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quarta-feira, 5 de maio de 2021

Como a estimulação cognitiva ajuda o seu filho a melhorar na escola ainda neste ano?

Você certamente já parou para pensar o quão longe poderia ter chegado se tivesse utilizado todo o seu potencial, não é mesmo? O questionamento é frequente, sobretudo aos adultos e pais desta geração que buscam oferecer para os seus filhos ao menos um pouco do que não tiveram acesso durante a infância. Neste contexto, a estimulação cognitiva oferecida de forma pioneira pelo Supera – Ginástica para o cérebro funciona como um facilitador no processo de aproveitamento das capacidades do cérebro, apresentando excelentes resultados em diferentes faixas etárias, em especial para crianças que hoje ainda transitam entre aulas presenciais e remotas, o que em muitos casos trouxe prejuízos ao desempenho desses estudantes nos últimos 12 meses.

Mesmo com todo o esforço de professores e instituições de ensino para que as crianças assimilem os conteúdos próprios de sua idade escolar, são inúmeros os relatos de perda de desempenho em todo o Brasil, perda essa que chegou a ser quantificada em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendada pela Fundação Lemann que mostrou que a educação brasileira pode retroceder até quatro anos nos níveis de aprendizagem devido à necessidade de suspensão das aulas presenciais na pandemia, com o agravante da dificuldade no acesso ao ensino remoto.


Considerando este complexo contexto, o que é possível fazer pelas nossas crianças agora?

Com ajuda de Patrícia Lessa, Diretora Pedagógica do Supera no Brasil, o Supera separou 5 pontos de aplicação direta da estimulação cognitiva na pandemia e como a ginástica para o cérebro interfere diretamente na qualidade de vida de crianças e jovens neste momento, confira:

  • Autoconsciência: A estimulação cognitiva permite conhecer seus pontos fortes e limitações, com aprimoramento do senso de confiança, otimismo e uma "mentalidade de crescimento";
  • Autogerenciamento: A ginástica cerebral oferecida pelo SUPERA contribui efetivamente para o manejo do estresse, controle dos impulsos e motivação pessoal para estabelecer e atingir metas.
  • Consciência social: A estimulação cognitiva ajuda as crianças e jovens a entender as perspectivas de outras pessoas e ter empatia com elas, incluindo aquelas de diversas origens e culturas.
  • Habilidades de relacionamento: Outro benefício da prática é ajuda para comunicar-se claramente, ouvir melhor, cooperar com outras pessoas, resistir a pressões sociais inadequadas, negociar conflitos de forma construtiva e oferecer ajuda quando necessário.
  • Tomada de decisão responsável: A estimulação cognitiva ajuda ainda a fazer escolhas construtivas sobre comportamento pessoal e manter interações sociais com base em padrões éticos, seguros e dentro das normas sociais.

Estímulos cerebrais desde cedo - Mais de 80% dos neurônios que nos acompanham ao longo da vida são conectados durante os primeiros anos de vida, e a qualidade das conexões depende fundamentalmente do ambiente, das experiências e dos contextos em que a criança vive. Segundo a especialista, não é preciso que seja um ambiente excepcional para desenvolver o cérebro, nem de ambientes artificialmente enriquecidos.  “O que é preciso é que crianças convivam com adultos e outras pessoas que lhes assegurem afeto, num ambiente de segurança, e lhes apresentem estímulos que lhes permitam interagir com outras pessoas e com o mundo que as cerca”, lembrou.

A importância de estimular o cérebro - Para potencializarmos o nosso cérebro, precisamos praticar exercícios que provoquem mudança no funcionamento e na estrutura do cérebro. Para um exercício, ou um comportamento afetar o cérebro precisa ser uma experiência mais completa que a experiência usual, familiar, rotineira. O Supera trabalha com seis ferramentas pedagógicas: o ábaco (instrumento milenar para cálculos), apostilas exclusivas, jogos de tabuleiro, jogos virtuais desenvolvidos por neurocientistas, dinâmicas em grupo e as neuróbicas (exercícios que funcionam como uma aeróbica para os neurônios). Com a prática dessas atividades que estimulam o cérebro, aumentamos a reserva cognitiva porque estimulamos a construção de sinapses e a qualidade das conexões, potencializado assim habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade.

 

5 passos para persuadir pessoas e alcançar os seus objetivos

Rafael Peixoto conta como a persuasão é sempre a melhor estratégia


“Existe um mundo de diferença entre tentar convencer alguém e persuadir alguém, é acreditar em mim quando eu falo, a persuasão é sempre – e sempre será – a melhor estratégia. Mas vamos por etapas; Para que a persuasão seja minimamente eficiente, alguns pontos precisam ser muito bem observados, e hoje falaremos deles em formatos de passos de ação.

O primeiro e mais importante passo, é acreditar na mensagem que você está passando ao próximo. Se você não acredita naquilo que está dizendo, como espera que outra pessoa acredite naquilo também?! Confie, não gagueje, tenha a cabeça alta e jogue a insegurança para bem longe de você. É preciso ter punho e bastante crença.

O segundo passo é ter consistência e força na sua argumentação, apresentando afirmativas que a pessoas cuja a proposta esteja sendo apresentada possa concordar. É muito importante que você possa construir etapas nessa conversa franca, mostrando os seus pontos de vista e os conduzindo para o seu objetivo.

O terceiro passo é escutar verdadeiramente outro, se atente ao que a outra pessoa está te dizendo; Quando você entende melhor a pessoa que está conversando com você, melhor você conseguirá organizar os seus argumentos para que os mesmos sejam melhor aceitos. É como um jogo de tênis, quando a pessoa lança uma dor, você rebate com possibilidade e acerto.

O quarto é o mais sincero passo de todos, porque nele você não mostra apenas o lado positivo e “bonito” das coisas, como também apresenta o negativo com realismo e transparência. Sua honestidade cria uma relação de segurança para o ouvinte, ainda mais quando mesmo mostrando a parte mais difícil, você oferece soluções para os problemas mais complicados.

O quinto passo – mas não menos importante – é encerrar a conversa exatamente como uma conversa. Mesmo que as coisas não saiam do jeito que você esperava que saíssem, não aja como se estivesse em uma batalha. Seja gentil, atencioso e mantenha uma postura centrada e respeitosa. Encare tudo com uma lição, aprenda com ela, e em uma próxima vez aplique seus novos conhecimentos ... pode ser que o resultado seja diferente.” – Finaliza.


Como ensinar as crianças sobre morte e luto, pediatra explica

Parte do ciclo da vida, o luto pode ser difícil, mas precisa ser abordado com naturalidade

 

A partida precoce do ator Paulo Gustavo, vítima de Covid-19, trouxe luz a um dilema enfrentado por muitas famílias: como falar sobre morte com as crianças.

Por mais desconfortável que possa ser, é essencial entender e transmitir aos pequenos a naturalidade desse momento, que é parte do ciclo da vida. "A conversa deveria tomar lugar de forma natural, gradual e ilustrativa e não apenas mediante o evento em si", diz Dra. Francielle Tosatti, pediatra da SBP e especialista em emergências pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein.

Dra. Francielle lembra que a maioria das crianças já teve, de certa forma, algum contato com a morte no dia a dia, ao ver um inseto morto, uma flor murcha ou o tema em filmes, como Rei Leão, Bambi, Frozen e outros.

A pandemia deixou o tema mais próximo e palpável por conta das informações na mídia ou mesmo por conta de familiares e conhecidos que tenham partido por conta da doença. "Por isso, tão importante quanto falar sobre morte é entender que a criança sente o luto, de acordo com sua idade e maturidade e cada criança irá reagir de uma forma a ausência, ao clima da casa e as emoções dos familiares", conta a pediatra.

O luto por idade

 

0 a 2 anos

Até os dois anos a criança percebe a morte como uma ausência, sendo fundamental manter a proximidade com os familiares sobreviventes e que outro cuidador assuma as responsabilidades, no caso de perda de um cuidador próximo, como pais ou avós, sempre mantendo a constância da rotina.

 

3 a 6 anos

A criança começa a assimilar a morte, mas ainda de uma forma muito fantasiosa. "É importante ter muito cuidado com o uso de metáforas como ‘dormiu para sempre’ ou ‘fez uma longa viagem’, pois podem gerar fobias na hora de dormir ou viajar, além de não contribuir com a assimilação da finitude do evento."

A visão egocêntrica comum nessa faixa etária pode levar a criança a se sentir culpada, adotar comportamentos hostis ou ter regressões de comportamento. Reafirmar constantemente que a criança não teve culpa, acolher e ajudá-la a expressar seus sentimentos fazem parte do suporte que ela precisa e que não só vai curar mas ajudar a entender o luto. De acordo com a pediatra, expressões artísticas como desenhos, tabelas de sentimentos e álbuns de lembranças são facilitadores desse processo.

 

9 anos

Por volta dessa idade a criança começa a entender a morte como algo definitivo e irreversível e podem requisitar meios concretos para entender a morte, como participação do funeral. Essa é uma possibilidade que fica sujeita à decisão da família, dos seus valores e da sua religiosidade, segundo Dra. Francielle: "é importante que seja uma opção para a criança e não uma imposição. Caso a decisão seja levar a criança, e ela deseje ir, explique como vai ser antes e esteja pronto para trazê-la de volta para casa se ela não quiser ficar".

 

E como abordar a Covid-19?

Se algum membro da família ou amigo próximo adoecer, é importante tentar incluir a criança no processo desde o começo, para que ela assimile uma cronologia dos acontecimentos. Pais e cuidadores devem estar preparados para responder suas perguntas (que podem ser repetitivas), de forma clara e sem detalhes desnecessários.

"Abra espaço para que ela expresse seus sentimentos (o lúdico é um excelente facilitador) e ajude-a a entender o que está acontecendo", ensina Dra. Francielle, "mantenha a criança informada da evolução, em casos de internações, havendo a possibilidade de uma televisita pergunte a criança se ela deseja participar e antecipe para ela o que ela irá ver: estado de saúde, emagrecimento, dispositivos que possam estar conectados ao corpo etc. Assegure-a de que se ela não quiser ver está tudo bem e que você dará notícias".

Se houver falecimento de um ente querido, a criança deverá ser comunicada assim que possível por um cuidador com quem ela tenha vínculo afetivo e em quem confie. "Essa dolorosa realidade será suportável com o afeto, o amor e o respeito dos familiares."

Também é importante que o adulto não esconda ou falseie suas próprias emoções. Está tudo bem dizer "estou chorando porque tenho saudades", segundo a médica, pois assim, essa vivência ajudará a criança a entender que entrar em contato com sentimentos dolorosos é possível e que a medida que o amor dos nossos queridos nos conforta, as emoções se transformam em lembranças saudosas.

"Uma das homenagens mais lindas, na minha opinião, e que costuma ser bem assimilada por crianças é plantar uma rosa ou outra flor para o ente querido, explicando que ele nunca será esquecido e estará sempre no seu coração."

 


Dra. Francielle Tosatti - Graduada pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. - Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. - Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. - Especialista em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein. - Médica Emergencista da equipe do pronto-socorro e enfermaria do Hospital Infantil Sabará.


Até que ponto o ser humano é realmente livre?

 

Divulgação | Grupo Editorial Edipro

   A liberdade da Vontade, de Schopenhauer, foi escrito em 1839 para um concurso de filosofia do qual Schopenhauer saiu vencedor. Ele inaugura o período tardio da produção desse autor, que também lhe abriu as portas para seu atrasado reconhecimento público. Trata-se de uma obra inserida no campo da ética, que “a ninguém pode ser alheio ou indiferente”, pois seu objeto somos nós mesmos. Outra boa razão para lê-lo é a de que ele parte do “comum a todos”, isto é, não se baseia em pressupostos filosóficos, pois o concurso exigia uma redação autossuficiente. Assim, temos ao nosso alcance uma excelente porta de entrada à filosofia desse autor tão importante.

            Se engana quem acredita que o livro só pode ser desfrutado por especialistas. Afinal, seu eixo gravitacional – a saber, a necessidade do agir humano a partir de causas suficientes – também foi tematizado até mesmo por clássicos do cinema e da cultura pop: o que torna De volta para o futuro, O homem do futuro e Durante a tormenta filmes inteligentes, para se ater a poucos exemplos? Entre outras coisas, seu conteúdo filosófico, que eles diluem em outros ingredientes. Quando o cientista “Brown”, do filme de Spielberg, proíbe Marty de sair de casa ou fazer qualquer coisa após descobrir que ele veio do futuro, demonstra ter uma sabedoria epistemológica interessante, e com uma boa sintonia com Schopenhauer: qualquer modificação no passado provocaria um novo percurso no “space-time continuum” (cadeia espaço-temporal) – o que, na melhor das hipóteses, produziria outro futuro, no qual Marty talvez nem existisse. Porém, “Doc” pressentia que algo muito pior poderia acontecer, com o que mostrava também estar respaldado pela filosofia.

Em O homem do futuro, o físico “João” também se dá conta de que sua máquina do tempo é, antes, uma “máquina do fim dos tempos”. Seus diversos retornos ao passado (que renderam a inesquecível cena de três versões suas brigando entre si) criaram um “paradoxo quântico”, que só poderia ser removido com a aceitação de todos de que “não se muda o que já foi (...) O que é a realidade? Uma trama formada por espaço e tempo” – com essa citação de Einstein o filme inicia, a qual também poderia ser de Schopenhauer. E no seu fim, ele nos faz pensar: e se alguém retirado do meio dessa trama tentasse reescrever o seu início, de onde ele tiraria elementos para tanto – de qual história e caráter – se justamente o que o constituía até então lhe foi subtraído?

Durante a tormenta também é um filme muito diferenciado em termos de conteúdo filosófico. Porém, todos eles devem pedir licença poética à filosofia para encenarem um contrassenso fatal: por menor que seja a interferência do presente no passado, ela é impensável, pois como poderia ocorrer se a resolução do passado é, justamente, uma condição prévia de toda ação do presente? Se presente e passado dependerem, reciprocamente, da resolução um do outro para agirem, nenhum dos dois sairão do lugar, pois lhes faltará uma causa suficiente para tanto. Fantasias à parte, a impossibilidade de se mudar o passado parece ser a lição filosófica sussurrada pelos três filmes. E quanto ao presente e o futuro, estarão mais “abertos” do que o passado, pensando objetivamente?

A liberdade da Vontade também se dirige a essa questão. A realidade, para Schopenhauer, é uma cadeia de fenômenos conectados pela lei de causalidade, e dispostos nas formas a priori do tempo e espaço. Para que um fenômeno ocorra, são necessárias uma causa e uma causalidade. A primeira consiste em uma configuração da matéria no espaço e tempo, e a segunda, em uma força natural e invisível que empresta à causa seu poder transformador. Nessa base Schopenhauer responde à questão concursal de se somos ou não livres em sentido radical. Apenas para instigar à leitura dessa obra-prima, citemos seu seguinte experimento: você segura algumas varetas coloridas sobre a mesa, pensa que “elas podem cair para qualquer direção” e as solta. O que significa o “pode” dessa frase? Pelas leis da física e a disposição das varetas, a posição final das mesmas está completamente determinada! O “pode” significa apenas que não somos capazes de prever o resultado final.

E com o agir humano, ocorre algo distinto? Só porque vemos nossas transformações “de dentro” e não “de fora”, e as provocamos a partir de uma causalidade mais complexa (nossa vontade), que também é influenciável pelo abstrato e o distante, isso quer dizer que não há regularidade, caráter próprio e necessidade na produção de nossos efeitos a partir de causas suficientes? Fantasia à parte, seria realmente possível que o mesmo homem, dotado da mesma vontade (seu caráter), e numa mesma situação, agisse ora de uma maneira, ora de outra? Essa é a interrogação principal que Schopenhauer busca responder nesse livro, e cuja resposta antecipa elementos decisivos dos antídotos propostos por Nietzsche contra a “maior e mais sinistra doença” da humanidade, e por Freud contra o “problema mais importante da evolução cultural”: a culpa.

 


Guilherme Marconi Germer - doutor em Filosofia pela Unicamp e pós-doutorando em Filosofia pela USP e responsável pela introdução do livro A liberdade da vontade.


Porque é essencial se falar sobre o comprometimento da saúde mental das mães durante a pandemia?

 Ser mãe exige habilidades que, por uma questão muitas vezes apenas cultural, impõe sobre a mulher uma carga que é exclusividade do papel que exerce. Ela acaba assumindo a responsabilidade pelas tarefas domésticas, de trabalhar e de cuidar dos filhos. E quando se trata dos filhos, é importante pensar de uma maneira mais abrangente: não só em alimentá-los e dar-lhes garantia de necessidades básicas como também de acompanhá-los de perto na educação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já apontou que as mulheres como as mais suscetíveis a problemas mentais no período de pandemia da Covid-19. E em tempos de isolamento social, todos esses papéis se concentraram dentro de casa, tornando as tarefas mais indigestas. O resultado é que os riscos de apresentar sintomas de ansiedade e depressão aumentaram nas mães, gestantes e puérperas.

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG revela que, no período da pandemia, a maior parte das mães tem se dedicado a assistir televisão com os filhos (94%), brincar (77%) ou cantar com eles (65%). No entanto, uma pequena parcela tem lido (27%) ou feito alguma atividade física junto com a criança (22%).

Outra pesquisa, desenvolvida na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, aponta que 63% das mães tiveram sintomas depressivos durante a pandemia. Desse universo, 78% revelaram que tiveram sentimentos de desconforto em relação ao vírus e 34% tiveram sentimentos negativos, que, em intensidade mais elevada, são característicos da depressão, como medo, angústia e insegurança.

Todos esses dados têm suscitado a necessidade de atenção com as mães, como avalia a gerente de marketing da operadora de planos de saúde You Saúde, Camilla Bastos. “Não há dúvida de que a pandemia vem causando transtornos em diversas categorias sociais, e todas elas merecem cuidados devidos. Mas as mães estão no epicentro dos problemas causados pelo isolamento, até pelos papéis diversos que a mulher assume”, explica. Nesse sentido, completa, é necessário também promover uma conscientização preventiva. “Conversar com as mães, orientá-las a tomar um tempo para si e investir na própria saúde mental. Esses cuidados são fundamentais para que algo talvez tão grave quanto a própria Covid-19 não ganhe corpo dentro de casa”, conclui.


Doe sangue. Salve uma mãe.

 A importância da hemoterapia na hemorragia pós-parto (HPP)

 

A H. Hemo, maior rede de hemoterapia do Brasil, lança neste Dia das Mães a campanha "Doe Sangue. Salve uma mãe". O grupo procura trazer conscientização a respeito de um problema sério e pouco conhecido, que ocorre em cerca de 2% dos partos e leva à morte aproximadamente 140 mil mulheres por ano, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. O objetivo é convidar a população a doar sangue, ato que pode salvar vidas de muitas parturientes.

Segundo estudo de 2018 da Organização Panamericana de Saúde, a hemorragia pós-parto (HPP) é definida quando a paciente apresenta um grande sangramento em um curto espaço de tempo, geralmente em razão da falta de contração do útero logo depois do nascimento do bebê. A entidade atesta que a HPP é a principal causa de morte materna em países em desenvolvimento.

As transfusões de sangue estão entre os tratamentos recomendados, já que em grande parte dos casos é necessário restaurar a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Nesses casos, a rapidez no atendimento é primordial. "Somos uma empresa com atuação nacional com robusta rede de postos de doação de sangue, possibilitando o atendimento do paciente com o sangue certo, em quantidade correta e no momento que ele se faz necessário", diz Gustavo Duarte, diretor médico da H. Hemo. "Contamos com uma estrutura de bancos de sangue interligados que conseguem manter os estoques de sangue suficientes para suporte a estas emergências, mas para tal precisamos da colaboração fundamental dos doadores de sangue."

Após um episódio de hemorragia pós-parto não é incomum que a mulher fique com anemia por semanas, razão pela qual muitos médicos prescrevem medicamentos contendo ferro. O tempo médio de tratamento, até que a mulher que apresentou quadro de anemia venha a ter restaurados seus estoques de ferro é de cerca de quatro a seis meses.

O aprimoramento dos cuidados de saúde para mulheres, com acompanhamento pré-natal adequado, e assistência durante o trabalho de parto para prevenir e tratar a HPP, é uma etapa essencial para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, da Organização das Nações Unidas, com os quais o Grupo H. Hemo segue alinhado.


Pacientes confundem "tratamento preventivo" e tratamento precoce, e se automedicam

Quarta-feira, 5 de maio, é Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos e Dia Mundial de Higienização das Mãos, infectologista orienta sobre o que realmente funciona na prevenção da Covid-19 e os perigos da automedicação

 

Anualmente, em 5 de maio, celebramos duas datas muito importantes: o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos e o Dia Mundial de Higienização das Mãos. Neste tempo de pandemia, a data ganha um significado ainda maior em 2021. As comemorações abrem a oportunidade para discutirmos dois temas que tanto confundem o brasileiro no contexto da pandemia: “tratamento preventivo” e tratamento precoce para a Covid-19.

Muita gente confunde os dois temas, diz a médica infectologista Juliana Barreto Cypreste, profissional que atende no Órion Complex, em Goiânia. Ela alerta que o “tratamento preventivo” - termo popularmente usado para a prevenção ou profilaxia - consiste no uso de remédios sem estar contaminado com o vírus. Normalmente é feito sem acompanhamento médico e tem gerado preocupação entre os especialistas da área.

“As únicas prevenções que existem são a higienização das mãos, uso de máscaras, distanciamento e vacina”, diz. Enquanto isso, ela diz, há pacientes que estão se automedicando, sem nem ter a doença da Covid-19, com base em divulgações não comprovadas que circulam na internet. “Não existem medicamentos que evitam o contágio da doença”, orienta.

Ela informa que já é perceptível o aumento no número de casos de pacientes com problemas causados ou agravados pelo uso indiscriminado de medicamentos. “Eu tenho recebido muitos pacientes com efeitos adversos de automedicação, com arritmia, insuficiência hepática e comprometimento renal, entre outros", frisa a médica infectologista.


Tratamento precoce - quando o paciente de fato sofre o contágio da doença da Covid-19, aí sim, entra o tratamento precoce. Porém, mais uma vez, ela adverte para a importância de se ir ao médico para que ele defina qual será a melhor medicação para o paciente. “O único profissional apto a prescrever um remédio é o médico, porque ele vai realizar uma anamnese, que é um levantamento do histórico do paciente, e a partir disso vai conseguir identificar as possíveis contraindicações, indicações ou solicitar exames complementares se necessário. Se a pessoa faz automedicação, nada disso é levado em consideração, e o paciente pode acabar usando um remédio que, na verdade, vai prejudicá-lo", alerta a profissional.

Juliana Barreto Cypreste lembra também que a automedicação e o uso indiscriminado de remédios são preocupantes não apenas no contexto da pandemia do novo coronavírus, mas em qualquer situação envolvendo a saúde dos pacientes. A utilização sem acompanhamento profissional pode gerar intoxicação medicamentosa e efeitos adversos no organismo, que em casos mais graves pode até mesmo levar ao óbito.

 

Mitos e verdades sobre a perda auditiva

A perda de audição pode ser causada por diversos fatores, como envelhecimento, hereditariedade, uso frequente de remédios otológicos e hábitos ruins adquiridos ao longo da vida relacionados ao excesso de som em alta intensidade.

A exposição frequente a sons elevados, seja em casa, nas ruas, no carro, no trabalho, nos transportes públicos, é um grande risco para a audição, mas muita gente ainda não se deu conta disso. É melhor ficar alerta desde cedo para chegar na fase madura com a audição ainda em dia.

Preste atenção! A fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo na Telex Soluções Auditivas, analisou os principais mitos e verdades quando se trata de saúde auditiva. Saiba quais são:


1 - Escutar música alta em fones de ouvido pode causar perda auditiva

Verdade. Segundo a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia, a perda auditiva ocorre porque o hábito frequente de ouvir música em fones de ouvido e com o som muito alto pode causar danos às células ciliadas, responsáveis pela audição, que uma vez danificadas, não se regeneram. "O limite de exposição a sons é de 85 decibéis. Quanto maior o tempo e o volume do áudio, pior para as orelhas", alerta.


2 - Cera em excesso na orelha pode deixar surdo

Mito. O acúmulo de cera pode impedir o som de chegar ao tímpano. Entretanto, não causa surdez. "Esse problema pode ser resolvido com a remoção do excesso de cerume e, posteriormente, a pessoa conseguirá ouvir de forma adequada", esclarece Marcella Vidal. Mas cuidado com o uso de hastes de algodão flexíveis! Elas parecem inofensivas, mas podem ser perigosas quando usadas de modo impróprio para limpar as orelhas, danificando o tímpano e podendo levar à perda auditiva.


3 - Zumbido e sensação de tontura podem ser sintomas de perda auditiva

Verdade. Tanto o zumbido quanto a sensação de tontura podem ser indícios de problemas auditivos. "O ideal é procurar um médico otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto e saber o melhor tipo de tratamento. Em alguns casos, a indicação é o uso de prótese auditiva", pontua a fonoaudióloga da Telex.


4 - Perda auditiva não tem solução

Mito. Em grande parte dos casos, a dificuldade para ouvir pode ser tratada com o uso de aparelhos auditivos, adequados para cada grau de perda auditiva. Marcella Vidal explica que as próteses auditivas estão cada vez mais tecnológicas e modernas. "Elas são capazes de amplificar os sons relevantes, ajudando as pessoas no processo de reabilitação auditiva de maneira bastante eficaz", conta.


5 - Infecção na orelha pode causar perda de audição

Verdade. As infecções na orelha - otites -, podem trazer transtornos caso ocorram de forma repetitiva e sejam tratadas de forma errada. É necessário ficar atento, em especial no caso das crianças, que são mais suscetíveis a inflamações. Para evitá-las, o ideal é tratar rapidamente e de maneira adequada gripes, otites e dificuldades respiratórias, pois tudo isso pode afetar diretamente a audição. "A qualquer sinal de dor e incômodo e/ou dificuldades para ouvir, é importante procurar um otorrinolaringologista para uma avaliação detalhada", recomenda a especialista.


6- Perda auditiva pode começar bem antes da Terceira Idade

Verdade. A diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento, com a redução progressiva do número de células auditivas, começa aproximadamente aos 40 anos. "O primeiro sinal de que a audição não é mais a mesma vem quando a pessoa passa a ter dificuldade para entender o que os outros estão falando. Na maioria das vezes, o indivíduo perde a audição primeiro das frequências mais agudas, mas não percebe o problema porque continua a ouvir as frequências mais graves normalmente e tende a apresentar um bom desempenho auditivo, sem dificuldades, nos ambientes mais silenciosos. E esse é um dos motivos que faz com que as pessoas demorem a procurar a ajuda de um especialista", finaliza Vidal.


Pela primeira vez, danos a vários órgãos vitais, vasos sanguíneos e tecidos são identificados em crianças que morreram por Covid-19

É o que indica os resultados de um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e do Instituto Adolfo Lutz por meio de técnica de autópsia minimamente invasiva

 

Apesar da Covid-19 manifestar-se geralmente de forma leve ou assintomática em crianças e adolescentes, casos graves podem levar à morte. Para esclarecer a extensão da doença, as alterações relacionadas à Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), e o papel do dano tecidual induzido pelo vírus, um estudo foi realizado com autópsia minimamente invasiva guiada por ultrassom em cinco jovens, de 7 meses a 15 anos, que tiveram morte por Covid-19. Os resultados da pesquisa foram publicados em um artigo divulgado pela revista científica de livre acesso EClinicalMedicine, do grupo Lancet, em 25 de abril de 2021. 

Desde o início da pandemia até o final de dezembro de 2020, o Brasil havia registrado mais de 7,6 milhões de pessoas infectadas e 193,9 mil mortes. Entre estes, 1.203 crianças e adolescentes morreram de Covid-19. Até o momento, este é o primeiro registro de uma série de autópsias feitas em casos de Covid-19 pediátrica. Amostras de tecidos de todos os órgãos vitais foram analisadas por microscopia convencional, microscopia eletrônica, reação em cadeia da polimerase por transcrição reversa (RT-PCR) e imuno-histoquímica. O SARS-CoV-2 foi detectado em todos os pacientes nos pulmões, coração e rins e em células de revestimento dos vasos sanguíneos do coração e do cérebro em dois pacientes com SIM-P. 

Os achados histológicos variaram entre os pacientes, e incluem pneumonia pelo SARS-CoV-2, microtrombose pulmonar, edema cerebral, inflamação do músculo cardíaco, e inflamação intestinal. “Além disso, mostramos pela primeira vez a presença de SARS-CoV-2 no tecido cerebral de uma criança com SIM-P com encefalopatia aguda e no tecido intestinal de uma criança com colite aguda. A inflamação do tecido cardíaco com a presença do vírus já havia sido descrita previamente em um dos casos”, afirma a Profa. Marisa Dolhnikoff, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e coordenadora do estudo.  

Dois padrões principais da Covid-19 grave foram observados: uma doença respiratória aguda, resultado da pneumonia grave pelo SARS-CoV-2, presente nas duas crianças com doenças prévias, e a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, com envolvimento de vários órgãos e tecidos, presente nas três crianças previamente saudáveis.  

“A SIM-P é considerada como uma reação imune exacerbada em resposta à infecção prévia pelo SARS-CoV-2, mas a presença do vírus em diferentes órgãos, associada a alterações ultraestruturais celulares, indica que um efeito direto do SARS-CoV-2 nos tecidos esteja envolvido na patogênese da SIM-P”, declara a Profa. Marisa. 

O estudo constatou a “alta capacidade do SARS-CoV-2 de invadir e causar lesões nos tecidos de vários órgãos como um dos fatores que induzem à SIM-P, desencadeando uma diversidade de manifestações clínicas que incluem, além de febre persistente, dores abdominais, insuficiência cardíaca e convulsões”, disse o Dr. Amaro Nunes Duarte Neto, infectologista e patologista da FMUSP e do Instituto Adolfo Lutz e um dos autores principais do estudo.

Os pesquisadores também detectaram a formação de microtrombos pulmonares em crianças com SIM-P, a exemplo do que já havia sido observado em adultos com Covid-19. A Profa. Elia Caldini explica que “os fenômenos relacionados à coagulação do sangue devem ser sempre considerados na Covid-19, uma vez que a microscopia eletrônica mostra que, em todos os órgãos estudados, há capilares sanguíneos obstruídos pelo acúmulo de hemácias, leucócitos, restos celulares e fibrina, inclusive com ruptura da parede endotelial.” Essas observações têm impacto direto na abordagem terapêutica da SIM-P. 

À medida que a pandemia progride e um número maior de crianças e adolescentes se infecta, “é muito importante que a comunidade médica atente para possíveis manifestações clínicas diferentes da Covid-19 em crianças e adolescentes, para que a infecção seja diagnosticada e o tratamento da SIM-P com suporte hospitalar seja instituído rapidamente”, afirma a Profa. Marisa Dolhnikoff.

O estudo recebeu apoio do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da Fundação Bill e Melinda Gates e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq). O trabalho foi desenvolvido no Departamento de Patologia da FMUSP, com colaboração de pesquisadores do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, do Laboratório de Gastroenterologia Clínica e Experimental (LIM-07) do HCFMUSP, do Hospital Universitário da USP, da Divisão de Anestesia do HCFMUSP, do Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (Svoc) e do Instituto Adolfo Lutz. Confira na íntegra em:  https://www.thelancet.com/journals/eclinm/article/PIIS2589-5370(21)00130-9/fulltext

 

Especialista alerta para importância dos exercícios regulares da respiração

 Fisioterapeuta e professora de Pilates, Fernanda Affonso, apresenta pontos positivos das atividades respiratórias corretas, com benefícios para o corpo e a mente. Segundo ela, a adoção de exercícios e de uma consciência da respiração adequada são essenciais para a qualidade de vida e saúde, principalmente durante a pandemia do novo Coronavírus

 

Um dos principais sistemas do organismo afetados pela contaminação do novo Coronavírus (Covid-19), é o respiratório, inclusive com possíveis sequelas, causando falta de ar e cansaço, mesmo após a cura da doença. Para melhorar as condições da respiração, a fisioterapeuta e professora de Pilates, Fernanda Affonso, destaca a importância da prática de exercícios respiratórios constantes, a fim de melhorar a condição corporal e até mental.

 

A fisioterapeuta afirma que um dos problemas mais recorrentes na população é que, normalmente, as pessoas respiram de maneira errada. “A respiração não é simplesmente o fato inalar e exalar o ar automaticamente, justamente porque não prestamos atenção na forma como respiramos”, comenta Fernanda.

 

A profissional explica, por exemplo, que se a respiração for curta e rápida, vai prejudicar tanto o corpo quanto a saúde mental, pois acelera os batimentos cardíacos, criando a sensação de ansiedade e isso leva a musculatura do corpo a se contrair, resultando em dores musculares.

A profissional sugere que o mais apropriado é aprender a respirar corretamente. Para isso, é preciso avaliar como a respiração funciona individualmente. Fernanda indica um treino que coloque o praticante numa postura sempre calma, aprendendo a inspirar e a expirar profundamente para enviar informações ao cérebro. “Assim dizemos ao nosso cérebro que está tudo bem e ele libera substâncias benéficas para nosso organismo. Quando conseguimos manter essa conduta, conquistamos uma sensação de relaxamento, de paz e de tranquilidade”.

 

A fisioterapeuta comenta ainda que a prática do Pilates auxilia muito na melhora da respiração. “Devemos puxar o ar pelo nariz e soltar pela boca, de forma a não tensionarmos a musculatura. Quando a respiração não ocorre de forma adequada forçamos a região dos ombros, com dores nesta região. Com o Pilates ensinamos a como não forçar essa musculatura”, explica Fernanda.


 

Forma correta de respirar


A recomendação da fisioterapeuta é que a musculatura do diafragma deve ser usada, expandindo a região e, na hora de soltar o ar pela boca, o correto é aproximar as costelas. “O diafragma e as costelas têm toda uma rede de ligamentos e tendões. Durante a respiração acionamos a musculatura abdominal e o transverso do abdômen”, acrescenta.


Além dessa movimentação, vale aprimorar o desempenho da musculatura abdominal. Para isso, a postura também é contemplada, ajudando até a região pélvica, pelo fato de que todos os músculos estão interligados. “Quando temos uma respiração mais correta, trabalhamos as nossas musculaturas e começamos nos acalmar, a ter pensamentos positivos e mais relaxantes”, completa Fernanda.


Os exercícios para os músculos da respiração não só melhoram a condição mental e corporal, como também auxiliam no aumento da imunidade, principal mecanismo do corpo contra a contaminação do vírus da Covid-19 e de vários outros vírus e doenças. “Com Pilates, conseguimos trabalhar a mobilidade da caixa torácica, tirar a tensão da musculatura acessória da cervical. Com isso, obtemos um relaxamento e maior capacidade respiratória pulmonar”, explica. 


O foco dos exercícios é direcionado a minimizar as dispneias e a diminuir os quadros de ansiedade, que são provocados pela falta de ar. A professora de Pilates esclarece que a atividade física em nível moderado e contínua, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e de imunorregulação. O resultado é um sistema imune mais resistente para combater os processos infecciosos. “Apesar de ainda não existirem pesquisas comprovadas, já há estudos apontando que uma pessoa com um estilo de vida saudável e adepta da prática regular de exercícios, tem 51% menos chance de internação durante a infecção da Covid-19”, revela Fernanda.


Ela complementa que uma boa respiração é muito eficaz para o organismo e gera outros benefícios no combate a outras doenças respiratórias. “Quem respira bem consequentemente tem diminuição da mortalidade por gripe, pneumonias, porque a respiração melhora nosso sistema cardiorrespiratório como um todo e até a melhora das respostas às vacinas”, defende.



Tratatamento da respiração no pós-Covid


Já para quem passou pela internação e complicações da Covid-19, Fernanda Affonso destaca que para a recuperação destes pacientes, deve-se ter o acompanhamento médico e de um fisioterapeuta para orientar a respiração em cada movimento, consciência corporal e treino de concentração. “Levamos em consideração cada caso e inicialmente trabalhamos a parte do fortalecimento, flexibilidade e equilíbrio”. 

 

O tratamento com Pilates nesta fase é focado em menos repetições (no máximo 10 cada) com intervalos maiores entre os exercícios, a fim de ser uma progressão lenta e que não desestimule a pessoa a praticá-lo. 

“A Covid-19 tem trazido consequências ao músculo esquelético pelo processo inflamatório que vai sendo agravado e, nestes casos, ocorre perda de massa muscular, de mobilidade e alguns até na capacidade motora”, avalia Fernanda. Ela ressalta que os músculos que trabalham a nossa respiração são voluntários, mas precisam ser trabalhados diariamente. “Com essa musculatura fortalecida é possível prevenir até possíveis complicações da Covid-19”, finaliza.

 

DIA DAS MÃES

Imunização materna: saiba a importância de colocar a caderneta de vacinação em dia durante a gestação1

 

Vacinas contra doenças sérias como coqueluche, tétano, difteria, hepatite B e gripe podem ser tomadas na gravidez e ajudam a proteger o bebê ainda na barriga2 3 4 Mesmo com vacinas gratuitas nos postos de saúde, a cobertura vacinal contra coqueluche nas gestantes (dTpa) chegou a apenas 45% e a dT somente 22%, no ano passado.12 Assim que a mulher descobre que vai ser mãe, muitas emoções e dúvidas surgem. Mas, na verdade, o que todas sonham e desejam, é que o filho venha e cresça com saúde. O que muitas não sabem é que, mesmo durante a gravidez, elas podem proteger seus filhos de diversas doenças sérias como coqueluche, tétano, difteria, hepatite B e gripe, com vacinas que são especialmente recomendadas para as grávidas e estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde de todo o país, além das unidades privadas devacinação.1 2 4 6

Segundo a farmacêutica e gerente científica e de assuntos médicos de vacinas da GSK, Ana Medina (CRF/RJ 24.671), a imunização materna é um recurso importantíssimo para a proteção do filho ainda no útero.3 "Com a vacinação, o corpo da mãe é estimulado a produzir anticorpos que são transferidos para o bebê através da placenta. Esses anticorpos que passam para o bebê, ainda em desenvolvimento, são fundamentais nos primeiros meses de vida, especialmente enquanto ele ainda não tem idade para receber as doses de rotina. Por isso, algumas vacinas devem ser repetidas a cada nova gestação, para proteger aquele novo bebê que está sendo gerado", destaca Ana.

 

As vacinas recomendadas 

No Brasil, são recomendadas quatro vacinas para as gestantes: a dTpa, que previne contra difteria, tétano e coqueluche; a dT que imuniza contra difteria e tétano; a vacina contra hepatite B; e a influenza (contra gripe).4 6 Todas são oferecidas gratuitamente nos postos de saúde municipais, pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.2 4

"É importante destacar que as vacinas recomendadas para as gestantes são seguras e visam exatamente a proteção das mamães e bebês. Além disso, são todas inativadas, ou seja, são compostas por vírus ou bactérias mortos. Dessa forma, não apresentam riscos de causar infecção na gestante e no bebê", enfatiza Ana Medina.

Além das vacinações durante a gravidez, as mulheres que planejam engravidar também devem se atentar para a atualização da caderneta vacinal, garantindo a imunidade contra doenças que têm prevenção por vacinas, mas que são contraindicadas durante a gestação.1 4 5 6 15

"Vacinas contra catapora, sarampo, caxumba, rubéola e HPV, por exemplo, são geralmente contraindicadas às gestantes e, por isso, devem ser administradas antes da gravidez e/ou no puerpério, mesmo que a mãe esteja amamentando. Após o nascimento do bebê, a vacinação materna é fundamental para quem não se imunizou antes, tanto para a proteção individual da mãe quanto para evitar a transmissão de doenças dela para o bebê. Já o bebê deve seguir o calendário de vacinação de crianças para gerar a sua própria proteção", explica Ana Medina.

A importância da imunização materna contra a coqueluche Uma das vacinas recomendadas para as gestantes é a dTpa que previne contra difteria, tétano e coqueluche. A coqueluche é uma infecção altamente contagiosa, que acomete principalmente crianças menores de um ano, podendo ser fatal.78

A coqueluche é transmitida por gotículas contaminadas pela bactéria Bordetella pertussis ao tossir, espirrar ou até mesmo falar. Em adultos costuma manifestar sintomas como mal-estar geral, secreção nasal, tosse seca e febre baixa, podendo ser confundida com outros quadros respiratórios e com frequência não ser diagnosticada.7

10 Nas crianças pequenas, que são o grupo mais vulnerável, a tosse é o sintoma que mais se destaca, podendo avançar para grave e descontrolada, comprometendo a respiração e até provocando vômitos e cansaço extremo.10 Além disso, mais de 90% das crianças menores de 2 meses infectadas pela coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.9

"Muitas gestantes não têm conhecimento sobre a importância da vacinação materna. A maioria dos casos graves da doença e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Antes dos seis meses de vida, os bebês ainda não completaram a maioria dos esquemas primários de vacinação e, com isso, são mais suscetíveis a infecções. Seguindo as recomendações de vacinação da gestante, a mãe pode ajudar a proteger o recém-nascido através da transferência de anticorpos dela para o bebê durante a gravidez, através da placenta. Assim, quando o bebê nasce, ele já tem alguma proteção oferecida pela mãe enquanto produz seus próprios anticorpos", alerta Ana Medina.

Segundo o Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é recomendado para as gestantes, a partir da 20ª semana de gestação, uma dose da vacina dTpa.4 A vacina deve ser tomada a cada gestação.4 Além do PNI, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação com dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação.4 6 11

Gestantes nunca vacinadas e/ou com o histórico vacinal desconhecido, recomenda-se até duas doses de dT e uma dose de dTpa. Deve-se apenas garantir que a dTpa seja feita após a 20ª semana de gestação, e que o intervalo entre as doses seja de pelo menos 1 mês.4 6 11

 

Baixa cobertura vacinal e os seus riscos Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), atualizado em abril de 2021, apontam que, em 2020, a cobertura vacinal contra coqueluche nas gestantes (dTpa) chegou a apenas 45% e a dT somente 22%.12 "O país tem registrado baixa adesão das gestantes ao programa de vacinação e isso se intensificou ainda mais em 2020 com a pandemia de Covid-19. Isso é bem preocupante e coloca a saúde da mãe e do bebê em risco. Como a mãe é, normalmente, a pessoa que fica mais próxima durante os primeiros meses de vida do bebê, geralmente ela é a principal transmissora da coqueluche em lactentes, sendo responsável por aproximadamente 39% dos casos, segundo um estudo. Por isso, a importância dessa imunização materna. Mas é relevante vacinar também as pessoas que irão conviver com o bebê de forma mais próxima, como pai, irmãos, avós e babá. A indicação é que isso seja feito antes do nascimento", complementa Ana Medina.

Diferentemente da imunização materna, em que a mulher deve se vacinar contra a coqueluche a cada gravidez, para os familiares do bebê nunca vacinados e/ou com o histórico vacinal desconhecido, recomenda-se até duas doses de dT e repetir a dose de dTpa somente a cada 10 anos.4 15 A dT está disponível no sistema público, enquanto a dTpa está disponível na rede privada apenas para os familiares.15

 

Cuidados com o bebê após o nascimento - a importância da vacinação de rotina 

Após o nascimento, os papais devem se atentar para a caderneta de vacinação dos bebês com as doses recomendadas para cada mês e idade. O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas vacinas oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite, coqueluche, hepatite, tuberculose, pneumonia, meningite, febre amarela, sarampo, gripe, entre outras.16 17 Já a SBIm e a SBP possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças.15 18

Além da vacinação, após o nascimento do bebê, é importante também adotar algumas medidas de higiene que podem protegê-lo contra doenças, como cobrir a boca e o nariz com um lenço ao tossir ou espirrar; não beijar o bebê no rosto e nas mãos; lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes de pegar o bebê; e evitar contato com pessoas doentes, podem proteger o bebê de doenças transmitidas por contato, como a coqueluche.13 14

 



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

 

GSK

www.gsk.com.br , e para saber sobre vacinas, acesse www.casadevacinasgsk.com.br.

 

Referências

 

1 CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.

Vaccine Safety for Moms-To-Be. Disponível em:

http://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-safety.html. Acesso em: 24 abr. 2021.

2 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde. Verdades e mentiras sobre a vacinação em gestantes. Disponível em:

http://www.blog.saude.gov.br/index.php/servicos/53841-mitos-e-verdades-sobre-a-vacinacao-em-gestantes.

Acesso em: 24 abr. 2021.

3 CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.

Vaccines & Pregnancy: Top 7 Things You Need to Know. Disponível em:

http://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/pregnant-women/need-to-know.html . Acesso

em: 24 abr. 2021.

4 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação da gestante. Disponível

em:

http://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/04/Calendario-Vacinao-2020-Gestante.pdf

 Acesso em: 24 abr. 2021.

5 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.

Vaccines Before Pregnancy. Disponível em:

http://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-before.html . Acesso em: 24 abr.

2021.

 

6 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante (2020/2021). Disponível em:

http://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf . Acesso em: 24 abr.

2021.

7 PORTAL FAMÍLIA SBIM. Doenças. Coqueluche (pertussis). Disponível em:

http://familia.sbim.org.br/doencas/coqueluche-pertussis . Acesso em: 24 abr.

2021.

8 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim epidemiológico da coqueluche no Brasil de

2010 a 2014. Disponível em:

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/29/Boletim-epidemiologico-de-2010-a-2014.pdf


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