Abordagem da psicoterapia lida com questões que envolvem
os pensamentos e o comportamento das pessoas. Conheça mais sobre este
tratamento
Provavelmente você já enfrentou alguma situação em que, antes
mesmo de acontecer, já causava angústia, medo ou tristeza. Pode ser antes de
uma competição esportiva, uma apresentação de trabalho ou reunião de negócios.
Sentir essas emoções não chega a ser algo incomum para a maioria
das pessoas. Entretanto, não saber lidar com elas ou, pior, deixar que
acarretem transtornos futuros é um problema que precisa ser tratado com ajuda
profissional.
Para lidar com essa questão, uma das abordagens mais recomendadas
é a Terapia Cognitivo-Comportamental, método que combina tanto os conceitos
comportamentais quanto os relacionamentos ao pensamento.
É um modelo que está em crescimento nos últimos anos e é aplicado
por muitos profissionais formados em Psicologia. Ele tem eficácia comprovada na
resolução de problemas relacionados à depressão e a pensamentos negativos.
Mas antes de iniciar um tratamento, conheça um pouco mais sobre a
área e como ela pode beneficiar as pessoas por meio de um tratamento adequado.
Quando o assunto é saúde mental, toda informação é válida. Confira:
O que é?
A Terapia Cognitivo-Comportamental pode ser considerada como uma
abordagem da psicoterapia, ramo da psicologia, e combina conceitos do
Behaviorismo com as teorias cognitivas, sendo recomendada a um problema específico
da pessoa.
Essa visão entende que os sentimentos são consequências de um
pensamento ou uma interpretação da situação – e não o fato em si. Ou seja, o
modo como cada um vê, sente e pensa um determinado acontecimento é o que causa
as sensações ruins.
Assim, o principal objetivo deste tratamento é identificar os
padrões de comportamento, pensamentos e hábitos que estão na origem dos
problemas enfrentados pelos indivíduos e, depois, indicar as técnicas para
alterar esse quadro.
Quando surgiu?
A origem da TCC remete à década de 1960 com os estudos do
psiquiatra norte-americano Aaron Temkin Beck. Ele identificou que pacientes com
quadro de depressão tinha uma visão distorcida de si, do mundo e do futuro,
alterando o humor e, consequentemente, o comportamento.
A partir daí, ele desenvolveu métodos e estudos para corrigir
esses pensamentos deturpados e melhorar o humor das pessoas. Dessa forma, é
possível interromper os sintomas depressivos e fazer com que retornem à vida
normal em sociedade.
Nos últimos anos, essa área expandiu sua atuação, com o
desenvolvimento de novos estudos e pesquisas, e passou a ter um impacto grande
no campo da saúde mental – graças, principalmente, no tratamento de distúrbios
emocionais e comportamentais.
Como é aplicada?
A sessão de terapia entre o psicólogo e o paciente é o principal
recurso para identificar os problemas e iniciar o tratamento. É necessário
entender quais são essas alterações que fazem as pessoas terem pensamentos
distorcidos.
Por meio da conversa sobre fatos passados, ele identifica os
pensamentos e sentimentos que determinam os padrões dessas crenças que alteram
seu humor. A partir daí, é preciso encontrar oportunidades para tratar esse
quadro e promover a adaptação à realidade social.
Isso não significa que basta incluir pensamentos positivos no
paciente. É preciso olhar a situação de forma aprofundada e compreender esses
padrões para, só depois, desconstruir os pensamentos ruins que causam o
distúrbio.
Algumas técnicas e benefícios do tratamento
Para auxiliar o paciente a modificar esses pensamentos distorcidos
que geram os sentimentos ruins, o terapeuta sugere a determinação de foco e de
metas para que, com o tempo, a pessoa adquira autonomia e lide com essas
questões.
As técnicas são diversas, mas podem ser divididas em cognitivas,
que estão relacionadas aos pensamentos e crenças, comportamentais, que envolvem
a ativação do comportamento e estímulo positivo, emocionais e as interpessoais.
Por meio delas, o paciente consegue quebrar a sequência de
pensamentos ruins em determinadas situações e encontra métodos para controlar a
ansiedade e a depressão, lidando melhor com acontecimentos do seu dia a dia.
Quem pode fazer?
Não há qualquer restrição de gênero ou de faixa etária para a
realização da terapia cognitivo-comportamental. As pessoas podem procurar essa
ajuda sempre que tiverem algum transtorno mental ou que estejam passando por
problemas internos.
Mesmo assim, a TCC é muito indicada para quem demonstra sintomas
de depressão, transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo
(conhecido como TOC), entre outras situações que remetem ao comportamento e
emoção do indivíduo.
Além disso, esse método auxilia questões mais pontuais em nossa
vida, como dificuldades nos relacionamentos, vida profissional, luto,
separações, perdas, estresse, entre outras situações que podem acarretar
problemas emocionais.
Desenvolvimento constante é a chave do sucesso
São pouco mais de cinco décadas em que a Teoria
Cognitivo-Comportamental foi teorizada e sugerida no campo da psicologia. O
pouco intervalo de tempo faz com que a área ainda seja vista com desconfiança
tanto no mundo acadêmico quanto entre os profissionais.
Essa visão só pode ser revertida com conhecimento e muito estudo.
Teorias devem ser avaliadas, testadas e comprovadas o tempo todo, ainda mais
quando relacionado à saúde mental – o que funciona para uma pessoa, não
necessariamente é o mais indicado para outra.
Portanto, quem sofre com transtornos emocionais, deve buscar toda
a informação disponível, como artigos científicos e cursos online, para entender mais sobre o tema. Independentemente do tratamento
escolhido, o importante é buscar uma vida plena e saudável.
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