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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Diabetes: existe algum risco para o coração?


 Especialista explica os impactos da patologia na saúde cardiovascular


A Organização Mundial de Saúde levantou que 16 milhões de brasileiros sofrem com diabetes, o que coloca o nosso país em 4º lugar no ranking com o maior número de casos da doença, logo atrás da China, Índia e Estados Unidos. Embora já seja considerada uma epidemia global, o diabetes ainda não é levado a sério: uma pesquisa realizada pela Abril Inteligência mostrou que apenas 1 entre 4 brasileiros consideram a doença grave.
Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, há pouca informação sobre os impactos do diabetes na saúde do coração, e hoje, as doenças cardiovasculares são as maiores causas de morte de diabéticos.

Qual a relação entre o diabetes e o coração?
Um paciente que tem diabetes pode dobrar ou triplicar as chances de desenvolver uma doença cardíaca. Isso acontece porque as altas taxas de açúcar no sangue, causadas pela deficiência na produção ou no uso da insulina, provocam inflamações no organismo, o que facilita a formação de placas de gordura nos vasos, hipertensão e aumento nas chances de infarto. “Uma das ações da insulina é causar as dilatações dos vasos sanguíneos, e sua ausência faz com eles se enrijeçam e que a pressão nos vasos aumente”, explica o especialista.

Diabetes, obesidade e hipertensão
A obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes e hipertensão. Estar acima do peso faz com que o pâncreas trabalhe mais, podendo levar à resistência insulínica, causando o diabetes tipo 2. E tanto o diabetes, quanto a obesidade podem causar a hipertensão, o que aumenta as chances do infarto do miocárdio. “O paciente que tem diabetes deve sempre estar com a consulta no cardiologista em dia, pois os sinais de infarto podem ser atípicos para os diabéticos. Em 30% dos casos de infarto de diabéticos, os pacientes sentem tontura e dificuldades para respirar”, conta Élcio.

Prevenção e tratamento
Para os pacientes que têm diabetes, a melhor forma de prevenir as doenças do coração é uma mudança de hábito: sair do sedentarismo e cuidar da alimentação. A prática de exercícios físicos diariamente e uma alimentação saudável rica em verduras, legumes e frutas ajudam a proteger o coração.
Embora o diabetes não tenha cura, é possível evitar o aparecimento de complicações cardíacas. “Existe no mercado alguns remédios que ajudam no controle da glicose no sangue, eles podem diminuir até 15% as chances de infarto em diabéticos. Mas o melhor remédio ainda é a prevenção”, finaliza o cirurgião.




Dr. Elcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.




Dor no joelho?


 Fique atento, além do sobrepeso o sedentarismo também pode prejudicá-los


Você nunca teve nenhum problema com o seu joelho mas de repente sente um incômodo, que chega a comprometer até mesmo o que antes parecia simples, como caminhar. Por ser bastante vulnerável, além do seu alto uso muitas vezes de maneira inadequada, o joelho é uma das áreas que mais sofrem lesões, e que podem afetar pessoas de qualquer idade. 

De acordo com o ortopedista e especialista em joelho do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Elias Marcelo Batista da Silva, vários fatores podem desencadear este problema. O excesso de peso é um deles. “Quanto mais você pesa, maior a pressão que você está colocando em seu joelho e mais impacto ele terá que absorver, por isso o ideal é sempre manter sempre o seu peso adequado para a sua altura”, destaca o médico. Outro motivo que pode prejudicá-los é sedentarismo. “Pode ocasionar fraqueza muscular, que pode proporcionar movimentos incorretos e diminuir a capacidade de absorção de impacto”, ressalta o ortopedista. 

As dores nos joelhos também podem surgir como resultado do desgaste da articulação, ocasionadas por lesões esportivas. “As lesões do ligamento cruzado anterior e dos meniscos são as mais frequentes”, destaca Dr. Elias. Por isso o ortopedista orienta: “Pratique atividade física regular, sem exageros ou excessos, utilizando sempre calçados e vestimenta adequados”, indica. 


Hábitos

O médico explica que movimentos de hiperflexão, como por exemplo, dobrar por completo o joelho, agachar e sentar sobre ele, usar escadas por períodos longos e repetidamente, assim como a atividade física sem a vestimenta adequada são algumas atitudes que podem prejudicá-los. “Ouvir barulhos como estalos e crepitações, sentir dor, ou aumento de volume no local pode indicar algum problema”, enfatiza o médico. 

O ortopedista destaca que movimentos de torção, associados com estalos, aumento de volume e dor são sintomas que ocorrem nas lesões ligamentares do joelho. Dor após e ou durante atividade física, com limitação de movimento e bloqueio pode indicar lesão meniscal. Dor ao subir e ou descer escadas, ao ficar períodos longos sentados -como assistindo um filme no cinema, pode indicar lesões condrais no joelho, que são estruturas no joelho responsáveis de proteger os ossos e minimizar o atrito nos movimentos articulares. Nos incômodos e nas dores frequentes deve-se sempre procurar a assistência médica de um ortopedista para uma avaliação e se necessário o tratamento ocorra o mais rápido possível.


Para aliviar a dor
 
A compressa de gelo pode ser empregada no alívio das dores do joelho. “Deve-se fazer vinte minutos e esperar em média duas horas para retornar a temperatura natural do joelho para assim fazer uma nova compressa”, diz o ortopedista.

 
Diagnóstico e Tratamento

A avaliação clinica através de um correta anamnésia - história do paciente que queixa-se de dor ou incômodo, e execução do exame físico adequado é responsável pela elaboração da maioria das hipóteses diagnósticas das lesões ao nível do joelho, que são confirmadas com exames complementares. 

O raio x será o exame solicitado na maioria das hipóteses de fratura e ou degeneração articular como artrose. A ecografia ou ultrassonografia na hipótese de tendinites, bursites, lesões tendinosas e ou musculares. A ressonância nuclear magnética é o exame de escolha nas hipóteses de lesão ligamentar, meniscal e condrais (cartilaginosa).


Emergência em Saúde Mental - O que fazer?




O CFM - Conselho Federal de Medicina, define Urgência como ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Na Emergência, o agravo à saúde implica risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo tratamento médico imediato.

A emergência psiquiátrica se caracteriza pela ocorrência aguda de alterações do pensamento, afetividade ou comportamento de gravidade suficiente para acarretar prejuízo significativo à saúde psíquica, física ou social incluindo riscos à própria vida ou à vida de outrem, com necessidade de atendimento psiquiátrico imediato.

Segundo dr. Fernando Alfieri, Diretor Clínico do Hospital Santa Mônica, "as pessoas ficam confusas sobre o que fazer diante de uma emergência de saúde mental. Como acontece com qualquer emergência médica, uma emergência de saúde mental pode acarretar riscos à sua vida ou de outrem. Assim, as emergências psiquiátricas se constituem em rico de suicídio, tentativas de suicídio, agitação psicomotora com agressividade consigo e com outras pessoas".

A prevalência de transtornos psiquiátricos é alta na população e, portanto, é elevada a frequência de urgências/emergências psiquiátricas, seja em serviços especializados ou gerais, ou mesmo em locais como enfermarias gerais.

Amigos, familiares e vizinhos, frequentemente ficam assustados e confusos sobre o que fazer no caso de uma emergência psiquiátrica, porque, normalmente, não sabem onde procurar ajuda ou a quem procurar. O atendimento a estes casos, em condições ideais, exige equipe treinada e bem formada, além de local com características específicas. Infelizmente, estas condições nem sempre estão presentes nos serviços gerais. Assim, dependendo do caso, o consultório de um psiquiatra não é o local adequado para esse tipo de atendimento e, obviamente não está aberto 24 horas do dia.  Assim, os pacientes em emergência psiquiátrica são levados para os serviços de Emergência Geral muitas vezes por familiares ou amigos, e outras vezes por serviços de emergência que foram acionados como SAMU, Bombeiros, polícia, etc. Raramente um indivíduo nesta condição procura um Serviço por si próprio.

Já na emergência, será submetido a uma avaliação clínica adicional, que irá determinar se há ou não necessidade de tratamento clínico específico para estabilização do doente antes da avaliação psiquiátrica, que pode ser feita em conjunto. Com o quadro clínico estável se decide se o paciente será transferido para um hospital psiquiátrico, mais adequado a lidar com questões de saúde mental e dependência química.

Uma vez transferido para um hospital psiquiátrico, o paciente será medicado e estabilizado da agudização do transtorno mental.

O tratamento geralmente inclui medicações específicas, reuniões com psiquiatra, reuniões multidisciplinares, psicoterapia em grupo e individual, fisioterapia, terapias especiais e reuniões familiares.

Alfieri ressalta que "é muito importante não negligenciar os transtornos mentais, estes são como outras doenças que necessitam de diagnóstico correto, tratamento e acompanhamento médico especializado. A não aceitação que os transtornos mentais são uma doença e o abandono de seu tratamento podem trazer consequências drásticas ao paciente e a outras pessoas".

Fique atendo e aja rápido!






Fonte: Fernando Alfieri Júnior - Diretor Clínico do Hospital Santa Mônica -
CRM: 45385-SP


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