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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Alta da Selic pode movimentar aplicações da renda variável para a fixa

Há uma pergunta que não quer calar “como a alta taxa de juros influencia na tomada de decisão do investidor?”. Por meio de dois mecanismos os juros podem interferir no momento da aplicação do dinheiro em investimentos. O primeiro é a expectativa de retorno da renda fixa pós-fixada, aquela que acompanha a rentabilidade e a subida dos juros, considerada com menor risco. 

Desta forma, o investidor ao perceber que está recebendo um percentual mais satisfatório mês após mês, ao deixar seu valor aplicado neste segmento, pode querer aumentar sua alocação lá ou até mesmo retirar de outro lugar, onde ele acha que terá um rendimento menor. 

Atualmente, com a taxa Selic a 5,25% ao ano, o investidor já recebe próximo a 0,50% ao mês na maioria das aplicações pós-fixadas, alguns meses atrás esse rendimento não passava de 0,20% ao mês. 

Já outro aspecto que impacta diretamente na decisão do investidor, mas que é menos óbvio, é uma taxa de juros maior que deve oferecer uma taxa de desconto maior nas ações. O preço de qualquer ação significa uma expectativa de resultados futuros daquela empresa, que deve ser maior que a taxa de juros. 

Uma vez que os juros estão cada vez mais altos, é essencial que os resultados da empresa sejam maiores em relação ao seu preço atual, por exemplo. Em resumo, tudo se mantendo constante e a taxa de juros subindo, a tendência é o preço das ações terem um desconto. 

 

Como a pandemia impactou no movimento da taxa Selic? 

No início da pandemia, em meados de março de 2020, houve uma preocupação muito grande por parte do Banco Central, o famoso BC, em estimular a economia através da diminuição de juros. Em fevereiro, por exemplo, a taxa Selic estava em 4,25% ao ano, já em agosto ela já tinha sido reduzida para 2,00% - patamar que nunca foi atingido antes no Brasil. 

Desta forma, esse movimento de queda estimulou fortemente o crédito imobiliário, que estava mais sensível à taxa básica de juros, de modo a incentivar o setor de construção civil, no qual é uma área que consome muitos materiais básicos. 

Após um período de demanda por commodities - matéria prima -, que foi tão forte, não só aqui no Brasil, mas no mundo todo, os preços desses materiais começaram a subir fortemente, impactando a taxa de inflação - IGPM que é o índice do atacado e, agora, o IPCA que é o índice do varejo. 

Como a inflação e a expectativa dela subiram além da meta do Banco Central, a solução foi voltar a subir os juros que, atualmente, está em 5,25% ao ano. De modo a tentar frear um pouco a demanda pelos materiais básicos e, também, segurar a cotação do dólar, na casa dos R$5,20 para tentar conter a alta inflação. 

 

Taxa Selic a 8% a.a: o investidor pode voltar a apostar na poupança? 

A poupança rende 70% da taxa Selic, resultando em 3,75% ao ano, atualmente. Sendo assim, praticamente, nunca é a melhor opção voltar a investir na poupança, uma vez que é possível aplicar o dinheiro em um título público e ter a rentabilidade de 100% da Selic, totalizando 5,25% hoje, que é considerado mais seguro que a poupança. 

Mas, com a chegada da taxa básica de juros a 8%, ou em um cenário mais agressivo, acima de 10%, a renda fixa começa a ficar bem atraente e deve começar a atrair mais recursos. Visto que estará oferecendo uma rentabilidade mais satisfatória e ficando muito mais livre da volatilidade da renda variável, no qual muitos investidores tem um “certo” medo. 

Atualmente, não há expectativas no mercado financeiro que a taxa Selic sofra uma redução, pelo contrário, a dúvida está no tamanho da alta, se vai para 8% ou pode chegar a 10% já no começo de 2022. Vale ressaltar que o movimento positivo da vacinação não tem interferência com o patamar elevado da Selic, uma vez que a inflação já superou o teto da meta em 12 meses. 

 


Paulo Cunha - sócio-fundador da iHUB Investimentos e especialista sobre o  mercado financeiro.

 

Demora na concessão de benefício por acidente de trabalho exige estratégia do segurado

A pandemia de coronavírus tornou a realidade de quem sofre um acidente de trabalho mais difícil. A demora no atendimento do INSS tem levado trabalhadores a uma longa espera por benefícios como auxílio-acidente, auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente, pensão por morte ou aposentadoria especial – direitos previdenciários garantidos por lei.

A demora nos atendimentos se dá em razão da grande demanda que a autarquia possui. Atualmente, o INSS acumula mais de 1,7 milhão de pedidos de benefícios previdenciários, cenário que se agravou também com a necessidade de fechamento das suas agências. Os benefícios demoram mais ainda quando se abordam a incapacidade por, justamente, precisarem das perícias médicas presenciais, as quais, em muitos casos, foram suspensas com a não abertura das agências.

O acidente de trabalho se configura como aquele que ocorre no ambiente de trabalho provocando lesão corporal, alterando o desempenho do trabalhador no ambiente de trabalho, seja com redução temporária, parcial ou permanente da capacidade laboral. Ao ser segurado do INSS, qualquer trabalhador, seja brasileiro ou não, tem direito aos benefícios do instituto. Trabalhadores estrangeiros, no entanto, podem acessar o benefício desde que estejam filiados à Previdência Social ou comprove a existência de vínculo trabalhista. O fato de ser nativo de outro país não é impeditivo aos benefícios previdenciários, inclusive ao auxílio-acidente. Esse direito está resguardado pela Constituição Federal, em seu artigo 5º, que assegura a qualquer pessoa residente no Brasil os mesmos direitos previstos ao cidadão nato.

Um exemplo que temos no Brisola Advocacia é o caso de um imigrante venezuelano, que prestava serviços a uma empresa aqui no Brasil e veio a sofrer um acidente de trabalho, no momento da execução das atividades laborais. Neste caso, a empresa não havia feito qualquer recolhimento para o INSS em favor do trabalhador e, ainda assim, diante da configuração do vínculo trabalhista entre pessoa física e jurídica, o direito ao recebimento do auxílio-acidente foi garantido. Contudo, não obstante essa proteção constitucional, que garante, inclusive, o acesso aos benefícios previdenciários, este mesmo cliente sofreu com a demora na análise de seus documentos médicos apresentados ao INSS. Esta demora não se deu pelo fato de ser uma pessoa de outro país, mas sim por também estar sujeito a um sistema organizacional que, infelizmente, tem se mostrado moroso. Embora a autarquia previdenciária tenha prazos específicos para análise de cada pedido administrativo, dificilmente são cumpridos dentro do estabelecido. No caso citado, ele teve que optar por uma estratégia jurídica para ter acesso a seus direitos. Uma das maneiras de fazer isso é impetrar um mandado de segurança contra o INSS, junto à Justiça Federal, demonstrando a necessidade de conclusão da análise administrativa quando esta não ocorrer.

Assim, a nossa sugestão a quem precise do benefício por acidente de trabalho e esteja em espera por muito tempo é buscar assessoria jurídica por meio de um advogado de confiança, especialista em direito previdenciário, para traçar a melhor tática e buscar uma solução mais célere, seja pela via administrativa ou, até mesmo, judicial.

 


Isabela Brisola-  advogada previdenciária fundadora do escritório Brisola Advogacia.


Imóveis de programas habitacionais não podem ser vendidos ou alugados

Pixabay
Unidades que têm custos subsidiados devem servir de moradia e não podem ser repassados a terceiros

 

O sonho da casa própria pode virar um grande pesadelo a moradores inscritos em programas habitacionais do governo federal. E o curioso é que grande parte das dificuldades são causadas pelos próprios mutuários que – por descuido ou insensatez - acabam por burlar as normas do contrato.

“Isso porque, quem adquire um imóvel de programas habitacionais públicos está proibido de vender, alugar ou ceder o bem enquanto não quitar o empréstimo e todos os benefícios concedidos para comprá-lo”, explica advogada e especialista em direito imobiliário, Morgana Borssuk, sócia do escritório www.borssukemarcos.com.br

E não são raras as vezes em que as fiscalizações realizadas pela Companhia de Habitação Popular (Cohab) encontram irregularidades. Beneficiários acabam por alugar, oferecem o imóvel para venda ou repassam a terceiros assim que recebem autorização de posse - apesar do financiamento ainda estar pendente.

“O mutuário flagrado em quaisquer uma dessas irregularidades pode enfrentar um processo judicial que resulta na perda do bem, pois todas as obrigações previstas em contrato devem ser cumpridas”, esclarece a advogada.

Por causa da pandemia de Covid-19, muitas pessoas têm encontrado problemas na hora de organizar a partilha de bens em virtude das irregularidades citadas acima. Segundo a especialista, as consultas sobre o tema têm sido cada vez mais frequentes e é preocupante o desconhecimento de parte dos mutuários ou herdeiros a respeito da legislação ou contrato assinado por um familiar.


Cumprir as regras

Morgana Borssuk relata que o mutuário que desrespeita as regras fica sujeito às punições legais e que, de acordo com a Cohab, quem supostamente “compra” as unidades que não podem ser vendidas, não têm direito de ocupá-las, pois este tipo de negociação não é reconhecido legalmente.

E a questão é mais séria do que parece: segundo levantamento da entidade, cerca de 12% dos imóveis da capital paranaense repassados pela Cohab apresentam algum tipo de anormalidade, ou seja, estão com algum ponto irregular.

Quem não paga em dia as parcelas do financiamento também pode enfrentar problemas. Pela lei, a Cohab pode cancelar o contrato, retomar o bem e destiná-los a outras famílias cadastradas nos programas sociais.


Contrato de gaveta é proibido

Embora seja prática comum, o popular contrato de gaveta não tem valor perante a Cohab. “É preciso ficar atento, pois quem faz esse tipo de acordo para adquirir um imóvel da Cohab corre o risco de perder o bem. Esse contrato particular não tem efeito jurídico para reverter a situação”, enfatiza Morgana.

Mais um ponto de atenção citado pela especialista em direito imobiliário refere-se ao fato de que existem alguns tipos de programas oferecidos pela Companhia de Habitação Popular que são financiados pela Caixa, enquanto noutros contratos de cessão de direitos ou programas de reassentamentos o mutuário não paga nada pela habitação. Contudo, o imóvel não passa a ser do morador de forma imediata, pois sempre há um requisito a ser cumprido antes da propriedade definitiva.

Outro problema corriqueiro está relacionado com a questão do seguro habitacional, que protege apenas o comprador legítimo do imóvel e não aquele que adquire do morador. Por isso, é importante regularizar a situação do bem patrimonial.

Quem for flagrado com irregularidades - estando na condição de titular - poderá ter que restituir todos os subsídios recebidos e perderá o direito de inscrição no programa de habitação. Além disso, pode ter o nome incluso num cadastro que o proibirá de participar de qualquer programa social com verbas federais.


Tem que registrar

Outra situação frequentemente verificada pela especialista em direito imobiliário refere-se ao registro do bem. “Temos casos em que o comprador para de pagar as parcelas do financiamento e passa o bem adiante, sem quitar o contrato. Também há exemplos em que os mutuários quitaram o imóvel, mas não o regularizam. Assim, em ambas as situações, eles ficam sujeitos a problemas futuros, pois essas transações estão incompletas”, esclarece Morgana.

Após quitar o financiamento imobiliário, o responsável pelo pagamento deve fazer o registro da quitação da operação no Cartório de Registro de Imóveis da jurisdição do imóvel. Para isso, é necessário solicitar ao órgão do programa habitacional – como a Cohab – a emissão do termo de quitação da dívida. Esse documento permitirá que o beneficiário se dirija ao cartório e retire o gravame antes registrado na matrícula do imóvel.

Feito isso, a recomendação é pedir a certidão atualizada da matrícula do imóvel que vai mostrar que o bem não estará mais ligado à Companhia de Habitação como garantia e o mutuário passa a ser oficialmente o proprietário. É a partir deste momento que a venda do bem pode ser efetivada legalmente.

Após a regularização da matrícula, o proprietário pode se dirigir à prefeitura municipal e solicitar o cadastro no IPTU no imóvel.

“No caso do comprador desse bem, a recomendação é que – antes de fechar o negócio – procure a ajuda de um especialista para ver a situação do imóvel, principalmente com relação ao pagamento das prestações do financiamento. Quando se trata de apartamento, é fundamental ver a situação do condomínio e certificar-se de que não haja dívidas”, orienta Morgana Borssuk.

“Todas estas tratativas são informadas ao favorecido na assinatura do contrato. Isso significa que ele não poderá alegar estar desinformado dessas obrigações, caso queira adquirir um imóvel via programa habitacional público”, complementa a advogada.


Golpes

A aplicação de golpes usando o nome da Cohab também é corriqueira. A empresa alerta que quem for alvo de contato por e-mail deve ligar para a Cohab (em Curitiba pelo 0800 41 3233 ou 41-3221-8133) para confirmar qualquer abordagem. Também não existe atendimento com oferta de imóveis via redes sociais.


Adequação à LGPD: O "bem" combinado não sai caro!


A Lei Geral de Proteção de Dados já está vigente e com sanções previstas a partir de primeiro de agosto de 2020. A penalização estipulada é de 2% do faturamento da empresa, valor limitado a R$50 milhões de reais.

Embora as sanções possam ser um fator motivador para os decisores nas empresas, o grande risco está na exposição gerada a partir de um vazamento ou utilização de dados pessoais. Além de ser mercadologicamente negativa, essa divulgação pode gerar uma avalanche de processos jurídicos.

A judicialização já está em curso e em um levantamento recente feito junto aos tribunais já se encontrou mais de 1.000 casos em curso. Alguns destes ainda estão vinculados ao Código de Defesa do Consumidor, mas já com termos vinculados à proteção de dados. Este volume tende a crescer à medida que mais empresas forem sendo notificadas. Para mitigar este tipo de risco a empresa precisa estar preparada e com a respectiva documentação de seus processos e plano de ação para eliminar os gaps em relação à LGPD.

Ela (a empresa) deve ficar atenta também à utilização de identificação de dados pessoais e sensíveis em suas bases. Os dados pessoais são aqueles que podem identificar a pessoa (o indivíduo) como número de documentos, nomes associados a endereços, data de nascimento, CPF, gostos e hábitos de consumo. Já os dados sensíveis são aqueles que podem levar à discriminação de uma pessoa, como cor de pele, raça, convicção religiosa, dado genético ou biométrico, entre outros. Cabe observar que não há uma proibição em coletar e tratar estes dados, mas é indispensável ter a autorização do titular dos dados.

Empresas do segmento financeiro utilizam regularmente estes dados no dia a dia, por ser uma necessidade do negócio. Muitas repassam a informação a terceiros (empresas de cobrança), por exemplo. Estas informações são consideradas de Legítimo Interesse e só podem ser utilizadas com a expressa autorização. Vale o mesmo para as empresas que tratam dados sensíveis: Como uma marca poderia atuar no mercado uma empresa de Cosméticos? Ela precisa da informação sobre cor de pele, por exemplo, para poder oferecer o melhor produto ao seu cliente.

Do ponto de vista legal, os consumidores precisam estar atentos e podem buscar orientação no Guia do Núcleo de proteção de Dados do Conselho nacional de Defesa do Consumidor (em parceria com a ANPD- Autoridade Nacional de Proteção de Dados e SENACOM- Secretaria Nacional do Consumidor). As empresas precisam estar monitorando seus processos de forma contínua, o que chamamos de Privacy by Design, garantindo assim total aderência a esses pontos.

Hoje ainda há uma fragilidade muito grande por parte das empresas. Em levantamentos apresentados na mídia, aparece um índice assustador de que 70% das empresas ainda não se adequaram à nova lei (não tão nova assim!). Estas empresas ainda possuem fragilidades como possibilidade de vazamento de dados através de seus sistemas de informações ou mesmo pelo envio de e-mails com dados pessoais por pessoas que não estariam autorizadas a realizar esta tarefa. A responsabilidade solidária que prevê a compactuação de todos os agentes envolvidos na colocação de um produto ou serviço no mercado aumenta significativamente os riscos para a empresa. Em resumo, toda a cadeia de fornecimento deve estar consciente, treinada, com processos, políticas e documentos comprobatórios para que haja a plena adequação à LGPD. Infelizmente essa ainda não é uma realidade tão próxima.

A receita para a adequação é simples em termos conceituais e o tempo de implantação varia com a quantidade de áreas, processos, sistemas de cada empresa, mas sua implantação precisa iniciar imediatamente. Os passos são os seguintes: Conscientização, Data Mapping (ou Mapeamento de Dados) para verificar os processos, políticas e contratos existentes; GAP ANALYSIS para identificar as divergências em relação à LGPD; Planos de Ação para reduzir ou minimizar os riscos e acompanhamento rumo ao PRIVACY BY DESIGN: estágio onde as empresas acompanham continuamente suas adequações e já criam novos processos e políticas dentro de um conceito de privacidade.

Por fim, existem ferramentas no mercado que fazem este processo de ponta a ponta associado ao trabalho de um DPO-Data Protection Officer na determinação das diretrizes. Outras ferramentas podem ajudar na anonimização dos dados pessoais e sensíveis, mas este já é um tema para outro artigo. O importante é evitar que a falta de ação seja justamente a responsável pela ação dos órgãos fiscalizadores, com danos muito sérios à organização.




Ruy Rede - Engenheiro Eletrônico, especialista em Compliance, Inovação e automação. CEO da Beelegal Soluções Tecnológicas.

 

Armadilhas na gestão: quais são e como administrá-las

Pesquisas sobre os problemas e dificuldades enfrentados pelos gestores ajudam a identificar como está o nível de gerenciamento e como não cair em ciladas que prejudiquem o desempenho.

É comum gestores se depararem com obstáculos que, com o tempo, vão sendo sanadas, e com a maturidade em entender algumas coisas como: ser humilde e aprender a pedir ajuda, ser facilitador, ouvir e ponderar, não dono da verdade entre outros.

Sabendo de algumas lacunas na formação profissional regular, empresas investem em formações e treinamentos internos para mitigar estes pontos, coaching, liderança, comunicação, entre outros que abordam os principais pontos esperados de um gestor. Eis alguns pontos que mais surgem nos levantamentos e avaliações de gestores e os resultados que poderiam alcançar se não perdessem o foco e não caíssem nesses ardis.


Armadilha 1 – Despreparo

Não é possível ser um gestor se não entender o que é ser um. Um ótimo técnico muitas vezes é promovido e a empresa perde um técnico e a chance de ter um bom gestor. Importante saber que as habilidades, postura e até ações são e precisam ser diferentes na gestão. Por isso, há o tempo de preparo.


Armadilha 2 – Falta de consciência sobre o que seria necessário para ser um gestor efetivo

Existe o incompetente inconsciente, o incompetente consciente, o competente consciente e o competente inconsciente. Para gestão empresarial, o incompetente inconsciente é mais perigoso que o incompetente consciente, pois ao saber de suas limitações, fatalmente, o incompetente consciente não assumirá nem colocará a empresa em risco. Apesar de não saber itens fundamentais para a gestão, poderá deixar de levar resultados e oportunidades para empresa e equipe, mas não irá colocar em risco pessoas, processos e resultados, como o incompetente inconsciente, que acredita estar preparado sem estar.


Armadilha 3 – Se achar o dono da verdade

Achar que pode e deve fazer e decidir sozinho, que é o dono da verdade e da razão pode trazer problemas com equipe, pares e superiores, clientes e fornecedores. A empresa precisa funcionar como um time, ou deveria, e resultados devem ser compartilhados. Maus líderes acabam incentivando uma individualidade que alguns até gostam, porém, eles não se sustentam nas posições, pois acabam prejudicando resultados para o grupo, no longo prazo.

 

Armadilha 4 – Ser centralizador, não delegar

Alguns gerentes não delegam, porque acham que ninguém além deles pode realizar os principais trabalhos adequadamente. Isso pode causar problemas enormes, como gargalos de trabalho e ineficiência, à medida que eles se estressam e se esgotam.

A delegação exige esforço, desde o início. Pode ser difícil confiar na sua equipe para fazer o trabalho corretamente, porém, a menos que você delegue tarefas, nunca terá tempo para se concentrar na “visão mais ampla”, pela qual a maioria dos líderes e gerentes é responsável. Além disso, falhará em envolver e desenvolver a equipe para que possa aliviar a pressão.

Armadilha 5 – Não realizar gestão de pessoas

Um gestor que não investe tempo com os colaboradores, não escuta, não media conflitos e foca apenas no resultado final sem olhar os recursos, acabará por comprometer a performance e o resultado.

 

Armadilha 6 – Não investir em aprendizagem constante

Não se aprende a ser gerente apenas por um livro, no YouTube ou em uma sala de aula, porém, a consulta de bons conteúdos sobre gestão ajudará a saber como e quais ações desenvolver e praticar no ambiente de trabalho para ser um bom profissional e buscar aprimorar-se sempre. Não se qualificar e se atualizar constantemente tornará um gestor obsoleto em pouquíssimo tempo, o que é arriscado para ele e custa caro para empresa. Ao gerenciar, o profissional deverá construir aprendizados sobre sucessos, erros, testar, refletir e tentar novamente, com retrospectiva e insights das experiências vividas ou trocadas e, principalmente, ele deve pôr em prática ações que comprovem teorias.

 

Armadilha 7 – Falta de entendimento de processos e pular etapas

Sabe o gerente que pensa que projeto é pastel? Quer tudo “para já” e perfeito? Além de desgastar a equipe, este gestor perde credibilidade por demonstrar que não entende como a empresa funciona e ainda coloca em risco a integridade dos processos e, muitas vezes, os resultados da empresa por pedir e incentivar o “jeitinho” e o “by pass”.

Armadilha 8 – Pensar no curto prazo

Há empresas e gestores que caem nessa armadilha e dizem que seus objetivos são gerar resultados a curto prazo não importante de que forma, independente do setor em que atuam ou da maneira de conduzir seus negócios. Por mais que você consiga tocar uma estratégia assim por alguns anos, as chances de se perder chegam rapidamente à 100%. E, empresas assim, quando vistas como oportunidades, acabam liquidadas por fundos de investimento que as compram apenas para reduzirem suas perdas.

Armadilha 9 – Ausência de metas objetivas

Não ter metas e estratégias claras e departamentais alinhadas às estratégias da empresa é quase um crime. Não saber onde quer chegar e não ter objetivos claros impactam na produtividade, já é impossível ser produtivo sem saber no que se está trabalhando, ou o que determinada tarefa significa. É um erro também não priorizar a carga de trabalho de maneira eficaz, o que significa que os projetos e as responsabilidades não serão concluídos na ordem ou mesmo no prazo certos.

Quais empresas têm melhores resultados? As que tem os melhores ou piores gestores? Quais países têm economia mais desenvolvida, os com os melhores ou piores gestores? A responsabilidade pela boa gestão não pode ser vista apenas como útil para uma empresa. Ela impacta empresas, vidas, sociedades e até uma nação.

Uma dica fundamental é ficar atento às armadilhas. Quanto mais consciente em relação a elas, mais se terá condições de contorná-las em todas as esferas de gerenciamento.

 


Fábio Lima - consultor empresarial, executivo de finanças, master coach e CEO da LCC - Light Consulting e Coach.

 

Home Office: do trabalho dos sonhos ao pesadelo do adoecimento mental e o que as empresas podem fazer para mudar o cenário

 Mariana Clark, psicóloga especializada em acolhimentos e perdas, fala sobre a relação entre trabalho em casa e saúde mental

 

Antes de 2020 era sonho de muita gente trabalhar de casa. O tão sonhado “home office” passou a ser realidade com a pandemia da Covid-18 e depois de quase dois anos de pandemia o sonho virou pesadelo: colaboradores estão ainda mais estressados do que se estivessem em escritórios, a liderança está despreparada para lidar com o trabalho remoto e, com isso, é cada vez maior o número de pacientes diagnosticados com algum transtorno psiquiátrico. 

 

Mariana Clark, psicóloga especializada em acolhimentos e perdas e uma das Embaixadora do Capitalismo Consciente, explica sobre o momento e como isso afeta líderes e colaboradores: “Muita coisa mudou desde o início da pandemia. Quando recebemos a orientação do trabalho remoto esperávamos que fosse apenas por uma quinzena. Começou, então, como uma relação de namoro: a maioria se apaixonou pela ideia. No entanto, 15 dias viraram quase dois anos e estamos começando a colher os frutos não só do isolamento, mas da dinâmica que se formou neste período. Se muitos achavam que teriam mais qualidade de vida, hoje percebem que trabalham muito mais e produzem - muitas vezes - menos”, relata a psicóloga. E qual seria a solução para este cenário? Acolhimento, segundo Mariana.

 

“O acolhimento inicial é da nossa realidade: não conseguimos dar conta de tudo. Casa, filhos, saúde, trabalho, pandemia. Querer equilibrar todos os pratos levará, certamente, ao esgotamento mental e acolher as nossas limitações e não tratá-las como fracasso é dar o primeiro passo rumo à uma saúde mental de qualidade”, explica Mariana. Além do acolhimento, a organização é uma atitude que pode - acredite - ajudar não só no aumento da produtividade, mas na diminuição das chances de crises de ansiedade causadas pelo acúmulo de trabalho: “Organização passa pela rotina da casa. Não podemos considerar que estamos vivendo grandes finais de semana, com todos - ou quase todos - em casa. A rotina pode ajudar a diminuir a ansiedade causada em ver coisas por fazer. Minha dica: estabeleça horários de trabalho, de pausas. Avise seus filhos que você precisa de X horas do dia com a casa menos agitada (isso impedirá que seu filho faça a prática da bateria durante o seu momento de produtividade, por exemplo). Aliás, liste todas as possíveis distrações em seu horário de trabalho e veja como você pode diminuí-las”, ensina a psicóloga. 

 

O papel dos líderes corporativos começa também no acolhimento e na compreensão: ainda que o colaborador esteja trabalhando de casa, o tempo que ele passava no trânsito ou em seu horário de almoço não significa, hoje, tempo extra de trabalho. “A dinâmica do trabalho deve ser mantida a mesma, não importa que hoje estejamos em casa. O horário de trabalho precisa ser respeitado e isso inclui não mandar mensagens às 23h esperando que sejam respondidas às 23h05”, fala Mariana. Além disso, é papel da liderança refletir nas intermináveis reuniões organizadas ao longo do dia que, na maioria das vezes, atende à máxima “Esta reunião poderia ter sido um e-mail”. Mas não é só isso. Mariana pontua a necessidade de manter vivo algo que foi perdido com o home office: o diálogo e o suporte. “Existe um mito de que funcionário em casa não precisa de suporte. Ele precisa e não só de suporte: cadeiras especiais para trabalhar que não comprometam a coluna do colaborador, um computador que funcione na velocidade correta para não atrapalhar a produtividade do dia, materiais de escritório que possam servir de apoio. Mas a verdade é que acima de tudo isso, os colaboradores precisam de suporte emocional’, diz.

 

Mudar este cenário de adoecimento mental também é papel - fundamental - das empresas e Mariana Clark compartilha algumas possíveis ideias para que as corporações cuidem de seus colaboradores:

  • Investir em programas de rede de apoio: abrir canais de comunicação para que os colaboradores possam ter um espaço de fala sobre suas angústias sem medo de julgamento ou sem ameaça aos seus cargos;
  • Promover rodas de conversa: ainda que online, a interação social é importante. Rodas de conversa que falem sobre saúde mental dão chance para que pessoas peçam por ajuda;
  • Criar ações de autocuidado: ginástica laboral, auxílio em atendimentos psicológicos e até pequenas surpresas no que diz respeito à alimentação, por exemplo, podem ser de grande valia a um colaborador que precisa de ajuda;
  • Acolher a dor: falar sobre as dores e ser escutado é um grande diferencial aos que precisam ter voz. As empresas ainda consideram tabu falar sobre morte ou perdas e ter um espaço de acolhimento à dor é fundamental para a queda deste tabu;

 

Mariana Clark

www.instagram.com/maric_clark


Mudança climática deve alterar o funcionamento de comunidades de microrganismos marinhos, aponta estudo


A pesquisadora Helena Carvalho, da Universidade de Paris, colhe amostras no rio Amazonas, durante nova expedição do Tara-Oceans que chegou ao Brasil em setembro de 2021 (foto: Maéva Bardy/Fondation Tara-Océan)

 

Estudo assinado por um grupo internacional de pesquisadores apontou que as interações entre as comunidades de plâncton – microrganismos que formam a base da cadeia alimentar dos oceanos e produzem grande parte do oxigênio do planeta – sofrerão diferentes impactos das mudanças climáticas.

Simulações computacionais sugerem que os organismos dos polos serão especialmente afetados pelo aumento das temperaturas, enquanto os das zonas temperadas terão uma redução do fluxo de nutrientes e os dos trópicos sofrerão com o aumento da salinidade.

As conclusões, publicadas na revista Science Advances, são resultado de modelagens matemáticas realizadas com base no maior inventário de plâncton marinho já realizado, entre 2009 e 2013, pela expedição Tara-Oceans. Durante o período, o veleiro deu a volta ao mundo coletando amostras desses microrganismos em todos os oceanos do globo.

Os primeiros resultados da expedição foram publicados em 2015, em uma edição especial da revista Science (leia mais em: agencia.fapesp.br/21231/).

“Aquela primeira publicação fazia uma fotografia do que existe de microrganismos nos oceanos: as espécies e a abundância de cada uma. Foi um dos maiores projetos de sequenciamento genético realizados até hoje”, conta Hugo Sarmento, professor do Departamento de Hidrobiologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e um dos dois autores de instituições brasileiras participantes do estudo atual, apoiado pela FAPESP.

“Ao analisar os dados, porém, percebemos que esses organismos dependem uns dos outros para viver, formando verdadeiros consórcios microbianos. São muito mais interações do que imaginávamos e as mudanças climáticas podem afetá-las consideravelmente”, diz o pesquisador.

Sarmento foi um dos pesquisadores embarcados no veleiro, em 2009. No último domingo (19/09), a embarcação chegou novamente ao Brasil, com a primeira parada em Belém, para um novo projeto, o AtlantECO. Focado no Atlântico Sul, reúne pesquisadores de 13 países da Europa, Brasil e África do Sul.

Depois de coletar amostras nas águas do norte brasileiro, o veleiro vai passar ainda por Salvador (outubro), Rio de Janeiro e Florianópolis (novembro). Em seguida, segue para a Antártica e para a costa africana. Ao voltar para a França, de onde partiu em dezembro de 2020, a expedição terá totalizado dois anos de duração.

No Brasil, o projeto envolve ainda expedições científicas no navio Alpha Crucis, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), e no Veleiro ECO, desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As outras instituições brasileiras envolvidas são a UFSCar, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG).


Consórcios microbianos

A partir dos dados coletados na expedição 2009-2013, e com o auxílio de ferramentas estatísticas, os pesquisadores reconstruíram as redes de interações entre os microrganismos. Mais do que catalogar as 20.810 unidades taxonômicas operacionais (o equivalente a espécies) de microrganismos encontradas, portanto, os pesquisadores identificaram 86.026 interações potenciais, que podem ser positivas (simbiose ou mutualismo, por exemplo) ou negativas (como predação ou parasitismo).

“Se identificamos duas espécies que sempre aparecem juntas, é possível que haja uma interação positiva ali, ou seja, uma dependa da outra. Mas, se cada vez que uma aumenta a outra diminui, pode haver uma interação negativa, uma se alimenta da outra, por exemplo. Fizemos as comparações dessas mais de 20 mil espécies par a par e obtivemos esse número de interações potenciais, em que cada espécie é como um nó de uma rede complexa”, explica o pesquisador.

Espécies ubíquas, que ocorrem no mundo todo, foram minoria. A maioria dos organismos tem uma distribuição que varia com a latitude, formando redes distintas nos polos, nas regiões temperadas e nos trópicos.

Com base nessa informação, unida a dados ambientais como temperatura, salinidade e disponibilidade de nutrientes, os pesquisadores simularam os efeitos das mudanças climáticas em cada uma dessas comunidades.

Sabe-se, por exemplo, que cada espécie ocorre apenas num determinado intervalo de temperatura. Com um aumento que pode ultrapassar os 3°C previsto para o fim do século, por exemplo, algumas espécies podem deixar de existir naquele local. E comunidades que hoje possuem essas espécies teriam todo o funcionamento alterado no futuro.

“Fizemos essas simulações para vários estressores. Na região temperada, as mudanças no regime de nutrientes parecem ser mais importantes. Enquanto nos trópicos são a temperatura – embora menos do que nos polos – e a salinidade os maiores estressores das redes de plâncton”, diz Sarmento.

Nos polos, a temperatura é um fator ainda mais crítico. “Uma vez que os maiores aumentos ocorrem justamente nas regiões polares, podemos antecipar grandes mudanças no funcionamento dessas comunidades, com consequências importantes para o equilíbrio do sistema”, afirma o pesquisador.

O estudo alerta que essas alterações podem redundar numa menor produção de oxigênio, uma vez que os microrganismos marinhos produzem cerca de metade do gás na Terra. Além disso, podem afetar a capacidade dos oceanos de capturar e reter carbono da atmosfera.

Atualmente, eles absorvem um quarto dos gases de efeito estufa emitidos pela ação humana, como a queima de combustíveis fósseis. Mudanças na atividade planctônica, portanto, podem agravar ainda mais o quadro atual.

As alterações podem afetar ainda a biomassa de plâncton, que é a base da cadeia alimentar marinha. Com isso, é possível antecipar mudanças na distribuição e quantidade de estoques pesqueiros.

O outro coautor brasileiro do estudo é Pedro Ciarlini Junger Soares, que realiza doutorado na UFSCar sob orientação de Sarmento e atualmente faz estágio de pesquisa no Institut de Ciències del Mar (ICM), na Espanha, ambos com bolsa da FAPESP.

O artigo Environmental vulnerability of the global ocean epipelagic plankton community interactome pode ser lido em: www.science.org/doi/10.1126/sciadv.abg1921.

 

 

André Julião

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/mudanca-climatica-deve-alterar-o-funcionamento-de-comunidades-de-microrganismos-marinhos-aponta-estudo/36880/


Com mais de 150 opções digitais, 83% dos serviços do Poupatempo já são feitos de forma eletrônica

Atendimento presencial representa 17% da demanda do programa em 2021 

 

Durante os oito primeiros meses deste ano, o Poupatempo já contabiliza mais de 26 milhões de atendimentos. Com o avanço dos serviços eletrônicos, cada vez mais pessoas optam pelo atendimento remoto, que oferece comodidade, segurança, além de economia de tempo e dinheiro, podendo ser feito de qualquer lugar. 

Entre os meses de janeiro e agosto de 2021, foram 21,5 milhões de atendimentos online, o que representa 83% da demanda total, contra 4,5 milhões presenciais, nas 85 unidades do Poupatempo no Estado.   

Neste mês de setembro, novas funcionalidades foram incluídas no aplicativo Poupatempo Digital, como a apresentação da terceira dose da vacina contra a Covid-19, alteração de endereço de veículo e serviços da Prefeitura de Itatinga, no interior paulista. 

Além do app, que representa atualmente 73% da demanda pelas plataformas digitais, o Poupatempo também conta com o portal – www.poupatempo.sp.gov.br – e totens de autoatendimento, distribuídos em diversas localidades do Estado. 

“A população está cada vez mais habituada a realizar serviços no conforto de casa. Pensando em melhorar a experiência do usuário, a Prodesp trabalha para aprimorar as opções já existentes e ampliar a quantidade de atendimentos oferecidos pelas plataformas digitais, inclusive realizando parcerias com diversas prefeituras para adicionar serviços municipais nos totens, portal e aplicativo do Poupatempo.”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp, empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, responsável pela administração do Poupatempo. 

Entre os mais procurados pelos canais digitais, estão pesquisa de pontuação, renovação e segunda via de CNH, Licenciamento, Carteira de Vacinação e consulta de IPVA. Outros, como Atestado de Antecedentes Criminais, Carteira de Trabalho, seguro-desemprego, CDHU, Sabesp e Bolsa do Povo, por exemplo, também são oferecidos pelas plataformas do Poupatempo. 

Em situações em que o cidadão precise comparecer presencialmente em um dos postos para concluir seu atendimento, como para emissão do RG, é necessário agendar previamente o dia e horário para ser atendido pelo portal ou aplicativo do programa. 

Desde o início da atual gestão, a Prodesp trabalha para ampliar a oferta de serviços digitais do Poupatempo. Atualmente, são 152 opções e o objetivo do programa é chegar a 180 ainda este ano, e a mais de 240 até o fim de 2022.



Caminhão da Saúde oferece consulta médica e exames de imagem gratuitos em Piracanjuba, neste fim de semana

Divulgação

A ação é uma iniciativa da Associação de Apoio à Saúde (AAS), organização não governamental, que tem como missão garantir acesso à saúde para população carente de periferias e zona rural há mais de 10 anos

 

Entre os dias 24 e 26 de setembro, a população de Piracanjuba, Goiás, contará com os serviços do Caminhão da Saúde que oferece consulta médica e ultrassonografias gratuitas, além de exames laboratoriais a preços populares. A ação é uma iniciativa da Associação de Apoio à Saúde (AAS), organização não governamental, que tem como missão garantir acesso à saúde para população carente de periferias e zona rural há mais de 10 anos. 

 

São exames como ultrassom urinária, da mama, próstata, pré-natal, eletrocardiograma e, ainda, laboratoriais, como hemograma, glicemia, PSA, ureia e creatina. A unidade móvel de saúde é adaptada com salas de consultas e exames que possibilitam a realização de até 80 procedimentos diariamente. Os laudos dos exames de imagem são emitidos na hora e entregues ao paciente,  já com indicação de tratamento ou receita médica. 

 

Já os laboratoriais são enviados diretamente para o médico pelo laboratório, que entra em contato pessoalmente com o paciente, quando ficam prontos. Caso haja necessidade, uma receita médica digital é emitida e a pessoa poderá seguir com as indicações. O médico Dr. Cláudio Brandão (CRM/GO 9059), que comanda o caminhão da saúde, explica que a proposta da ONG vai além de ofertar atendimento médico gratuito, mas faz questão de que esse atendimento seja humanizado. “O paciente do caminhão da saúde vai encontrar dignidade, cordialidade e atenção aos seus problemas. Vamos nas cidades, nas zonas rurais e na periferia. Ao longo desses anos, percebi que existe uma carência que ultrapassa os limites da medicina”. 

 

Para ter acesso ao serviço, basta a pessoa interessada comparecer ao endereço onde está estacionado o Caminhão da Saúde, fazer uma triagem e passar pela consulta. Posteriormente ele pode ser submetido aos procedimentos disponíveis no caminhão, e à coleta de material para exames laboratoriais. Tudo é organizado sem burocracia. Caso haja necessidade de exames, que serão indicados na consulta, o paciente recebe o horário e pode retornar para fazer sem esperar no local. “Estamos vivendo ainda um momento de pandemia, e é importante que não haja aglomerações. Por isso trabalhamos para que não tenham filas, senhas ou espera”, pontua Dr. Claudio. 

A expectativa dos organizadores é que sejam realizadas em torno de 80 consultas por dia, e mais de 300 exames laboratoriais e de imagem. A ação em Piracanjuba conta com o apoio da União de Atacadistas e Produtores de Hortifrutigranjeiros (Uniap); Análise laboratório; Invoga - Energia Solar;  empresário Dhone Rodrigues e Cláudio Grilinho (liderança local). 

 

Sobre o Caminhão da Saúde 


Idealizado pelo médico Dr. Cláudio Brandão, que além de médico, é advogado e professor universitário, o Caminhão da Saúde surgiu do desejo de levar atendimento de qualidade aos menos afortunados e de uma inquietação e desilusão com o modelo existente de atendimento médico existente. 

 

A unidade móvel de saúde foi a ferramenta ideal para colocar a ONG Associação de Apoio à Saúde (AAS) em andamento, literalmente.  Para isso, uma carreta foi adaptada e transformada em um consultório e clínicas sobre rodas. Possui três espaçosos consultórios com mobiliário próprio, dando comodidade, aconchego e rapidez ao cuidar de pessoas em qualquer lugar. Basta estacionar e receber os pacientes.   Possui um consultório de oftalmologia, com todo o aparato para diagnosticar e tratar a maior parte das patologias visuais.  

 

Uma das bandeiras do trabalho realizado é a prevenção dos cânceres de mama e próstata, doenças que se forem diagnosticadas precocemente, a probabilidade de cura aumenta imensamente.  Outras doenças como hipertensão e diabetes, que assolam a população brasileira,  também podem ser identificadas com o atendimento no Caminhão da Saúde. 


Para as doenças do coração, o suporte de cardiologia se dá através da realização de eletrocardiograma laudado por especialista.  O projeto se ancora em um sonho pessoal, mas tem como meta “cuidar de gente”, comemora Brandão , que ainda completa:  “queremos fazer isso bem”. 

 

Serviço 


1ª Semana da Saúde de Piracanjuba 

Onde: 

Rua Alameda do Bosque, Quadra 3, Lote 18, Setor Recanto do Bosque (próximo ao lago) 

Quando: dias 24, 25 e 26 de setembro, das 7h30 às 17h 

 

Exames de imagem gratuitos   

Ultrassonografia 

- Obstétrico

- Próstata 

- Abdômen Total 

- Urinário 

- Ginecológico 

- Eletrocardiogramas 

 

Laboratoriais a preços populares

Hemograma completo 

Ureia 

Creatinina

Glicemia jejum 

Perfil Hepático

Lipidograma 

Amilase Pancreática


O trabalho de Alta Performance no Hipismo

O que os atletas precisam para o desempenho perfeito em uma competição? Além do treinamento e esforços diários, eles precisam estar em perfeita sintonia com o corpo e a mente. E para tornar isso possível é preciso desenvolver a alta performance. No hipismo, o conceito é o mesmo, mas a prática é ainda mais desafiadora, uma vez que o esporte é o único a depender de um animal. Inclusive, a prática é importante para qualquer atleta que deseja encontrar o seu melhor potencial e melhorar em diversos aspectos, tanto em questões relacionadas ao lado físico, como ao aspecto cognitivo e emocional.

O trabalho de desenvolvimento de alta performance no hipismo é personalizado e integrado, unindo treinador, psicólogo esportivo e outros profissionais para identificar as principais “dores” do atleta para então traçar objetivos com o intuito de melhorar: seja uma dificuldade técnica na performance da modalidade ou algum aspecto emocional, que inclui por exemplo, controle do nível de ativação da ansiedade, autoconfiança, elevar o nível de concentração, timidez e outros aspectos. Em casos de crianças e adolescentes, o trabalho também envolve os pais.

Durante o treinamento, são avaliados pela equipe de profissionais todas as nuances tanto na parte técnica (postura, posicionamento, movimento do corpo, distâncias para saltar e outros aspectos) quanto tática (tais como: tipos de curvas realizadas na competição, estratégias para a realização da pista) e emocional.

A filmagem é um dos instrumentos utilizados para que o atleta seja observado por várias perspectivas, a fim de detectar o menor detalhe que possa ser melhorado. Quando, por exemplo, o atleta apresenta insegurança, o seu corpo e a sua postura demonstram tal fragilidade. Portanto, se o atleta apresenta uma excelente habilidade técnica, mas é “fraco” mentalmente, todas as suas habilidades podem se perder.

Durante o trabalho, são realizadas avaliações para identificar o que melhorou e o que precisa ter mais atenção, além da análise qualitativa que é de extrema relevância.

A prática precisa, sobretudo, da conexão do cavaleiro ou amazona com o cavalo. Um dos fatores que impacta bastante na performance dos atletas é a autoconfiança. Dessa forma, o trabalho psicológico é fundamental, especialmente para vencer ou diminuir as dificuldades ou evoluir na performance que deseja conquistar.

A alta performance no hipismo também estimula o autocontrole, contribuindo para a melhora do controle do nível de ativação de ansiedade e frustrações comuns em qualquer competição, além dos medos inerentes ao hipismo, como cair do cavalo, por exemplo, e o fato de encarar o desafio que a competição proporciona.

O tempo para atingir as mudanças propostas pelo trabalho de alta performance varia de acordo com o atleta e quem podem alcançar resultado em alguns meses. No entanto, por depender também do atleta, não há como estipular um tempo mínimo.

Uma das conquistas do trabalho de alta performance é influenciar o cavaleiro ou a amazona a encarar os desafios, aprender a lidar com erros e dificuldades e não desistir ao se deparar com eles. E isso pode ser levado para a vida pessoal, uma vez que há desafios que só a pressão e a ansiedade de uma competição podem proporcionar. Portanto, o trabalho de alta performance no hipismo impacta o atleta e a vida pessoal, afinal antes de ser um atleta, ele é uma Pessoa.

 


Dra. Luciana Meireles é especialista em Alta Performance para atletas do hipismo e outras modalidades, formada em Psicologia e em Educação Física, Mestre em Psicologia do Esporte pela Universidade do Minho – Portugal. Trabalha como psicóloga clínica e esportiva há mais de 23 anos, business partner. Fundadora da Empresa LM Alta Performance em Desenvolvimento Humano e de Negócios. Dra. Luciana é palestrante, com atuação no exterior em diversos temas para empresas de pequeno a grande porte, assessora em Psicologia do Esporte para atletas, treinadores e pais em diferentes instituições, contextos e modalidades.

 

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