – ou não – invasiva, que possa ajudar os pacientes de todos os lugares, em uma base cotidiana.

O professor gestor e diretor do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade Carnegie Mellon, Bin He, está atingindo esse objetivo, uma descoberta essencial por vez.

"Conseguimos grandes progressos em dispositivos robóticos controlados pela mente usando implantes cerebrais. É uma ciência excelente", diz He. "Mas o controle não invasivo é o maior objetivo. Avanços em decodificação neural e a utilidade prática do controle do braço robótico não invasivo terão grandes implicações no desenvolvimento futuro de neurorrobótica não invasiva".

Usando técnicas originais de sensoriamento e aprendizagem de máquina, He e seu laboratório foram capazes de acessar sinais dentro do cérebro, conseguindo uma alta resolução de controle sobre o braço robótico. Com neuroimagem não invasiva e um paradigma de busca contínua original, He está superando os sinais ruidosos de eletroencefalograma (EEG) resultando em melhora significativa da decodificação neural baseada em EEG e facilitando o controle contínuo de dispositivo robótico em 2D em tempo real.

Usando uma BCI não invasiva para controlar um braço robótico que rastreia um cursor em uma tela de computador, pela primeira vez na história, He mostrou em sujeitos humanos que um braço robótico pode, agora, seguir o cursor continuamente. Embora braços robóticos controlados por seres humanos de forma não invasiva já seguiram, anteriormente, um cursor móvel em movimentos irregulares e discretos – como se o braço robótico estivesse tentando "acompanhar" os comandos do cérebro – agora segue o cursor de uma forma suave e contínua.

Em um documento publicado no jornal Science Robotics, a equipe estabeleceu uma nova estrutura que abrange e melhora os componentes do "cérebro" e do "computador" da BCI, por aumentar o engajamento e o treinamento do usuário, bem como a resolução espacial de dados neurais não invasivos através de imagem de fonte de EEG.

O documento, intitulado "Neuroimagens não invasivas aprimoram o rastreamento neural contínuo para controle de dispositivo robótico", mostra que o método único da equipe para resolver esse problema não apenas expandiu a aprendizagem da BCI em cerca de 60% para tarefas de centro-para-fora tradicionais, mas também aprimorou o rastreamento contínuo do cursor de um computador por mais de 500%.

A tecnologia também tem aplicações que podem ajudar muitas pessoas, por oferecer "controle mental" seguro, não invasivo, de dispositivos que podem possibilitar a elas interagir com seus ambientes e controlá-los. A tecnologia foi testada, até agora, em 68 sujeitos humanos fisicamente aptos (até 10 sessões para cada sujeito), incluindo controle de dispositivo virtual e controle de um braço robótico para busca contínua. A tecnologia é diretamente aplicável a pacientes e a equipe planeja conduzir estudos clínicos em um futuro próximo.

"Apesar de desafios técnicos com o uso de sinais não invasivos, estamos inteiramente comprometidos com o objetivo de levar essa tecnologia segura e econômica para as pessoas que possam se beneficiar dela", diz He. "Esse trabalho representa uma etapa importante em interfaces cérebro-computador não invasivas, uma tecnologia que algum dia pode se tornar uma tecnologia assistencial predominante que irá ajudar a todos, tal como os smartphones".

Esse trabalho foi apoiado, em parte, pelo Centro Nacional para Saúde Complementar e Integrativa (National Center for Complementary and Integrative Health), Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e AVC (National Institute of Neurological Disorders and Stroke), Instituto Nacional de Imagens Biomédicas e Bioengenharia (National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering) e Instituto Nacional de Saúde Mental (National Institute of Mental Health).



Sobre a Faculdade de Engenharia (College of Engineering): A Faculdade de Engenharia da Universidade Carnegie Mellon é uma faculdade de engenharia altamente conceituada, que é conhecida por seu foco intencional em colaboração multidisciplinar em pesquisa. A faculdade é bem conhecida por trabalhar em problemas de importância científica e prática. Nossa cultura de "realizadores" está arraigada em tudo o que fazemos, resultando em métodos originais e resultados transformadores. Nosso aclamado corpo docente mantém um foco em administração e engenharia inovadores para produzir resultados transformadores que irão impulsionar a vitalidade intelectual e econômica de nossa comunidade, da nação e do mundo.


Sobre a Universidade Carnegie Mellon: A Carnegie Mellon (www.cmu.edu) é uma universidade privada, bem classificada internacionalmente, com programas em áreas como ciência, tecnologia, negócios, políticas públicas, humanidades e artes. Mais de 13.000 estudantes nas sete escolas e faculdades da universidade se beneficiam da pequena relação professor-estudante e de uma educação caracterizada por seu foco na criação e implementação de soluções para problemas do mundo real, colaboração interdisciplinar e inovaç ;ão.

FONTE Carnegie Mellon University College of Engineering
 

Dia de conscientização sobre a Doença de Pompe é marcado por campanha nacional


Ação realizada por entidades médicas pretende ajudar a sociedade a reconhecer os sintomas e facilitar o diagnóstico


O Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença de Pompe, celebrado em 28 de junho, será marcado por uma campanha nacional com atividades voltadas aos profissionais de saúde e informações à população sobre os sintomas desta enfermidade rara, progressiva, que afeta o sistema neuromuscular e encontra na desinformação o principal empecilho para o diagnóstico precoce. As ações são uma iniciativa conjunta da Associação Brasileira de Neurologia (ABN), Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM) e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Para alcançar um número maior de profissionais de saúde, este ano serão realizados mais de 120 eventos em parceria com a Sanofi Genzyme, levando informação e educação médica continuada a mais de 3.600 profissionais de saúde no Brasil, envolvendo médicos, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros.

A Doença de Pompe caracteriza-se por uma falha genética que causa a deficiência da enzima GAA (alfa-glicosidade ácida), responsável pela quebra do glicogênio, polissacarídeo que fornece energia a muitas células do corpo1.

Com sintomas similares aos de muitas enfermidades, são características da Doença de Pompe a fadiga, fraqueza muscular, dificuldades para respirar e realizar movimentos como subir escadas, levantar de uma posição sentada, dores crônicas e também problemas ortopédicos. Esta semelhança e o pouco conhecimento tanto das pessoas como da própria classe médica são os principais motivos que dificultam o diagnóstico.

“A Doença de Pompe se manifesta na forma infantil (até 1 ano de idade), e adulta ou tardia (acima de 1 ano). Quando ela aparece na primeira fase, em recém-nascidos, a taxa de mortalidade costuma ser alta, principalmente pelo aumento do coração (cardiomegalia) e os casos graves de insuficiência respiratória”, explica o neurologista Edmar Zanoteli, professor da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP) e representante da ABN.

Para a geneticista Carolina Fischinger, da SBGM, “as campanhas de conscientização são muito importantes, já que por se tratar de patologia rara, até mesmo muitos profissionais da saúde a desconhecem, o que impede o diagnóstico precoce.”

“Quanto antes a doença for diagnosticada, mais cedo é possível iniciar o tratamento, que ajuda a retardar seu desenvolvimento e garante melhor qualidade de vida aos pacientes”, alerta o pneumologista pediátrico Diego Brandemburg, da SBPT.

O tratamento é feito com infusão da enzima faltante nos pacientes (GAA), e é aprovado no Brasil, Estados Unidos e Europa.

Dados epidemiológicos estimam que uma em cada 40 mil pessoas seja portadora da Doença de Pompe no mundo3.




Sanofi


Férias de julho: saiba como proteger os olhos das crianças


Especialista dá dicas para viagens de avião, hospedagem em hotéis
e até para brincar em casa com segurança


Julho é mês de férias escolares e muitos pais e avós passam mais tempo livre com as crianças nesta época. Não importa quem vai viajar, brincar em casa, na praia ou no hotel. É importante proteger os olhos e evitar acidentes comuns que acabam comprometendo a visão. De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, o problema de muita gente já começa na viagem de avião. Estudos da Federal Aviation Administration (Estados Unidos) mostram que os vírus podem permanecer em superfícies aéreas por até sete dias – o que torna o desafio de se manter saudável ainda mais difícil, principalmente para quem viaja com crianças. Conjuntivite e gripe são as doenças da estação e são rápida e facilmente transmitidas. 

“Pelo menos uma semana antes da viagem, os pais devem fazer um check-list de itens que não podem faltar em viagens aéreas com mais de cinco horas. Devem constar lenços umedecidos com ação bactericida para higienizar o cinto de segurança e tudo o que entrará em contato com os pertences da criança, álcool gel para limpar as mãos sem precisar usar com frequência a pia do banheiro do avião,  um travesseirinho de uso pessoal com fronha descartável, spray salino nasal e lágrimas artificiais para driblar os efeitos do ar-condicionado. Apesar de as crianças normalmente dormirem por algumas horas durante o voo, vale a pena levar alguns livros de colorir ou brinquedos capazes de entreter a criança e evitar que ela passe grande parte do tempo vendo filme ou brincando num tablete ou célula”, diz Neves.

Já com relação aos hotéis, o médico chama atenção para as áreas de playground e piscina. “Tanques de areia sem tratamento adequado representam um sério risco para crianças pequenas, já que muitas costumam levar a mão aos olhos enquanto brincam. Por isso, pais ou responsáveis devem adverti-las a não fazer mais isso, porque podem ser contaminadas pelas fezes ou urina de animais. Já com relação às piscinas de hotéis e clubes, o risco é maior quando há grandes concentrações de pessoas, água não-tratada com a regularidade ideal ou ainda com excesso de cloro”.

Segundo o médico, é fundamental os pais levarem em conta que praias consideradas impróprias para banho não oferecem a mínima segurança à saúde em geral, muito menos para os olhos. “Outro risco associado à praia é negligenciar o uso de óculos de sol. Não adianta comprar óculos ‘genéricos’, que não oferecem proteção alguma contra os raios ultravioleta. Os danos provocados pelo sol são cumulativos e esse descuido pode custar caro no futuro, levando ao desenvolvimento de doenças degenerativas da retina, catarata e queimaduras na córnea, por exemplo. Por isso, quem vai à praia deve sempre levar um kit composto por garrafa de água, toalha limpa, protetor solar e óculos de sol”.

Para quem acha que ficar em casa é a opção mais segura, Neves alerta que a maioria dos acidentes envolvendo crianças acontece dentro do lar, geralmente por descuido dos adultos. “Os olhos costumam ser muito afetados nos acidentes com aerossol, quando a criança está tentando utilizar ou brincar com desodorantes, perfumes, produtos de limpeza, tintas, repelentes ou até mesmo com o protetor solar. Quando a criança aponta o spray em sua própria direção, as irritações são as consequências mais frequentes, seguidas de queimaduras químicas, arranhões e ferimentos no globo ocular provocados por coceira. Os danos dependem do produto borrifado nos olhos. Por isso, dependendo da gravidade, é importante enxaguar bem os olhos da vítima e recorrer a uma clínica especializada, tomando o cuidado de levar a embalagem do produto para que o médico saiba exatamente que medida tomar”.





Fonte: Dr. Renato Neves - médico oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo. www.eyecare.com.br


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