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terça-feira, 21 de maio de 2019

O que é Saúde Integrativa, afinal


 
Técnica de atendimento que inclui diversas ferramentas para ampliar resultados, a Saúde Integrativa tem se tornado uma aliada forte da saúde ampla, já que oferece recursos para cuidar do corpo, da mente e da rotina.


Para Sergio Bastos Jr, fisioterapeuta com formação em Microfisioterapia e outras técnicas complementares, a escolha por trabalhar com Saúde Integrativa surgiu da necessidade de ir além do atendimento em consultório: “muitas vezes, percebíamos que o problema do paciente não estava apenas na má postura, nas memórias traumáticas e nas crenças limitantes, mas também estava na alimentação, nas escolhas de leitura, de horários, de programação de vida. Claro que, muitas vezes, o próprio quadro de dor ou doença acabava impedindo escolhas mais saudáveis e ajudava muito, em casos assim, estar presente na hora de promover saúde em outras áreas da vida, inclusive encontrar uma carreira, por exemplo”, explica.

Apostar na Saúde Integrativa foi, então, um passo decisivo para ampliar atuação: “estar presente não apenas no momento da consulta, mas no dia a dia do paciente, ajudando a fazer escolhas mais conscientes e que estejam mais alinhadas com a sua saúde física, mental e emocional torna o trabalho ainda mais consistente”, enfatiza Sérgio. “Nossa formação, aqui na Biointegral Saúde, nos permite, como fisioterapeutas, trabalhar com o físico e com as emoções. Somos formados em Microfisioterapia, com os criadores da técnica, em Psych-K, em Terapia Manual e outras técnicas que usamos para encontrar fatores que estão além das queixas do paciente”, enfatiza.

Por isso, Sérgio e sua equipe atendem pessoas com depressão, crises de ansiedade, alergias as mais diversas, problemas de relacionamentos, que tenham distúrbio de sono e alimentação, entre muitos outros. E, ele revela, desses problemas, a maioria não tem apenas uma causa: “é preciso investigar, corpo e mente, memórias e rotina, para entender o que está causando dores, sintomas e perturbações. Somos seres complexos e ricos em estímulos e informação. Usar apenas uma forma de entender um problema pode não ser suficiente e por isso a Saúde Integrativa, para nós, é a melhor opção”.


Quando usar a Saúde Integrativa?

Sérgio explica que a Saúde Integrativa pode ser o caminho quando, além de tratar um sintoma, também queremos ganhar em qualidade de vida: “entender como é o seu funcionamento diante das decisões que precisam ser tomadas, das muitas opções a que somos apresentados todos os dias, permite que você entenda os propósitos de cada passo que dá. Ao invés de simplesmente seguir o que dita a sociedade e a família, por exemplo, você se permite fazer escolhas autorais e cheias de sentido e significado”.

Além disso, o especialista lembra que a Saúde Integrativa também é uma ótima opção para quem deseja ter uma alimentação mais saudável, incluir exercícios e meditação na rotina, entender quais os melhores horários pessoais para cada elemento e garantir que haja saúde de dentro para fora e de fora para dentro, no que pensamos e sentimos, e no que consumimos.

“Nós somos todos essa mistura de memórias, crenças e escolhas que interferem diretamente no nosso bem-estar e na maneira de olharmos o mundo. Se estivermos abertos para tratamentos que, muito além de medicação, possam inserir em nossa vida outras formas de perceber o que sentimos e como nos comportamos diante do novo, certamente, teremos resultados mais rápidos e duradouros. Na Saúde Integrativa, o foco não é a doença, mas o seu bem-estar em todos os âmbitos da vida”, finaliza Sérgio.




Biointegral Saúde


Da infância à terceira idade: cinco atuações da fonoaudiologia



Geralmente conhecida por seus cuidados com a voz, a fonoaudiologia atua com diversos aspectos do desenvolvimento humano, envolvendo o conhecimento da estrutura neurológica e de cabeça e pescoço para a condução de atividades funcionais que devolvam ou potencializem o sistema comunicacional do indivíduo. 

“Do recém-nascido ao idoso, a fonoaudiologia compreende departamentos como o de motricidade orofacial, linguagem, neuro-aprendizagem e audição, somando em processos diagnósticos e tratamentos especializados, com grande ganho para a qualidade de vida dos assistidos”, declara Irene Marchesan, uma das principais referências da área no Brasil e no exterior, com mais de 40 anos de atividades.

Com a ajuda da profissional, listamos algumas das atribuições da fonoaudiologia no atendimento da população em todas as fases da vida: 

  1. No nascimento
Já no primeiro dia de vida do bebê a fonoaudiologia está presente para a avaliação tanto da audição, realizando o teste da orelhinha, quanto da avaliação do frênulo da língua, que identifica precocemente a língua presa. Neste último exemplo, a identificação permite a rápida correção do problema com apenas um corte do frênulo, que pode ser feito ainda na maternidade. Além de favorecer a amamentação, o tratamento permite o correto desenvolvimento da fala ao longo de toda a vida. 

  1. Na infância
Em um momento crucial do desenvolvimento da fala, leitura e escrita,podem ocorrer distúrbios causados tanto pelo desenvolvimento neurológico quanto estrutural da face, incluindo aspectos comuns em doenças como autismo, Síndrome de Asperger, dislexia ou dislalia, que dificultam a comunicação, socialização e aprendizagem da criança. Em todos esses processos a Fonoaudiologia tem papel fundamental para o diagnóstico e tratamento, incluindo a parceria com as escolas e seus educadores, assim como outras especialidades médicas. 

  1. Na adolescência
A adolescência é a fase de grandes transformações no corpo, que também se estendem à fala. Neste período é comum a mudança vocal, que em alguns casos, especialmente com meninos, pode ser trabalhada para a melhor condução de seus relacionamentos interpessoais. Ainda nesta etapa é comum a necessidade de correções ortodônticas, em que a fonoterapia pode somar com atividades respiratórias e vocais. 

  1. Na vida adulta e profissional
Embora a voz seja um elemento importante de apresentação de todo indivíduo, em algumas áreas ou atividades profissionais ela é ainda mais exigida, como no caso de professores, cantores, palestrantes ou simplesmente pessoas que tenham a demanda de se apresentar em público com frequência, como executivos. Aspectos como gagueira, rouquidão, entonação, entre outros, são analisados e trabalhados pelo fonoaudiólogo para a obtenção de maior clareza, fluidez e segurança no processo de comunicação profissional. Ela ainda atua para o correto uso do aparelho fonador, a fim de preservar a estrutura das pregas vocais. 

  1. Na terceira idade
Em meio a diversos processos degenerativos comuns nessa faixa etária, os fonoaudiólogos atuam direta e indiretamente no suporte de tratamento de doenças que afetam a audição (surdez), bem como a fala e deglutição. Câncer de cabeça e pescoço, mal de Parkinson, AVC (derrame), entre outras, tendem a deixar sequelas que afetam não apenas a fala, mas todo o processo de ingestão de alimentos, que se não tratados comprometem outras funções do idoso com sequelas graves. Em todas essas condições o tratamento fonoaudiológico tem como papel melhorar a qualidade de vida desses indivíduos, recuperando autonomia, sociabilidade e a saúde como um todo.

Não à toa, a atuação dos fonoaudiólogos vem sendo cada vez mais reconhecida e inserida às propostas de tratamento multidisciplinar em apoio a médicos em hospitais, clínicas, bem como em escolas e empresas.






Irene Marchesan - Diretora e fonoaudióloga do CEFAC – Clínica de Fonoaudiologia, possui graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1977), mestrado em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1989) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1998). Título de Especialista em Motricidade Orofacial (MO) nº 01, concedido pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa). Membro da International Association Orofacial Myology (IAOM) desde 1995. Membro da American Speech-Language-Hearing Association (ASHA) desde 1995 e atual Presidente da AAMS – Academy of Applied Myofunctional Sciences. Irene possui experiência clínica desde 1978. Escreveu livros e capítulos de livros, além de ser membro do corpo editorial de periódicos científicos: Revista CEFAC de Atualização Científica; Distúrbios da Comunicação, Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.



Cresce preocupação com a saúde na terceira idade



Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, idosos estão mais preocupados com a saúde e tem medo de morrer. Para especialista, atividade física e convívio social diminuem riscos


A população idosa está crescendo no país. Segundo pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030, a quantidade de idosos no Brasil corresponderá a 1/5 de toda a população. Com esse crescimento, aumentou também a preocupação desse público com a saúde. Um estudo do Instituto Locomotiva detectou que 70% dos idosos afirmam estar mais preocupados do que há anos atrás, 34% tem medo de ficar doente e 26% afirmam ter medo de morrer.

Para Sandra Garaude Greven, geriatra do Solar Ville Garaude, as mudanças de estilo de vida e a seleção de hábitos saudáveis são a melhor forma de prevenir ou postergar o surgimento das doenças crônicas, e neurodegenerativas, que se tornam mais frequentes e se manifestam com mais intensidade com o avanço da idade. “Fazer exercício físico, manter relações sociais, ler, manter a mente ativa, procurar aprender coisas novas, ter desafios - sempre dentro das condições de cada um - estimulam o cérebro e o corpo para uma vida melhor e com mais qualidade”, pontua.  

Apesar de ser muito indicada nesse estágio da vida, Greven lembra que o exercício físico deve ser indicado individualmente, de acordo com a saúde e capacidade física de cada paciente. “O indicado é realizar atividades físicas com frequência superior a 3 vezes por semana. As atividades aeróbicas e de força muscular de intensidade moderada, além de exercício de resistência muscular são muito bem indicadas”, aconselha.

Para a especialista, os exercícios na água, como hidroginástica e hidroterapia são ótimas escolhas para a terceira idade. “A hidroterapia é um recurso fisioterápico baseado em condutas e exercícios personalizados para o tratamento ou reabilitação individual. Já a hidroginástica proporciona interação social, fortalecimento muscular, melhora o condicionamento físico geral, cardiovascular e respiratório, com menos risco de sobrecarga e estresse de articulações, coluna e desequilíbrios com risco de queda”, explica.


Corpo são, mente sã

Além da realização de atividade física e de uma alimentação balanceada, é preciso ficar atento também aos fatores mentais e emocionais para envelhecer com saúde. “É preciso manter o interesse pela vida”, relembra Sandra Garaude Greven, geriatra do Solar Ville Garaude.

O exercício físico e a alimentação saudável também atuam sobre o cérebro de forma benéfica tanto na parte cognitiva como na emocional, mas não são tudo, conforme detalha a especialista. “Manter pensamentos positivos, ser otimista, fazer cosas que gosta, se divertir, ter amigos, sonhos, objetivos, também são formas de prevenir problemas mentais e emocionais”.



Hipertensão é diagnosticada em 24,7% da população, segundo a pesquisa Vigitel



Os idosos com mais de 65 anos são os mais afetados pela hipertensão. Ao todo, 60,9% dessa população que vive nas capitais brasileiras  afirma ter o diagnóstico. Dados do SIM também mostram 388,7 mortes por dia em 2017
Em 2018, 24,7% da população que vive nas capitais brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. Os novos dados Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018) mostram também que a parcela da sociedade mais afetada é formada por idosos: 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65 anos disseram ser hipertensos, assim como 49,5% na faixa etária de 45 a 54 anos. Essa última edição da pesquisa foi realizada por telefone com 52.395 pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro do ano passado.
No Dia Mundial da Hipertensão, celebrado nesta sexta-feira (17), o Ministério da Saúde novamente reforça o alerta: a prevenção contra essa doença, popularmente conhecida como “pressão alta”, está diretamente relacionada a hábitos de vida saudável (ver quadro mais abaixo); ou seja, grande parte dessas mortes é evitável.  A redução do consumo de sódio (principal componente do sal) é um fator preponderante para ficar livre dessa doença, já que seu consumo excessivo aumenta o risco de risco de hipertensão e outras doenças do coração.

A pesquisa Vigitel 2018 destaca ainda que as pessoas com menor escolaridade são as mais afetadas. Do público com menos de oito anos de estudo, 42,5% disse sofrer com a doença; dos com 9 a 11 de estudo, 19,4%; e 12 ou mais, 14,2%.  
As capitais com maior prevalência são Rio de Janeiro (31,2%), Maceió (27,1%); João Pessoa (26,6%); e Vitória (25,2%). E as com menores índices: São Luís (15,9%); Porto Velho (18,0%); Palmas e Boa Vista (18,6%).
Dados preliminares do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, também mostram que, em 2017, o Brasil registrou 141.878 mortes devido a hipertensão ou a causas relacionadas a ela. Esse número revela uma realidade preocupante: todos os dias 388,7 pessoas se tornam vítimas fatais da doença, o que significa 16,2 óbitos a cada hora. Grande parte dessas mortes é evitável e 37% dessas mortes são precoces, ou seja, em pessoas com menos de 70 anos de idade.
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Acontece quando os valores máximo e mínimo são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9), fazendo com que o coração exerça um esforço maior do que o normal para fazer a distribuição do sangue no corpo.  A doença é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. A prevenção está ligada a uma dieta equilibrada e a realização de atividades físicas.

Sal de cozinha e a hipertensão

Um dos principais vilões da doença é sódio, principal componente do sal de cozinha. Presente em alimentos industrializados e adicionado voluntariamente em pratos comuns no dia a dia, ele potencializa as chances de um indivíduo sofrer com pressão alta. Por isso, a recomendação é reduzir o consumo excessivo de sal, já que os brasileiros ingerem atualmente 12 gramas de sódio por dia, mais que o dobro do máximo sugerido (5g) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Conheça o Guia Popular para a População Brasileira, publicação do Ministério da Saúde, traz recomendações para promover a saúde e evitar enfermidades
Desde de 2011, o Ministério da Saúde possui um acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) para reduzir a quantidade de sódio nos alimentos industrializados. Por meio dessa ação, até 2017, 17 mil toneladas de sódio foram retiradas de 30 tipos de produtos alimentícios.
A maior redução foi observada nos temperos, com queda de 16,35% seguida pela margarina com 7,12%. Outras categoriais também registram queda: cereais matinais (5,2%), caldos e cubos em pó (4,9%), temperos em pasta (1,77%), tempero para arroz (6,03%). Caldos líquidos e em gel é a única categoria que teve aumento na concentração de sódio (8,84%).
Atualmente, há um outro acordo vigente com a ABIA que tem por meta, até 2020, retirar, voluntariamente, 28,5 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados. A primeira fase tem como foco pães, bisnaguinhas e massas instantâneas.

Ingrid Castilho
Agência Saúde


Inseminação Artificial ou Fertilização in Vitro? Qual o melhor método para realizar o sonho da maternidade?


Especialista em Reprodução Humana explica o passo a passo dos dois procedimentos mais buscados por mulheres que desejam engravidar


Muitas mulheres que sentem dificuldade para engravidar naturalmente buscam ajuda médica e são aconselhadas a partirem para um tratamento de reprodução assistida. É neste momento que chegam as dúvidas: a qual tratamento devo me submeter? Fertilização in Vitro ou Inseminação artificial? Qual a diferença entre eles?

Basicamente, o que difere os dois métodos é a forma como os óvulos serão manipulados e fecundados pelo espermatozoide.

A Inseminação Artificial, ou intrauterina, é indicada para os casos mais simples de infertilidade, como mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, endometriose leve e casais nos quais os homens apresentam pequenas alterações no sêmen (baixa mobilidade ou dificuldade de movimentação). Casais homoafetivos femininos e mulheres q querem engravidar por produção independente também podem optar pela técnica, com sêmen de doador.

Já a FIV (Fertilização in Vitro) é o método indicado em casos mais complexos de infertilidade, como endometriose profunda, mulheres com baixa reserva ovariana por causa da idade avançada ou outro motivo, obstrução nas tubas uterinas, alteração genética que possa afetar o bebê e, no caso dos homens, quando o sêmen apresenta baixa concentração ou mobilidade, ausência de espermatozoides ou em casos de reversão da vasectomia. 

Pensando em sanar algumas dúvidas comuns, a médica Rosane Rodrigues, especialista em Reprodução Humana da Clínica Invita e do Instituto Crispi São Paulo, explica o passo a passo dos dois procedimentos:


Inseminação Artificial

Para as mulheres, começamos o processo no início do ciclo menstrual, prescrevendo alguns hormônios específicos para a indução da ovulação e formação de folículos (contendo óvulos). Por meio de ultrassonografias seriadas conseguimos acompanhar o crescimento desses folículos. No momento exato da ovulação (detectado pela ultrassonografia), partimos para a etapa de transferência dos espermatozóides para o interior do útero. O parceiro deve fazer a coleta de sêmen, que posteriormente será preparado e selecionado em laboratório. Num procedimento simples (parecido com um exame ginecológico), realizado em clínica de reprodução assistida, inserimos um cateter bem fininho por onde passam os espermatozoides que serão depositados cuidadosamente o mais próximo possível das trompas, com a finalidade de encontrar os óvulos e fertilizá-los, formando assim o embrião. O procedimento dura alguns minutos e no dia seguinte a mulher está liberada para voltar às suas atividades normais, porém sem muitos esforços. O teste de gravidez pode ser feito após 12 dias.


Fertilização in Vitro

Já o processo da FIV é um pouco mais longo que o da Inseminação Artificial. O procedimento é feito em etapas, o que requer mais tempo de tratamento. Na etapa 1, fazemos a estimulação dos ovários com medicamentos específicos para induzir uma maior produção de folículos (contendo os óvulos). Através de ultrassons seriados, podemos acompanhar o crescimento desses folículos e determinar o momento certo de entrarmos com outro hormônio, que ajudará a romper esses folículos, ocasionando então a liberação dos óvulos. Feito isso, partimos para a etapa da Punção de Óvulos. Este é um procedimento cirúrgico, que deve ser feito numa clínica de reprodução assistida, via vaginal e sob efeito de anestesia. Ao final do procedimento, a mulher deve ficar na clínica por algumas horas, sendo liberada no mesmo dia e devendo manter mais alguns dias de repouso em casa. A etapa seguinte da FIV é fertilização dos óvulos puncionados com os espermatozoides que foram coletados e previamente selecionados. Este método é realizado por um embriologista. Nesta fase, o material fecundado é colocado em uma incubadora em condições adequadas para a formação do embrião. No dia seguinte já é possível verificar quantos embriões se formaram e selecionar os melhores para permanecerem na incubadora em fase de desenvolvimento por três a seis dias. Depois deste tempo de incubadora já é possível selecionar os melhores embriões e partir para a última etapa: a transferência de embriões. Este é um procedimento indolor, feito por um cateter bem fininho e que não necessita de anestesia. Os embriões selecionados são depositados cuidadosamente em local estratégico para que possam se fixar no útero. Após a transferência a mulher deve ficar em repouso em casa por um dia e fazer poucos esforços por 15 dias. O exame de gravidez pode ser realizado 10 a 12 dias após a transferência. Se houver o tão sonhado positivo damos início ao acompanhamento pré-natal da gestação. 

De acordo com as estatísticas, a taxa de sucesso da Inseminação Artificial  é de 20% a 30%  e a de FIV varia entre 40% e 60%. 

"Nos dois métodos a chance de sucesso é grande, porém só um médico especialista em Reprodução Humana é capaz de saber qual é o melhor para cada paciente. Para isso são feitos exames, consultas, acesso ao histórico do casal e só depois de um diagnóstico de infertilidade traçado é que partimos para o procedimento mais adequado", finaliza Rosane. 





 Fonte: Dra Rosane Rodrigues - médica especialista em Reprodução Assistida  da Invita Medicina Reprodutiva, em Moema, SP e do Instituto Crispi de Cirurgia Minimamente Invasiva. Mestre em Tocoginecologia pela Santa Casa de São Paulo e professora da Pós-Graduação em Reprodução Humana Assistida do Instituto Sapientiae, SP. CRM110.213



Conheça os 5 principais fatores de risco para degeneração macular relacionada à idade (DMRI)


Doença é a principal causa de cegueira irreversível em pessoas com mais de 50 anos nos países desenvolvidos



A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das causas de cegueira irreversível depois dos 50 anos. A doença, que progressivamente vai comprometendo a mácula (área central da retina), é classificada em dois tipos: não-exsudativo ou seco (90%) e exsudativo (10%). Na forma exsudativa, que é a principal responsável pelos casos de cegueira, vasos sanguíneos anormais se formam sob a mácula – área responsável pela percepção de detalhes. Se não contida, com o tempo o paciente perde toda a visão central. Para a forma seca, que é bem mais comum, alguns tratamentos têm alcançado êxito. Na opinião do oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, é fundamental conhecer os fatores de risco de DMRI não só para evitar a doença, como para adiar o seu avanço e evitar perda de visão.

“Os cinco fatores de risco mais importantes da degeneração macular relacionada à idade são: 1) obesidade; 2) fumo; 3) hipertensão; 4) histórico da doença na família; e 5) ter mais de 50 anos. A DMRI é causada por depósitos de restos celulares que formam as drusas, destroem os fotorreceptores e provocam proliferação anormal de vasos sanguíneos sob a retina. Como consequência, surgem cicatrizes que comprometem a visão central e a capacidade de distinguir cores. Além desses fatores de risco, a doença está estreitamente associada à exposição aos raios ultravioleta, ingestão de gorduras vegetais em excesso e dietas pobres em frutas, verduras e zinco”, diz Neves.

De acordo com o especialista, pessoas com dois ou mais fatores de risco combinados deveriam fazer check-up oftalmológico pelo menos uma vez ao ano. “Se o indivíduo notar perda rápida de visão ou perceber um aumento de distorção nas imagens, formando ondulações, é necessário investigar a forma úmida de DMRI – que é bem mais agressiva. O exame de fundo de olho faz parte de um primeiro diagnóstico, mas a confirmação depende de exames muito mais específicos, como a retinografia e a angiofluoresceinografia – que utiliza contraste injetável no braço antes de tirar uma série de fotografias da retina com máquina especialmente desenvolvida para essa finalidade.”

Quanto mais cedo o diagnóstico for estabelecido, maiores são as chances de o tratamento ser bem-sucedido. De todo modo, o paciente também pode contribuir no sentido de evitar os fatores de risco, como passar a se alimentar de forma saudável, diminuindo a quantidade de sal ingerido diariamente, parar de fumar, aumentar a prática de exercícios regulares e manter a pressão sanguínea sob controle, ainda que recorra a medicamentos específicos e devidamente prescritos. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 30 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão arterial, mas somente 10% deles fazem controle adequado. Como mais da metade da população adulta está acima do peso considerado saudável – sendo que uma em cada cinco pessoas sofre de obesidade – os cuidados com a visão não devem ser negligenciados de forma alguma.

As injeções intravítreas, que em anos recentes começaram a ser utilizadas para tratar a DMRI (Lucentis, Eylia e Macugen), têm se mostrado eficientes, dando mais esperança aos pacientes. “O principal ganho desse tratamento é a interrupção da perda de visão”, diz o médico. “Embora nem todo paciente recupere a visão perdida, só o fato de interromper a progressão da doença e evitar que o paciente fique cego já é extremamente importante. Após dilatar a pupila e anestesiar o local, a injeção é aplicada diretamente no vítreo – camada gelatinosa localizada entre a retina e o cristalino, no fundo do olho. O paciente não sente dor e o procedimento precisa ser repetido em intervalos regulares para que os efeitos sejam duradouros”.






Fonte: Prof. Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em SP – www.eyecare.com.br


No Dia Mundial da Saúde Digestiva, especialistas realizam mutirão no SUS para rastreamento do câncer colorreta


Parceria da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva com a Unicamp, ação social em Campinas chama atenção para importância da colonoscopia



No Dia Mundial da Saúde Digestiva, em 29 de maio, 12 médicos especialistas (gastroenterologistas, coloproctologistas e endoscopistas) participam de mutirão, com a realização de colonoscopias em 60 pacientes previamente selecionados no Sistema Único de Saúde (SUS). A ação, que acontece no Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo (Gastrocentro), em Campinas (SP), tem como objetivo chamar atenção para a importância da prevenção do câncer colorretal, doença com 36 mil novos casos por ano no Brasil.

O câncer de cólon e reto é o terceiro mais frequente em homens, com 17.380 mil diagnósticos em 2018, e o segundo em mulheres, com 18.980 mil casos, no ano passado, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar de ser um dos mais frequentes, a doença é altamente previsível e curável.

Segundo o Dr. Marcelo Averbach, presidente da Comissão de Ações Sociais da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), entidade organizadora do mutirão, a partir de exames de rastreio e colonoscopia, é possível diagnosticar pólipos que, se adequadamente tratados, não se transformarão em câncer. “O exame também permite o diagnóstico precoce da doença, o que acarreta em melhores resultados quanto ao prognóstico”, diz o especialista.

O Dr. Lix Alfredo Reis de Oliveira, diretor de Ações Sociais da SOBED, explica que até 80% dos casos de câncer de cólon e reto poderiam ser evitados, com a prevenção. “Quando o paciente apresenta sintomas é porque a doença está em um estágio mais avançado. Isso poderia ser identificado por meio do exame preventivo, feito a partir dos 50 anos, quando o pólipo ainda é uma lesão ou o câncer está na fase inicial”.

Além dos exames, a SOBED desenvolverá atividades de conscientização, com a distribuição de panfletos, palestras educativas e orientação sobre a importância do exame preventivo para pacientes, familiares e profissionais de saúde. “Isso visa mostrar para as pessoas a necessidade de o governo criar um programa nacional de prevenção de câncer colorretal”, diz Lix.



Colonoscopia no SUS

Averbach complementa que as lesões diagnosticadas são passíveis de um tratamento endoscópico, que será realizado durante a colonoscopia, e os pacientes que necessitarem de tratamento cirúrgico serão tratados posteriormente na própria Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), parceira da SOBED na realização da atividade.

“Os pacientes que vão dispor do serviço do mutirão não têm uma situação socioeconômica favorecida e não dispõem de um convênio médico. A ação também chama atenção dos médicos e da sociedade em geral para a importância desse rastreamento, que atualmente é uma bandeira da nossa Sociedade, pois visamos a implementação de uma política pública de rastreamento deste câncer”, concluiu o médico.



Alto escalão da endoscopia mundial

O mutirão abre a programação XIII Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED, que acontece de 30 de maio e 1º de junho, em Campinas, e que este ano tem como tema “Câncer do Aparelho Digestivo”. O evento reúne médicos e profissionais de saúde especialistas, residentes e estudantes que participarão de conferências, mesas redondas e discussões, de exposição de trabalhos científicos e de cursos práticos com o que há de mais atual na área.

“Aprofundaremos nosso conhecimento nos aspectos diagnósticos e, reafirmando o papel da endoscopia intervencionista, abordaremos os principais métodos terapêuticos curativos ou paliativos, endoscópicos”, explica o Dr. Jairo Silva Alves, presidente da SOBED. A programação completa do Simpósio pode ser conferida em http://www.campinas2019.com.br/


A tecnologia, a Internet e a perda de privacidade



Hoje, somos todos famosos (ou quase). Ao menos, essa é a percepção que temos ao procurarmos nossa trilha digital na Internet: perfis em redes sociais, participação em seleções, comentários em portais de notícias e até divulgação em sites próprios "confirmam" nossa existência. Soma-se a esse processo o acompanhamento de empresas como Google e Facebook, que conseguem saber onde estivemos, com quem interagimos, os assuntos que procuramos e até as fotos nas quais aparecemos. Todo esse movimento tem transformado a vida privada em um espetáculo público, com exposição constante e rastreamento de todas as nossas experiências.

Se a tecnologia é uma facilitadora para guardar e organizar dados, permitindo que tenhamos acesso a documentos e fatos que seriam encontrados há alguns anos apenas em procuras extensas em bibliotecas, ela também pode ser um perigo se não for bem administrada. E, em grande parte das vezes, a culpa é do próprio usuário. Muito do que expomos sobre nosso cotidiano é por escolha. Seja pelas publicações que disponibilizam dados que podem comprometer a segurança (quantas vezes já vimos casos nos quais os sequestradores arquitetaram seus planos com informações extraídas de mídias sociais?), seja por aceitarmos as condições propostas em dezenas de linhas - que geralmente não lemos - para ter acesso a diversos serviços gratuitos ou pagos.

O famoso caso da Cambridge Analytica, que utilizou de maneira indevida os dados de mais de 87 milhões de usuários do Facebook, repercutiu nos últimos meses pela dimensão do impacto. Devido a brechas da maior plataforma social do mundo, a Cambridge teve acesso a informações de pessoas além das que consentiram com os termos do “thisisyourdigitallife”. Tudo isso foi supostamente utilizado em campanhas eleitorais nos Estados Unidos e podem ter influenciado na vitória de Donald Trump, na corrida presidencial de 2016. Desde então, o Facebook tem buscado formas de prover mais segurança, mas a própria mídia social fatura ao utilizar as informações que compartilhamos com ela - não seria um paradoxo?

Nesse cenário, é interessante apontar o que poucos levam em consideração. Ao menos, observamos a preocupação de aplicações para computadores e smartphones sobre medidas de segurança de dados. Mas o que acontece quando incluímos a Internet das Coisas nessa equação? Qual a quantidade de dados estamos fornecendo sem sermos questionados se queremos mesmo compartilhá-los? E o mais importante: o que tem sido feito com essas informações? Seria mesmo a perda de privacidade um fator que pode influenciar na nossa perda de liberdade?

Não podemos apenas demonizar esse processo, até porque também nos beneficiamos da “perda de privacidade” - isso quando ela é compartilhada de forma controlada e utilizada com inteligência. Por exemplo, receber sugestões de filmes ou notícias conforme seus gostos pode ser um facilitador (além de que, ao saber nossas preferências, as empresas podem se adequar para atender melhor às necessidades). Somos tratados como indivíduos e tudo passa a ser personalizado. Entretanto, até que ponto não prejudica quando o que deveria ser privado se torna público?

De toda a exposição que temos nos dias atuais tem algo que realmente é uma perda. Não existe mais o direito ao esquecimento. O passado acaba sempre voltando, com tantas informações disponíveis, muitas das quais passamos a perder o controle. O conteúdo disponibilizado na Internet reverbera: é compartilhado, copiado, roubado. Estar conectado tem um preço. A vida online influencia diretamente a offline. O que deve prevalecer nesses casos é o bom senso e o maior desafio está em encontrar o ponto de equilíbrio entre a exposição e a privacidade.




Fernando Matesco - diretor técnico do Instituto das Cidades Inteligente (ICI)

Respeito ao dinheiro público: Itaipu tem nova norma para concessão de patrocínios


Medida entra em vigor nesta semana. Apenas ações e projetos que deixem legado para a população serão patrocinados


A Itaipu Binacional conta agora com uma norma de concessão de patrocínios mais rigorosa. A principal mudança é para fortalecer os apoios financeiros para eventos de geração de energia elétrica e segurança hídrica, ligados diretamente à atividade fim da usina. Até 2020 o processo deverá também incluir o lançamento de edital de seleção pública.

A determinação do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, prevê a otimização de recursos públicos para ações que deixem legado para a população sem que haja aumento de tarifa da energia elétrica. Pelo contrário, todas as medidas têm como proposta reduzir o valor do custo da eletricidade de Itaipu para os clientes. 

Ela também atende às diretrizes da política de austeridade do governo federal, respeitando os princípios de legalidade, publicidade, eficiência, moralidade e impessoalidade contidos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988.
"Além de moralizar o uso de recursos para patrocínios aderentes à missão da empresa, a Itaipu está remanejando o orçamento para investir em obras estruturantes, como é o caso da Ponte da Integração Brasil-Paraguai e a ampliação e modernização do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, entre outras”, diz o general Joaquim Silva e Luna.

Ele acrescenta, ainda, outra prioridade de Itaipu para os próximos anos: “a atualização tecnológica da usina, que será fundamental para garantir que continue gerando o máximo de energia possível, atendendo com eficiência os mercados do Brasil e do Paraguai”.


Exigências

Com a nova norma, apenas serão permitidos patrocínios relacionados a temas que contemplem o desenvolvimento social, econômico, turístico, tecnológico e sustentável da região de atuação da Itaipu, por meio de ações socioambientais, educativas, esportivas, culturais e tecnológicas.

Entre outras mudanças, os patrocínios atenderão somente entidades sem fins lucrativos. Serão vedados patrocínios para pessoas físicas, assim como para rodeios e para entidades que tiveram suas contas integralmente reprovadas em repasses anteriores. Também está vedado o patrocínio a fundações de Itaipu, ao futebol profissional e para shows artísticos.

A última mudança da norma de patrocínio ocorreu em novembro do ano passado. A ideia é que a nova norma seja cada vez mais aperfeiçoada, atendendo os mais rigorosos parâmetros de compliance, que é a obediência a todas as leis, regras e regulamentos aplicáveis a cada patrocínio.

Os patrocínios, pela nova norma, poderão contemplar projetos dos 55 municípios da área de influência da usina, que teve sua missão ampliada de 16 cidades lindeiras para todo o Oeste do Paraná e dois municípios de fora da região. São eles: Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Brasilândia do Sul, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Sul, Diamante D'Oeste, Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema do Oeste, Itaipulândia, Jesuítas, Lindoeste, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Matelândia, Medianeira, Mercedes, Missal, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado, Quatro Pontes e Ramilândia.


A região atendida inclui ainda Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha de Itaipu, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo, Três Barras do Paraná, Tupãssi, Ubiratã, Vera Cruz do Oeste.

São 52 da região Oeste do Paraná, mais Altônia, e Francisco Alves, ambos no Noroeste do Estado, e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, que faz parte dos 16 municípios lindeiros beneficiados pelo repasse de royalties de Itaipu.







Quadro de indefinição econômica faz confiança do consumidor recuar 4,3% em abril, aponta indicador CNDL/SPC Brasil


Levantamento mostra que 61% dos brasileiros avaliam economia de forma negativa e 26% estão otimistas com o futuro para os próximos seis meses. Custo de vida assola mais de metade das famílias brasileiras e 41% temem perder o emprego 



As indefinições quanto às medidas necessárias para recuperação da economia derrubaram a confiança do consumidor no último mês. Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que depois de alcançar a marca dos 49,0 pontos em janeiro e fevereiro, o Indicador de Confiança do Consumidor fechou abril com 46,9 pontos — uma queda de 4,3% na comparação com os dados do início do ano. Na comparação anual, entretanto, a confiança se mantém em maior nível ante o mesmo período de 2018, quando o índice era de 42,0.

A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos mostram uma percepção mais otimista do consumidor.



Na avaliação do atual cenário econômico, a percepção dos entrevistados continua ruim ou muito ruim: a maioria (61%) enxerga o momento da economia de forma negativa. Apenas 7% acham que a situação é boa ou muito boa — um número baixo, mas que representa uma melhora significativa quanto a abril do ano passado, quando o percentual era de 2%. As principais razões apontadas são desemprego elevado (67%), aumento dos preços (60%), alta na taxa de juros (33%) e menor poder de compra do consumidor (18%).

Com relação à vida financeira, a percepção dos consumidores também é negativa, embora um pouco melhor do que a avaliação da economia. Para 38% dos brasileiros sua situação é considerada ruim e somente 13% disseram ser boa. Para os que têm uma visão pessimista, o motivo mais citado (53%) é o alto custo de vida. O desemprego aparece em segundo lugar (42%), ao passo que 26% culpam a queda da renda familiar.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, a lenta recuperação da economia segue impactando o bolso do consumidor e acaba refletindo o quadro de menor confiança. “Para que a retomada da confiança se consolide, será preciso que o consumidor sinta alguma melhora no momento atual, com o aumento da oferta de vagas de emprego e o avanço da sua renda”, analisa.



Cai de 39% para 26% número de brasileiros otimistas com futuro da economia, embora maioria acredite que finanças pessoais vão melhorar nos próximos seis meses

A sondagem procurou saber o que os brasileiros esperam sobre o futuro da economia e de suas finanças. Segundo o levantamento, 26% dos brasileiros estão otimistas com a economia para os próximos meses — percentual que chegou a 39% em fevereiro passado. Já 43% se mantêm neutros, ou seja, não acham que as condições econômicas do país estarão melhores ou piores daqui seis meses. Enquanto 26% disseram estar pessimistas. Os números mostram clara divisão sobre o futuro da economia.

Entre os que apostam na retomada da economia, 32% atribuem a uma maior estabilidade política e outros 32% ao fato de concordarem com as medidas econômicas anunciadas pelo governo. Para 25%, essa expectativa positiva deve-se à percepção de que as pessoas estão mais otimistas com os rumos da economia e outros 25% não souberam dizer ao certo a razão.
Quando questionados sobre o que esperam para os próximos seis meses em relação às suas finanças, seis em cada dez brasileiros (63%) acham que sua vida financeira vai melhorar, contra apenas 9% que acreditam em uma piora. Há ainda 22% de entrevistados neutros. A maioria (38%) dos otimistas com as próprias finanças acredita em uma melhora das condições econômicas do país, enquanto 28% acham que conseguirão um novo emprego ou aumento de salário, 24% não souberam explicar a razão desse otimismo e 22% dizem que estão administrando melhor o próprio dinheiro.


Custo de vida continua afetando famílias brasileiras; 41% dos entrevistados que trabalham temem perder o emprego

Com 13,4 milhões de desempregados, o país enfrenta um de seus maiores desafios e a falta de oportunidades no mercado de trabalho tem sido uma das grandes preocupações dos brasileiros. Os dados do indicador revelam que 41% dos brasileiros que trabalham temem, em algum grau, serem demitidos, ante 26% que disseram ter um medo baixo e 33% não ter esse risco.

A maior parte dos consumidores, independentemente de estar empregados, acredita que as oportunidades de emprego nos próximos seis meses estarão no mesmo nível de hoje (39%). Já 33% acham que as chances de uma nova colocação serão maiores e 15% acreditam que serão menores.

De acordo com a sondagem, o que mais tem pesado na vida financeira familiar é o custo de vida, ponto citado por pouco mais da metade (51%) dos entrevistados. Desde o início do ano passado, essa tem sido a principal queixa dos brasileiros. Em seguida aparece o desemprego (24%), o endividamento (11%) e a queda dos rendimentos (8%).

Em uma avaliação sobre aumento dos preços, a aceleração da inflação observada nos últimos meses já pode ser sentida. Para 65%, a inflação cresceu nos últimos três meses, enquanto 20% disseram que permaneceu estável. Produtos vendidos em supermercado foram os que mais se notaram aumento de preços, com 89% das menções. Já 84% citaram alta no valor dos combustíveis e outros 85% destacaram o valor da conta de água e luz. Já 83% citaram o preço dos remédios.


Metodologia

Foram entrevistados 800 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.


www.spcbrasil.org.br


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