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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


26 de janeiro é o Dia Mundial do Hanseniano

Doença tem cura e o tratamento é gratuito pelo SUS

O Dia Mundial do Hanseniano (26 de janeiro), no último domingo de janeiro, foi criado em 1954 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem extrema importância social, pois alarma a população para a prevenção e o tratamento da doença, a qual coloca o Brasil como o segundo país com o maior número de pessoas atingidas pela hanseníase no mundo. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde foram registrados mais de 33 mil novos casos no país em 2013.

“O Ministério da Saúde tem intensificado as ações no combate à hanseníase, mas mesmo assim ela permanece e é um importante desafio à saúde pública por ser uma doença milenar. O processo de cura está estabelecido, porém, ainda apresenta um índice acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que reflete vários fatores como o desconhecimento da doença, o medo de ser rejeitado pela família e sociedade, além do tratamento interrompido, gerando a cadeia de transmissão da hanseníase. Creio que para alcançar a meta de erradicar a doença seja necessário adotar medidas estrategicamente globais”, avalia Sandra Choptian, consultora em saúde do Instituto Corpore.

No geral, os sintomas da hanseníase são o aparecimento de manchas avermelhadas ou brancas, caroços e placas em qualquer local do corpo, perda de sensibilidade, fisgadas ou dormência nas extremidades, formigamento e dor nos nervos dos braços, pernas e pés, assim como a diminuição da força muscular. A transmissão é feita pelas vias respiratórias como tosse, espirro e secreções nasais, e seu diagnóstico é basicamente clínico, realizado através do exame físico procedendo a uma avaliação dermatoneurológica, ou seja, de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores, buscando identificar sinais clínicos da doença. “Quando diagnosticado, o paciente deve procurar a unidade de saúde mais próxima e iniciar o tratamento sem interrupções. É importante lembrar que a hanseníase tem cura e todo o tratamento é garantido pelo SUS, desde o início até a alta por cura. Ele é baseado em medicações via oral e denominado de poliquimioterapia devido à constituição de dois ou três medicamentos, com duração de seis a 12 meses. Nos casos mais graves, os pacientes são encaminhados aos centros de referências”, explica a consultora.

Uma das formas de prevenir a hanseníase é a vacina BCG, porém, Sandra afirma que ela é indicada apenas para as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença. Entre as principais complicações estão a cegueira por destruição dos nervos na área dos olhos, alterações musculares, nos nervos, rins e pulmões, incapacidade de se movimentar adequadamente e deformidades nas orelhas, nariz, pés e mãos, as quais são irreversíveis e afetam a vida social e profissional. 

Na opinião da consultora, a maioria população brasileira ainda vê o hanseniano com certo preconceito. “Isso acontece porque a doença ainda é marcada por ser algo do passado, quando não havia tratamento com antibióticos. Antigamente a medida preventiva era isolar o doente em colônias, uma história muito triste de dor e sofrimento. Quando o paciente se descobre hansênico tudo que ele sente na pele é o preconceito que muitas vezes está dentro da própria família, e acaba se isolando do convívio familiar e da comunidade. Neste processo é fundamental a conscientização da população em geral, não somente dos pacientes, mas também das pessoas que o rodeiam, família, vizinhos e profissionais de saúde que a hanseníase tem cura e que o paciente em tratamento não transmite a doença”, afirma Sandra.

O Dia Mundial do Hanseniano será lembrado pelo Instituto Corpore com várias ações em suas unidades pelo Paraná e São Paulo. Todos os municípios parceiros estarão recebendo cartazes informativos, que serão fixados em unidades de saúde, hospitais, centro de atenção psicossocial (CAPS), vigilância epidemiológica, entre outros pontos estratégicos, assim como palestras educativas voltadas aos profissionais de saúde e população, orientações em sala de espera de forma coletiva e individual.

 

Instituto Corpore

 

É com o intuito de proporcionar qualidade de vida para o cidadão que o Instituto Corpore desenvolve projetos nas áreas de Educação, Meio Ambiente, e, principalmente, Saúde; a qual é amplamente reconhecida como o maior e o melhor recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, sendo uma das mais importantes dimensões da qualidade de vida.

Desde 2005, quando foi criado, o Instituto Corpore busca detectar problemas, identificar oportunidades e vantagens colaborativas, descobrindo potencialidades e soluções inovadoras em situações ou locais carentes de possibilidades. Com sede em Matinhos (PR), tem fortalecido e expandido suas ações, garantindo desenvolvimento qualificado em todos os municípios parceiros.

Diabetes juvenil nas escolas: orientar e prevenir

Diabetes Mellitus do Tipo 1 é o mais frequente da doença entre crianças e adolescentes 

Especialistas alertam para a orientação e prevenção no ambiente escolar

Falta de orientação e treinamento de professores e funcionários de escolas podem contribuir para a não aceitação de alunos diabéticos. Médicos alertam para necessidade de identificação de crises de descompensação diabética e como proceder em casos de emergência.

“O ideal seria um entendimento sobre o Diabetes, quais os cuidados necessários com a criança diabética, entrar em contato com a família para saber os horários dos controles e da aplicação da insulina, como se deve proceder diante de uma emergência”, alerta a Dra. Cristiane Kochi, pediatra e especialista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

O  Diabetes mais frequente entre as crianças e adolescentes é o  Mellitus do Tipo 1. Nestes pacientes, ocorre lesão das células pancreáticas produtoras de insulina, por um processo autoimune. Como consequência desta menor produção de insulina, há um aumento dos níveis sanguíneos de glicose, a chamada hiperglicemia, cujos sintomas podem apresentar poliúria e polidipsia (urinar muito e beber muita água), emagrecimento, cansaço e visão embaçada. 

“Os membros da escola devem ter conhecimentos básicos sobre a doença e reconhecer os sintomas de hipoglicemia (açúcar baixo no sangue) ou hiperglicemia (açúcar alto no sangue) e qual o procedimento a ser adotado nessas situações. O ideal seria que tivesse um profissional habilitado a reconhecer e tomar as medidas adequadas nessas situações. A alimentação na escola deve ser saudável e equilibrada e a instituição de ensino  deve ter atitudes positivas em relação à doença e colaborar na integração social do aluno portador de diabetes”, explica a Dra. Regina Célia M. Santiago Moisés, especialista em Diabetes da SBEM-SP.

Na iminência de uma crise, a primeira ação é tentar identificar se  é hipoglicêmica, quando a criança apresenta suor frio, fome, irritabilidade, batedeira no peito, alteração do comportamento com confusão mental. Nessa situação, se a criança estiver consciente, oferecer um copo de suco, água com açúcar ou mesmo suco com açúcar. Se estiver inconsciente, deve-se acionar imediatamente o serviço de emergência médica.

Se a criança estiver com hiperglicemia ela pode apresentar maior frequência da diurese (vai urinar mais vezes), pedir muita água e, eventualmente, iniciar quadro de vômitos e confusão mental. Na ausência de vômito, oferecer água para mantê-la hidratada. Se estiver inconsciente, deve-se acionar imediatamente o serviço de emergência médica. Nessas duas situações, mesmo que já resolvidas, a criança não pode sair sozinha da escola, os pais ou responsáveis devem ser notificados.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Diabetes Mellitus afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que, até 2025, este número será de 380 milhões. Dentre estes pacientes, aproximadamente 10% são diabéticos do tipo 1, ou seja,  dependentes de aplicações de várias doses diárias de insulina para controlar adequadamente seus níveis glicêmicos.

O Diabetes Mellitus do Tipo 1 ainda não tem cura, mas com o tratamento adequado, mantendo os níveis glicêmicos mais próximos possíveis do normal, pode-se prevenir as complicações da doença.
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Indicação de postagem: Luiz Carlos

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