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quinta-feira, 30 de abril de 2020

COVID-19 e SISTEMA IMUNOLÓGICO

Em tempos de quarentena, vitamina D atua como aliada de grávidas e tentantes


A pandemia da Covid-19 mudou os planos de muita gente. Mulheres que planejaram ter filhos em 2020, das quais boa parte interrompeu a utilização de métodos anticonceptivos (chamadas de tentantes) e repensou o timing de ser mãe. E entre as que já estão grávidas, houve quem sentiu e ainda sente um medo natural, já que há mais perguntas do que respostas sobre o novo coronavírus - inclusive entre especialistas.

Estes, porém, são unânimes em afirmar que é preciso que mães e futuras mamães tomem as mesmas precauções que todos nós: evitar aglomerações, ficar em casa, utilizar máscaras e álcool gel, assim como lavar sempre as mãos. Mas há algo que pouco se fala: elas também precisam reforçar o sistema imunológico, já que, debilitado, ele é alvo ainda mais fácil para a Covid-19 e para outras doenças. A boa notícia é que essa é uma das funções da vitamina D, facilitar o fortalecimento das nossas defesas naturais. E já que muitos estão em casa, em quarentena, podem aproveitar para fazer algo pouco praticado em tempos normais: tomar sol, ato que ajuda na absorção da vitamina D.

Os médicos são unânimes em afirmar que são diversos os benefícios da vitamina D para a nossa saúde, todos devidamente documentados na literatura médica por meio de estudos. Além de auxiliar no funcionamento do nosso sistema imunológico, também contribui para o controle da função cardíaca, da pressão arterial e dos níveis de glicemia e gordura corporal. Também colabora para reduzir as perdas musculares nas idades mais avançadas e, nas crianças, ajuda na formação de ossos e dentes.

Um desses estudos, citado no site da Academia Nacional de Medicina, aponta que "mães que têm insuficiência ou deficiência de vitamina D durante a gestação têm filhos com alterações no desenvolvimento dos rins, do fígado e do pâncreas (órgão responsável pela produção de insulina) com possibilidade de levar ao desenvolvimento do diabetes tipo 2 e obesidade nos filhos".

O chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, Dr. Daniel Magnoni, faz duas observações, relacionadas à absorção da dose diária de vitamina D, necessária para termos esses efeitos benéficos. "O primeiro ponto é que por meio da ingestão de alimentos, a absorção da vitamina D é de apenas entre 10% e 20%; o restante se dá por meio do sol ou da suplementação vitamínica. O segundo ponto está relacionado aos importantes, porém, cada vez mais perigosos banhos de sol. É que devido ao crescimento da incidência de raios ultravioleta (UV), torna-se necessário o uso de protetores e bloqueadores, o que acaba evitando a síntese da vitamina D pela pele".

Dr. Magnoni reforça as orientações para o uso desses mecanismos de proteção, já que o câncer de pele não melanoma é, segundo o Instituto Nacional de Câncer - INCA, o mais frequente no Brasil (corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, informa a entidade). Diz ele: "Hoje, mais do que nunca, é uma irresponsabilidade para com a nossa saúde não utilizar protetores e bloqueadores solares, mesmo que estejamos na sombra. E esses cuidados são válidos também junto às crianças e grávidas. A incidência dos raios UV tem sido maior e mais perigosa entre 11 e 14 horas".


Quando suplementar?

Para ser absorvida pelo organismo, a vitamina D precisa de algo que cada vez mais as pessoas devem evitar, a gordura, já que ela é lipossolúvel. O que pouco se diz é justamente o que Dr. Daniel Magnoni explica. "Esse cenário, que combina os baixos níveis da vitamina D nos alimentos, face à dificuldade de compensar com a absorção dela pela luz solar, aponta para uma necessidade cada vez maior de buscar suplementação", afirma o nutrólogo. "As pessoas devem monitorar com regularidade os índices de vitamina D por meio de exame de sangue. Caso esteja abaixo do normal, há inúmeras opções de suplementos práticos e eficazes como a versão em gomas, que não precisa de água para ser ingerida e supre a necessidade diária de vitamina D".

Dr. Magnoni aconselha que, antes de buscar pela suplementação por conta própria, as pessoas devem procurar orientação médica. "Além disso, é importante ficar atento ao rótulo e checar se é zero açúcar, sem lactose ou glúten. Desta forma, amplia-se o acesso também àqueles que têm restrições na dieta alimentar", finaliza.
 










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