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quarta-feira, 15 de setembro de 2021

No dia do musicoterapeuta, saiba como a musicoterapia contribui para aliviar dores e ansiedade durante o trabalho de parto

A inclusão da dança no trabalho de parto integra a estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizado pela Política Nacional de Humanização


Hoje é celebrado o Dia do Musicoterapeuta. E a musicoterapia pode ser aplicada em diversas situações, inclusive em mulheres que estão em trabalho de parto. Ela traz inúmeros benefícios físicos e emocionais para a gestante. É o que explica Lúcia Barreto, enfermeira obstetra e professora do curso de enfermagem na Faculdade Pitágoras Unidade Venda Nova. "O efeito relaxante da dança contribui para a liberação de vários hormônios que proporcionam alívio da dor e relaxamento. As endorfinas e a ocitocina são alguns dos hormônios liberados que ajudam na evolução do trabalho de parto de uma forma muito menos dolorosa, segura e suportável para as parturientes. Fisicamente, quando a gestante já tem o hábito de exercitar-se, os benefícios aumentam muito, seja com a dança ou com o pilates, a musculatura se fortalece através dos movimentos repetitivos", diz Lúcia.

A enfermeira destaca que os movimentos da dança trazem importantes contribuições. "Eles contribuem para melhoria da densidade óssea, melhora a respiração e digestão, contribui para o fortalecimento muscular e melhora a circulação sanguínea da gestante, principalmente nos membros inferiores e, também, melhora a flexibilidade, reduz o estresse e a ansiedade". A especialista em saúde pública, saúde da família e obstetrícia explica que há poucas restrições para o procedimento. "A dança é um exercício considerado de baixo impacto e por isso é totalmente recomendada tanto para a gestação, quanto durante todo o trabalho de parto. As exceções e restrições ficam a cargo apenas das gestantes que possuem problemas de mobilidade física como fraturas, das gestantes com risco de abortamento ou trabalho de parto prematuro e daquelas com incompetências do colo".

Lúcia diz que não existe restrições quanto ao ritmo da música. "O repertório musical é de livre escolha da gestante. Mas é importante frisar que as músicas que possuem ritmos suaves ajudam a relaxar e respirar no início do trabalho de parto. Já as músicas com ritmos mais animados, favorecem mais a gestante na fase ativa do parto, onde as contrações são mais frequentes e dolorosas. Rebolar ajuda a relaxar a pelve e facilita a descida e o encaixe do bebê na bacia materna com menos tensão e dor".

A dança é uma atividade física reconhecida pelo Ministério da Educação, regulamentada e habilitada pelo Sistema CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) e CREF’s (Conselhos Regionais de Educação Física), órgãos responsáveis por assegurar que as atividades físicas sejam socialmente reconhecidas. "Por ser uma atividade física de baixo impacto e com inúmeros benefícios, tanto os profissionais da enfermagem, quanto os profissionais da medicina que trabalham com obstetrícia indicam para as gestantes. A dança atende, ainda, ao programa de humanização da assistência obstétrica como mais um dos métodos não farmacológicos de alívio da dor", ressalta Lúcia Barreto.

Incluir a dança no processo de parturição faz parte da estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizado pela Política Nacional de Humanização. "A música permite momentos tanto de relaxamento, de acordo com o ritmo tocado, favorecendo o controle da respiração consciente durante as contrações. Em outros momentos, em um ritmo mais animado, permite a intensa e alegre movimentação do corpo e da pelve da mulher deixando-a mais ativa durante as contrações e verticalizando o seu corpo, acelerando o trabalho de parto de maneira menos intervencionista. A mulher se torna a protagonista do seu processo de parturição, aprende a controlar a dor através deste método e é uma experiência mais rápida".

A pesquisa Nascer no Brasil, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), afirma que 45% das gestantes sofreram violência obstétrica no país. A enfermeira Lúcia Barreto defende que ações de humanização, como a inclusão da musicoterapia, são de extrema importância durante todo o trabalho de parto, no parto e no puerpério. "É essencial para o empoderamento da mulher para que ela participe ativamente do seu processo de parturição. São inúmeros os benefícios como a garantia do respeito à autonomia da gestante. Também é preciso garantir o direito da presença do seu acompanhante por 24h e que seja de livre escolha da mulher, oferecer práticas assistenciais seguras, acolhedoras e pautadas nas melhores evidências científicas, propiciar suporte emocional tanto para a gestante como para seu familiar, evitar procedimentos cirúrgicos e intervencionistas desnecessários, o que reduz a taxa de cesárea e contribui para a redução da morbimortalidade materna e fetal", conclui Lúcia Barreto.

 


Faculdade Pitágoras

https://www.faculdadepitagoras.com.br e https://blog.pitagoras.com.br/category/noticias/.

 

Kroton

https://www.kroton.com.br

 

Nutrição correta no início da vida: essencial para prevenir doenças crônicas não transmissíveis no adulto


Durante a abertura da Semana das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (de 14 a 16 de setembro de 2021), realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, foi lançado o plano de ações estratégicas para o enfrentamento das DCNT;

Thomas Ong - Professor doutor em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e membro do Comitê Científico Consultor do ILSI Brasil adverte:
a prevenção deve ser iniciada o quantos antes.

As Doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT), como as cardiovasculares, obesidade, diabetes e câncer, representam os principais problemas de saúde pública, tanto em países desenvolvidos, como em desenvolvimento. As projeções de novos casos e mortes associadas a essas doenças nas próximas décadas são bastante preocupantes. Como fatores de risco e desafios estão: a má-alimentação, sedentarismo, tabagismo e poluição ambiental.

Estudos epidemiológicos, clínicos e experimentais sugerem a origem das DCNT já no início da vida. Alterações no desenvolvimento fetal, neonatal e ao longo da infância e adolescência estão associadas ao maior risco de desenvolvimento de doenças metabólicas e certos tipos de câncer na idade adulta. Para o Prof. Dr. Thomas, "as medidas de prevenção das DCNT devem ser iniciadas o mais cedo possível, é necessário investir em prevenção, até mesmo antes da gestação, pois a falta de aporte de nutrientes nos pais pode ocasionar impactos no desenvolvimento do feto com consequências para a saúde até a idade adulta".

Nesse contexto, pediatras, ginecologistas e nutricionistas encontram-se em importante posição para prevenir tais condições no adulto por meio da promoção de hábitos de vida mais saudáveis, da gestante e lactante, do futuro pai e da própria criança, como: conscientização da importância do aleitamento materno, evitar a obesidade, mantendo o peso corpóreo em níveis adequados de acordo com as faixas etárias, praticar atividades físicas, não fumar, comer mais frutas e verduras, moderar o consumo de carne vermelha e alimentos embutidos e reduzir o consumo de bebidas açucaradas e alcoólicas. Essas iniciativas podem contribuir para o desenvolvimento adequado no início da vida, no sentido de promover a saúde e reduzir o risco para as DCNT na vida adulta, de acordo com a perspectiva das pesquisas de DOHaD (Developmental Origins of Health and Disease).

Durante o webinar "Nutrição Personalizada: Onde Estamos?" realizado pelo ILSI Brasil (International Life Sciences Institute), por meio da Força Tarefa Alimentos Funcionais, Prof. Dr. Thomas apresentou a aula "Avanços em Nutrigenômica", onde destaca a nutrigenômica como uma ciência importante para área de nutrição, permitindo o avanço no conhecimento da interação entre gene e nutriente, e afirma a necessidade do desenvolvimento de mais pesquisas para sua aplicação clínica. A prevenção começa antes da gestação, quando as experiências da mãe e o aporte adequado de nutrientes e micronutrientes têm um impacto muito importante no desenvolvimento do feto.

Sobre a hipótese DOHaD, a Universidade da Califórnia traz um estudo onde destaca que adultos que passaram fome na infância tinham maior probabilidade de desenvolver diabetes e osteoporose décadas depois. Quando há deficiência de nutrientes, há uma diminuição na produção de imunoglobulinas, ou seja, das proteínas que nos protegem.

A ciência da nutrição tem como missão disseminar a alimentação saudável, o que devemos comer para maximizar a saúde e prevenir as doenças crônicas. "Isso representa um desafio enorme, pois, como já foi destacado, são vários os fatores que precisam estar em sintonia: a microbiota intestinal, a constituição genética, os hábitos culturais e familiares. O alimento tem efeito variado no organismo e está relacionado aos padrões de alimentação. O que o indivíduo coloca no prato depende da sua cultura, seu estado emocional, da sua renda e dos hábitos alimentares adquiridos desde a infância", finaliza Prof. Thomas.



Fonte: Prof. Dr. Thomas Prates Ong - Membro do Comitê Científico Consultor do ILSI Brasil. Farmacêutico-Bioquímico e Doutor em Ciência dos Alimentos pela USP.
É Professor Livre-Docente em Nutrição Humana na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Foi pesquisador visitante na Universidade de Cambridge, Reino Unido. É Pesquisador do CNPq e Pesquisador do Food Research Center (CEPID da FAPESP).

 

ILSI Brasil

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Saiba mais sobre o medicamento que promove até 50% a mais de perda de peso e vem sendo usado no formato “off label” no Brasil

 

O uso da semaglutida para perda de peso já foi liberado nos EUA, mas no Brasil a bula ainda restringe para pacientes diabéticos. Afinal, é permitido ou não utilizar para emagrecer?


A obesidade é uma doença crônica. Ao mesmo tempo que essa frase assusta, ela ajuda a explicar o interesse de milhões de brasileiros sempre que surge uma novidade na indústria farmacêutica em relação aos tratamentos para emagrecimento. Desde o ano passado tem gerado muito debate nas redes sociais e grupos de conversa o uso da semaglutida, conhecida comercialmente como Ozempic. “É uma nova medicação que chama a atenção pelos resultados, diferente de tudo que já existe no mercado. Há estudos que apontam uma perda de peso até 50% maior do que em outros medicamentos utilizados”, explica a médica nutróloga Patrícia Cavalcante, que é especialista em emagrecimento e Coordenadora da pós-graduação de Nutrologia da Sanar. 


Embora os estudos sejam bem positivos, a especialista explica alguns contextos que pedem moderação no uso do medicamento. “Ele foi aprovado pela agência de vigilância americana, e no país já tem o uso totalmente autorizado para tratamento de diabetes e perda de peso. No Brasil a bula fala por enquanto apenas em uso para diabetes, que foi a primeira indicação da medicação”, pontua. No entanto, tem sido comum pacientes brasileiros fazerem o uso do remédio para emagrecer, já que os médicos que estudam a área podem fazer a prescrição no formato “off label”, ou seja, para uma doença ou condição diferente daquela indicada na bula. “Não há nenhuma irregularidade neste tipo de prescrição, é inclusive muito comum na medicina. Só precisamos deixar bem claro que isso só faz sentido se tiver o devido acompanhamento de um especialista no tema”, completa Patrícia.

 

Apesar das boas notícias, tem alguns pontos em relação ao medicamento que não são tão animadores assim. O primeiro é o preço, já que no Brasil varia entre R$800,00 e R$1.000,00, além da possibilidade do paciente sofrer efeitos colaterais, como dores de cabeça, tonturas e sensação de vômito. “Ainda é um medicamento pouco acessível. Mas diversos estudos feitos em vários lugares do mundo apontam que é uma droga extremamente segura e com poucas contraindicações”, comenta Patrícia Cavalcante. Sobre a  espera do “milagre” a especialista é bem clara: “É importante entender que a obesidade é uma doença crônica que requer tratamento contínuo, envolvendo também hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos. E, em muitos casos, mesmo após a perda de peso é necessário manter a medicação por um tempo”.



 

Patrícia Cavalcante - Médica Nutróloga e especialista em emagrecimento. É Coordenadora da Pós-Graduação em Nutrologia da startup Sanar e produtora de conteúdo sobre emagrecimento e vida saudável nas redes sociais (@dra.patriciacavalcante).


Alerta aos pacientes: risco de retrocesso à cobertura por planos de saúde

Para os cerca de 48 milhões de pacientes usuários de planos e seguros de saúde e para os milhares de médicos que os atendem, a cobertura de procedimentos e tratamentos para a prevenção e recuperação da saúde é crucial.


Nas décadas de 80 e 90, as empresas do setor, deliberadamente, ditavam suas coberturas. Cada qual estabelecia seu “rol”, e muitas vezes eram excluídos tratamentos para câncer, HIV/Aids e tantas outras doenças fatais.


Os Tribunais brasileiros eram (e ainda são) os verdadeiros garantidores da assistência à saúde adequada, desde que haja fundamentação clínica e indicação médica para a cobertura.


Neste contexto, de intensa mobilização social pela regulação da garantia das coberturas, foi editada a Lei nº 9.656/1998, conhecida como Lei dos Planos e Seguros de Saúde. Contemplada na Constituição Federal de 1988, a prestação de serviços de assistência à saúde por empresas privadas deve seguir a 9.656, além de respeitar o Código de Defesa do Consumidor, que decreta a nulidade de cláusulas contratuais que  estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o usuário em desvantagem exagerada ou seja incompatível com a boa-fé.

 

A Lei 9.656/98 determina o atendimento das doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da Organização Mundial de Saúde. Seu texto prevê exclusões, por exemplo, de tratamentos clínicos ou cirúrgicos experimentais ou para fins estéticos, bem como órteses e próteses para a mesma finalidade. Tais exclusões são corretas.


Dois anos após a promulgação da Lei, foi criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, que passou a editar as regras das coberturas e o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde: uma lista de procedimentos, exames e tratamentos de cobertura mínima obrigatória. A padronização da cobertura, todavia, não implica a exclusão de todos os outros procedimentos não indicados no rol.  A legislação não permite e a atenção à saúde perde sentido.


Recentemente, porém, os ventos voltaram-se ao retrocesso. Em 2 de setembro, foi publicada a Medida Provisória nº 1.067/2021, criando a Comissão de Assessoramento para atualização do rol, restringindo a cobertura aos procedimentos lá previstos (taxatividade) e impondo várias exigências para os proponentes de novas coberturas.


Médicos e pacientes, por meio de suas entidades, dificilmente conseguirão cumpri-las. A Comissão será regulamentada pela ANS, que historicamente tem admitido a participação de representantes das empresas de planos de saúde, embora isso denote evidente conflito de interesse.

 

Atualmente, também a Comissão Especial de Planos de Saúde da Câmara dos Deputados está a todo o vapor, analisando uma série de projetos de lei que pretendem alterar a Lei 9.656/98, muitos prejudiciais aos pacientes e à boa Medicina.


Vários aspectos precisam, sim, de revisão ou mesmo de previsão na legislação, como o descredenciamento injustificado, a garantia de efetivos reajustes para os prestadores de serviços e à responsabilização em casos de glosa indevida de procedimentos - mesmo já previstos no rol.


O rol de procedimentos é benéfico e necessário, mas não pode ser mal – e ilegalmente – interpretado, sob pena de colocar em risco a assistência adequada à saúde dos pacientes, que pressupõe autonomia dos médicos.


Na mesma linha, é inadmissível a criação de planos com coberturas subsegmentadas, sob risco de retornarmos ao faroeste do passado, regido pela vantagem excessiva, o contrato abusivo, incompatível com a boa-fé e com a razão de ser dos planos de saúde.


Mais um aspecto atrelado a esta discussão é o equilíbrio econômico-financeiro das empresas do setor. Aliás, se a lógica do atendimento necessário à saúde do paciente está legislada e devidamente garantida por nosso Poder Judiciário, os aspectos econômicos ainda são uma caixa preta. Para onde vão os recursos dos altos reajustes aplicados pelos planos de saúde?


Não vão para os médicos e demais profissionais, que continuam a prestar serviços sem que os honorários sejam revistos e justos. O assunto deve ser considerando. Contudo, descartando desde logo ameaças de reajustes ainda maiores e de exclusão de mais consumidores. Precisa ocorrer com a transparência necessária.


Por todas essas razões, a AMB confia que a 2ª. Seção de Direito Privado do Superior Tribunal de Justiça, em continuação ao julgamento dos Embargos de Divergência no Recurso Especial nº 1886929/SP, sobre a taxatividade do rol de procedimentos, no próximo dia 16 de setembro, não abrirá brecha para restrições à assistência em saúde e à autonomia médica. O Tribunal Cidadão tem de se manter firme na garantia dos direitos dos pacientes e na autonomia de médicos.


A AMB acredita igualmente que o Congresso Nacional – em especial a Comissão Especial de Planos de Saúde - contemplará as alterações legais necessárias para garantir o atendimento adequado aos pacientes e maior equilíbrio entre empresas de planos de saúde, usuários e médicos.



 

 

César Eduardo Fernandes - presidente da Associação Médica Brasileira

Exposição virtual de Leonardo da Vinci tem ingressos gratuitos até dezembro deste ano

Com imersão em 360 graus, é possível acompanhar animações em alta definição, ver detalhes das máquinas desenhadas pelo artista italiano em realidade aumentada, além de áudios e vídeos exclusivos


A mostra virtual Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio | Digital é uma excelente dica para os internautas brasileiros. Até dezembro deste ano, a experiência imersiva pode ser conferida, gratuitamente, e por pessoas de todas as idades, no endereço www.exposicaodavinci500anos.com.br. Vale lembrar que a mostra é uma iniciativa oferecida pelo MIS Experience, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

A plataforma oferece acesso simples e descomplicado à exposição, além de permitir milhares de visitantes simultâneos. Durante a experiência multissensorial, com imersão em 360 graus, é possível acompanhar animações em alta definição, ver detalhes das máquinas desenhadas pelo artista italiano em realidade aumentada, além de áudios e vídeos exclusivos.

Dividida em nove áreas temáticas, a experiência online apresenta máquinas e reproduções em tamanho real das obras de arte renascentista de Da Vinci, como protótipos de seus projetos aéreos e civis, instrumentos musicais, óticos e para marcar o tempo, estudos de anatomia, entre outros.

Entre as seções da mostra digital, destaque para os “Segredos de Mona Lisa”, que apresentam uma análise científica da pintura mais famosa do mundo.  Essa análise foi realizada para o Museu do Louvre e conduzida pelo engenheiro Pascal Cotte, reconhecido também pelo seu trabalho de pesquisa e fotografia de obras de arte.

É uma experiência educativa, divertida e inspiradora para quem deseja conhecer mais sobre o artista responsável pelas bases de algumas das invenções mais notáveis da sociedade moderna, como o helicóptero, o automóvel, o submarino, o paraquedas e a bicicleta.

O MIS Experience agradece aos patrocinadores, parceiros, apoiadores institucionais e operacionais: Cielo, Kapitalo Investimentos, TV Cultura, TozziniFreire Advogados, Bain & Company, Sabesp e Telhanorte.


Sobre o MIS Experience

Construído em um galpão de 2 mil metros quadrados e 10 metros de pé direito, o MIS Experience é o mais novo espaço do Museu da Imagem e do Som (MIS) – instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo – que traz para a cidade de São Paulo um novo conceito de exposições culturais. O MIS Experience foi inaugurado em 2 de novembro de 2019, com o objetivo de proporcionar a realização de exposições imersivas que se utilizem de novas tecnologias, levando o público a interagir de maneira diferente com artistas e suas obras de arte. A abertura do espaço aconteceu com a exposição Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio, experiência que possibilita ao visitante conhecer a vida e o legado de Da Vinci. A exposição foi um sucesso de público: recebeu cerca de 500 mil visitantes, teve mais de 85 mil visitações gratuitas e, a cada 15 minutos, uma escola foi atendida pela equipe do Educativo. O investimento para a criação do espaço, manutenção e montagem da exposição foi de R$ 8 milhões.

 

SERVIÇO

Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio | Digital

Data: até dezembro de 2021

Acesso:  www.exposicaodavinci500anos.com.br

Formato: Digital e online

Classificação: Livre


JURASSIC SAFARI EXPERIENCE CHEGA A SÃO BERNARDO DO CAMPO COM AVENTURA INESQUECÍVEL PARA TODA A FAMÍLIA

Com temporadas de estrondoso sucesso em diversas regiões brasileiras, que já contaram com mais de 800 mil espectadores até o momento, a megaexperiência chega à cidade levando diversas réplicas animadas de dinossauros em tamanhos reais que irão correr ao redor dos carros em performances e movimentos impressionantes 

 

Jurassic Safari Experience. Crédito: Camila Cara. 

 

A experiência jurássica que apresenta uma aventura inesquecível para toda a família chega a São Bernardo do Campo para apresentações entre os dias 1e 3 de outubro, no estacionamento do São Bernardo Plaza Shopping 

O megaevento Jurassic Safari Experience mistura muita interatividade, diversão e ciência em um ambiente lúdico e recheado de conhecimento, experiência e aventura. Tudo isso acontece como em um safari de verdade, ou seja, sem a necessidade de sair do carro.  

O show conta a história de um grupo de cientistas que recriou dinossauros de diversos períodos a partir do DNA de fósseis. Dinossauros que agora vivem, ali, dentro de um ambiente mágico. O público irá se surpreender com as dezenas de répteis pré-históricos animados por técnicas de manipulação e animatronic, que irão correr pelo espaço em performances e movimentos impressionantes ao redor dos carros. Todo o conteúdo de Jurassic Safari Experience tem supervisão de um paleontólogo para que ficção e educação desempenhem a sinergia perfeita.   

O acesso ao áudio das apresentações poderá ser feito por meio de canal FM do rádio do veículo. Outra inovação é que o espectador deverá marcar pelo celular a compra de alimentos, bebidas e souvenires  

Os ingressos para as sessões custam entre R$120 e R$210 (carro para até quatro pessoas) e podem ser adquiridos pelo site www.jurassicsafari.com.br. A experiência tem duração total de cerca de 55 minutos. Mais informações na seção sobre o serviço abaixo. 

  

Jurassic Safari Experience. Crédito: Camila Cara.  

 

Sinopse do espetáculo  

Uma fantástica experiência ao lado de criaturas pré-históricas que resolveram adotar a cidade como seu habitat natural. Jurassic Safari Experience se passa em um parque imaginário construído por cientistas que conseguiram recriar dinossauros de diversos períodos, como triássico, jurássico e cretáceo. Ao entrarem, os visitantes já terão contato com alguns destes animais gigantes enquanto dirigem seus carros até o local da apresentação. Ao chegarem à arena, uma nova viagem começa. Mike, rapaz jovem e engraçado, será o nosso guia neste mundo encantado em que enormes répteis voltam à vida e interagem com a plateia. Durante toda a apresentação, Mike estará presente para nos explicar sobre o surgimento do Jurassic Safari Experience e como esses animais magníficos foram parar ali, além de dar detalhes científicos de cada um deles. O público irá se encantar com espécies de dinos como braquiossauros, estegossauros, anquilossauro, triceratops, o temido T-Rex e muitos outros. Uma aventura inesquecível para toda a família. 

 

Pesquisa científica  

Todo o conteúdo do megashow tem supervisão de Bruno Gonçalves Augusta. Paleontólogo integrante do Laboratório de Paleontologia – Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), Bruno possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Fundação Santo André (2007) e Mestrado em Sistemática, Taxonomia Animal e Biodiversidade pelo Museu de Zoologia da USP (2013). Realizou doutorado no Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Instituto de Biociências da USP e é coordenador geral do Grupo CienciAção - Divulgação Científica. Tem experiência nas áreas de Zoologia, com ênfase em Paleozoologia; e Divulgação Científica, com ênfase em educação não-formal de Paleontologia em Exposições, Museus e Centros de Ciência. Sua pesquisa está concentrada em ontogenia, morfometria e filogenia de répteis fósseis. 

  

Sobre Chaim Entretenimento 

Chaim Entretenimento é uma das maiores produtoras de entretenimento do país. Há 25 anos no mercado, já levou mais de 10 milhões de espectadores em seus mais de 100 espetáculos, entre teatros, musicais, eventos e projetos especiais para shoppings. 

@chaimentretenimento 

www.chaimentretenimento.com.br 

  

Redes sociais: 

@jurassicsafaribr 

@chaimentretenimento 

@agenciataga 

  

Em parceria com as áreas de licenciamento e ad sales, Jurassic Safari Experience traz a Discovery Networks como media partner oficial. As marcas Animal Planet e Discovery Kids endossam o projeto. 

 

  

SERVIÇO 

JURASSIC SAFARI EXPERIENCE 

  

SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP 

SÃO BERNARDO PLAZA SHOPPING - Estacionamento 

Av. Rotary, 624 - Centro, São Bernardo do Campo - SP, 09721-000 


De 1 a 3 de outubro 

 

Sessões: 

1/10 - SEX – 17h30, 19h00 e 20h30 

2/10 - SAB – 11h30, 14h30, 17h30 e 19h00  

3/10 - DOM – 11h30, 14h30, 17h30 e 19h00   

Obs.: Sessões extras poderão ser abertas conforme demanda.  

  

Valor do ingresso entre R$120 e R$210 por veículo 

Quantidade máxima de pessoas por carro - 4 (independente da idade) 

Quantidade de carros – 100 

Site de Vendas - www.jurassicsafari.com.br 

Classificação Etária: Livre 

 


Um dos pioneiros em energia solar de Florianópolis destaca as vantagens do sistema na crise hídric

Instalada há sete anos, a solução gera economia de mais de 50% por mês na conta de luz


Já em 2014, bem na época em que o Brasil sofria com os constantes apagões em função da primeira grande crise hídrica, o engenheiro mecânico Henrique Mendonça começava a desfrutar das vantagens da energia solar. A sua casa está entre as seis primeiras a ter energia solar da capital catarinense, 17ª de Santa Catarina a ser conectada na rede da distribuidora Celesc e 370ª do Brasil, segundo os registros da Aneel.


Após uma série de cursos técnicos sobre sistemas fotovoltaicos, Mendonça decidiu montar uma planta piloto em sua residência em Florianópolis para testar a tecnologia. "Tudo era difícil, os equipamentos supercaros e havia pouca disponibilidade de componentes e fornecedores. Além disso, a troca de experiências era bem restrita, pois quase não existiam experts com vasta experiência", diz.


Assim, depois de muito network e horas de trabalho, inclusive em sua própria oficina, e sob a orientação do seu professor e colaboração do FSP VoltMAIS, Mendonça instalou o sistema fotovoltaico com o inversor Galvo 3.1, de 4.05 kWp, modelo da austríaca Fronius, recém-lançado no Brasil e na Europa na época.


Hoje, em pleno momento em o problema da crise hídrica volta a elevar as tarifas de energia, o usuário catarinense vê que a sua conta de luz ainda resiste a estas elevações de preços. Com os créditos gerados pelo sistema fotovoltaico, o desconto no boleto pode ficar entre 45% e até um pouco mais de 60% ao mês. "Em média, o meu consumo gira entre 450kWh a 650kWh por mês, mas, com os créditos, fica entre 330kWh e 220kWh", afirma.


A economia proporcionada pela geração própria de energia é expressiva principalmente no verão, quando o ar condicionado fica ligado praticamente o dia todo para amenizar as altas temperaturas de Florianópolis, o que eleva o consumo de eletricidade.


Para otimizar a eficiência energética, Mendonça instalou em sua casa sistema de captação e reuso de água da chuva, iluminação com lâmpadas LED, eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos modernos e mais eficientes que consomem menos energia, além de hábitos que promovem uso racional de energia.


Para instalar a solução fotovoltaica, o consumidor investiu cerca de R$ 28 mil e, apesar da economia gerada, ainda não obteve o retorno do investimento. "O meu sistema foi implantado quando os valores estavam bem altos, mas não me arrependo. É o preço justo pago pelos inovadores", explica.


 

Fronius do Brasil

https://www.fronius.com/pt-br/brasil


Dia do Caminhoneiro: a importância do exame toxicológico obrigatório para contribuir na redução de acidentes de trânsito nas estradas

• Estudo do SOS Estradas, com dados de março de 2016 a setembro de 2020, revela que, de 170,8 mil condutores que testaram positivo para drogas, 140,7 mil eram motoristas das categorias C, D e E • Especialista do Laboratório ChromaTox explica como funciona o teste de cabelo • De acordo com o Painel de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários 2020 da CNT, diminuiu em 16,59% o total de acidentes que tiveram como causa a ingestão de álcool e/ou substância psicoativas em relação ao ano de 2015, quando o exame toxicológico não era exigido


O Dia Nacional do Caminhoneiro, comemorado oficialmente em 16 de setembro, marca a oportunidade de retomar o debate sobre a falta de segurança nas estradas para os motoristas profissionais, devido às longas jornadas de trabalho submetidas à categoria. Um levantamento feito pela SOS Estradas, com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) de março de 2016 a setembro de 2020, constatou que 140,7 mil condutores das categorias C, D e E fazem uso de drogas. Outro estudo da SOS Estradas de 2021, a cocaína é a droga mais utilizada pelos caminhoneiros. O levantamento revelou que, em mais de 200 mil testes positivos, ela esteve presente em 50,6% dos casos dos condutores habilitados na categoria C.

O documento da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o “Uso de Drogas e Segurança no Trânsito”[1] mostra como o consumo de substâncias psicoativas afeta o funcionamento do cérebro, reduzindo a capacidade de direção ao retardar o tempo de reação e de processamento de informações, além da diminuição da coordenação perceptivo-motora e do desempenho motor.

 

Papel do exame toxicológico

Em abril deste ano, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi atualizado pela Lei № 14.071/20, que estabeleceu penalidades aos condutores de caminhão, vans e ônibus, com idade inferior a 70 anos, que não realizarem o exame toxicológico a cada 2 anos e 6 meses. O teste é obrigatório aos motoristas profissionais, autônomos ou em regime de CLT, ara manutenção, renovação e emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), inclusive nos processos que envolvem contratações e desligamentos.

Os condutores que forem flagrados com o exame vencido há mais de 30 dias serão penalizados com multa gravíssima no valor de R$ 1.467,35, além de ter a CNH suspensa por três meses.

“O teste toxicológico representa uma revolução na forma de prevenção. Ele é essencial para a redução do número de acidentes em estradas e vias urbanas, porque ajuda a assegurar a segurança de todo o trajeto, inclusive para terceiros. Quando o controle é maior, ampliamos também as chances de preservarmos a saúde dos condutores, sem colocar suas vidas em risco”, reforça Henrique Bicalho, Diretor de Negócios do Laboratório ChromaTox, pioneiro em análises toxicológicas no Brasil

Segundo dados da Confederação Nacional do Trânsito (CNT), no Painel de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários 2020, 63.447 acidentes foram registrados em 2020 nas rodovias federais brasileiras. Desse montante, 5.520 tiveram como causa a ingestão de álcool e/ou substância psicoativas, representando uma diminuição de 16,59% em relação ao ano de 2015, quando o exame ainda não era exigido.

 

Como funciona

Na ChromaTox, o exame toxicológico é de larga janela de detecção, sendo capaz de identificar o consumo de substâncias lícitas e ilícitas em um tempo maior que outras análises mais tradicionais, como as de urina e sangue. "É por esse motivo que esse teste é considerado um procedimento mais eficaz, pois consegue detectar drogas com um espaço de 90 dias ou mais”, explica Bicalho.

Ainda de acordo com o especialista, trata-se de um procedimento indolor que não afeta a estética do paciente, já que é realizado a partir da queratina presente nos cabelos, pelos ou unhas. Esses materiais são capazes de preservar por bastante tempo as substâncias utilizadas e metabolizadas no organismo.

Quando o exame é concluído, o que ocorre, geralmente, em 48 horas após a chegada da amostra no laboratório, o resultado é gerado no site da ChromaTox e, nos casos de emissão ou renovação de CNH, vai direto para o sistema do Departamento de Trânsito (Detran) do estado onde o teste foi realizado.

 

 

Referências:

Organização Pan-Americana da Saúde. Uso de drogas e segurança no trânsito. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/34979/OPASBRA18012-por.pdf?sequence=1&isAllowed=

Sindicatos e Ministério Público do Trabalho podem exigir o cumprimento da LGPD?

Não é mais novidade que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em pleno vigor e desde 1º de agosto de 2021, passaram a ser aplicáveis também as sanções administrativas previstas na legislação.  

Desde então, todas as empresas são passíveis de serem autuadas e sofrerem sanções administrativas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a qual dentre outras atribuições, incumbe fiscalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de dados realizado em descumprimento à legislação.  

Portanto, com a possibilidade de aplicação das sanções, mais do que nunca as empresas devem se adequar à legislação de tratamento de dados para prevenir eventuais passivos pelo seu descumprimento. Entretanto, engana-se quem pensa que somente a ANPD terá competência para exigir a aplicação da norma: ela poderá ser exigida por várias outras entidades

Diversas ações já tramitam na Justiça do Trabalho para garantir os direitos dos empregados pelo tratamento de seus dados nas relações de trabalho e estas ações podem ser ajuizadas diretamente pelo empregado contra seu empregador de forma individual, bem como por instituições que detêm legitimidade para defender coletivamente os direitos individuais dos trabalhadores. 

No âmbito laboral, instituições como Ministério Público do Trabalho e Sindicatos dos Trabalhadores também possuem legitimidade para fiscalizar, instituir regras sobre o tema em suas negociações coletivas e principalmente propor ações judiciais para exigir o cumprimento da LGPD por intermédio do Poder Judiciário.

 

Caso Indústrias de Alimentação de Montenegro-RS 

Recentemente, por exemplo, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, julgou uma Ação Civil Coletiva proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Montenegro-RS, em face da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Cai Ltda, alegando possíveis descumprimentos da LGPD pela empregadora. 

O Sindicato, autor da ação, alegou que a empresa compartilhava dados dos empregados com diversos outros controladores e operadores, sem as cautelas necessárias, que não havia indicação de encarregado pelos dados pessoais e, ainda, que o tratamento de dados seria compartilhado por intermédio da internet, deixando de respeitar a intimidade, privacidade e imagem dos empregados. 

O processo foi julgado em primeira instância, tendo a juíza do caso reconhecido que a cooperativa não "demonstrou por nenhum meio a implementação de um único dispositivo da LGPD". Em consequência, os pedidos da ação foram julgados parcialmente procedentes para determinar que a empresa indique e nomine encarregado (DPO); que a reclamada implemente e comprove nos autos as práticas relacionadas à segurança e sigilo de dados, sob pena de multa diária de mil reais.

Esta decisão do TRT da 4ª Região é a primeira favorável em doze ações civis públicas ajuizadas pelo mesmo Sindicato no Estado do Rio Grande do Sul. 

Tal decisão serve como alerta aos empregadores, pois ela legitima o Sindicato a exigir o cumprimento das regras da LGPD e demonstra que o cumprimento da LGPD, pelos empregadores, possui ampla margem de discussão, para além da esfera administrativa e que estes assuntos podem ser pauta recorrente de discussão em processos judiciais. 

Além disso, a decisão deve servir como incentivo para que empregadores passem a cumprir e se adequar à LGPD, pois evidencia que a fiscalização e cobrança pelo cumprimento da norma não virá somente da ANPD, por meio de sanções administrativas, mas por entidades públicas e sindicais e dos próprios empregados, através de demandas e determinações intermediadas pelo Poder Judiciário.

 

Rafael Amaral Borba – Sócio da BPH Advogados


Cibersegurança e Governança: aliadas para inovação

Dado o desconhecimento do usuário que está focado em suas funções diretas, é preciso que a TI facilite um pouco sua vida


Em muitas empresas a Tecnologia da Informação (TI) ainda é vista como um ofensor para alavancagem de projetos de negócios inovadores. Como CIO, é importante tomar as rédeas da situação e assumir o controle da inovação tornando-se o centro do negócio. Ao trazer esta responsabilidade para o seu colo é essencial que a segurança da informação e governança caminhem juntos durante esta jornada.

Ainda existem resquícios do áspero relacionamento da TI com o restante da empresa nas trincheiras do Help Desk. Coisas como quando algum usuário liga para o suporte técnico para uma demanda simples e o responsável pelo suporte dá a eles um número de tíquete, pede para abrir um chamado e, em vez da resposta de 10 segundos que eles precisam no momento, faz do pequeno problema uma verdadeira celeuma.

No entanto, para ser eficaz, a segurança da informação tem que ser intrusiva. Nenhum nível de falta de visibilidade em seu território é aceitável. Para isto, nem sempre a  TI pode permitr aos usuários acessos ilimitados à ferramentas quando e onde eles quiserem. Uma pesquisa do PROCON de São Paulo feita em julho deste ano ilustra este risco: 65% dos brasileiros sequer sabiam o que era Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O mesmo estudo mostra que 63% dos entrevistados sequer tomaram alguma atitude ao descobrir que foram vitimas de vazamentos de dados ou tentativas de golpe. Isto posto que o debate sobre LGPD vem desde 2016 com o famoso caso da Cambridge Analytica e o Facebook.

Dado o desconhecimento do usuário que está focado em suas funções diretas, é preciso que a TI facilite um pouco sua vida. Existem soluções embarcadas que podem auxiliar como, User Behavior Analytics, por exemplo, que analisam padrões de comportamento humano para detectar anomalias. Este tipo de solução é fundamental para indicar potenciais ameaças internas, ataques direcionados e fraude financeira, rastreando peremptoriamente o modus operandi dos usuários. Além disso, é possível facilitar a vida do usuário com ferramentas simples de reset de senha dentro de uma infraestrutura de cibersegurança com políticas sólidas de governança, incluindo sanitização de dados.

Então, CIO, traga a inovação de TI para dentro de casa. Fazer isso não apenas dá à disrupção um lar, mas também traz para dentro de seu guarda-chuva a integração junto ao resto da arquitetura que você mesmo gerencia. Afinal, você não quer continuar sendo o estraga-prazeres da sua empresa, não é mesmo?

 


Rogério Soares  - diretor de Pré-Vendas e Serviços Profissionais LATAM da Quest Software

 

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