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terça-feira, 17 de julho de 2018

Terapia cognitivo-comportamental: tudo o que você precisa saber


Abordagem da psicoterapia lida com questões que envolvem os pensamentos e o comportamento das pessoas. Conheça mais sobre este tratamento 


Provavelmente você já enfrentou alguma situação em que, antes mesmo de acontecer, já causava angústia, medo ou tristeza. Pode ser antes de uma competição esportiva, uma apresentação de trabalho ou reunião de negócios.

Sentir essas emoções não chega a ser algo incomum para a maioria das pessoas. Entretanto, não saber lidar com elas ou, pior, deixar que acarretem transtornos futuros é um problema que precisa ser tratado com ajuda profissional.

Para lidar com essa questão, uma das abordagens mais recomendadas é a Terapia Cognitivo-Comportamental, método que combina tanto os conceitos comportamentais quanto os relacionamentos ao pensamento.

É um modelo que está em crescimento nos últimos anos e é aplicado por muitos profissionais formados em Psicologia. Ele tem eficácia comprovada na resolução de problemas relacionados à depressão e a pensamentos negativos.  

Mas antes de iniciar um tratamento, conheça um pouco mais sobre a área e como ela pode beneficiar as pessoas por meio de um tratamento adequado. Quando o assunto é saúde mental, toda informação é válida. Confira: 


O que é?

A Terapia Cognitivo-Comportamental pode ser considerada como uma abordagem da psicoterapia, ramo da psicologia, e combina conceitos do Behaviorismo com as teorias cognitivas, sendo recomendada a um problema específico da pessoa.

Essa visão entende que os sentimentos são consequências de um pensamento ou uma interpretação da situação – e não o fato em si. Ou seja, o modo como cada um vê, sente e pensa um determinado acontecimento é o que causa as sensações ruins.

Assim, o principal objetivo deste tratamento é identificar os padrões de comportamento, pensamentos e hábitos que estão na origem dos problemas enfrentados pelos indivíduos e, depois, indicar as técnicas para alterar esse quadro. 


Quando surgiu?

A origem da TCC remete à década de 1960 com os estudos do psiquiatra norte-americano Aaron Temkin Beck. Ele identificou que pacientes com quadro de depressão tinha uma visão distorcida de si, do mundo e do futuro, alterando o humor e, consequentemente, o comportamento.

A partir daí, ele desenvolveu métodos e estudos para corrigir esses pensamentos deturpados e melhorar o humor das pessoas. Dessa forma, é possível interromper os sintomas depressivos e fazer com que retornem à vida normal em sociedade.

Nos últimos anos, essa área expandiu sua atuação, com o desenvolvimento de novos estudos e pesquisas, e passou a ter um impacto grande no campo da saúde mental – graças, principalmente, no tratamento de distúrbios emocionais e comportamentais. 


Como é aplicada?

A sessão de terapia entre o psicólogo e o paciente é o principal recurso para identificar os problemas e iniciar o tratamento. É necessário entender quais são essas alterações que fazem as pessoas terem pensamentos distorcidos.

Por meio da conversa sobre fatos passados, ele identifica os pensamentos e sentimentos que determinam os padrões dessas crenças que alteram seu humor. A partir daí, é preciso encontrar oportunidades para tratar esse quadro e promover a adaptação à realidade social.

Isso não significa que basta incluir pensamentos positivos no paciente. É preciso olhar a situação de forma aprofundada e compreender esses padrões para, só depois, desconstruir os pensamentos ruins que causam o distúrbio. 


Algumas técnicas e benefícios do tratamento

Para auxiliar o paciente a modificar esses pensamentos distorcidos que geram os sentimentos ruins, o terapeuta sugere a determinação de foco e de metas para que, com o tempo, a pessoa adquira autonomia e lide com essas questões.

As técnicas são diversas, mas podem ser divididas em cognitivas, que estão relacionadas aos pensamentos e crenças, comportamentais, que envolvem a ativação do comportamento e estímulo positivo, emocionais e as interpessoais.

Por meio delas, o paciente consegue quebrar a sequência de pensamentos ruins em determinadas situações e encontra métodos para controlar a ansiedade e a depressão, lidando melhor com acontecimentos do seu dia a dia. 


Quem pode fazer? 

Não há qualquer restrição de gênero ou de faixa etária para a realização da terapia cognitivo-comportamental. As pessoas podem procurar essa ajuda sempre que tiverem algum transtorno mental ou que estejam passando por problemas internos.

Mesmo assim, a TCC é muito indicada para quem demonstra sintomas de depressão, transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (conhecido como TOC), entre outras situações que remetem ao comportamento e emoção do indivíduo.

Além disso, esse método auxilia questões mais pontuais em nossa vida, como dificuldades nos relacionamentos, vida profissional, luto, separações, perdas, estresse, entre outras situações que podem acarretar problemas emocionais.  


Desenvolvimento constante é a chave do sucesso 

São pouco mais de cinco décadas em que a Teoria Cognitivo-Comportamental foi teorizada e sugerida no campo da psicologia. O pouco intervalo de tempo faz com que a área ainda seja vista com desconfiança tanto no mundo acadêmico quanto entre os profissionais.

Essa visão só pode ser revertida com conhecimento e muito estudo. Teorias devem ser avaliadas, testadas e comprovadas o tempo todo, ainda mais quando relacionado à saúde mental – o que funciona para uma pessoa, não necessariamente é o mais indicado para outra.

Portanto, quem sofre com transtornos emocionais, deve buscar toda a informação disponível, como artigos científicos e cursos online, para entender mais sobre o tema. Independentemente do tratamento escolhido, o importante é buscar uma vida plena e saudável. 



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