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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

TRATAMENTOS PARA INFERTILIDADE QUE FUNCIONAM



É um mito que relaxar ou "dar um tempo" superará a infertilidade. Trata-se de um problema médico que precisa ser diagnosticado e tratado como qualquer outra doença. Há mais de 3 milhões de bebês no mundo que nasceram por meio das técnicas de reprodução assistida. E com o aprimoramento dos laboratórios de embriologia, dos medicamentos e do conhecimento médico, as taxas de sucesso são cada dia maiores.

“Estudos mostram que aproximadamente 15% dos casais em idade fértil apresentam dificuldade para engravidar, e metade deles terá de recorrer a tratamentos de reprodução assistida”, afirma Arnaldo Cambiaghi, especialista em ginecologia e obstetrícia, com certificado de atuação na área de reprodução assistida, e responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

 
Sinais de alerta para o problema
 
A maioria dos casais deve procurar um médico após um ano tentando ter um bebê sem sucesso. Se a mulher tiver mais de 35 anos ou um ciclo menstrual irregular - e está tentando engravidar há seis meses – é melhor consultar o médico o mais rápido possível, o mesmo vale para o parceiro.
 
“No exercício de minha profissão convivo com casais, principalmente mulheres, que sofrem com a dificuldade em ter filhos. Eles se tornam infelizes, inconformados e frustrados. Não são poucos os casais atendidos no Centro de Reprodução Humana IPGO com dificuldade de engravidar devido, por exemplo, a doenças que poderiam ser previamente diagnosticadas e tratadas, além de maus hábitos ou um estilo de vida inadequado”, admite Cambiaghi.
 
Problemas comuns em homens

=Baixa contagem de espermatozoides
=Baixa motilidade dos espermatozoides
=Morfologia alterada
=Obstrução dos ductos seminais
=Varicocele
 

Principais razões para as mulheres

=Anovulação
=Obstrução tubária
=Alterações anatômicas no útero e ovários
=Endometriose
=Falência ovariana
 

Fertilidade natural

Muitas vezes, conhecer o período fértil é o principal desafio para quem deseja engravidar. Uma opção é tentar fazer um teste de ovulação em casa que consiga prever a ovulação. Outra opção é o controle ultrassonográfico do ciclo natural. Ficar atento a sinais como aumento da temperatura corporal, muco ovulatório, dor do meio; pode guiar o casal para aumentar a frequência das relações sexuais nos melhores dias.
 
Tratamentos

 
Problemas de ovulação?

Existem medicações que podem ajudar a paciente que não "ovula" normalmente, pois eles, de alguma forma, estimulam o hormônio folículo estimulante (FSH), responsável pelo crescimento do folículo.  Entre os medicamentos de menor custo estão o citrato de clomifeno e o letrozol. Apesar de atuarem de maneira diferente, levam a um aumento do FSH que tem por objetivo estimular a ovulação. Normalmente, a resposta é com 1-3 folículos, mas é necessário o acompanhamento ultrassonográfico para evitar gestações múltiplas nas pacientes hiperrespondedoras. As taxas de sucesso por ciclo não são altas, entretanto, após 3-4 ciclos de tratamento podem chegar próximo dos 40%.


Hormônios injetáveis

Há uma grande variedade de medicamentos para esse fim, e eles funcionam igualmente bem.  O manejo destas medicações é mais difícil e devem ser utilizados apenas pro profissionais especializados na área da reprodução assistida.
 

Procedimentos cirúrgicos

Vários fatores podem causar obstrução tubária, ou alterações uterinas levando à infertilidade, como endometriose, infecções pélvicas, cirurgias anteriores. A videolaparoscopia é um tipo de cirurgia menos invasiva e muito frequentemente realizada nas pacientes com este tipo de diagnóstico.



Inseminação Intrauterina (IUI)


Cambiaghi explica o procedimento: “A inseminação intrauterina é a introdução no interior do útero de sêmen preparado no laboratório, com objetivo de se obter gestação. A inseminação aproxima o(s) óvulo(s) dos espermatozoides para que a fertilização ocorra naturalmente na tuba uterina. A mulher pode precisar tomar medicamentos para desencadear a ovulação”. A IUI é mais barata e mais simples que a fertilização in vitro, mas as taxas de gravidez são muito mais baixas. A inseminação também pode ser uma alternativa para mulheres férteis que desejam uma produção independente, para casais homoafetivos femininos, para casais com sorodiscordantes ou com problemas masculinos graves. Em todos estes casos o tratamento deve ser realizado com sêmen de doador.


 
Fertilização in Vitro (FIV)

Esta opção oferece esperança quando outros tratamentos de infertilidade não funcionaram ou não foram indicados. O encontro do óvulo com o espermatozoide ocorre “in vitro”, no laboratório. A ovulação deve ser hiperestimulada, os óvulos são coletados por meio de procedimento cirúrgico e, depois, os embriões são transferidos ao útero em estágio de divisão. A FIV tem taxas de sucesso superiores, porém, tem um alto valor.


O que é ICSI?

É uma técnica em que um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, no laboratório. A injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) ajuda quando a contagem de esperma de um homem é muito baixa ou não se move bem.

 
FIV com um óvulo doado

É uma opção para mulheres com baixa qualidade oocitária, mulheres que já atingiram a menopausa, com baixa reserva ou falhas em ciclos anteriores. As doadoras de óvulos são pacientes jovens com menos de 35 anos e que passaram por uma seleção realizada pela clinica de reprodução.  Isso envolve combinar espermatozoides com óvulos doados de outra mulher. Se o procedimento funcionar, a paciente engravidará de uma criança que é biologicamente relacionada ao seu parceiro, mas não a ela.

 
Riscos de fertilização in vitro

Para aumentar as chances de sucesso, o médico pode transferir dois a quatro embriões por vez. Mas isso significa que a paciente pode engravidar de gêmeos, trigêmeos ou até quádruplos. Carregar mais de um bebê aumenta o risco de aborto espontâneo, anemia, pressão alta, parto prematuro e outras complicações. Tornou-se mais comum transferir um embrião de cada vez para evitar esses riscos à saúde.
Riscos menos frequentes são os de sangramento, infecção pélvica e hisperestimulação ovariana.

  


Embriões doados

para casais com falha de implantação ou problemas masculinos e femininos concomitantes pode se considerar o uso de embriões de doadores. Estes vêm de casais que terminaram o próprio processo e tiveram embriões excedentes. Neste caso, o bebê não terá relação biológica com os pais.


O que saber sobre útero de substituição (“barriga solidária / barriga de aluguel”)

Quem escolhe essa opção, precisa que outra mulher concorde em ceder temporariamente o útero para um determinado casal.  A fertilização in vitro é realizada com óvulos e sêmen dos pais biológicos e o embrião é transferido para o útero da barriga solidaria.  O bebê será filho biológico da paciente e do parceiro dela. “No Brasil, ao contrário de países como Estados Unidos, é proibido o pagamento pelo útero de substituição. Segundo a norma do CFM (Conselho Federal de Medicina), de 2017, somente podem realizar este ato familiares com até o quarto grau consanguíneo, ou seja, em primeiro grau: mãe ou filha; segundo grau: avó ou irmã; em terceiro grau: tia ou sobrinha; e, por fim, em quarto grau: prima”, enfatiza o médico. Outros casos fora desta regra devem passar pela consulta e liberação do CRM.



COMO MELHORAR AS CHANCES

Dicas sobre como escolher uma clínica de fertilidade

O ideal é fazer muitas perguntas sobre os procedimentos e custos. Verificar se oferecem as técnicas mais recentes e envolvem tanto a paciente quando o parceiro nas decisões. Não se deve decidir tendo-se com base apenas números. O tratamento da infertilidade é um processo em longo prazo e a paciente deve se sentir confortável com a escolha que fizer.



Maneiras naturais de aumentar as chances

Algumas mudanças no estilo de vida podem fazer a diferença. Se a paciente e parceiro fumarem, melhor parar. Fumar reduz a fertilidade tanto em homens quanto em mulheres e diminui as taxas de gravidez. Em um estudo, os homens que abandonaram o hábito do tabaco viram a contagem de espermatozoides subir 800%. Além disso, é preciso checar a dieta. É o mais saudável possível? O ideal é perguntar ao médico sobre suplementos. Algumas vitaminas e minerais podem melhorar as chances de engravidar.

“A alimentação, aquilo que comemos todos os dias, pode ser um detalhe que, a princípio, tem pouca importância, mas pode estar diretamente relacionada ao sucesso de uma gestação”, explica Cambiaghi.

Em parceria com a nutricionista Debora de Souza Rosa, Cambiaghi escreveu o livro “Fertilidade e Alimentação” que demonstra a influência dos alimentos não só na fertilidade, propriamente dita, mas também em sua ausência. Para baixá-lo gratuitamente é só clicar em http://www.ebookdietadafertilidade.com.br/

Acupuntura ajuda?

Ela é promissora para muitas condições. Agora, alguns casais estão tentando esta forma da medicina tradicional chinesa para lidar com a infertilidade. A pesquisa sugere que pode melhorar a qualidade do esperma e o fluxo sanguíneo para o útero, ajudar a corrigir a ovulação irregular e aumentar as taxas de sucesso da fertilização in vitro quando associada aos tratamentos convencionais.

“Para definirmos o melhor tratamento é importante uma avaliação completa do casal para saber se devemos começar por algo mais simples ou se seria indicado ir direto para o de alta complexidade. Isso se justifica, pois, qualquer tratamento, por mais simples que seja, envolve desgaste emocional e frustração se o resultado for negativo. Assim, é necessária uma pesquisa mínima da fertilidade antes da indicação de um determinado tratamento para que não se insista em uma opção com baixa chance de sucesso”, encerra Cambiaghi.
 




Fonte: Arnaldo Schizzi Cambiaghi - responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO, ginecologista obstetra com certificado em reprodução assistida. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros.  

Dezembro laranja: 5 curiosidades sobre o câncer de pele


O câncer de pele é responsável por 30% de todos os tumores malignos do Brasil e acomete, em média, mais de 165 mil brasileiros todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença se for diagnosticada em estágios iniciais tem 100% de cura, de acordo com dados do Hospital do Câncer de Barretos. 

Desde 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove o Dezembro Laranja - ação que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção, além do incentivo para diagnóstico precoce e tratamento.

Listamos 5 curiosidades da doença:


1.  Nem todos os filtros solares te protegem

Alguns filtro solares não excluem totalmente os riscos da exposição ao sol. De acordo com especialistas, muitos produtos não oferecem a proteção completa de raios UV-B e UV-A. O ideal é verificar o rótulo do protetor, se confere a proteção na pele, e aplicá-lo a cada duas horas para manter a proteção do sol.


2. Doença que afeta mais homens 

Existem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. O melanoma é considerado o mais perigoso e mata 70% mais homens do que mulheres, mesmo os dois sexos desenvolvendo a doença de forma similar. A predominância é maior nos homens pelo fato de ignorarem avisos de proteção relacionados à protetor solar e bonés  é na região do tronco. 


3. Medicina Nuclear ajuda no tratamento 

Para o tratamento, existem métodos utilizados em Medicina Nuclear que  detecta lesões do melanoma antes das alterações anatômicas e permitem tratamento mais eficaz da doença. “Poucos sabem, mas a medicina nuclear já é aplicada no Brasil e possui diversos exames.”, explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Dr. George Barberio Coura Filho – médico responsável da Dimen SP (www.dimen.com.br). Atualmente, a Medicina Nuclear já conta com dois exames que identificam as metástases provocadas pelo melanoma antes das alterações anatômicas, ou seja, antes que elas estejam visíveis.


4. A cura para doença existe 

A cura a partir dos exames vai depender muito do tipo de câncer que a pessoa possui. Porém, é sempre recomendado fazer um diagnóstico precoce em casos de sintomas. Em alguns casos a cura chega a ser de 100%. A dica principal é buscar ajuda de um especialista logo que algo anormal seja notado.


5. Raios solares envelhecem mais a pele 

O excesso de exposição solar, e principalmente a falta de proteção solar, é a principal causadora do envelhecimento da pele. Com a exposição excessiva, aparecem então, manchas, sardas, flacidez, pele áspera, aumento das rugas e, em alguns casos, câncer de pele.



Especialista orienta sobre o uso correto do repelente nas crianças


 Na época mais quente do ano, os pais precisam ter atenção redobrada para proteger seus filhos contra os mosquitos


Com a aroximação do verão, cresce a preocupação da população com a proliferação de mosquitos. Principalmente o Aedes aegypti, transmissor de doenças preocupantes como a dengue, a zika e a chicungunha. Por isso, nessa época, o uso de repelentes é recomendado, sobretudo para proteger as crianças contra as picadas desses insetos. A médica Maria da Glória Neiva, diretora da área de pediatria do Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro -, orienta abaixo quanto à aplicação correta do repelente nos pequenos.


• Os repelentes podem ser usados em crianças?

Sim. A maioria dos produtos pode ser aplicada em crianças, desde que sejam respeitadas as recomendações dos pediatras, que não indicam o uso em menores de 6 meses.


Com o aumento da temperatura e a previsão de novos casos de doenças como a dengue, a zika e a chicungunha, quais são as recomendações para proteger as crianças, principalmente os bebês menores de 6 meses?

O cuidado com o ambiente é fundamental. Entre as medidas a serem adotadas, os pais podem utilizar telas nas janelas. Também é recomendável ligar repelentes elétricos próximo a janelas e portas e manter o ambiente sempre limpo – tendo cuidado especial com a limpeza de terrenos e lotes próximos à residência, com a devida retirada de lixo e entulhos.


• É mito ou verdade que o uso do complexo B afasta os mosquitos?

Não existem evidências científicas que apontem a eficácia do uso dessa vitamina contra as picadas dos mosquitos, por isso sua utilização é controversa.


• Quais as substâncias permitidas nos repelentes para as crianças e qual é a faixa etária indicada?

Repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que contenham os princípios ativos DEET, icaridina e IR 3535, são permitidos para uso nas crianças acima de 6 meses. É recomendado que os pais confiram as instruções das embalagens dos diversos produtos disponíveis no mercado, considerando o tempo de atuação de cada um deles, bem como as orientações para a faixa etária permitida. É importante que os pais não apliquem durante o sono. Para esse momento, o uso de telas protetoras, ventiladores, ar-condicionado e repelentes eletrônicos são mais adequados.


• É necessário fazer algum teste alérgico para saber qual tipo de repelente poderá ser aplicado na pele das crianças? E nos bebês, como os pais devem proceder?

A orientação aqui é a de seguir as medidas de prevenção mencionadas anteriormente, sempre utilizando nas crianças com mais de 6 meses. Cada produto tem, em seu rótulo, a recomendação de tempo de atuação e a fase da infância permitida. No caso da apresentação de reações alérgicas aos repelentes, o indicado é procurar o pediatra que acompanha seu filho ou um serviço de emergência especializado em atendimento infantil.


• Mesmo que os pais tomem todos os cuidados e ainda assim a criança seja picada, quais as recomendações imediatas?

São indicados a limpeza das lesões e o corte das unhas das crianças, a fim de evitar traumas em decorrência do prurido (coceira). Outra medida importante é evitar o uso de medicamentos sem a devida orientação do pediatra. Além disso, é necessário observar se não ocorrem sintomas, como pintas vermelhas, febre e queixa de dores. Vale reforçar que nem sempre as picadas apresentam lesões perceptíveis, por isso é importante estar atento e procurar assistência médica em caso de dúvida.


• Há como diferenciar a picada do mosquito comum da do Aedes aegypti?

Não é possível fazer essa diferenciação. O importante é reforçar a proteção quando a criança está em áreas abertas, durante o dia, principalmente no início da manhã – quando o mosquito tem maior atividade – e no final da tarde.


• No caso das crianças maiores, que estão em período de férias, existe alguma recomendação de repelente associado ao uso de filtro solar? Se positivo, quais as substâncias mais aconselhadas pelos pediatras para a dobradinha protetor solar e repelente?


Não é recomendada a associação de repelente com protetor solar para crianças. O indicado é aplicar o protetor e 40 minutos depois passar o repelente aconselhado para a faixa etária.


• No caso dos bebês, como os pais devem proceder para evitar que sejam picados tendo em vista que não são indicados para crianças abaixo dos 6 meses?

É recomendável o uso de macacões compridos ou calças. Procur utilizar roupas claras nos bebês, pois os tecidos muito coloridos podem atrair os mosquitos. Outra medida eficaz é o uso de mosquiteiros, telas e velas naturais de citronela, que tem um odor mais leve para o bebê, mas com poetencial repelente para os mosquitos. Ainda assim, se houver necessidade de utilizar algum tipo de repelente, procure os recomendados para essa faixa etária e não permita que a criança vá dormir com o produto no corpo.


• Recomendações adicionais:


·         Não aplicar o repelente na mão da criança para que ela mesma o espalhe no corpo. O motivo é que os pequenos podem passá-lo nos olhos ou na boca;

·         Aplicar o repelente na quantidade e nos intervalos recomendados pelo fabricante, lembrando que a maioria dos produtos atuam até 4 centímetros do local da aplicação;

·         Não aplicá-lo próximo da boca, do nariz, dos olhos ou sobre a pele traumatizada. Outra dica é guardar a bula ou a embalagem para posterior consulta, em caso de efeitos adversos (alergias);

·         Assim que não for mais necessário, o repelente deve ser retirado no banho;

·         Em locais muito quentes ou em crianças que suam mais, os médicos e fabricantes recomendam reaplicações mais frequentes.


PACIENTES DE CIRURGIA BARIÁTRICA SÓ SE VÊEM MAGROS APÓS PLÁSTICA


Eles passam a vida toda lutando contra a balança, mas a maioria das pessoas que se submetem à cirurgia bariátrica, só se vê magra após realizar a cirurgia plástica de remodelamento corporal. De acordo com a Dra. Maieve Corralo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgery, o excesso de pele pós-emagrecimento faz com que os pacientes se sintam pior que antes de emagrecer. “Somente depois da redefinição do contorno do corpo, eles vivenciam a grande mudança positiva que ocorreu em suas formas”, afirma a médica.

Segundo a cirurgiã, a gravidade da flacidez aumenta com a idade e o percentual de peso perdido, o que nesses pacientes leva a uma flacidez generalizada, incluindo face, braços, pernas, mamas, tórax, abdômen, glúteos e trocânteres. “Períodos longos de obesidade com variação de peso favorecem o rompimento das fibras elásticas da pele, que fica como se fosse um elástico velho. Com isto, as fibras não contraem, resultando na flacidez associada à degradação de colágeno que ocorre com a idade e com a subnutrição”, explica. 

Para estar apto à plástica depois de uma cirurgia bariátrica, em geral, o paciente precisa esperar um pouco mais de um ano e ter, pelo menos, 4 meses de estabilidade de peso, com IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 30. “Os exames pré-operatórios devem estar dentro da normalidade e o cirurgião bariátrico precisa fazer uma autorização por escrito”, alerta a médica.

Depois disso, se pelos exames realizados não houver nenhuma contraindicação, é possível agendar o remodelamento corporal em duas ou três idas ao centro cirúrgico, que devem ter intervalos de 4-6 meses, no mínimo. “Iniciamos pela região que mais incomoda o paciente e usualmente, associamos duas ou mais partes corporais em uma intervenção, como: mamas, braços e tórax, abdômen com coxa, abdômen com bumbum e/ou mamas com abdômen”, explica.

No caso da administradora Tatiana Ribeiro, de 41 anos, tudo foi resolvido em um único ato cirúrgico, no qual ela realizou abdominoplastia, torsoplastia, enxerto com retalhos glúteos, lipoaspiração nos culotes e colocou silicone nos seios. A decisão de se submeter à plástica veio com o incômodo da sobra de pele, a dificuldade de mobilidade, e claro, por vaidade, após ter perdido 50 quilos, um ano e meio depois da bariátrica. “Vi que mesmo com musculação, atividade física e tratamentos estéticos, eu não conseguiria resolver o problema. E no meu caso, os seios eram uma questão especialmente delicada, porque eu nunca tive muita mama. Depois de perder gordura, fiquei sem nada”, afirma.

Segundo Tatiana, os resultados foram além da sua expectativa. “Estou muito satisfeita com o meu corpo. É maravilhoso poder escolher uma roupa e não ‘ser escolhida’ por ela, porque não há outras opções. Da época do sobrepeso, eu só guardei uma peça. Apenas para que eu olhe e lembre que não quero mais voltar a ser como antes”, conta Tatiana.

A experiência da personal trainer Luciana Figueira, de 40 anos, foi um pouco mais complexa, mas não menos recompensadora. Foram necessários dois atos cirúrgicos, para que se submetesse, respectivamente a um lifting de coxa, torsoplastia e implante de prótese mamária, e após um ano, uma abdominoplastia.

No caso de Luciana, o remodelamento corporal permitiu que ela voltasse a exercer sua atividade profissional nas academias, de onde ficou afastada por anos. “É um processo. Precisei ter disciplina, determinação e fazer repouso longo para prevenir o alargamento das cicatrizes. Mas tudo valeu a pena. No dia em que tirei os curativos, foi quando me reconheci no espelho novamente. Hoje vou à praia sem vergonha de usar um biquini, e na intimidade, me sinto, segura, desejada e poderosa”, conta.

Para quem fez ou vai fazer a bariátrica já pensando na nova forma do corpo, Luciana dá dicas. “Não fique ansioso e perca todo o peso necessário para que tenha os melhores resultados. Faça a cirurgia plástica assim que estiver liberado para isso, porque essa etapa é essencial para concluir o tratamento, não só de reconstrução do corpo, mas da autoestima”, afirma.



A cada dia, mais de 20 crianças e adolescentes são diagnosticadas com câncer pelo SUS


Todos os dias, mais de 20 crianças e adolescentes (com idades de zero a 19 anos) são diagnosticadas com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que chama a atenção para a necessidade do diagnóstico precoce da doença que mais mata nesta faixa etária. Ao analisar os dados apresentados pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Painel de Monitoramento do Tratamento Oncológico (Painel-Oncologia), do Ministério da Saúde, a SBP identificou que mais de 41 mil crianças e adolescentes receberam resultados positivos de exames para identificar neoplasias entre 2013 e novembro deste ano.

Para a presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, os números confirmam a importância da detecção do câncer em seus estágios iniciais, o que melhora as chances de cura, aumenta a possibilidade de sobrevida e impacta na qualidade de vida dos pacientes. “É importante valorizar as queixas das crianças e levá-las regularmente ao pediatra. Na maioria das vezes, elas sinalizam para doenças comuns da infância, mas em alguns casos pode ser uma condição mais séria”, pontua.

Segundo ela, o pediatra tem papel essencial no diagnóstico do câncer. Para tanto, considera fundamental que os pais ou responsáveis realizem as consultas pediátricas regulares, visando a identificação precoce da doença. “Nas crianças, geralmente as doenças se apresentam com sintomas inespecíficos, semelhantes aos de transtornos comuns da infância. Isso pode levar a retardo no diagnóstico de câncer. Infelizmente, baseado nos dados dos registros consolidados, muitos pacientes no Brasil ainda são encaminhados aos centros de tratamento com a doença em estágio avançado”, destacou.


DIAGNÓSTICO - Por sua vez, a presidente do Departamento Científico de Oncologia da SBP, dra. Denise Bousfield, aponta para um fator relevante na análise do câncer infantojuvenil. Segundo conta, ao contrário do que acontece com a população adulta, em crianças e adolescentes, não há evidências científicas, até o momento, de associação clara entre a doença e fatores ambientais. “Por isso o diagnóstico precoce e o tratamento em centros de referência em oncologia pediátrica são tão importantes. O câncer nesta faixa etária deve ser diagnosticado e tratado o mais precocemente possível, pois comparativamente com adulto, ele tende a apresentar menores períodos de latência, crescer quase sempre rapidamente e ser geralmente invasivo”, alertou.

Ela enfatiza, também, que a sobrevida estimada no Brasil por câncer na faixa etária entre zero e 19 anos é de 64%, segundo dados disponibilizados pelo Instituto Nacional do Câncer. Informa ainda que “é imprescindível nas primeiras décadas de vida difundir o conhecimento sobre os efeitos dos fatores de risco na expectativa média de vida da população, além de desenvolver estratégias preventivas que envolvam diversos setores da sociedade, visando à mudança de modos de vida baseada em evidências para prevenção do câncer na idade adulta”.


ESTATÍSTICAS – O Painel-Oncologia surgiu para garantir um melhor acompanhamento epidemiológico das neoplasias no Brasil e monitorar o cumprimento da Lei nº 12.732/2012, que estabelece o prazo de 60 dias para o início do tratamento do paciente com neoplasia maligna comprovada. Os dados são oriundos do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) – através do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I) e da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC) –, do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e do Sistema de Informações de Câncer (SISCAN), geridos pelo Ministério da Saúde em conjunto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

A operacionalização do sistema se dá a partir de informações diagnósticas histopatológicas de casos de câncer, com base em critérios definidos pela Portaria MS/SAS nº 643/2018, que tornou obrigatório o registro de Cartão Nacional de Saúde e da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) no procedimento “exame anatomopatológico para congelamento/parafina por peça cirúrgica ou por biópsia (exceto colo uterino e mama)”. Também são observados parâmetros da Portaria MS/SAS nº 202/2019, que compatibiliza os códigos da CID-10 com o procedimento “exame anatomopatológico para congelamento/parafina por peça cirúrgica ou por biópsia (exceto colo uterino e mama) ”.

No primeiro ano de monitoramento da plataforma, 2013, foram 5.138 casos diagnosticados no Brasil e, no ano passado, foram 9.261. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a estimativa é de que o número real seja próximo de 12.500 novos casos de câncer infantil a cada ano. Para o instituto, o número absoluto de casos apresentados no painel tende a aumentar com tempo, considerando a obrigatoriedade da CID no procedimento anatomopatológico, implementada em maio de 2018, e também o processo dinâmico de envio mensal de arquivos do SIA, SIH e SISCAN. Também não estão contemplados na base de dados os casos diagnosticados fora da rede pública.


ACHADOS – Do ponto de vista de distribuição geográfica, o número de diagnósticos do câncer tende a acompanhar a proporção populacional e também a oferta de serviços especializados, como as Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e os Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Atualmente existem 317 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer.

Pela avaliação da SBP, entre 2013 e novembro de 2019, os estados que registraram maior número de diagnósticos foram São Paulo (8.257), Minas Gerais (4.038), Paraná (2.897) e Rio Grande do Sul (2.720). No outro extremo aparecem Amapá (com 69 diagnósticos), Roraima (109), Sergipe (151) e Acre (166).

“Essa distribuição atesta a necessidade de ampliar o acesso das populações das regiões menos desenvolvidas e distantes a centros especializados para o diagnóstico e o tratamento do câncer. O cenário atual reforça ainda o quadro de desigualdades na área da saúde e tira chances de cura e de sobrevida para milhares de crianças e adolescentes que não conseguem fazer exames ou ter a atenção de especialistas”, disse a presidente da SBP.

Os números do Ministério da Saúde mostram ainda que, no período avaliado, os diagnósticos mais recorrentes entre o público de zero a 19 anos foram de leucemia linfoide (7.838), neoplasia maligna do encéfalo (3.336), doença de Hodgkin (2.724) e leucemia mielóide (2.632). Para essa faixa etária, a modalidade terapêutica mais indicada foi a quimioterapia (26.564), seguida de cirurgia (5.458).

“Já houve tempo em que o câncer era considerado uma doença exclusiva da população adulta. O avanço da ciência e da tecnologia atestam que essa doença afeta crianças e adolescentes, mas com um alento: quão mais cedo é feito o diagnóstico, melhores são as possibilidades de evolução para um prognóstico positivo. Daí a relevância desses números: chamarem a atenção dos brasileiros e das autoridades para as medidas que podem e precisam ser tomadas com urgência para preservar a vida e a saúde de quem é responsável pelo futuro da Nação”, disse a dra. Luciana Rodrigues Silva.

31 anos de combate ao vírus da Aids no mundo

Atualmente, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o HIV no Brasil


Há mais de 30 anos, o dia 1° de dezembro foi decretado como o dia Mundial de Luta contra a Aids. A data foi estipulada em 1988, cinco anos após a descoberta do HIV, quando mais de 65 mil pessoas já haviam contraído e sido diagnosticadas com o vírus, e mais de 38 mil pessoas infectadas já haviam falecido.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado em 2018 pela Unaids, a agência da ONU especializada na epidemia, nos últimos oito anos, houve um aumento considerável no número de pessoas infectadas pelo vírus. Atualmente, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o HIV no Brasil.

Mas foi a partir de 2013, que o Governo Federal passou a apoiar e financiar o tratamento para o HIV/Aids em todo o país, independentemente da situação imunológica do paciente. Desde então, havia no país um número de 593 mil pessoas com HIV/Aids em tratamento (dados do relatório de 2018).

Sobre a prevenção no país, campanhas e diversas outras ações tomaram corpo, a fim de conscientizar a população. Dentre elas, a distribuição de preservativos masculinos e femininos, ações de cunho educativo e ampliação do acesso a novas tecnologias, como o “teste rápido” (incluindo fluido oral), profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PreP). A terapia está disponível em 109 serviços de 90 municípios, em 22 estados e no Distrito Federal. Desde a implantação da prevenção, cerca de oito mil pessoas já fizeram uso ao menos uma vez.

Vale ressaltar que, entre os meios de contaminação, as principais vias são relação sexual sem preservativo e o uso comum de seringas ou agulhas, pois permitem um contato direto com as secreções ou sangue de um soropositivo. Além disso, o HIV pode ser transmitido de mãe para filho, durante a gravidez, parto ou amamentação. Mas é possível diminuir o risco de transmissão para o bebê através de um tratamento específico durante a gravidez. 

Os primeiros sintomas da infecção pelo HIV aparecem de 3 a 6 semanas após o contágio e incluem: febre alta, dor de garganta e tosse seca. Esses sintomas duram em média 14 dias e desaparecem completamente após esse período, podendo ser confundidos, muitas vezes, com uma gripe ou até mesmo um simples resfriado. Outros sintomas só aparecem depois de 8 a 10 anos após a contaminação, em decorrência da imunodeficiência e podem ser identificados através de febre persistente, sudorese noturna, emagrecimento sem outra causa aparente, diarreia, tosse seca prolongada, ínguas por mais de 3 meses, além de cansaço, dor de cabeça, dores  nas articulações ou músculos, candidíase oral ou genital persistente. Durante essa fase, podem aparecer infecções oportunistas como: tuberculose, pneumonia, meningite por fungos, toxoplasmose do sistema nervoso central, infecção generalizada por citomegalovírus, além de neoplasias, que podem levar ao óbito.

Por isso, é extremamente importante prevenir a contaminação pelo HIV, além de realizar o diagnóstico precoce, para que haja tempo hábil de tratamento e prevenção das complicações oportunistas.  O exame é gratuito nas unidades do SUS, postos de saúde, campanhas do governo, em centros de testagem e aconselhamento. Hoje em dia, também é possível comprar o teste em farmácia e fazer na sua própria casa.

Aids ainda não tem cura, e apesar de ser possível conviver com ela e manter-se bem com a adesão ao tratamento, a prevenção sem dúvida é essencial. Portanto, se previna, use camisinha, e se teste, é de graça, é rápido!


Bolsa de gelo ou de água quente? Saiba a escolha certa para cada problema


Usadas para aliviar a dor em caso de lesão, inchaço ou cólica, as bolsas de água quente ou de gelo funcionam como analgésicos naturais, mas muita gente fica em dúvida entre a melhor escolha para cada problema. “É importante saber qual é a bolsa mais indicada, já que os dois tipos causam efeitos diferentes no corpo”, diz Adriano Ribeiro, farmacêutico da rede nacional de farmácias Extrafarma. 

Confira abaixo algumas dicas dadas pelos farmacêuticos e saiba a escolha certa para cada problema:


Bolsas de gelo

As bolsas de gelo devem ser preferencialmente usadas para aliviar inchaços e hematomas causados por pancadas e quedas ou lesões nas articulações, tendo maior efeito quando aplicadas até 48 horas após a lesão. Em caso de entorses, quanto mais rápida for a aplicação, melhor o resultado. “O gelo atua como anti-inflamatório, reduzindo sintomas como vermelhidão, inchaço e dor e ajudando a reduzir a extensão da lesão, quando aplicado imediatamente”, explica Adriano. 


Bolsas de água quente

Já as bolsas de água quente devem ser usadas como alívio imediato para tensões musculares mais prolongadas, como torcicolo, e cólicas abdominais, comuns no período menstrual, já que o calor incentiva o relaxamento muscular. “Como o calor também promove a dilatação dos vasos sanguíneos, estimulando a circulação, a bolsa de água quente é indicada, ainda, em casos de lesões inflamadas com pus, como terçol ou furúnculos”, diz Ribeiro.

Ao usar a bolsa de água quente, é importante ficar atento para a temperatura do líquido e o tempo de aplicação, para que o uso não resulte em queimaduras.


Combinação de quente e frio

Dependendo da situação, a técnica mais indicada não é nem com gelo, nem com água quente, mas sim utilizando a combinação dos dois.  Em caso de distensão muscular, alguns tipos de inflamações e dores de cabeça, causadas por tensão nervosa ou muscular, é recomendado o uso alternado de gelo e bolsa de água quente. Por meio das sequências de contração e dilatação dos vasos sanguíneos provocadas pela alternância de frio e calor, esse tipo de tratamento estimula a circulação sanguínea na região em que é aplicado.

“Além de não trazer o alívio desejado para a dor, o uso incorreto de gelo e calor pode até mesmo agravar uma lesão, por isso é recomendável sempre buscar a orientação de um médico para estabelecer o tratamento adequado”, ressalta o farmacêutico.


Tipos


Os tipos de bolsa mais comuns são as de borracha, que devem ser preenchidas com água, e as bolsas térmicas de gel, que podem ser colocadas no congelador, para tratamento com gelo, ou aquecidas no micro-ondas, para compressas quentes. Há ainda modelos em gel especiais que se ajustam a áreas específicas do corpo, como joelhos e ombros.


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