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sexta-feira, 18 de março de 2022

Alta das commodities deve prolongar ciclo de elevação dos juro

O Copom elevou a Selic de 10,75% para 11,75% e sinalizou que virá um novo aumento de 1 ponto percentual


O impacto gerado pelo conflito no Leste Europeu no preço das commodities deve prolongar o ciclo de altas da taxa básica de juros, a Selic. Na última quarta-feira (16), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa de 10,75% para 11,75%, e sinalizou que virá um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião.

Segundo Nicola Tingas, Economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), o Copom reconhece a imprevisibilidade do cenário atual, “mas vai tentar manter [os juros] em nível nominal com a curva da inflação, garantindo alguma ancoragem de expectativas.”

O economista lembra que o país tangencia a estagnação este ano, e mesmo assim os juros seguem sendo elevados. “Provavelmente em abril o IPCA (a inflação oficial) estará mais próximo de 12% ao ano, e o Copom tentará acompanhar essa curva com a Selic”, diz Tingas.

Com a alta da última quarta-feira, a Selic está no maior nível desde abril de 2017, quando estava em 12,25% ao ano.

Para Flavio de Oliveira, Head de Renda Variável da Zahl Investimentos, um dos impactos dos juros elevados é a fuga de investimentos. “Temos um dos maiores juros reis do mundo, o que inibe o aporte de capital, especialmente do investidor doméstico, que com a taxa de juros em dois dígitos começa a se sentir satisfeito nas suas alocações de renda fixa”, diz.

Esse foi o nono reajuste consecutivo na taxa Selic. Apesar da alta, o BC reduziu o ritmo do aperto monetário. Depois de três aumentos seguidos de 1,5 ponto percentual, a taxa foi elevada em 1 ponto.

O lado positivo dessas altas, segundo Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, é que, como elas começaram há algum tempo, o ciclo de elevação dos juros tende a acabar mais rapidamente na comparação com outras economias.

“Estamos bem posicionados em relação a outras economias, como a dos Estados Unidos, que começaram só agora a elevar os juros”, lembrou Camila.

Também na última quarta-feira, o FED – o Banco Central dos Estados Unidos – elevou as taxas de juros pela primeira vez desde 2018, na tentativa de segurar a inflação, que é a mais elevada naquele país em cerca de 40 anos.


IMPACTO NO CONSUMO

Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), “os juros ficarão mais altos e o tempo para pagar o financiamento, menor.”

Além disso, o economista diz que com a alta dos juros, haverá retração na concessão de crédito por parte dos bancos. “A piora das condições de crédito e a menor disponibilidade de financiamento no mercado, somada a queda no poder aquisitivo das famílias, dificultarão ainda mais a aquisição de produtos como geladeira, fogão, máquina de lavar, TVs, computadores, celulares, carros e imóveis.”

 

Redação DC 

Da equipe de jornalistas do Diário do Comércio

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/economia/alta-das-commodities-deve-prolongar-ciclo-de-elevacao-dos-juros


Saque do FGTS é uma boa? Aprenda a utilizar o dinheiro

Boa notícia para quem está precisando de dinheiro é que o Governo Federal publicou hoje (18), no Diário Oficial, a medida provisória que libera o saque de até R 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 

Por mais que o FGTS seja um direito de todos os trabalhadores de carteira assinada, ele normalmente só pode ser utilizado em condições específicas como aposentadoria, demissão sem justa causa e na compra da casa própria.  

O problema é que enquanto o trabalhador não utiliza ele fica depositado na Caixa Econômica Federal, rendendo até mesmo menos que a poupança. Essa medida vem como uma forma de combater a crise atual, a alta dos juros e o alto endividamento que realmente estão impactando no bolso dos brasileiros. 

Para os trabalhadores que optarem pela utilização dos valores, eles estarão disponíveis a partir de 20 de abril até 15 de dezembro e o crédito pode ser por meio de conta poupança social digital, o Caixa Tem. 

Essa renda pode vir em boa hora, mas é preciso cuidado para não a utilizar em gastos desnecessários. "Muitas pessoas usam rendas extras mesmo sem necessidade e em compras que não precisam sem considerar sua situação financeira atual, entrando numa bola de neve de inadimplência. Infelizmente, isso é comum", conta o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos. 

De acordo com o educador, a decisão de como usar o FGTS vai depender justamente da situação financeira em que a pessoa se encontra. "Se você está em uma situação financeira confortável, a melhor orientação é tirá-lo imediatamente da conta corrente e direcioná-lo para uma aplicação que tenha melhores rendimentos". 

Confira orientações para quem está em situação de inadimplência, de equilíbrio financeiro e também para quem já tem o hábito de investir:
 

Em situação de inadimplência 

Caso o valor resgatado seja suficiente para quitar as dívidas em atraso totalmente, mesmo assim é preciso cuidado, avalie se não vai precisar destes valores no futuro, na crise é hora de planejar muito bem os gastos. Além disto, é válido negociar e conseguir descontos, diminuindo grande parte da dívida. Por outro lado, se não for para quitar 100% da dívida, é mais interessante investir o valor e para ter força para negociar no futuro. 

De uma forma ou de outra, o principal a ser feito nessa situação delicada é se educar financeiramente, ou seja, mudar seu comportamento para não mais retornar à inadimplência. O primeiro passo é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos os números, traçando um planejamento para renegociar a dívida - agora ou no futuro - em parcelas quem respeitem o orçamento mensal.
 

Em situação equilibrada ou de investidor 

Esse dinheiro pode ser a salvação para não se endividar, assim é preciso de muito cuidado, o valor pode acabar ser utilizado em compras supérfluas e de pouca importância, ao invés de contribuir para a conquista de "gordura" financeira neste momento. Também é preciso não esquecer que é preciso sonha e cada pessoa deve ter no mínimo três: um de curto prazo (a ser realizado em um ano), outro de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo (a ser realizado a partir de dez anos). 

Mesmo nessa situação, é orientável fazer o saque das contas assim que possível e aplicar o valor em investimentos como poupança, CDB e tesouro direto, entre outras, que rendam mais do que o FGTS, que tem rendimento muito baixo por causa da SELIC menor da história. A modalidade escolhida precisa corresponder ao prazo em que se deseja realizar o sonho, tendo em vista a possibilidade de resgatá-lo no momento desejado sem perder rendimentos. 

Enfim, utilizar o FGTS é muito importante no momento, mas é preciso planejamento e cuidado para que esse realmente possa ajudar neste momento ou em momentos futuros. Lembrando que essa crise ainda irá durar por um longo tempo.
 


Reinaldo Domingos - está a frente do canal Dinheiro à Vista . É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.


Varejo volta a crescer após seis meses, mas situação é de cautela

Segundo analista do Sebrae o aumento dos combustíveis pode impactar fortemente o resultado de diversos setores do comércio


O segmento do comércio varejista voltou a registrar crescimento no último mês de janeiro, após uma sequência de seis meses de estagnação. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor verificou um avanço de 0,8%. Apesar de positivo, o resultado não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas na pandemia e encontra-se 0,8% abaixo do patamar registrado em fevereiro de 2020.

Para o analista de Competitividade do Sebrae, Flávio Petry, as atividades que puxaram os resultados positivamente foram os setores de equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%), e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%). No espectro oposto ficaram as atividades de hiper e supermercados que apresentaram recuo de 0,1%. Também apresentaram perdas os setores de Tecidos, vestuário e calçados (-3,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); Móveis e eletrodomésticos (-0,6%); Combustíveis e lubrificantes (-0,4%).

Segundo o analista, para avaliar as perspectivas para o segmento no curto e médio prazo é importante levar em consideração alguns aspectos importantes. Um deles é a sinalização dada pelo IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, principal indicador de inflação medido pelo próprio IBGE. No mesmo período de referência do estudo da PMC, ou seja, janeiro x dezembro, houve um acréscimo de 0,54%, sendo que as categorias que lideraram o avanço deste índice foram Artigos de Residência (1,82%), Alimentação e bebidas (1,11%), Vestuário (1,07%) e Comunicação (1,05%). “Percebe-se que a inflação de determinadas categorias acaba pressionando diretamente no seu desempenho”, comenta Petry.

Outra métrica que auxilia na compreensão do contexto em que o comércio está inserido é o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE). No último levantamento do Instituto, houve uma elevação de 2,1 pontos em fevereiro, ao passar de 84,9 para 87,0 pontos, primeira alta depois de três meses de quedas consecutivas. Em médias móveis trimestrais o indicador cedeu 0,3 ponto, a sexta queda consecutiva. “Isso demonstra um otimismo ponderado por parte dos empresários do setor. Se por um lado há uma boa perspectiva de recuperação com a flexibilização do funcionamento das atividades que haviam sido mais pressionadas pelas consequências da pandemia, por outro lado, quando se trata de algumas variáveis que podem impactar significativamente toda cadeia, o varejo se demonstra extremamente volátil”, comenta o analista do Sebrae. “Este é o caso dos possíveis impactos que o aumento do custo dos combustíveis pode acarretar no preço final dos produtos, consequentemente pressionando a inflação e influenciando nos resultados de vendas”, acrescenta.

Ainda de acordo com Flávio Petry, considerando que o principal modal logístico utilizado para a distribuição de bens no país é o terrestre, que depende quase que exclusivamente dos combustíveis derivados do petróleo, a expectativa é que diversos segmentos venham a ser impactados. “Essa situação abre uma oportunidade para o fortalecimento das vendas locais que ainda possuem estoque em um primeiro momento. Todavia, com o giro dos estoques, há uma tendência de correção dos valores de modo a repassar parte dos custos direto ao consumidor final”, acrescenta. “Para estar mais bem preparado, o comerciante pode considerar a elaboração de estratégias que passam desde a revisão da estrutura de custo, à avaliação e possível recomposição do seu mix de produtos, avaliação dos canais de vendas e dos serviços agregados”, conclui o analista do Sebrae.


LGPD: decisão inédita ressalta importância da segurança no tratamento de dados sensíveis

A LGPD foi um verdadeiro divisor de águas para o mundo corporativo. Desde sua vigência, o armazenamento, tratamento e proteção dos dados, se tornaram ações imprescindíveis em empresas dos mais diversos portes e segmentos, evitando irregularidades que acarretem sanções e multas elevadas. Em uma nova decisão proferida pelo TST, um novo alerta soou no mercado, trazendo à tona penalidades rigorosas para aquelas que infringirem tais normas.

Em fevereiro deste ano, foi publicada uma decisão do TST que condenou uma empresa que atua no ramo de gerenciamento de risco do setor de transporte rodoviário, pela coleta e fornecimento a terceiros de dados sobre restrição ao crédito (SPC ou Serasa) para avaliação de riscos em processos seletivos de trabalhadores a serem contratados por seguradoras e transportadoras - aplicando a LGPD retroativamente a um processo que tramita desde 2012.

A empresa reclamada, no caso, não era a empregadora, mas realizava pesquisa e fornecia dados creditícios de motoristas de cargas para clientes que usavam o seu banco de dados em processos seletivos. Mesmo sendo lícita a atividade da empresa condenada, o entendimento final foi justificado pela manipulação de forma irregular das informações sensíveis – as quais, segundo a própria LGPD, merecem maior proteção por abrangerem questões altamente pessoais suscetíveis a discriminação, tais como origem racial, convicção religiosa, etnia, opção sexual etc.

Anteriormente à vigência da LGPD, já era pacífico na Justiça do Trabalho o entendimento de que a pesquisa em cadastros de entidades de proteção de créditos, com a finalidade de auxiliar o processo de seleção e contratação de seus empregados, além de ser abusiva, configura conduta discriminatória e viola o direito à privacidade do trabalhador. Mesmo tratando-se as informações de domínio público utilizadas, inclusive, por RHs, no caso específico da atividade empresarial, a pesquisa a tais dados não importa prática de ato ofensivo, violação de imagem, honra, intimidade ou dignidade do homem, desde que não usadas como critério para processos seletivos – fato que despertou a surpresa geral com a decisão proferida pelo TST.

Fora a defesa da privacidade, o caso trouxe à tona a importância do tratamento e armazenamento de dados creditícios dos trabalhadores e, até mesmo, daqueles não admitidos em determinado processo seletivo – cujas informações costumam integrar o banco de dados de inúmeras companhias.

Sua necessidade é indiscutível – mas, muitas ainda estão longe de estarem preparadas nesta adequação. Segundo pesquisa realizada pela RD Station, 93% das empresas dizem conhecer ou, pelo menos, já ter ouvido falar da LGPD, mas apenas 15% estão prontas ou na reta final de preparação. A não definição de protocolos explícitos para esta segurança pode acarretar multas de até 2% sobre a receita da empresa, com limite firmado de até R$ 50 milhões.

Um novo entendimento deverá ser posto em prática sobre tal necessidade e, caso realmente seja considerado importante para a empresa, deverá ser repensado como resguardá-los devidamente com riscos reduzidos de roubos, vazamentos e uso indevido. Em ambos os casos, o termo de consentimento é uma das ações fundamentais para a adequação à LGPD.

Todos os profissionais, sejam aqueles em exercício ou os não aprovados em processos seletivos, devem autorizar o armazenamento de seus dados, sendo informados claramente sobre a forma pela qual serão guardados e tratados com segurança. Para isso, a política interna sobre a manipulação dos documentos também deve ser elaborada cuidadosamente, explicitando todas as ações que serão tomadas neste objetivo.

As aplicações das multas e sanções pelo não cumprimento da lei já estão valendo. Com a decisão exemplificada, agora temos um entendimento mais claro sobre a possível linha de julgamento a ser aplicada em casos de uso de dados sensíveis – ressaltando princípios importantes da proteção à individualidade e, direito fundamental à proteção de dados pessoais.

Aquelas que ainda não se adequaram devem, urgentemente, se enquadrar nas normas previstas para que não sofram as sanções definidas. O apoio jurídico nessa missão é completamente válido, visando a adequação das regras para o segmento de atuação da empresa e, acima de tudo, desenvolvimento assertivo da política de privacidade.

Com reflexos sentidos globalmente e, em todas as operações corporativas, garantir a segurança dos dados dos profissionais exige uma visão crítica pelo departamento responsável por essa aplicação. Apenas assim, a empresa estará segura em sua conformidade legal e evitará, dessa forma, sofrer severas penalidades pela não proteção dos dados de seus trabalhadores.

 

 

Sibele Pimenta - coordenadora da área trabalhista do escritório Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br


quinta-feira, 17 de março de 2022

Projeto Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade é lançado no Brasil

Com o panorama de 15 milhões de brasileiros com diabetes no país* e com 21,5% de pessoas com obesidade no Brasil, índice este que chega quase a dobrar quando comparado com os últimos 14 anos**, 21 associações e 2 institutos de diabetes criaram o Projeto Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade.

A iniciativa tem o intuito de dar voz a todas as associações integrantes, para que possam participar ativamente na conquista pelo tratamento adequado no país nas esferas municipal, estadual e federal.

Para isso, a Coalizão promoverá o diálogo com as sociedades médicas e sociedades de outras especialidades da saúde, o Governo, os meios de comunicação, os influenciadores digitais e as empresas parceiras de diversos segmentos para que possam, juntos, realizar iniciativas, que sensibilizem e mostrem à sociedade a importância do diagnóstico e tratamento precoce do diabetes, da obesidade e das complicações de ambas as doenças.

Com este objetivo, as associações serão capacitadas periodicamente para que possam ser agentes transformadores no engajamento da sociedade, impactando positivamente na qualidade de vida dos brasileiros.

A coordenadora da Coalizão, Vanessa Pirolo, que tem diabetes tipo 1 há mais de 20 anos e trabalha em advocacy há mais de sete anos, relata: “com a cooperação mútua dos vários atores, que trabalham em prol da saúde, conseguiremos trocar conhecimento e experiência necessários para implementar políticas públicas, que aprimorarão o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento do diabetes e da obesidade e de suas complicações no país, além de transmitir as informações necessárias para que a sociedade tenha mais consciência destas patologias e da interferência de seus estilos de vida em sua saúde”.

“Também temos a intenção de contribuir para que o Governo e as operadoras de saúde gastem menos com internação e com hospitalização devido ao mau controle do diabetes e com o mau acesso ao tratamento de obesidade do país”, complementa Vanessa.

Gastos relacionados com diabetes no Brasil chegaram a 42,9 bilhões de dólares em 2021*. Os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, ao diabetes e à obesidade no Brasil totalizaram R$ 3,45 bilhões, ou seja, US$ 890 milhões, considerando gastos do SUS com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos***.

Com a união de todos na Coalizão, as 23 organizações esperam reverter o aumento substancial de incidência e de prevalência de diabetes e de obesidade e ajudar a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.  

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 21 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.


Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

**Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2020: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/relatorio-vigitel-2020-original.pdf

*** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).

 

Saiba quais remédios e exames aumentam riscos de acidentes de trânsito

Alguns tratamentos e medicações podem provocar sonolência, desatenção e redução de reflexos, médicos explicam as recomendações para dirigir em segurança


Na tarde da terça-feira (15/3), uma mulher capotou o carro na Rodovia Rio-Santos, em São Paulo, depois de sofrer um mal súbito enquanto dirigia para casa após passar por uma endoscopia. Segundo médicos, a realização desse exame exige o uso de anestésicos que podem causar efeitos sedativos prolongados, exigindo um tempo de recuperação de, pelo menos, oito horas. “Estas drogas podem, mesmo após o despertar ao fim do exame, levar a graus variáveis de sedação residual e provocar amnésia anterógrada (para fatos recentes). É possível, assim como o paciente sob efeito do álcool, perder a consciência, reflexos e memória”, afirma o cirurgião e médico do tráfego Rui Lafaiete Brasil Júnior.

Segundo Brasil Júnior, por um período variável entre 8 e 12 horas, pacientes que recebem sedação devem evitar dirigir, manusear máquinas ou realizar outras atividades que exijam atenção. “Por isso o paciente que faz uma endoscopia deve, obrigatoriamente, estar acompanhado por outra pessoa legalmente capaz, que será responsável pela condução do paciente de volta a seu lar em segurança”, completa.

O médico especialista em Medicina do Tráfego, e diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra, diz que outros procedimentos e medicamentos também podem afetar diretamente a capacidade do motorista dirigir em segurança e aumentam as chances de ocorrência de acidentes de trânsito. “O uso de antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, antialérgicos, anticonvulsivantes, analgésicos opioides e medicamentos que reduzem a glicose no sangue podem provocar efeitos como sonolência, alteração da atenção, redução dos reflexos e aumento do tempo de reação”, explica.

Alguns medicamentos podem provocar sintomas que
diminuem a atenção no trânsito (Foto: Freepik)


Segundo o especialista em Medicina do Tráfego, os efeitos variam entre indivíduos e dependem da dose. “Não é incomum a ocorrência de efeitos colaterais após o início de uso de algumas medicações orais e subcutâneas, então costumamos contraindicar a direção veicular por até duas semanas, em média, para permitir a adaptação do paciente ao tratamento, zelando assim por sua integridade física e da coletividade”, completa.

Coimbra reforça a importância de seguir as recomendações médicas sempre que o motorista iniciar algum tratamento e aguardar a reavaliação com o profissional que prescreveu a medicação para voltar a dirigir em segurança. “Da mesma forma, pacientes que fazem hemodiálise não devem dirigir antes e imediatamente após serem submetidos ao tratamento”, afirma Coimbra, que foi um dos autores da diretriz da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) sobre doença renal crônica dialítica e condução veicular.


Fator humano


Segundo entidades que atuam na segurança viária, fatores humanos, como sonolência, desatenção e comportamentos imprudentes, são responsáveis por cerca de 90% dos sinistros de trânsito. “O cuidado com a saúde física e mental é fundamental para garantir a segurança de todos no trânsito, por isso existem avaliações médicas e psicológicas regulares, previstas em Lei, durante o processo para obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além de avaliar a aptidão para dirigir, esses exames ajudam a detectar precocemente muitas doenças e agravos, sendo para muitos brasileiros, a única oportunidade de contato com um profissional da saúde”, completa Coimbra.


A importância da limpeza nasal para a prática de exercícios físicos e manutenção do sono

A lavagem nasal promove a depuração mucociliar, hidratando a cavidade nasal, removendo impurezas de forma segura


Engana-se quem acredita que fazer lavagem nasal somente quando o nariz se encontra obstruído. O nariz é uma porta aberta no organismo para a entrada de bactérias, afinal, é o primeiro lugar por onde o ar passa até chegar aos pulmões. 

Uma das funções mais básicas do nariz é a de levar o ar em condições apropriadas para que o pulmão realize as trocas gasosas adequadamente. Assim, o nariz é uma estrutura respiratória fundamental, já que não atua somente como passagem de ar, mas aquece, umidifica, filtra e modula o fluxo aéreo¹.  

A respiração nasal também é mais lenta e profunda quando comparada à respiração pela boca, logo, as trocas gasosas dentro dos pulmões acontecem por mais tempo permitindo uma melhor difusão dos gases¹. 

“A fisiologia nasal é extremamente dinâmica, variando de acordo com mecanismos autônomos e em resposta a vários estímulos externos. As estruturas nasais geram uma resistência ao fluxo aéreo nasal que pode representar de 50 a 60% da resistência respiratória total”, explica a Dra. Halana Figueiras, Otorrinolaringologista pela UNIFESP e especialista em Rinoplastia.  

Inúmeros estudos mostraram que 80% das pessoas apresentam respiração nasal durante o exercício físico, e a mudança para a respiração pela boca acontece quando é atingido um aumento do consumo do oxigênio de cerca de 35L/minuto. Apesar disso, cerca de 40% da ventilação durante o exercício físico é resultante do nariz. Portanto, mesmo que a grande parte da respiração durante a atividade física seja pela boca, a respiração pelo nariz tem um papel fundamental³.  

Para quem sofre de rinite alérgica, por exemplo, o impacto negativo da inflamação da mucosa nasal são ainda mais responsáveis por diminuir o desempenho de atletas, quando comparado à uma pessoa normal. Quando associado aos efeitos danosos da obstrução nasal durante o sono, uma das principais consequências é a diminuição da qualidade e efetividade do sono, gerando um impacto maior sobre a qualidade de vida¹.  

Para um melhor desempenho durante a atividade física e também uma boa noite de sono, a irrigação nasal, comumente conhecida como lavagem nasal entra como aliada, tanto para atletas amadores, quanto para os de alto desempenho. Pacientes que sofrem de rinite alérgica, em tratamento de rinossinusites e em pós operatório de cirurgia nasal também podem utilizar desta prática⁴.  

A lavagem nasal age através da remoção suave de bactérias, alérgenos e do muco que costuma ser a causa da congestão nasal e na diminuição do inchaço e inflamação, que podem ser um dos causadores da restrição do fluxo de ar⁴. “Esse procedimento promove a depuração mucociliar, hidratando a cavidade nasal, removendo impurezas de forma segura não só para adultos, mas também para crianças e sem efeitos adversos graves. Estudos indicaram que pacientes que realizaram a lavagem nasal dependem menos de outros medicamentos e precisam fazer menos visitas aos médicos e prontos socorros”, esclarece a Dra.  

Para isso a P&G desenvolveu Vick VapoSpray, um descongestionante nasal que limpa profundamente e ajuda a respirar melhor. 

Ele pode ser usado em casos de respiração dificultada, nariz entupido ou ressecado pela poluição do ar, ou em casos de não conseguir dormir devido a congestão nasal. Vick VapoSpray não contém conservantes e age fluidificando a secreção da mucosa nasal, resultando na sua eliminação. 

 

Referências

1. Tratado de Otorrinolaringologia e Cirurgia CervicoFacial ABORL-CCF, 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 

1. Efeito do exercício físico sobre o volume nasal. Marconi Teixeira FonsecaI; Juliana Altavilla van Petten MachadoII; Soraya Alves PereiraII; Kelerson Moura PintoIII; Richard Louis VoegelsIV 

1. Fresgosi RF, Lansing RW. Neural drive to nasal dilator muscles: influence of exercise intensity and oronasal flow partitioning. J Appl Physiol (1985). 1995 Oct;79(4):1330-7.

2. Irrigação nasal como tratamento no alívio dos sintomas nasossinusais: uma revisão de sua eficácia e aplicações clínicas. Indian J Otolaryngol Head Neck Surg. Novembro de 2019; 71 (Suplemento 3): 1718--1726.

 

VAPOSPRAY (cloreto de sódio 0,9%). Indicações: fluidificante e descongestionante nasal. Medicamento de notificação simplificada RDC ANVISA nº 199/2006. AFE nº 1.02142.2. MAT-BR-VICKS-22-000001. Janeiro 2022. Material destinado ao público em geral.


Como melhorar a imunidade por meio da alimentação?

Nutricionista dá dicas de como manter refeições com alto valor nutricional e saborosas


O fortalecimento da imunidade ajuda a reduzir o risco do desenvolvimento de doenças. Hábitos saudáveis e estilo de vida contribuem com a defesa do corpo, principalmente com o consumo de alimentos ricos em nutrientes antioxidantes. Optar por refeições saudáveis favorece a saúde imunológica.  

Segundo o nutricionista e professor do curso de Nutrição da UNINASSAU Recife, André Nascimento, é possível melhorar a imunidade por meio da alimentação. “As frutas cítricas como abacaxi, laranja, limão e acerola são ricas em vitamina C, a principal vitamina antioxidante. As fibras que são encontradas em alimentos integrais e em raízes como a macaxeira, o alho para tempero, o gengibre e, para quem gosta, cogumelos auxiliam bastante na saúde imunológica, devido sua atividade antimicrobiana”, conta.  

Uma receita caseira muito conhecida é o chá de limão com alho, que é ingerido, muitas vezes, por pessoas que estão gripadas. “Essa bebida é boa e dá certo por causa das propriedades antioxidantes contidas nessa preparação, mas não é o suficiente”, comenta. Segundo o André, uma alimentação balanceada - rica em legumes, frutas, fibras e ômega 3 - é a mais ideal a ser adotada.  

Porém, é preciso levar em consideração o estresse oxidativo que acontece no corpo humano. Pois esse processo faz reduz a imunidade. Para diminuir a produção de radicais livres no corpo e esse impacto, é preciso ingerir alimentos que sejam ricos em antioxidantes e compostos bioativos, como as vitaminas C e E, muito presente em frutas e em alimentos com a gordura boa, como o abacate, o azeite e a castanha.  

Quando o assunto é imunidade também é preciso prestar atenção na saúde do intestino, porque 80% das células imunológicas são produzidas nele. “Então, para manter uma boa imunidade, precisamos dar nutrientes para esse órgão. Isso acontece por meio do aumento da diversidade de bactérias probióticas”, esclarece André. Para que elas sobrevivam, é necessário consumir alimentos ricos em fibras, presente em vegetais, cereais integrais e nas frutas. O zinco e o selênio também são importantes para o sistema imunológico e estão presentes na carne vermelha e na castanha.  

“Muitas pessoas possuem uma alimentação muito desregulada, rica em açúcares simples, na qual esse excesso acarretará na transformação em gordura ruim (também conhecida como esteatose hepática) e, por isso, podem impulsionar o surgimento de diabetes, pressão alta, entre outras doenças. A alimentação saudável e com alto valor nutricional é uma prevenção, porque ajuda justamente no fortalecimento do sistema imunológico. Além de contribuir com a saúde e beleza física das unhas, cabelos e pele”, explica.  

Para melhorar a alimentação é necessário investir em alimentos saudáveis, naturais e minimamente processados, mas também no acompanhamento de um nutricionista.


Associação Médica Brasileira - Nota de esclarecimento aos médicos e a população

 A Associação Médica Brasileira – AMB, vem à presença dos médicos e à público esclarecer sobre o certificado de habilitação.

Nesse contexto, importa salientar que a PORTARIA AMB Nº 01/2022 trata sobre a emissão de certificação de habilitação, que tem por finalidade a capacitação do médico especialista na realização de procedimentos específicos, tal como, mas não apenas, as cirurgias por meio de robótica.


O que é o Certificado de Habilitação Profissional

Com a evolução técnica e científica na medicina, progressivamente foram incorporados novos e complexos procedimentos, que exigem conhecimento e treinamento específico para realizá-los, citando como exemplo a cirurgia robótica, que demanda treinamento para capacitar os médicos especialistas no manuseio de equipamentos de alta tecnologia, não estando enquadrada na grade curricular de formação de especialista em qualquer área cirúrgica.

Para essa finalidade, os médicos especialistas têm obtido certificação no exterior, sendo, portanto, necessários mecanismos nacionais de aferição de sua real habilitação que os credencie para executá-lo no País, e para oferecer segurança ao seu destinatário final, o paciente.


Qual sua importância para a sociedade

A realização de procedimentos de alta complexidade, mormente usando novos equipamentos de alta tecnologia, à exemplo de cirurgia através da utilização da técnica robótica por médico desabilitado para fazê-lo, colocará em risco a saúde ou mesmo a vida do paciente, isto porque, para determinados procedimentos, não basta o Título de Especialista, sendo necessária capacitação específica que ateste habilidades complementares para essa finalidade.


Quem emitirá o Certificado de Habilitação

O Título de Especialista pode ser emitido pela AMB, mediante prova realizada pelas Sociedades de Especialidades, e registrado pelos Conselhos de Medicina. O Certificado de Habilitação exige reconhecimento de que somente essas sociedades, pelo conhecimento técnico e científico, têm legitimidade para tanto, visando atestar que, nestes casos, o médico é possuidor de habilidades específicas para determinados procedimentos, inclusive os realizados pela via robótica.

Esclarece a AMB que referido assunto foi discutido em reunião da Câmara Técnica do CFM em 25 de setembro de 2019, sendo objeto de Portaria da Associação Médica Brasileira em 2019 (Portaria AMB nº 03/2019), que disciplinou a matéria. Referida Portaria é de conhecimento do CFM e dos Conselhos Regionais de Medicina, sem qualquer objeção, tanto assim que a Resolução do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro - Resolução CREMERJ Nº 299/2019, vigente, prevê no seu artigo 2º:

 

 Art. 2º Caberá às Sociedades de Especialidades filiadas à AMB definir os critérios de habilitação para o cirurgião ingressar na cirurgia robótica, observado o seguinte:

(...)

VII - a certificação de habilitação definitiva deverá ser emitida pelas sociedades de especialidades filiadas à AMB após treinamento completo, o que inclui todos os incisos anteriores.

 

Em 2019, o CREMERJ emitiu Resolução, definindo que às Sociedades de especialidades caberia estabelecer os critérios de capacitação e à AMB a emissão do Certificado de Habilitação, sendo posteriormente editada nova Resolução do CREMERJ 301/2019:

 

Art. 1º Alterar o art. 5º da Resolução CREMERJ n. 299/19, de 5 de novembro de 2019, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5º- Estabelecer um prazo de 120 (cento e vinte dias) para que os cirurgiões que já completaram treinamento e já praticam a cirurgia robótica adquiram certificado perante as sociedades de especialidades afiliadas à AMB.

A Portaria emitida pela AMB não cria, somente aprimora a anterior (Portaria AMB nº 03/2019) não infringindo qualquer norma, tendo inclusive, sido apreciada pelo próprio CFM que, por sua vez, não se insurgiu, concordando assim a sua publicação.

Expendidas essas ponderações, frise-se, imprescindíveis para evitar distorções ou induzimento a avaliações despropositais, sobretudo, pelo preponderante aspecto de que a Portaria AMB 01/2022 visa assegurar que o profissional médico está devidamente capacitado, certificado como habilitado, para executar atividades de elevada complexidade que assim o exijam.

Ademais, cabe considerar ser um dever primordial de todas as entidades envolvidas com a profissão e o exercício da medicina zelar pela melhor prática médica, visando a segurança dos pacientes e a eficácia dos procedimentos executados. Assim reza o disposto no inciso V dos princípios fundamentais do Código de Ética Médica – “V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente e da sociedade.”

Pelo exposto, temos a firme convicção que a AMB, baseada em seus estatutos e cumprindo com o seu dever e a sua missão, mais uma vez, ao publicar a portaria 001/2022 vem ao encontro do interesse dos médicos e dos pacientes. Assim nos conduzimos e assim continuaremos, sempre dentro dos princípios éticos e jurídicos.


Confira 5 dicas para aliviar as cólicas menstruais

 

 Especialista traz dicas de como aliviar o desconforto causado durante o ciclo 


 Não é difícil encontrar mulheres que sofram com as terríveis cólicas do período menstrual. Essas dores afetam diretamente a produtividade durante o ciclo e se tornam desgastante, fazendo com que o uso de medicamentos de farmácia, especialmente os anti-inflamatórios, sejam necessários para o alívio momentâneo. 

Porém, as cólicas podem estar atreladas a outras condições, como a endometriose, que atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, impactando a qualidade de vida e a produtividade da mulher. Neste caso, segundo o ginecologista Dr. Patrick Bellelis, especialista em endometriose, quando as dores acontecem fora do período, é um sinal para buscar acompanhamento médico e iniciar um tratamento. 

Confira abaixo, confira algumas dicas do especialista para aliviar as cólicas em casa:

 

1 - Compressas de água morna

Uma das técnicas mais antigas e mais reconfortantes no período de cólica, pode ser explicada pelo fato do calor ativar o fluxo sanguíneo e amenizar as dores. Para fazer, basta colocar uma bolsa de água morna ou compressa no local das cólicas e deixar por cerca de 15 minutos. É importante proteger a pele do contato direto, colocando um pano entre a bolsa e a pele para evitar queimaduras.

 

2 - Aposte em bebidas quentes

As bebidas quentes têm o mesmo efeito da bolsa de água quente, auxiliando no alívio das dores. Porém, evite bebidas com cafeína, que tem o potencial de agravar as dores em algumas mulheres. Aposte em chás, como de camomila, hortelã, alecrim, louro e lavanda, que possuem propriedades relaxantes, calmantes e anti-inflamatórias.

 

3 - Atenção com a alimentação

Alguns alimentos, como doces e comidas mais gordurosas, podem causar inchaço e retenção de líquido em alguns organismos, aumentando o aparecimento de cólicas menstruais. Por isso, durante o ciclo, é interessante manter uma dieta mais equilibrada, evitando o excesso de açúcares e gorduras, dando prioridade para legumes, verduras, frutas e carnes magras, além de ingerir bastante água.

 

4 - Mantenha hábitos saudáveis

Exercícios físicos ajudam muito na diminuição da dor durante o período menstrual. Novamente, as atividades físicas aumentam o fluxo sanguíneo, liberando endorfina, auxiliando no controle das dores. Em contrapartida, fumar pode ser ainda mais prejudicial nessa época, por conta da vasoconstrição que o tabaco causa. Dessa forma, evitar fumar também é a melhor opção para amenizar as cólicas. 


5 - Descanso

O estresse atrelado a um estilo de vida corrido, contribui bastante para o aumento das cólicas. Quando o corpo descansa durante um sono de qualidade, o equilíbrio é restabelecido. Então, o descanso aliado aos hábitos saudáveis, contribuem para um ciclo menstrual com menos desconforto.

 

Sobre a endometriose

A endometriose acontece quando células do endométrio, a camada interna do útero que é expelida na menstruação, acabam se depositando fora da cavidade uterina, causando reações inflamatórias e lesões. Elas podem se acumular nos ovários, na cavidade abdominal, na região da bexiga, intestinos, entre outros locais, podendo até mesmo formar nódulos que afetam o funcionamento de órgãos do corpo. 

Em março é comemorado o Março Amarelo, que busca diminuir os diagnósticos tardios para, assim, acelerar o tratamento das mulheres afetadas pela doença que teve início em 1993, com a ativista americana Mary Lou Ballweg.

 

PATRICK BELLELIS -- GINECOLOGISTA. Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intra uterinas e infertilidade. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia -- FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação.


Podemos evitar 30% dos cânceres, diz oncologista

O médico Ramon de Mello ressalta a importância de uma vida saudável 


A longevidade da população é um fator presente, que já podemos perceber inclusive no Brasil. Porém, alguns hábitos se tornam vilões no desenvolvimento de alguns tumores cancerígenos. “Pesquisas mundiais apontam que podemos reduzir em até 30% os riscos de câncer com a mudança de hábitos”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

O pesquisador esclarece que alguns fatores de risco são herdados, mas outros podem ser modificados como tabagismo, uso do álcool, obesidade, sedentarismo, exposição à radiação solar contínua ou radiações ionizantes. “Mudanças podem provocar significativa melhora na qualidade de vida”, incentiva o oncologista.

Levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que, em 2004, foram registradas mais de 7,4 milhões de pessoas com câncer. Uma estimativa da instituição revela que o envelhecimento da população, somada a hábitos nada saudáveis e o convívio em ambientes cada vez mais artificiais, deve fazer com que cerca de 11 milhões de pessoas no mundo todo terão de enfrentar a doença até 2030. 

“O crescimento dos casos de câncer tem assustado muitas pessoas, mas isso pode ser diferente com um estilo de vida mais saudável e evitar a exposição a substâncias ocasionais”, alerta o médico. Ele também aponta a importância para a prevenção secundária correlacionada à infecção por HPV ou cânceres assintomáticos iniciais. 

“Outro fator importante é o diagnóstico precoce. Sempre é importante procurar assistência especializada, caso note qualquer anomalia em seu corpo. Um check-up anual também vai bem”, sugere o médico.

 

Ramon Andrade de Mello - Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). Oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP. Confira mais informações sobre o tema no site.


Bruxismo e alterações no paladar são algumas das sequelas da pandemia na saúde bucal

Estudo mostra relação entre estresse e aumento de pessoas com apertamento dentário


O estresse relacionado à pandemia de covid-19 gerou aumento de problemas relacionados ao bruxismo. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre o impacto da pandemia no estresse, sono e saúde bucal em estudantes universitários. Segundo o levantamento, 30% dos entrevistados se consideram muito estressados desde a chegada do coronavírus. Além do bruxismo, outra sequela desse período para a saúde bucal foi a alteração de paladar de pessoas que foram contaminadas, e que agora precisam buscar tratamento.

O estudo da UFRJ analisou a ocorrência de alterações orofaciais, ou seja, mudanças associadas à pele, aos dentes, às glândulas, aos ossos e músculos localizados na boca, pescoço, cabeça e face. Pelo resultado, na pandemia, houve um aumento estatisticamente significativo no apertamento dentário diurno, que faz com que o paciente passe a ranger os dentes ou a apertá-los. De acordo com a pesquisa, essa doença pode trazer consequências como lesão periodontal, distúrbios da articulação temporomandibular (DTM), dor muscular, lesões orofaciais e desgastes dentários.

Segundo o dentista especialista em saúde coletiva da Neodent, João Piscinini, a contração muscular pode ter relação com o comportamento de defesa do organismo a ações estressantes. “Ansiedade e estresse são alguns dos possíveis fatores do bruxismo. A pessoa acaba, inconscientemente, contraindo mais os músculos, tensionando a articulação da mandíbula em um momento em que ela deveria estar em repouso”, explica.

Uma das formas de prevenir esse problema é lembrar sempre de manter os dentes de cima um pouco afastados dos de baixo e com lábios entreabertos, em repouso, quando não se está usando a mandíbula para comer, ou falar, por exemplo. 


Paladar alterado

Uma alteração bem característica da covid-19 é a perda ou mudança de paladar. Normalmente, esse sentido retorna em dias ou semanas, entretanto, alguns pacientes relatam que essa situação persiste mesmo após a recuperação, como uma sequela da doença. O dentista João Piscinini explica que a falta do paladar interfere na alimentação. “Muitos pacientes sentem um sabor mais amargo na boca, ou diminuição do gosto de alguns tipos específicos de alimentos”, destaca.

O especialista alerta para a importância de se procurar ajuda de um profissional em casos de perda de paladar prolongada. “Muitas pessoas adiaram a ida ao dentista por conta da pandemia. Mas agora é o momento de fazer uma avaliação para conferir se não há algum problema ocorrido nesse período por conta do estresse ou por sequelas deixadas pela covid-19”, orienta.

 

Neodent®


Células tronco podem ser a última esperança para casos de graves lesões desportivas

Dr. Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, conta a história de sucesso no tratamento do jogador de futebol Rodrigo Dourado do Internacional.

 

Rodrigo Dourado é um conhecido volante do time do Internacional. Em 2019, durante um jogo, ocorreu uma leve torção no joelho esquerdo e, o que parecia simples, lhe custou cerca de 450 dias de tratamento e recuperação. Na verdade, Dourado sofreu com um um edema ósseo que o impedia de retornar aos gramados. Após duas artroscopias, o jogador seguia sentindo fortes dores e os médicos já não acreditavam que havia algo mais a ser feito.

 

Neste contexto, o Dr. Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, ofereceu uma última tentativa: a técnica de células tronco, que consiste em utilizar células do tutano do osso da bacia para promover a recuperação de uma área lesionada rapidamente. “Ele se interessou e aí fizemos seis aplicações com intervalo de 15 dias. Ele seguiu exatamente o que eu recomendei em termos de alimentação e recuperação”, relembra o Dr. Carvalho. Após o procedimento e 90 dias de recuperação, Rodrigo Dourado retornou em plena forma a defender a camisa do Internacional.

 

O caso do jogador é marcante, pois a ortopedia tradicional não tinha mais nenhum recurso a oferecer para ele. Sem a tecnologia apresentada pelo Dr. Felipe Carvalho, Rodrigo Dourado estaria fadado a conviver com as dores no joelho e o procedimento de medicina regenerativa com células tronco representou uma esperança de voltar aos dias de glória, “Os médicos já tinham recomendado que ele parasse de exercer a função atlética dele, imagina o que é isso para uma pessoa que faz o que ama”, explica o médico. 

 

A vida atlética de Dourado foi salva por um avanço tecnológico da medicina regenerativa e, outros casos ditos “sem solução” como o do jogador, podem ter suas respostas encontradas também nas modernas técnicas do Dr. Felipe Carvalho. “Eu tenho muito orgulho disso. Não é normal jogar com dor, se você tem dor, busque ajuda”, aconselha o especialista. Além disso, Carvalho alerta para a importância de descobrir e tratar as lesões ainda no começo, pois, quanto antes o tratamento for iniciado, o período de recuperação é menor e mais fácil. “Em uma lesão ósseo-muscular, se o atleta procurar ajuda no início da dor, a gente consegue equalizar e ter mais opções para tratar ele”, afirma.

  

Dr. Luiz Felipe Carvalho - ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o tenista uruguaio Pablo Cuevas, o jogador de futebol Rodrigo e Ferreirinha do Grêmio. O Gaúcho, possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e  pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente, o médico trabalha para o time ucraniano Ucsa, onde está montando um departamento médico de medicina regenerativa com biotecnologia de ponta.


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