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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

TUDO SOBRE O PARTO NA ÁGUA

Dra. Elis Nogueira abre o consultório e conta onde, como e quem pode realiza-lo

 

Cegonha? Não, nadando! É assim que muitos bebês chegam ao mundo. O parto na água é o sonho de muitas futuras mamães. Mas, como ele acontece? Ele é realizado junto com o parto natural e, geralmente, acontece dentro de uma banheira ou piscina plástica, com água morna.

A procura pelo parto na água vem crescendo devido à sua divulgação e pelo compartilhamento de sua experiência pelas mulheres com suas amigas e nas redes sociais. Mas, um estudo da Universidade de Michigan, Estados Unidos, apontou que partos na água são tão seguros quanto os que acontecem fora dela. Pesquisadores analisaram 397 partos na água e 2.025 em ambientes secos. Segundo o estudo, os dois procedimentos tiveram resultados semelhantes com relação à hemorragia (taxa de 9,7% para parto na água e 7,8% para parto no seco). As taxas de bebês que vão para a UTI (Unidade de terapia intensiva) também são semelhantes. Foram 1,8% para parto na água e 2,5% para partos no seco. 

Mas, todas podem ter um parto na água? Para que ele seja possível é necessário que tudo esteja favorável: o posicionamento e vitalidade do bebê, a saúde da mamãe, a evolução do trabalho de parto, uma boa proporção do tamanho da cabeça do bebê e da pelve da grávida e o bem-estar físico e emocional da mamãe no momento do trabalho do parto.

“A futura mamãe precisa estar emocionalmente bem e segura de que o parto na água é seguro para ela e para o bebê. Ela não poder ter medos associados a este tipo de parto como, por exemplo, de afogamento do bebê, ou de haver eventualmente um pouco de sangue na água, para que estes medos não prejudiquem o trabalho de parto em si”, revela a Dra. Elis.

Para a grávida, a água morna permite uma melhor irrigação sanguínea, um relaxamento da musculatura pélvica, alívio das dores das contrações e gera sensação de bem-estar. Para o bebê, o fato nascer na água, com uma temperatura muito próxima à do corpo da mãe, com maior isolamento de sons, faz com que também tenha uma sensação de bem-estar, após o stress causado pelo parto.

Como em todo o parto, e ainda mais na água, é necessário cuidar para que o bebê não perca temperatura corporal de forma muito rápida, acentuada, e por muito tempo. Detalhe interessante desse parto é que o ou a acompanhante da grávida pode entrar na banheira para participar e apoiá-la até o nascimento do bebê.

Mas, ele pode ser realizado em qualquer ambiente? Para que o parto na água seja possível em ambiente hospitalar, é necessário que o hospital ou a maternidade tenham a infraestrutura necessária, que consiste numa sala de parto com maca obstétrica e banheira. 

A equipe médica, com enfermeira e/ou doula, é a mesma que é usada para o parto normal tradicional e para o parto cesárea, uma vez que os partos não são, totalmente, previsíveis. A importância de uma equipe completa e do ambiente hospitalar é importante para as pacientes, nos casos de uma urgência durante o trabalho de parto.

 

sábado, 16 de maio de 2020

Gravidez e a pandemia do Coronavírus


Em tempos de pandemia do Coronavírus a vida de fato não para. As mulheres engravidam, vivem a gravidez, e os bebês nascem. Todos os dias!

As grávidas recentemente passaram oficialmente a fazer parte do grupo de risco, e por isso os cuidados de prevenção precisam ser rigorosamente tomados. Em especial aquelas que possuem alguma outra doença que por si só já as colocariam no grupo de risco, como por exemplo, diabetes, hipertensão ou doenças respiratórias.

Quando a mulher engravida, há uma série de mudanças no seu organismo, e uma delas é diminuição da atividade do sistema imunológico, para que o bebê, desde a fecundação, possa ser abrigado e não expulso do organismo da mamãe. Se esta diminuição de atividade do sistema imunológico não acontecesse, o organismo das mulheres rejeitaria e “expeliria” o embrião como um “corpo estranho” por identificá-lo como um possível causador de doença no seu corpo.


A grávida pode ficar doente mais facilmente, ao contrair um vírus como o Coronavírus? E depois do nascimento do bebê?

Sim, durante o período de gestação e até 6 semanas após o parto, aproximadamente, a mulher pode ficar doente mais facilmente ao contrair um vírus, como o Coronavírus.

Pelo fato de estar mais frágil, o cuidado da mamãe com a sua saúde tem que ser muito maior. Os cuidados que qualquer pessoa geralmente tem com o seu corpo devem ser redobrados durante este período: alimentação, sono, higiene, tratamento de doenças pré-existentes e, claro, o acompanhamento pré-natal.

Por isso, todas as medidas que as pessoas devem adotar neste momento para evitar se contaminar com o Coronavírus, precisam ser observados de forma ainda mais responsável e intensa pelas grávidas:

. manter o isolamento social;

. não colocar as mãos na boca, olhos ou nariz;

. higienizar com frequência as mãos lavando-as e utilizando álcool gel;

. se for necessário sair de casa, SEMPRE usar máscara;

. lavar ou higienizar frutas, verduras, e utensílios, em especial os que terão contato com a nossa mão durante o momento de cozinharmos ou de comermos;

. os mesmos cuidados acima devem ser tomados pelas pessoas que convivem ou têm contato frequente com a grávida.


Mas e como fica o pré-natal? A grávida deve ir ao consultório médico para realizá-lo. Pode ir a menos consultas? Dá pra fazer a consulta pela Internet?

A saúde integral da mulher precisa ser sempre avaliada e tratada considerando uma quantidade muito grande de fatores e detalhes. E muitos destes detalhes dependem da avaliação clínica, aquele exame físico que realizamos nas consultas. Esta avaliação precisa ser feita especialmente no caso das grávidas, onde outros problemas de saúde podem afetar diretamente a saúde e a vida da mamãe e do bebê, como o aumento muito rápido e grande de peso corporal, aumento da pressão arterial, sinais de infecções ginecológicas e outras infecções, mesmo as causadas por vírus.

O intervalo entre as consultas definido pela sua médica ou médico deve ser cumprido com responsabilidade pela futura mamãe.  Muitas vezes, alguns problemas de saúde podem representar um grande risco para a mamãe e para o bebê neste período. Um contato por telefone com a sua médica ou seu médico pode ajudá-la a decidir pela ida ou não a um pronto socorro. 


Os casos de Coronavírus em grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz) costumam ser mais graves? O Coronavírus pode motivar um parto prematuro ou uma má formação? Se eu contrair o Coronavírus meu bebê contrairá também?

80 a 85% dos casos das grávidas ou puérperas com Coronavírus, sem outras doenças classificadas como de risco, apresentam sintomas leves, como as demais pessoas. Mas ninguém quer fazer parte dos 15 ou 20% que podem ter sintomas graves e complicações. Por isso a prevenção é fundamental!

Toda e qualquer infecção viral mais grave pode desencadear um parto prematuro, devido à reação inflamatória do organismo. Portanto os riscos de um parto prematuro serão maiores ou menores dependendo da gravidade da infecção por Coronavírus.

Não há qualquer evidência de que possa haver contaminação ou má formação do bebê durante a gestação devido à mamãe estar com Coronavírus.  Quanto ao aleitamento materno, já há evidência científica de que não há contaminação do bebê no caso da mamãe estar com o Coronavírus. Mas obviamente os cuidados com o bebê deverão ser maiores para que não haja contágio pela proximidade da mamãe com o seu filho.

Enfim, ainda é uma doença nova no nosso meio. Os estudos são recentes, os pesquisadores, médicos e epidemiologistas estão buscando respostas para muitas questões como tratamentos, medicamentos e métodos de diagnósticos da doença. Muito ainda está por ser descoberto; protocolos de condutas médicas mudam todos os dias. Vacinas ainda estão sendo pesquisadas e estudadas, e levará algum tempo para serem amplamente adotadas. No entanto, é possível que estejam disponíveis antes dos prazos normalmente obsevados devido ao grande número de cientistas no mundo que estão trabalhando seriamente no assunto, mas mesmo que consigam desenvolvê-la rapidamente, ainda levará muitos meses para serem testadas e para chegarem à população. Por enquanto o uso de máscaras, afastamento social e cuidados com a higiene é o que tem se demonstrado ser o mais eficaz na prevenção dessa doença ainda tão desconhecida.






Dra Elis Nogueira - Ginecologista e Obstetra. É membro da SOGESP (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), APM (Associação Paulista de Medicina) e FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte do corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, São Luís Itaim, Sírio Libanês , Santa Catarina, São Luís Morumbi, Oswaldo Cruz, ProMatre, Santa Joana entre outros.


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Mas e como fica o pré-natal? A grávida deve ir ao consultório médico para realizá-lo. Pode ir a menos consultas? Dá pra fazer a consulta pela Internet?

A saúde integral da mulher precisa ser sempre avaliada e tratada considerando uma quantidade muito grande de fatores e detalhes. E muitos destes detalhes dependem da avaliação clínica, aquele exame físico que realizamos nas consultas. Esta avaliação precisa ser feita especialmente no caso das grávidas, onde outros problemas de saúde podem afetar diretamente a saúde e a vida da mamãe e do bebê, como o aumento muito rápido e grande de peso corporal, aumento da pressão arterial, sinais de infecções ginecológicas e outras infecções, mesmo as causadas por vírus.
 
O intervalo entre as consultas definido pela sua médica ou médico deve ser cumprido com responsabilidade pela futura mamãe.  Muitas vezes, alguns problemas de saúde podem representar um grande risco para a mamãe e para o bebê neste período. Um contato por telefone com a sua médica ou seu médico pode ajudá-la a decidir pela ida ou não a um pronto socorro.

Os casos de Coronavírus em grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz) costumam ser mais graves? O Coronavírus pode motivar um parto prematuro ou uma má formação? Se eu contrair o Coronavírus meu bebê contrairá também?

80 a 85% dos casos das grávidas ou puérperas com Coronavírus, sem outras doenças classificadas como de risco, apresentam sintomas leves, como as demais pessoas. Mas ninguém quer fazer parte dos 15 ou 20% que podem ter sintomas graves e complicações. Por isso a prevenção é fundamental!
Toda e qualquer infecção viral mais grave pode desencadear um parto prematuro, devido à reação inflamatória do organismo. Portanto os riscos de um parto prematuro serão maiores ou menores dependendo da gravidade da infecção por Coronavírus.

Não há qualquer evidência de que possa haver contaminação ou má formação do bebê durante a gestação devido à mamãe estar com Coronavírus.  Quanto ao aleitamento materno, já há evidência científica de que não há contaminação do bebê no caso da mamãe estar com o Coronavírus. Mas obviamente os cuidados com o bebê deverão ser maiores para que não haja contágio pela proximidade da mamãe com o seu filho.

Enfim, ainda é uma doença nova no nosso meio. Os estudos são recentes, os pesquisadores, médicos e epidemiologistas estão buscando respostas para muitas questões como tratamentos, medicamentos e métodos de diagnósticos da doença. Muito ainda está por ser descoberto; protocolos de condutas médicas mudam todos os dias. Vacinas ainda estão sendo pesquisadas e estudadas, e levará algum tempo para serem amplamente adotadas. No entanto, é possível que estejam disponíveis antes dos prazos normalmente obsevados devido ao grande número de cientistas no mundo que estão trabalhando seriamente no assunto, mas mesmo que consigam desenvolvê-la rapidamente, ainda levará muitos meses para serem testadas e para chegarem à população. Por enquanto o uso de máscaras, afastamento social e cuidados com a higiene é o que tem se demonstrado ser o mais eficaz na prevenção dessa doença ainda tão desconhecida.







Dra Elis Nogueira - Ginecologista e Obstetra. É membro da SOGESP (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), APM (Associação Paulista de Medicina) e FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte do corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, São Luís Itaim, Sírio Libanês , Santa Catarina, São Luís Morumbi, Oswaldo Cruz, ProMatre, Santa Joana entre outros.


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