Coordenador
pedagógico do Colégio Anglo 21, Lucas Seco, explica como enfrentar os desafios
das aulas remotas e se preparar para a prova frente a um ano atípico
Com a data do Enem prevista para o fim de janeiro
e início de fevereiro de 2021, a ansiedade e o nervosismo aumentaram
entre os estudantes que pretendem prestar a prova pela primeira vez. Após meses
de constantes mudanças e adaptações do novo formato de ensino remoto para
escolas, famílias e alunos por conta da pandemia da Covid-19, instruir os
vestibulandos que estão no fim do Ensino Médio é uma tarefa desafiadora para os
educadores e instituições de ensino.
Lucas Seco, coordenador pedagógico do Ensino
Médio do Colégio Anglo 21, localizado na Zona Sul de São Paulo, afirma que,
nesse processo, é fundamental a escola ser parceira do jovem, disponível a
ajudar e compreender cada parte do processo de adaptação e aprendizagem. “É
preciso ajudar o aluno a se organizar na nova realidade e manter a
tranquilidade. Alguns alunos precisam de um acompanhamento mais periódico ou
atendimentos individuais por conta de dificuldades na disciplina, na rotina ou
no cronograma de estudos”, aponta.
Dessa forma, é necessário propor dinâmicas que
diminuam a pressão e a carga de insegurança nos vestibulandos. Segundo o
educador, uma das principais queixas dos alunos de Ensino Médio nesse momento
de preparo para os vestibulares e também para o fim do ano letivo é o excesso
de exposição às telas, com as vídeo-aulas, aplicativos e conferências que
norteiam a nova rotina de ensino remoto. “Os professores são instruídos a, após
um período de aula, dar ‘mini-intervalos’ e flexibilizar certas dinâmicas, para
o aluno olhar outra coisa ou respirar um pouco, diminuindo o tempo de exposição
ininterrupta em tela”.
E aqueles que ainda estão nos anos iniciais do
Ensino Médio e pretendem prestar a prova como treineiros? “Fazer provas é como
aprender a dirigir”, explica Seco. “Aprender a teoria é importante, mas quanto
mais treinar a prática, melhor motorista você se torna. Eu incentivo
enormemente os jovens a prestarem desde o 1º ano do Ensino Médio e, mesmo que
este ano tenhamos uma prova atípica, não se deve perder a oportunidade”. O
coordenador ainda ressalta que com a necessidade de realizar as aulas e
simulados de forma online, os alunos ainda estão treinando para o novo modelo
de prova: o Enem Digital.
Sendo inaugurado nesta edição, a versão do exame
digital a ser implementada substituirá a prova impressa gradativamente,
trazendo aos estudantes o novo cenário frente ao exame que ingressa milhares de
candidatos em universidades públicas do país. “Ironicamente, a mudança para o
ensino a distância já colocou o aluno em um treinamento ao Enem Digital. Com
relação a preparação, o foco é o mesmo: organização e estudo”, conta o
coordenador.
O Colégio também realiza plantões de dúvidas
diariamente com os alunos que precisam de maior apoio nesse momento. Lucas Seco
aponta que o educador tem um papel fundamental nesse processo para tranquilizar
o estudante que está aflito com o cenário de incertezas. “O estudante, ao ser
assistido em uma aula individual para tirar dúvida sobre a disciplina ou
conversar sobre os vestibulares, se sente mais seguro ao ter o apoio do
professor; é preciso ser flexível, conversar com os familiares e estar sempre à
disposição para ajuda-los nessa trajetória”, conclui.
Anglo 21
Nenhum comentário:
Postar um comentário