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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Nutricionista atenta para transtornos alimentares durante e pós isolamento


Andrezza Botelho, especialista em Transtornos Alimentares, chama atenção para o cuidado com a saúde mental durante a pandemia


Para muitas pessoas, uma situação “fora do normal” é um gatilho para mudanças de comportamento no padrão alimentar: enquanto uns comem demais e ganham peso rapidamente outros deixam de se alimentar corretamente com medo de engordar. Nos dois casos existe um erro: a má alimentação. Em momentos como o que estamos vivendo, de isolamento e pandemia, é normal que as pessoas se sintam mais ansiosas, o que pode, sim, levar a comportamentos nocivos ao organismo.

Andrezza Botelho, nutricionista especializada em Transtornos Alimentares pela Unifesp, diz que é preciso prestar mais atenção ao comportamento alimentar: “Toda alteração em rotina pode trazer consequências à saúde mental - e física - da população. Quando falamos em nutrição, existem dois cenários extremamente contrários: pessoas que comem compulsivamente e outros que se submetem a dietas extremamente restritivas. Os dois cenários não são saudáveis porque estão fora do equilíbrio”, explica ela. “Passado o período de isolamento teremos, então, dois perfis de pacientes que precisarão de ajuda: os que ganharam muito peso e estão enfrentando a compulsão alimentar e os que passaram por uma restrição alimentar muito grande - muitas vezes motivados pelo medo excessivo em engordar - e agora estão com o organismo enfraquecido”, completa Andrezza.

A solução, claro, não é mágica, mas é simples: educação. É preciso desde já educar a população sobre a alimentação saudável; para isso, a nutricionista faz uso da Telemedicina, autorizada durante a pandemia. “Tenho pacientes nos dois opostos e, para os dois caso, a reeducação e o acompanhamento - quando preciso - de um psiquiatra ou psicólogo é fundamental para o sucesso”, diz a especialista. 

“É preciso falarmos, mesmo em tempos de pandemia, sobre quebras dos padrões de beleza. Precisamos ser mais empáticos uns com os outros, e isso significa - também - aceitar todos os biotipos. Prezamos muito além da estética; prezamos pela saúde. Este é um momento de olhar além do corpo; precisamos olhar o ser humano. Este é o meu propósito”, finaliza Andrez


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